Um Beijo Inesperado de Natal - Snames

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    Capítulo 15

    Tensão entre Irmãos

    Bissexualidade, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi! Primeiro agradeço os comentários, os favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está o novo, espero que gostem. Bjs emoticon

    Acordaram antes do almoço e se levantaram da cama. James propões que tomassem uma ducha rápida antes de descerem e Severus aceitou. Se lavaram rapidamente, com receio de que alguém aparecesse, se limparam e o Gryffindor retirou do armário um uniforme lavado, uma capa negra de inverno, um gorro e luvas e guardou tudo dentro do bolso. Se vestiram e James pegou na capa e os cobriu, se dirigindo para o corredor em direção ao Salão Comunal. Entraram silenciosamente, vendo que só se encontravam duas pessoas, e que elas se estavam dirigindo para a porta.

    Apressaram o passo, se colocando atrás dos dois garotos e saíram para o corredor. Seguiram-nos calmamente em direção ao Salão Principal, de mãos dadas, descendo as escadas em caracol. Ao chegar às Escadarias Principais, James tocou no pulso de Severus, para que ele parasse. O Slytherin o olhou, inquiridor, e ele fez um gesto para que esperasse. Vendo que estavam sozinhos, tirou a capa e roubou um selinho a seu namorado, que sentiu suas bochechas se aquecendo.

    Desceram as escadas, escutando as conversas alegres de seus colegas. Entraram, vendo as quatro mesas repletas de estudantes. A mesa do corpo docente ainda não estava completa, faltava o diretor. Com um sorriso nos lábios, se afastaram e James se sentou na mesa de Gryffindor, ao lado de seus amigos. Vendo que Padfoot iria abrir a boca, falou simplesmente:

    – Você não vai gostar de saber onde estive, Pad. – Sirius resmungou entre dentes e percorreu com o olhar a mesa das serpentes. Regulus o olhou fixamente, como se o incentivasse a cometer um deslize, e ele se virou novamente, roubando uma batata à palito do prato de seu namorado.

    – Hei! – Exclamou Remus, e Sirius o olhou inocentemente, antes de se virar para seu prato. Sentiu um toque em seu ombro esquerdo e se virou para seu amigo, vendo que ele saboreava um delicioso arroz de pato. Pelo canto do olho viu Moony lhe tirando um pedaço de carne e o tentou impedir, mas ele foi mais rápido. Piscando o olho, Remus saboreou o pedaço de carne e o resto do almoço foi calmo.

    Ao terminar de comer, James se levantou e saiu do Salão Principal, esperando por Severus. Seu namorado rapidamente se colocou a seu lado. Os estudantes estavam abandonando o local e se dirigindo para a porta de saída. Também iam para Hogsmeade aproveitar o ultimo dia de férias.

    – Acho que vou buscar um agasalho. – Comentou o Slytherin e se afastou. James deitou um olhar ao traseiro redondo de seu namorado, antes que ele desaparecesse de seu campo de visão. Alguns colegas passaram por ele, o cumprimentando. Essa era uma das vantagens de ser popular, na sua opinião, todos querem um pouco de sua atenção.

    Colocou o gorro na cabeça e as luvas nas mãos. Enrolou o cachecol em redor de seu pescoço e avançou dois passos, entrando no jardim. Delicados flocos de neve caiam do céu, aterrando suavemente no solo branco e em suas roupas. Ergueu uma mão e viu um pequeno floco caindo em sua luva, se desmanchando e molhando o tecido. Ficou distraído, observando as árvores nuas, repletas de neve.

    Uma mão pousou em seu ombro e ele estremeceu, antes de olhar para o lado. Severus tinha um gorro de lã em sua cabeça e que tapava suas orelhas. Suas mãos estavam protegidas com luvas negras uma longa capa o cobria até aos joelhos.

    – Se assustou? – Perguntou o Slytherin, entrelaçando seu braço nos quadris de seu namorado. James acenou, o imitando:

    – Estava distraído. – Se desculpou, e caminharam calmamente ao longo do jardim, em direção ao enorme portão de ferro, onde se encontrava o zelador. Filch os observava, desconfiado, com Madame Norra a seu lado, lambendo uma pata. Estava monitorizando o portão. A seu lado se encontrava uma bela carruagem, montada por Testrálios, embora não os conseguissem ver. Ignorando o zelador e sua gata, James abriu a porta, convidando seu namorado a entrar. O Slytherin entrou rapidamente, sendo seguido por Potter, que bateu com a porta.

