Alvorada

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Curta infância.

    Heterossexualidade, Mutilação, Violência

    ~ PROLOGO ~

    O começo não era o que bastava para me distanciar das esperanças que a eternidade me guardara. Ali sentenciada a um fim sem permissão, esperei pela morte de minha feliz e curta vida de uma semi-mortal.

    1º Capitulo - Curta infância.

    O vento que soprava em meus cabelos não era o que bastava para me sentir vitoriosa e livre.

    - Jacob! - gritei com entusiasmo em minha voz -Te deixei para traz! - Dei uma gargalhada muito longa e parei em meio aquela imensa clareira, onde papai e mamãe nos esperavam.

    - Vamos, queridos? - perguntou papai com muita ternura.

    Papai era o tipo de homem que todas as mulheres pediam a Deus; ele era esbelto, tinha os olhos castanhos claros em tons dourados deslumbrantes, apesar de não ser típico de um humano ter os olhos dessa cor, e sim de um vampiro; a pele clara e acima de tudo dele era lindo e ficaria assim, paralisado em toda a perfeição de seus dezessete anos pelo resto da eternidade. Mas em mais de um século nenhuma mulher o cativou, nem mesmo uma linda e perfeita vampiro como Thanya, uma clã Denali, até minha mãe, Bella, aparecer; uma humana frágil e bem acanhada e que agora se tornara sua esposa e a vampiro mais bela e elegante que meu pai, Edward, e eu já vimos.

    Estávamos tão felizes, parecia que naquele momento, nada e nem ninguém, nesse mundo nos tiraria daquele extasy de emoções avassaladoras. Em meio aquela felicidade toda nem parecia que há menos de quatro anos quase cravamos uma batalha com os Volturi que certamente levaria ao fim do clã de Olympic, ou melhor, ao nosso fim, e ao resto de outros clãs que se uniram a nós para dar-nos os teus testemunhos e sem contar com a ajuda inesperada dos lobos.

    Jacob e eu chegamos no jipe do tio Emmett primeiro, e logo atrás estavam meus queridos pais de mãos dadas. Chegamos ao chalé em menos de dez minutos, e claro que se fossemos correndo esse tempo diminuiria muito. Dormi no colo de Jacob e acordei em minha cama. Bateram na porta do meu quarto: "TOC,TOC,TOC..."

    - Renesmee, querida, hora do café da manha.- Com certeza era minha mãe, ela nunca gostou do apelido carinhoso que me deram, mamãe a única que não me chamava de Nissie. Toquei no rosto de minha mãe e lhe mostrei o lindo sonho que tive esta noite. Borboletas flutuavam em volta de uma mansão, ao redor um mar de águas cristalinas e logo atrás uma grande floresta tropical, tudo tão verde e colorido que parecia real.- Muito lindo, Renesmee.

    - Bom dia, amores! - Disse papai ainda na porta.

    Papai entrou no quarto, agarrou com muita delicadeza a cintura de minha mãe e me deu um beijo na testa.

    - Edward, nossa filha sonhou com a Ilha de Esme, por quê? - mamãe perguntou curiosa, mas será ela já estivera naquele local maravilhoso?

    - Talvez porque seja onde ela fora concebida, meu amor.

    Tomei o meu café da manhã e fomos para casa grande onde os meus tios nos esperavam. Jasper estava pensando em uma nova pintura enquanto Alice arrumava algumas rosas para enfeitar a grande varanda. Tio Emmett gravara o jogo de beisebol para ele e Jasper assistirem na semana seguinte.

    - Onde se encontra Carlisle? - Perguntou papai.

    - Carlisle, foi buscar Nahuel e sua tia Huilen no aeroporto, querido! - Respondeu Esme para meu pai.

    - Obrigada, Esme. - Disse papai com tom de preocupação em sua voz.

    Mamãe e eu não gostamos de ver o papai assim, então mamãe se aproximou dele e lhe deu um beijo na testa, ela não gostava de fazer gestos obscenos com o papai perto de mim, mas de uma coisa ela não sabia que eu apesar te ter cinco anos de idade minha mente e meu corpo eram totalmente voltados para uma criança de quase quinze anos e eu já entendera muitas coisas sobre sexo, ainda não tinha experimentado e nem pretendia fazer isso tão cedo! Ouvimos alguém chegar, e pelo cheiro era o vovô Carlisle e as visitas, Nahuel e Huilen. Meu pai como um homem muito educado que era abriu a porta para os visitantes, primeiro entrou Nahuel e Huilen e em seguida meu avô, Carlisle.

    - Sejam muito bem vindos a minha humilde casa. - Disse vovó Esme, com muita modéstia e educação.

    Eu fiquei um pouco acanhada pelo jeito que Nahuel olhava a minha mãe e a mim, seus olhos de terra tão deslumbrantes brilhavam de uma certa forma como que esperasse algo que ele mesmo sabia que iria demorar para acontecer, mas que ainda tinha esperanças de que um dia chegaria, queria tocá-lo e lhe mostrar tudo que havia passado por minha cabeça, mas fiquei com medo daquele olhar e que ele me desvendasse coisas que não agradariam a mim e muito menos a minha família, escondi o meu rosto nos longos cabelos castanhos avermelhados da minha mãe para que não encontrasse novamente o olhar daquele vampiro, aquilo estava me roendo por dentro de uma certa forma que eu não entendia, era um arrepio que começava nos meus pés e subiam até a altura da minha nuca, verdadeiramente, eu estava com medo daquele ser. Com meu abraço nem um pouco gentil em minha mãe, ela percebera minha tensão e eu também pude ver seus olhos concentrados em Nahuel que agora continuava me observando, mas de uma forma mais suave e 'amigável', que bom!. Arrisquei um passo a frente para me apresentar, em seguida estendi uma de minhas mãos para cumprimentar Huilen que retribuiu o gesto com um grande sorriso.

    - Prazer, meu nome é Renesmee Cullen, é um prazer enorme recebê-los em minha casa. - Eu estava nervosa e não era so eu quem estava percebendo isso.- Seja bem vindo, Nahuel. - Disse estendendo a mesma mão para Nahuel.

    - Muito obrigada, Renesmee, e apropósito, você está muito bem assim como sua mãe Bella!

    - Nós agradecemos! - disse minha mãe muito gentil ainda abraçada a mim.

    - Venham se acomodem aqui na sala que já está a sua espera. - Disse meu avô Carlisle, e senti um pingo de tensão em sua melodiosa voz.

    Depois dos cumprimentos, sentaram-se papai, mamãe, Alice e Jasper no grande sofá branco, eu corri para me ajeitar ao lado de minha mãe, eu não queria ficar longe dela enquanto eu ou Nahuel não fossemos embora, porque aquele vampiro me dava arrepios.

    - Bom. - começou papai - O que os trouxeram para uma cidade tão isolada e chuvosa como Forks? Neste pouco tempo aqui, posso imaginar que já estão sentindo muita falta do paraíso tropical Brasil! - Terminou meu pai um pouco mais calmo e descontraído.

    - Certamente, sim, meu querido Edward! O clima aqui é muito diferente do clima do Brasil! Mas eu acho que temos que nos acostumar! - Disse Nahuel com um sarcástico sorriso na boca.

    - Acostumar? - Perguntou meu pai um pouco apreensivo.

    - Sim, Edward! Como viemos para estudar, sua filha acho que é bom nos acostumarmos com essa pacata cidade de Forks, para cá viremos algumas vezes do ano! - Disse Nahuel, agora olhando para Carlisle.

    - Sim claro, me desculpe pelo impulso. - Desculpou-se meu pai.


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