Com o passar dos dias, Solom começou a observar melhor o Profº Lupin. Ele relembrou que esse nome não lhe era totalmente estranho, e viu que o lobisomem não era tão mau quanto o seu pai falava, mas percebeu que eles tinham algumas coisas em comum. Uma idéia começou a se formar em sua mente, mas achou melhor esperar. A escola estava em polvorosa, um assassino louco havia fugido de Azkabam e todos estavam tentando acha-lo. Haviam Dementadores nos terrenos da escola, e tanto seu pai quanto seu padrinho lhe exigiram distância dessas criaturas, Salom por sua vez concordava, detestava aquelas coisas. Na aula de DCAT, Solom teve que se controlar quando o bicho-papão de Longbotton se transformou, mas ele sabia que o pai iria lá fora em breve. No fim da tarde de sexta quando Severus preparava a poção de Lupin e Solom novamente o ajudava, e eles conversavam sobre várias coisas, Solom resolveu tocar no assunto sobre Lupin.
- Tive aula do lobo hoje, ele é um cara legal. ? Severus cortou o dedo quando ouviu isso. ? O Sr. estar bem? Solom correu para o seu lado.
- Claro que estou Sr. McCloskey. ? ele fechou a ferida com um aceno da varinha. ? Vocês conversaram?
- Não, mas ele fica distribuindo pontos e sorrisos para toooodos os lados. ? Solom fez um gesto como se ele fosse uma bailarina jogando flores no ar.
- Como todo idiota da Grifinória. ? Severus fez careta ao falar.
- Verdade. Oh! Povinho risonho e bonzinhos, esses Grifinórios hem? ? Solom fez uma careta ainda mais engraçada e começou a gargalhar.
- As vezes acho que você deveria ser um deles. ? Severus levantou uma sobrancelha ao falar.
- Eu?! ? Solom fez cara de ofendido. ? Nunca, eu sou austero, mal humorado e assustador como todo bom Sonserino tem que ser. ? ficou sério por dois segundos e novamente gargalhou.
Severus não se conteve e sorriu da ironia do filho, ele tinha um humor bem picante, sempre sorria de qualquer coisa, sempre fazia piadas das situações mais estranhas. Solom lhe olhou como se fosse pedir algo, mas Severus o cortou logo.
- Nem pensar Solom, você vai dormir no seu quarto. ? o rapaz fez beicinho e depois sorriu.
- Tá bem, mas só dessa vez. Me leva até a porta? ? o rapaz fez beicinho novamente e Severus sorriu e o levou até a porta. Chegando lá, Severus se despediu dele com um aceno de cabeça, mas Solom lhe deu um selinho. Severus o recriminou, mas Solom sendo Solom apenas gargalhou e foi embora feliz da vida. Severus olhou para os lados para ver se alguém presenciou a audácia do filho, mas não tinha ninguém; ele entrou, mas alguém viu sim. Lupin estava de patrulha e resolveu ir as masmorras, talvez desse a sorte de vê-lo, mas quando chegou ao corredor o que viu o deixou atônico... Severus estava na porta do seu aposento se despedindo de um aluno, provavelmente que pagava uma detenção, Lupin reconheceu o rapaz... era o Srº. Solom McCloskey, um aluno do 3º ano da Sonserina; ele era um bom aluno, esforçado, inteligente e talvez o único Sanserino que ele não via implicar com ninguém. Severus se despediu do rapaz com um aceno de cabeça, mas o rapaz lhe deu um beijo na boca de Severus que o recriminou, mas o rapaz apenas sorriu alto e foi embora. Lupin foi para o seu quarto, mas não conseguiu dormir.
?Não é possível, ele esta tendo um caso com aquele garoto?... Não podia ser possível... Severus era um homem feito, ele não iria se envolver com um moleque como aquele. O ódio começou a se arrastar no coração de Lupin, ele não iria perder seu grande amor para um fedelho que mal saiu das fraudas.
No dia seguinte teve aula de DCAT. Todos entraram na sala e Lupin observou o jovem McCloskey, que se sentou ao lado de Blaise. A aula começou e foi sobre Grindylows, mas Solom estava de cabeça baixa escrevendo algo.
- Se a aula estiver muito tediosa Srº. McCloskey, o Srº. devia me falar, para que eu possa melhorá-la... talvez assim o Srº preste um pouco de atenção. ? a classe inteira ficou calada, nunca mingúem ouviu o Profº. Lupin ser rude com um aluno e principalmente com McCloskey, que não mexia com ninguém. Solom por sua vez, largou a pena, sentou-se apoiou as costas no encosto da cadeira, cruzou as pernas elegantemente e levantou uma sobrancelha sorrindo de lado para Lupin.
?Céus! Como ele parece com Severus...! Devem passar muito tempo juntos?, a aula continuou quase normalmente.
Com o passar do tempo, a animosidade de Lupin com Solom ficou cada dia maior. No começo Solom relevou, mas depois resolveu ir lá fora. No fim da aula todos saíram, mas Solom ficou sentado, esperando para falar com Lupin.
- Srº. McCloskey! O Srº. não tem aula agora? ? Lupin não conseguia evitar.
- Tenho Profº, mas gostaria de lhe falar um momento.
- Pois não? ? Lupin se encostou à mesa e ficou olhando para o rapaz. Solom se levantou e foi em direção a Lupin de maneira lenta. que deu a Lupin a impressão de estar de frente para um gato.