    Se sentaram e sentiram a carruagem se movimentando. O Maroto sorriu maliciosamente, se chegando para junto de seu namorado. Tocando com seus dedos escuros no rosto pálido, chegou o rosto dele junto do seu e o beijou, seus lábios se roçando carinhosamente. Sentiu os olhos ónix o olhando, expectante.

    – Eu te amo. – Severus encostou a cabeça em seu ombro, os movimentos da carruagem os embalando. O Gryffindor afastou as cortinas escuras das janelas, vendo que estavam entrando no povoado.

    – Chegámos. – Alertou James, observando as pessoas caminhando ao longo da estrada coberta de neve e crianças fazendo batalhas com grandes bolas em suas mãos. Severus se endireitou do banco acolchoado, olhando por cima do ombro de seu namorado, ao mesmo tempo que ajeitava suas roupas. A carruagem parou e o Gryffindor abriu a porta, saltando para a estrada. Estendeu sua mão para o Slytherin, que a aceitou e desceu cuidadosamente as escadinhas. A carruagem se afastou para procurar um lugar para estacionar. Um vento suave, mas gelado, acariciava seus rostos e Severus se juntou a seu namorado, desejando se aquecer um pouco mais. James rodeou seu braço na cintura, o puxando para si.

    Caminharam em direção ao “Três Vassouras”, enquanto conversavam. O Gryffindor observava a alegria contida de seu namorado, os lábios rosados se movendo repetidamente. Estava pronto para lhe roubar um selinho, quando escutaram vozes exaltadas e gritos. Se afastaram, assustados, olhando em redor. Pegaram nas varinhas e correram em direção aos gritos. O Gryffindor se perguntou: “Será que Voldemort decidiu atacar Hogsmeade?”

    Viram, mais à frente, um aglomerado de alunos, em roda, uns gritando para que parassem, outros incentivando. A voz de Remus se sobressaiu acima das restantes, ordenando para que Sirius parasse. Percebendo que seus melhores amigos estavam envolvidos em confusão, James apressou o passo, sendo seguido por seu namorado. Sons de tapas, gemidos de dor e socos ecoavam do meio da multidão. Preocupado, parou à frente de Moony que, ao vê-lo, agarrou em seu braço.

    – Sirius e Regulus estão lutando! – Exclamou, sua voz saindo estridente pelo medo. Seu rosto marcado por cicatrizes estava pálido e tenso – Já tentei separá-los, mas não consegui!

    – Você está brincando! – Exclamou James, chocado. Severus avançou para a multidão, forçando passagem. Conseguindo espaço, parou no centro da roda e estacou, horrorizado.

    Um fio de sangue escorria ao longo do rosto de Sirius, que estava em cima de Regulus e socava seu irmão. O Black mais novo estava deitado na neve, manchada de sangue, e escondia seu rosto com as mãos. Frank Longbottom, Amos Diggory e Goyle tentavam, inutilmente, afastá-los. Lily estava um pouco mais atrás, agarrada a Marlene e gritando para que eles parassem. Peter se remexia, nervoso, tentando afastar sua namorada, Mary e Dorcas da confusão. Severus percebeu que ela queria ajudar, mas poderia se machucar seriamente. Se os dois irmãos não fossem afastados o mais rapidamente possível, acabariam por se matar.

    – Parem! – Gritou Severus, se atirando ao Black mais velho. Sirius estava tão furioso, que não se apercebeu que era o namorado de seu amigo. Ao sentir braços o agarrando, atirou sua cabeça para trás, atingindo o nariz do Slytherin. Severus o largou de imediato, tapando seu nariz e gritando de dor. Suas mãos pálidas rapidamente se encheram de sangue e a voz assustada de Lily ecoou pelo povoado:

    – Sev! – James, ao escutar o grito receoso de sua colega, correu para o meio da confusão. Seus colegas se afastaram, receosos e ele viu seu namorado sentando no chão, com Lily a seu lado lhe oferecendo um lenço, manchado de vermelho: 

    Percebendo o que tinha acontecido, lançou um feitiço a seu amigo:

    – Petrificus Totalus! - O corpo de Sirius se transformou em pedra e ele caiu rigidamente de lado, com o braço ainda estendido para desferir mais um soco em seu irmão caçula. Frank estava um pouco afastado, com Alice a seu lado, e ele percebeu que sua bochecha estava avermelhada e suas roupas desgrenhadas. Sua namorada tentava saber se ele tinha algum osso partido, antes de se afastarem. Os dois Slytherins foram ajudados por colegas, resmungando entre dentes de dores. Uma voz ressoante ecoou pelo local e todos se viraram, vendo a Professora Mc Gonagall, com as vestes xadrez esvoaçando atrás de si e de ar furioso.

