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Oi! Primeiro agradeço os comentários, os favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está o novo, espero que gostem.
Peço desculpa por ter demorado, mas não tive oportunidade de postar mais cedo. Até tive de cortar o capitulo, para que vocês o pudessem ter mais rapidamente, estava ficando enorme. Me desculpem, de verdade. Bjs
O fim de semana chegou rapidamente para os estudantes, que ansiavam regressar às ferias, acordarem às horas que desejassem e fazer o que quisessem sem terem de se preocupar com aulas, provas e trabalhos. James se levantou de um salto da cama, afastando suas cortinas. Percebeu que a cama de Moony estava intocada, as cortinas abertas de par em par.
– Oi, James. – Cumprimentou Frank, saindo de uniforme e de cabelos úmidos de dentro do banheiro e guardando tudo em seu criado mudo.
– Oi, Frank. – Respondeu ele – Como você está hoje?
– Já não sinto dores e ando normalmente. – O Gryffindor percebera que seu colega coxeara durante uns dias e até o ajudara a subir as escadas para o dormitório. Sua namorada, Alice, o ajudara com seus materiais escolares, para que ele não fizesse demasiados esforços.
– Que bom. – Falou, sinceramente. Um barulho os interrompeu e olharam em direção à cama de Sirius, que estava tapada com as cortinas cor de fogo, não deixando ver nada para dentro.
– Parece que Remus decidiu dormir com Sirius. – Comentou Frank, olhando para as cortinas fechadas.
– Verdade. – Afirmou o Maroto, segundo o olhar do colega. Frank acenou em despedida e saiu do dormitório. James pegou em sua bolsa de higiene pessoal, que continha uma escova de dentes, um perfume com o delicado odor a musgo de carvalho, uma bucha vermelha, e convocou sua toalha felpuda. Retirou do armário o uniforme e roupa interior. Entrou no banheiro e fechou a porta. Pousou tudo em cima do vaso sanitário e abriu a torneira. Lavou os dentes enquanto a banheira enchia.
Fechou antes que a água vazasse e retirou o pijama, entrando na água morna. Suspirou e pegou no shampoo, pousando a seu lado. Relaxou um pouco, seus músculos ainda estavam doridos do treino de Quidditch do dia anterior. Tivera três dias de treino intensivo durante aquela semana e se sentia cansado. Se ensaboou e tirou a tampa do ralo. Precisava de se despachar. Queria ir a Hogsmeade com Lily comprar o presente ideal e estava pensando em passar por Gringotts para saber da situação familiar de seu namorado, se ele poderia ter acesso ao cofre de sua família.
Se ensaboou e tirou a tampa do ralo, vendo a água descendo juntamente com o sabão. Se levantou e abriu o chuveiro, se lavando. Por fim, se enrolou na toalha, se limpou e vestiu o uniforme, seu cabelo despenteado para todos os lados.
Passou os dedos pelos fios do cabelo, tentando domá-lo, mas não conseguindo. Entrou no dormitório, que continuava silencioso. Se dirigiu para seu criado mudo e pegou na varinha, a guardando dentro das vestes. Escutou um ruído de cortinados serem arrastados e se virou, vendo Padfoot saindo da cama, semidespido e com os cabelos despenteados.
– Oi, Prongs. – Cumprimentou, sua voz saindo rouca por ter acordado. Remus seguiu-o, se colocando a seu lado.
– Oi, Pad. Moony. – Falou o Gryffindor, marotamente – Uma noite atribulada, hein?
– Muito mesmo. – Respondeu Black, dando um sorriso maroto e Remus ruborizou, envergonhado. James deu uma risada e saiu do dormitório.
As portas dos restantes dormitórios já se encontravam abertas. Entrou no Salão Comunal e viu Alice abraçada a seu namorado, se beijando. Estavam tão entretidos um com o outro que nem repararam no Maroto. A porta do retrato se abriu e ele saiu, caminhando calmamente pelos corredores. Desceu as escadas, se encontrando com vários de seus colegas, até às grandes escadarias, onde percebeu que seu namorado o esperava na porta do Salão Principal. Sorriu e galgou as escadas, se colocando rapidamente a seu lado. Trocaram um selinho, se cumprimentando:
– Bom dia, meu amor. – Falou James, vendo como o Slytherin ruborizava com suas palavras. Severus deu um sorriso tímido e respondeu:
– Bom dia, James.
