Além das estrelas...Além do infinito

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    O ínicio

    Drogas, Linguagem Imprópria, Violência

    P.O.V Matthew

    Para variar,estou na pista de skate que temos a um quilômetro de casa. Não quero ser melodramático, mas estou sempre sozinho aqui, fazendo a mesma coisa, e eu realmente gosto de ficar aqui, apenas ouvindo o barulho que o vento faz, quando desço a rampa. É bastante emocionante, e vem acompanhado com o famoso ?friozinho na barriga?(credo!Eu pensei isso??).

    Bom ... na verdade eu não passo TODO meu tempo aqui.Volto pra casa para o almoço, para a janta e pra dormir. Mas também tenho um outro lugar que é...Bem, especial pra mim.

    Estou freqüentando muito ultimamente o orfanato que foi recentemente inaugurado. Conheci uma garota lá. Fabye Mallory. E não é apenas o nome dela que me fascina, e sim...Tudo.

    Ela é totalmente fora da real, ou seja, não cobre o cabelo, e se veste como se tivesse liberdade de expressão, assim como eu.

    Mas o que mais me impressionou nela, foi saber que perdeu os pais há sete anos, e tem sobrevivido todo este tempo sem nenhum carinho, sei lá, eu posso ser meio louco pirado, mas recebi carinho de meus pais.

    Parei um pouco de treinar,e sentei no gramado.Observei ao longe no horizonte a luz roxa que um dos anéis deixava no céu. Depois deitei na grama e acabei adormecendo.

    P.O.V Fabye

    Vou ser bem sincera: meu dia hoje tinha começado uma droga. Se não fosse eu ter saído do orfanato, dado um passeio por aí e encontrado ?ele? dormindo, meu dia teria sido horrível. Me aproximei de Matthew, que parecia sonhar com ursinhos e arco-íris, ou todas essas coisas felizes. Lembrei-me de certa vez, que ele me acordou com água fria.

    Ah! A vingança...

    Tá, pode ser errado. Mas quem disse que eu tenho que andar na linha??

    Avistei a garrafa com água que estava na beira da pista de skate, e com um sorriso, fui até lá, a peguei e tirei a tampa. Tinha pouquinho, mas dá pro gasto. Me ajoelhei ao lado dele, e joguei; sem dó, ré, mi, ou seja lá quais são as outras notas musicas, a água no rosto dele. Na hora, ele acordou, se perguntando mentalmente o que tinha acontecido.

    Eu comecei a rir, e ele parecia ter acordado de mau humor.

    -Por que fez isso?-Perguntou ele.

    -Porque talvez você tenha feito isso comigo também, ou não lembra-se?

    -Aff.Eu te odeio.-Eu sorri, ele também.

    -Eu também odeio você.

    Ficamos um tempo em silêncio, e eu resolvi ?quebrá-lo?.

    -Ah, qual é Matt? Até parece que foi acordado com um banho de água fria!- Ele me fitou, indiferente.

    -Você não acreditaria. Meu dia tava péssimo. Foi você quem melhorou ele, ou piorou de vez.

    -Meu dia também não estava legal. Nada legal. Mas e então...O que vamos fazer agora?

    -Não faço ideia. Eu estava pensando em dar uma volta pelos becos da cidade. Quer vir também?

    -Pode ser.

    Em questão de minutos, chegamos a cidade. Sempre andávamos juntos nos becos. As pessoas de lá eram bem mais sinistras do que em qualquer outra parte da cidade. Não que eu tenha medo delas, mas talvez elas dariam medo em uma festa de Halloween para as crianças menores.

    -Está com medo?- Matthew me pergunta.

    -Não. Por quê?

    -Porque você ainda não viu nada. Vem comigo, agora que já está anoitecendo, é bem mais emocionante.

    Fomos a uma...Boate.

    É. Pode parecer bizarro, mas não se você estiver nela. Tudo que você pode imaginar de uma boate comum, aqui acontece o triplo.Olhei para Matthew,que estava sorrindo. Sei que ele queria ver que eu estava com medo daquele lugar, faz muito tempo que ele está tentando descobrir minhas fraquezas. E se ele continuar assim...Vai descobrir também meus segredos...

    Sorri para ele e o puxei pela mão para irmos dançar juntos na pista de dança.

    P.O.V Matthew

    Louca não seria uma boa definição para Fabye. Não descarto a opção de que ela seja, mas não me parece a palavra certa para descrevê-la.

    Dançamos por um longo período de tempo, e às vezes(seguidas vezes, no caso), outros caras chegavam e convidavam Fabye, mas ela dispensava todos. Cheguei até a pensar que meteria em alguma briga de novo nesta boate, mas não hoje.

    Fabye dança tão perfeitamente bem que chega a fazer as garotas e até as mulheres ficarem com inveja. Mas também fazia os garotos e até os homens pararem de dançar com suas companheiras, para ficarem a olhando dançar. Sério. E eu me incluo na percentagem dos caras que ficavam totalmente enfeitiçados com ela.

    Quando a música parou, ouvimos atentamente(não tão atentamente quando se tem Fabye ao lado)o que um cara foi falar no palco:

    -Se houvesse por algum acaso alguém que saiba cantar aqui presente, poderia dar o ar de sua graça e fazer este humilde favor?

    -Eu posso cantar ? Fabye falou e todos os olhares voltaram-se a ela(fora alguns, que já estavam a admirando).

    Continua...


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!