    ­– Que está acontecendo aqui? – Alguns alunos deram alguns passos para trás, não querendo que a professora lhes desse detenção.

    – Regulus Black gritou com Sirius Black que ele era uma vergonha para sua família. – Comentou Bertha Jorkins, cuja voz fina denotava seu temor – Que ele e seus pais tinham vergonha de serem seus parentes. Que ele sempre tinha manchado o nome de sua família em várias ocasiões e que gostava de o fazer. Sirius Black respondeu que tinha orgulho de ser como era e que não se importava o que pensava uma “cambada de esnobes desprezíveis”. Regulus Black ficou com raiva, - Continuou ela – e ofendeu Remus Lupin, o chamando de “lobisomeme pobre e mestiço nojento”. Black lhe lançou um feitço e, entre maldições e palavrões, se atacaram, professora.

    A Chefe da Casa dos Leões olhou para a figura maltratada de Regulus, que estava sendo observado por Hagrid. Ele tinha os olhos fechados e o rosto coberto de sangue. O meio gigante estava vendo se tinha algum osso partido, antes de o erguer e o levar de regresso ao castelo. Pegou nele delicadamente e Regulus soltou um gemido de dor:

    – O garoto está muito maltratado, ´fessora. – Disse, olhando de relance para Sirius, cujo feitiço já lhe tinha sido removido e se desculpava a Severus, que lhe deu um sermão sobre “idiotas corajosos, família unida e bobagens de irmãos”. O Slytherin já se tinha levantado e falava rapidamente, com voz anasalada, enquanto Lily lhe tentava curar o nariz. Só quando a ruiva soltou um de seus inesquecíveis gritos é que ele parou de se mover e ficou quieto, para que ela o tratasse.

    ­– Episkey! – Murmurou Lily, tocando com a varinha no nariz torto e ensaguentado de Severus e escutou um gemido de dor, seguido de um xingamento.

    ­– Au! Droga! – Resmundou ele, tocando cuidadosamente no nariz curado – Isso doeu!

    – Me desculpe, Sev. – Pediu ela, ao mesmo tempo que lhe limpava magicamente o sangue. Escutaram sons de cascos e olharam para os lados, vendo uma carruagem vindo na direção deles.

    – Você vai na carruagem para Hogwarts. – Informou a Prª Mc Gonagall friamente, mesmo ao lado de Sirius – Cinquenta pontos lhe serão retirados, Sr. Black, e terá detenção comigo, depois de Madame Pomfrey o liberar. Estamos entendidos?

    Sirius queria protestar, mas uma dor na costela o impediu. Ficou em silêncio, enquanto era ajudado por James e Remus a entrar na carruagem. A Professora entrou de seguida e Remus se virou. A palidez ainda não tinha sumido de seu rosto e ele falou:

    – Vou com Padfoot, para ver como ele está.

    – Não se preocupe, Remus. – Falou Marlene, que se tinha aproximado e colocava um braço no ombro de James. – A gente irá visitá-lo mais tarde.

    – Obrigado. – Agradeceu o Gryffindor, e entrou na carruagem, que se começou movimentando. Observaram enquanto se afastava e a ruiva comentou:

    – A gente tentou impedir, mas eles estavam tão furiosos um com o outro, que foi impossível.

    – Mas, vocês estão machucadas? – Perguntou Severus, temeroso. À sua volta, os estudantes começaram se dispersando, voltando a seus passeios.

    – Não, mas obrigada por perguntar, Severus. – Agradeceu Marlene – Conseguimos escapar por pouco.

    – Vamos entrar no pub? – Perguntou o Slytherin, seu corpo tremendo, enquanto olhava para a entrada do “Três Vassouras” – Acho que vou pedir um chocolate quente.

    – Eu também. – Comentou Lily, sorrindo para seu amigo e se aproximando dele. Se abraçaram, e se dirigiram rapidamente para o pub, ansiosos por colocarem a conversa em dia. Marlene e James seguiram-nos silenciosamente, sabendo que aquele momento era muito importante para ambos.

    Continua...


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