Entre sorrisos, entraram no Salão e se sentaram na mesa de Gryffindor, recebendo olhares de seus colegas. Peter, que se encontrava ao lado de sua namorada, acenou para eles, antes de voltar para seu café da manhã.
Eles tinham combinado entre eles que, de vez em quando, comeriam em mesas de casas opostas. A presença de Snape já era comum entre os Gryffindors. Severus escolheu waffles recheadas com morangos e um café preto, enquanto James se decidiu por uma pilha deliciosa de panquecas recheadas com chocolate e um soco de tomate. Aos poucos, o Salão Principal se enchia de estudantes. Lily e Marlene se sentaram ao lado de Severus, os cumprimentando e escolheram seus cafés da manhã.
Sirius e Remus demoraram ainda um pouco mas, quando chegaram, se sentaram ao lado de James. Os restantes estudantes, vendo o Slytherin na mesa dos leões e que os professores não falavam nada, se levantaram e foram ter com seus amigos e familiares. Nenhum deles viu Regulus entrando sozinho. O caçula dos Black olhou para a mesa de Gryffindor, vendo Severus juntamente com seu namorado e amigos, e suspirou.
Tal como seu irmão, suas feridas estavam curadas, graças a Madame Pomfrey. No dia anterior, depois do jantar, Filch os levara para a sala dos troféus e os obrigara a limpar todas as taças, sem magia. Nenhum deles se falou durante todo aquele tempo, sendo vigiados atentamente pelo zelador. Só foram dispensados pela meia noite e cada um se dirigiu para sua sala comunal, sem dizerem uma palavra um ao outro. Desviou o olhar e se dirigiu para sua mesa. Ao se sentar, foi recebido friamente por seus colegas. Não falavam com ele desde que perdera todos aqueles pontos, os afastando da liderança da Taça. Se decidiu por um delicioso chocolate quente, uma taça de cereais e torradas. Não queria que o incomodassem.
Remus, que saboreava uma xícara de chá de cidreira, se virou para Severus e perguntou, seguindo à risca o pedido de seu melhor amigo:
– Severus? – O Slytherin parou de mastigar e se virou para ele. Engolindo, questionou:
– Sim, Remus?
– Eu e Sirius estávamos pensando passar a manhã na biblioteca começando a estudar para os NIEM´S e decidimos convidar você, aceita?
Sirius abriu a boca, revoltado, mas sentiu um pontapé em sua perna. Mordeu o lábio, para não gritar, e deitou um olhar furioso a se namorado, que o ignorou:
– Bom, eu… – Snape hesitou. Ele adoraria ficar estudando um pouco, mas não sabia se James tinha planos para os dois. Vendo sua hesitação, o Maroto insistiu:
– Que ideia maravilhosa! – Todos o olharam, espantados – Estava pensando voar um pouco, me distrair dos treinos, e tenho certeza que Severus não se sentiria confortável estudando nas bancadas geladas.
– Bom, eu… – Severus não estava convencido mas, antes que pudesse formular sua resposta, foi interrompido por Marlene, que tinha conhecimento do plano por Lily, que exclamou, enquanto olhava para Severus:
– Que ideia fantástica! Posso me juntar a vocês? Estou com muitas dúvidas em Poções. E não percebi direito o que era para fazer na redação de DCAT. Vocês poderiam, por favor, me ajudar?
– Você também está convidada, Lene. – Falou Remus, sorridente. Se virou para o Slytherin e perguntou:
– Você também quer estudar com a gente?
– Sim. – Respondeu Snape, convencido por eles, para alívio de James e Lily.
– E você, Lily?
– Eu vou escrever uma carta para meus pais. – Mentiu a ruiva, embora soasse convincente – E, se calhar, vou a Gringotts buscar dinheiro à minha conta.
– Por acaso, também estou precisando de dinheiro. – Mentiu James, fingindo estar refletindo – Gastei todos meus galeões nas ultimas viagens a Hogsmeade. E meu pai me enviou uma carta essa manhã me pedindo para comprar um presente para minha mãe.
– Vocês até podem ir juntos. – Incentivou Sirius, inocentemente. – Iam agora de manhã e chegavam em uma hora e meia, duas horas, por causa da neve.