- Sabe Profº, eu não sei exatamente o que aconteceu entre o Sr. e o Severus, mas seja o que foi, agora é passado. ? Lupin levou um choque, primeiro pelo que o rapaz falou e segundo pela intimidade que ele tinha ao chamar Severus pelo nome.
- Escute aqui Srº. McCloskey, não sei quem o Srº. pensa ser, mas o Prof. Snape...
- Eu sou mais do que o Srº. pode imaginar, Profº. Sabe, eu e Se-ve-rus, somos muito mais ligados do que o Sr.º um dia foi com ele.
- McCloskey, Severus não é o que você imagina. ? Lupin estava se segurando para não esganar o rapaz.
- Muito pelo contrário. ? Solom se aproximou mais dele ? Eu sei exatamente ?o que? Severus é, ele é meu.
- Ele é um professor de Hogwarts, você não sabe das conseqüências desse envolvimento entre vocês, pode causar a el...
- E é exatamente... ? Solom o interrompeu. ? ... Por isso que muitas coisas têm mantidos em segredo LOBO. ? Solom viu satisfeito como Lupin segurou na base da mesa e ficou assustado. ? Mais do que você possa imaginar lobo, nunca houve segredos entre eu e Severus.
Solom virou-se para a saída, mas resolveu provocar um pouco mais.
- Outra coisa Lobo. O laço que me uni a Severus é indissolúvel. ? saiu assobiando o hino de Howgarts, deixando um Lupin atordoado para traz.
Lupin evitou o maximo falar com Solom, mas um dia quando Solom estava sentado no salão principal, conversando muito interessado com Crabb, ?Solom gostava muito de conversar com ele, sempre lhe rendia muitas gargalhadas?, quando o Profº. Snape se aproximou e falou.
- Srº. McCloskey, gostaria de dar uma palavrinha com o Srº! Obrigado. ? Severus saiu sem esperar resposta. Solom olhou para mesa dos professores e deu um sorriso cínico para Lupin, que desviou o olhar. Solom foi até as masmorras, bateu na porta e entrou, quando recebeu a autorização.
- Entre Srº. McCloskey. ? Severus falou, serio.
- Pois não Profº.? ? Solom se pos diante de Severus.
- Onde você anda com essa cabeça Solom? ? Severus agora estava zangado. ? Como você foi dizer aquelas coisas a Lupin? ? Solom ficou sério por alguns segundos e depois rachou o bico.
- SOLOMON SNAPE. ? Severus falou alto. Solom parou de rir. Severus só o chama de Snape quando estava muito zangado.
- Ora, o que o Srº. queria que eu fizesse? Ele tava pegando no meu pé. ? Solom sentou-se na mesa do pai. ? Acredita que ele acha que somos amantes?
- E você praticamente confirmou com essa conversa de laço indissolúvel.
- Eu estava errado? ? Solom ficou sério.
- Solom! ? Severus passou a mão pelos cabelos. ? Porque você faz isso? Porque gosta tanto de nos colocar em perigo?
- Desculpe, eu só queria que ele parasse de me perturbar, e ele não vai fazer nada para te prejudica.
- Como pode ter tanta certeza disso?
- Ele te ama.
- Solom...
- É verdade, toda essa aversão que ele tem por mim é puro ciúmes.
- Solom, às vezes acho que você cheira pó de flu. ? Severus olhava para o filho como se ele tivesse três olhos.
- Verum*, agora eu só quero ver a cara dele quando descobrir que eu sou filho de vocês dois, ai ele vai vim com aquela conversinha ?OH! Filhinho eu sinto muito, estava com ciúmes do seu pai gostoso estar tendo um caso com um garotão sarado? Ai eu vou tripudiar em cima dos sentimentos dele. - Solom falava alterando caretas de arrependimento, vingança e tédio e não prestou atenção no olhar atônico de Severus, Solom virou para o pai e falou. ? Não adianta vim dizer que não, eu sei que é.
- Desde quando você sabe?
- Quando ouvi aquela discussão de vocês eu fiquei desconfiado, mas com o tempo descobri. Sabe pai, sempre que me olhava no espelho eu via você, mas via mais alguém, mas agora eu vejo vocês dois.
- Solom, por favor, você não pode falar com ninguém, você não sabe o perigo disso.
- Pai, eu não sou nenhum Zé Ruela, sei que se descobrem que sou seu filho e de Lupin, vamos saber que um dos dois é um hermafrodita e obvio, saberão que é você.
- Não é por isso Solom, se descobrirem que é filho de um hermafrodita o ministério irar quare-lo pelo que você pode vim a ser.
- Pai, não é que sou filho de um hermafrodita que eu vou me tornar um elementar.
- Solom, tenho notado que você está bocejando muito, você anda com sono?
- Estou, mas o que isso tem a ver... ? Solom calou-se olhou para o pai, suspirou fundo. ? Eu já sabia, mas tinha esperança que estivesse errado.
- Você já estar entrando na faze de hibernação Solom. ? Severus acariciou o cabelo dele.
- Eu não quero te esquecer pai. - Solom estava estranhamente serio.
- É inevitável filho, você se tornar um elementar, um ser mais forte e tudo que foi ou que viveu, será esquecido.
Os dois ficaram abraçados até terem que ir cada um para o seu lado.
Continua...