– É uma boa ideia… – Comentou Remus, que observava atentamente as expressões do Slytherin – Que você acha, Severus?
Todos os olhares se fixaram no garoto, que se tencionou automaticamente. Detestava ser o centro das atenções. Respirou fundo e respondeu, friamente:
– Sim, é uma boa ideia… – Se alguém reparou em seu tom de voz, nada disse. Continuaram conversando até terminarem o café da manhã. Se levantaram da mesa, James e Lily caminhado apressados para conseguirem chegar cedo a Gringotts. Precisavam de saber se Severus tinha direito à fortuna dos Prince. Cada um foi para seu dormitório. Voltou para o armário e retirou um par de luvas azuis escuras, um gorro de lã e um cachecol. Procurou o sobretudo mais quente que tinha e o retirou, se vestindo. Voltou para o Salão Comunal, onde já se encontrava Lily, conversando com Sirius, Marlene e Remus.
– E então? – Perguntou James, ansioso.
– Severus acreditou, – Respondeu Remus, satisfeito – E nem desconfiou.
– Pelo menos não deu a entender. – Disse Sirius, que se encontrava abraçado a seu namorado.
– Eu ainda estou achando que ele ficou desconfiado. – Insistiu Lily – Severus não se deixa enganar assim tão facilmente.
– Mas vocês não contaram uma mentira impossível. – Falou Marlene, convicta, olhando para os dois – James poderia mesmo comprar um presente para sua mãe, a pedido de seu pai. Ninguém viu você recebendo nenhuma carta, mas poderia tê-la recebido logo de manhã.
Você também poderia precisar de dinheiro. Quando foi a ultima vez que a gente foi a Gringotts?
– Há algum tempo… – Respondeu Lily, hesitante. Pensou um pouco e continuou – Tá bom, talvez Severus não tenha desconfiado.
Falaram mais um pouco, o Maroto e a ruiva escutando o que eles iriam fazer para distrair o Slytherin. James e Lily se despediram dos restantes e saíram, conversando entre eles, enquanto desciam as escadas. Pararam nas Grandes Escadarias ao verem Regulus se dirigindo para Snape. Ficaram um à frente do outro, conversando em surdina, encostados a uma parede.
– Tenho pena de Regulus. – Desabafou Lily, olhando para os dois garotos.
– Porquê? – Perguntou o Gryffindor, enquanto desciam as escadas.
– Você já pensou no que Srª Black lhe irá fazer quando ele regressar a casa? E Regulus não tem ninguém que o apoie. É tão injusto.
– Mas eles se odeiam. – Comentou James, ao mesmo tempo que passavam pelos dois Slytherins, que nem repararam neles, tão embrenhados na conversa.
– Mesmo antes de entrarem em Hogwarts? – Insistiu a ruiva, querendo que ele chegasse à razão.
– Não. – Esclareceu James – Padfoot me contou que se dava muito bem com o irmão. Eram muito confidentes.
– E porque deixaram de sê-lo?
– Oras, porque Pad entrou em Gryffindor e seu irmão em Slytherin.
– Só por isso!? – Falou ela, chocada – Só por serem de casas diferentes? Mas eles são irmãos, foram criados juntos!
– Sim… – James hesitou, vendo a incompreensão no rosto de sua amiga. Como puro sangue, sabia que muitos laços familiares eram quebrados pelos motivos mais variados. Mas Lily, como nascida trouxa, não estava habituada a esses costumes.
– Que absurdo. – Resmungou, enquanto caminhavam pelo jardim em direção às carruagens – Não tem nenhum sentido, por Merlin! Regulus pode estar sendo vítima de abusos por seus pais e Sirius não faz nada!
– Sirius não quer saber mais de sua família. – Comentou Potter, não sabendo o que mais dizer. Lily parou perto de uma carruagem, cor de prata, e seus brilhantes olhos esmeraldas o fuzilaram com raiva. Percebendo que tinha falado o que não devia, se calou. Lily abriu a porta da carruagem e entrou, sendo seguida pelo garoto. A porta se fechou e carruagem se começou movimentando.
OoOoO
A carruagem parou no Beco Diagonal, uma área bruxa de compras localizada em Londres, atrás do Caldeirão Furado, onde havia uma variedade de restaurantes, lojas e outras atrações.
Lily saiu, sendo acompanhada pelo garoto. Caminharam lado a lado em direção ao enorme edifício que se encontrava no final da rua.
– Me desculpe. – Pediu James – Fui um idiota.
– Você é sempre um idiota, James. – Respondeu a ruiva, o olhando com menos raiva e ele sorriu, culpado.
Havia lojas que vendiam vestes, lojas que vendiam telescópios e estranhos instrumentos de prata, janelas com pilhas de barris contendo baços de morcegos e olhos de enguias, pilhas mal equilibradas de livros de feitiços, penas de aves para escrever e rolos de pergaminhos, vidros de poções, entre outros produtos.
O banco bruxo de Gringotts era o único banco do mundo mágico e era possuído e operado por goblins. Tinha sido construído em 1474 e era onde toda a população bruxa guardava seus pertences. Era considerado um dos locais mais seguros do mundo mágico. Olharam o edifício muito branco que se erguia acima das lojinhas. Parado diante das portas de bronze polido, usando um uniforme vermelho e dourado, havia um duende.
Subiram os degraus de pedra branca até o duende. Ele ficava pelos quadris de James. Tinha uma cara escura e inteligente, uma barba em ponta tal como mãos e pés muito compridos. O duende os cumprimentou com uma reverência quando entraram. Em seguida depararam com um segundo par de portas, desta vez de prata, onde havia gravado o seguinte:
Entrem, estranhos, mas prestem atenção,
Ao que espera o pecado da ambição,
Porque os que tiram o que não ganharam
Terão é que pagar muito caro,
Assim, se procuram sob o nosso chão,
Um tesouro que nunca enterraram,
Ladrão, você foi avisado,
Cuidado, pois vai encontrar mais do que procurou.
Dois duendes se curvaram quando eles passaram pelas portas de prata e desembocaram em um grande saguão de mármore.
Havia mais de cem duendes sentados em banquinhos altos atrás de um longo balcão, escrevendo em grandes livros-caixas, pesando moedas em balanças de latão, examinando pedras preciosas com óculos de joalheria. Havia ao redor do saguão portas demais para contar, e outros tantos duendes acompanhavam as pessoas que entravam e saíam por elas. Se aproximaram do duende mais velho do banco, um grande conhecido da família Potter, que se encontrava sentado ao centro do balcão, estudando um livro.
– Bom dia, Grimm. — Cumprimentou James.
– Bom dia, Sr. Potter. – Respondeu o duende, deixando de lado o livro e o olhando por cima do balcão. – Que deseja, senhor?
– Tenho dois pedidos. – Começou o Gryffindor – Primeiro gostaria de retirar dinheiro de meu cofre. Em segundo, me podia informar, em geral, sobre as propriedades e quem é o atual herdeiro ou herdeira, da família Prince?
O duende o olhou fixamente, com tanta seriedade que assustou Lily.
– Me desculpe. – Falou o duende, arranjando os óculos em seu rosto rugoso – Mas não lhe posso dar essas informações. São confidenciais.
– A situação é a seguinte… – Começou por explicar que Severus não tinha acesso à fortuna de seus avós porque sua mãe tinha sido deserdada por fugir e se casar com um Muggle, e se não haveria forma de ele recuperá-la e ser o novo herdeiro.
– Como a Srta. Eilleen Prince foi repudiada por seus pais quando fugiu com o Sr. Tobias Snape, não tem direito legal para desfrutar de suas propriedades – Começou – Mas seu filho, embora não tenha o apelido de família, mas tem o sangue, por isso pode ter direitos legais se tal o desejar.
– Como? – Perguntou Lily, curiosa.
– Basta vir ao banco e tirar uma gota de seu sangue. – Explicou o duende – Ao encostar na porta, se ela abrir, quer dizer que é aceite como novo herdeiro. Se não abrir….
– Não será aceite. – Terminou James, olhando preocupado para a ruiva.
– E quando o Sr. Snape falecer, – Continuou Grimm, como se não tivesse sido interrompido – toda a fortuna passa para as mãos do Ministério da Magia, alegando que suas contas não tem dono.
Os dois jovens se olharam, admirados com as informações. Lily falou, temerosa por seu amigo:
– Temos de fazer algo por Sev.
– Não se preocupe. – Tentou consolá-la James – Veremos o que poderemos fazer para ajudá-lo.
Voltando a olhar para o duende, perguntou:
– Quando Severus poderá vir aqui?
– Aconselho que venha depois de completar a maioridade. – Respondeu Grimm – Se for aceite como herdeiro, já poderemos ter os documentos finalizados e o Sr. Snape terá a chave dos cofres e todos os pertences de sua família.
– Entendido. – Respondeu James, retirando sua chave de ouro para fora. O duende, entendendo que tinham terminado a conversa, se ergueu da cadeira e pegou na chave.
– Sigam-me, por favor. – Pediu e eles o acompanharam a uma das portas que havia no saguão. Grimm segurou a porta aberta para eles passarem. Agradeceram, e se viram em uma passagem estreita de pedra, iluminada por archotes chamejantes. Era uma descida íngreme, em que havia pequenos trilhos. Grimm assobiou e um vagonete disparou pelos trilhos em sua direção. O duende embarcou primeiro, sendo seguido por Lily e James. Eles se seguraram o melhor que podiam, e partiram.
A princípio eles apenas viajaram em alta velocidade por um labirinto de passagens cheias de curvas. O vagonete barulhento conhecia o caminho, porque Grimm não o estava dirigindo. Os olhos dos dois estudantes ardiam no ar frio que passava rápido por eles, mas mantinham-nos bem abertos. Passaram por um fim da passagem e viram uma labareda.
– Sempre que passo por aqui penso que há aqui um dragão. – Comentou Lily ao ouvido do amigo – Haverá mesmo?
– Não faço ideia. – Respondeu James, com sinceridade, embora pensasse o mesmo.
Mergulharam ainda mais fundo, passaram por um lago subterrâneo onde se acumulavam no teto e no chão enormes estalactites e estalagmites. Finalmente, o vagonete afinal parou ao lado de uma portinhola na passagem. Saíram e Grimm passou por eles, destrancando a porta do cofre da família Potter. Lily arregalou os olhos espantada. Dentro havia montes de moedas de ouro. Colunas de prata. Pilhas de pequenos nuques de bronze e, até, pequenos diamantes.
– Uau! – Exclamou a ruiva. O Gryffindor deu um sorriso de lado, e entrou. Pegou em um saco, com cordéis de ouro e a letra “P” gravada no pano castanho. Pegou em um punhado de moedas de ouro, contando rapidamente. Tinha tirado 100 galeões. De certeza que daria para comprar o presente de seu namorado.
Saíram do cofre de James e Lily pediu:
– Podia ir para o cofre 710, por favor, preciso de tirar dinheiro.
– Com certeza, senhorita. – Respondeu o duende e entraram novamente no vagonete. Viajaram mais para o fundo agora e ganharam velocidade. O ar foi se tornando cada vez mais frio enquanto disparavam pelas curvas fechadas. Sacolejavam por uma ravina subterrânea, agarrados firmemente ao ferro do vagonete. Temiam cair pelo buraco infinito, escuro e úmido, e nunca mais serem vistos. Ou pior.
Pararam no cofre e o duende saiu, entregando a chave a James. Pegou na de Lily e a abriu. O Maroto ficou espantado ao ver os livros dos anos retrasados de Lily, juntamente com uma pilha de moedas de ouro, prata e bronze. Era tão pouca coisa que nem metade do cofre ocupava.
– O Ministério me ofereceu esse cofre e dinheiro para meus anos escolares. – Informou Lily, um pouco encabulada. James acenou, compreensivo, e viu a amiga retirando várias moedas. Voltaram para o vagonete e, depois de mais uma viagem descontrolada, chegaram, chegaram à claridade do sol do lado de fora de Gringotts.
Saíram do banco, agradecendo ao duende, e percorreram lojas onde pudessem comprar um presente para o Slytherin. Entraram na livraria, e Lily lhe decidiu oferecer um livro que Severus namorava há muitos anos, mas que era dispendioso. Passaram pela seção de Herbologia, todos agrupados por autores, caminhando para a zona de Poções.
Percorreram mais algumas lojas, entrando e percorrendo as estantes cheias dos mais variados produtos. James observava atentamente, não sabendo o que lhe comprar e estava se sentindo frustrado. Sua amiga o incentivava a continuar, sabendo que, se procurassem bem, encontrariam um bom presente.
Continua...