Um Beijo Inesperado de Natal - Snames

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 14

    Laços Renascidos

    Bissexualidade, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi! Primeiro agradeço os 100 comentários!, os 146 favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está o novo, espero que gostem. Bjs emoticon

    Se afastaram e caminharam lentamente, sentindo que, mesmo com as camadas de roupa que usavam e os feitiços de aquecimento, aquele dia seria um dia muito friorento. James estava satisfeito consigo mesmo, enquanto observava a felicidade de seu namorado, tão semelhante à de uma criança, quando abria seu presente de Natal e encontrava o que mais tinha desejado.

    Severus tinha um largo sorriso no rosto ruborizado pelo frio e seus olhos negros brilhavam intensamente. De vez em quando, lhe dava um beijo na bochecha em sinal de agradecimento. Sentindo os lábios suaves contra sua pele, James sentia sua excitação crescendo. Tentando se controlar, sussurrou em seu ouvido:

    – Se não parar agora, o levarei para uma sala e o possuirei ai mesmo. – Severus enrubesceu de vergonha perante suas palavras, mas sussurrou, provocador:

    – Talvez seja esse meu objetivo…

    – Severus… – Avisou Potter, sentindo seu membro ficando rijo. Colocou as mãos nos bolsos das calças, tentando esconder seu problema, e pensou em Filch com uma calcinha de renda. De imediato, sua excitação desapareceu. Suspirou, aliviado, e deu um tapa de leve no traseiro de seu namorado, o assustando. Se olharam nos olhos, Severus percebeu a excitação contida de olhos cor de avelã, e falou:

    – Me desculpe James, mas é que eu estou tão feliz.

    – Eu entendo. - Falou o Gryffindor, sinceramente – Mas, é que seus lábios são tão gostosos, que me excito só de senti-los em minha pele.

    – Oh… – Severus disse, sem saber o que responder. Entrelaçaram suas mãos, e se dirigiram para o Salão Principal, sentindo seus estômagos reclamando com a fome. Entraram no Salão aquecido, um delicioso odor a comida se erguendo no ar e hesitaram. Queriam se sentar juntos, mas não se sentiam confortáveis na mesa rival.

    – Você quer se sentar com meus colegas? – Perguntou James, vendo a expressão calculista de seu namorado. Severus respondeu, hesitante:

    – É melhor não. – E completou – Vou para minha mesa ver como estão os

    ânimos.

    – Tá bom. – Respondeu ele, um pouco decepcionado. Se separaram sem se despedirem, sabendo que todos os olhares estavam postos neles e não queriam provocar um alvoroço. Se sentaram em suas mesas, Severus sendo prontamente incomodado com perguntas de Slytherins preocupados. Respondia com calma, sabendo que não poderia fazer nada. Pressentia que, mais cedo ou mais tarde, Lucius lhe enviaria uma carta, querendo explicações. Malfoy tinha sido seu mentor, uma pessoa em que pudera confiar seus receios, desabafar um pouco. Era das poucas pessoas que conhecia sua situação familiar, embora não tenha sido muito específico ao falar de seu pai Muggle.

    Seus pensamentos foram interrompidos quando centenas de corujas entraram de repente pelas janelas, circulando as mesas até verem seus donos e deixarem cair as cartas e pacotes no colo deles.

    Uma bela coruja negra, de porte altivo, pousou à sua frente e Severus a reconheceu como sendo seu mentor. Tirou a carta de sua pata e ela ficou quieta, esperando resposta. Olhou para o envelope, vendo que era vulgar, em branco, e não um berrador. Abriu, retirando três pergaminhos. Dois deles estavam brancos e um continha uma letra fina e legível. Se endireitou e leu em surdina, seu sobrolho se franzindo ao longo da pequena leitura:

    “Severus,

    Como você se encontra?

    Não sei o que está acontecendo em Hogwarts, meus informantes me comentaram que há rumores de que você está namorando um Gryffindor, acima de tudo, James Potter. Isso é verdade?

    Meu amigo, preciso de uma resposta urgente. Estou preocupado com você.

    Esperando resposta,

    Lucius”

    Pegou nos pergaminhos brancos vazios e pediu uma pena a seu colega, que tinha acabado de enviar uma resposta a seus pais, e escreveu:

     “Lucius,

    Todos os rumores que você escutou, são verdadeiros. Não me pergunte como, mas eu me apaixonei por Potter.

    Tudo começou una dias depois do Natal, estava saindo da biblioteca em direção ao Salão Comunal, quando eu e Potter embatemos. Não o vi, porque ele estava com sua famosa capa de invisibilidade. Cai no chão, mesmo por baixo de um visco. Claramente, tentei me desviar dele, mas Potter agarrou meu braço, me impedindo de continuar, dizendo que não iria sair dali. Fiquei furioso, mandando ele me soltar. Mas ele afrouxou o aperto e eu consegui me libertar. Eu tentei fugir, mas Potter me agarrou pela cintura e caímos no chão, ele por cima de mim e nossos lábios se tocaram.

    Fiquei chocado na altura, mas agora percebo porque ele me tratava daquele jeito. Era uma forma absurda de tentar chamar minha atenção. James Potter é um idiota.

    Decidi no dia seguinte, exigir explicações. James revelou que estava apaixonado por mim, e disse que, se não quisesse nada com ele, me deixaria definitivamente em paz.

    Não pude deixar de reagir, suas palavras tinham sido muito sinceras. Corri atrás dele e o beijei.

    Começamos namorando a partir daquele momento. Lupin e Black foram os primeiros a saber. Ficaram chocados, mas aceitaram com alguma relutância (Black, óbvio). Tentamos ser os mais discretos possíveis, mas já conhece a impulsividade Gryffindor. Um dia, James me disse para nos encontramos debaixo das escadas principais. Ele me pregou um susto de morte, mas que passou rapidamente. Quando saímos das escadas, ele me puxou para seus braços e me beijou. Talvez tenhamos sido vistos, mas não sei por quem.

    Tudo estava correndo bem, até essa manhã. Descobri meus colegas exigindo satisfações de meu namorado, à porta do Salão Comunal de Gryffindor. Nunca pensei que pudessem se juntar para me proteger. Fiquei muito surpreso, mas tudo correu pelo melhor.

    Foi isso que aconteceu, meu caro amigo. Não se preocupe, não estou sob o efeito de nenhuma maldição ou poção de amor. Simplesmente, me apaixonei.

     Severus”

    Guardou a carta dentro do envelope em branco e a entregou à coruja, que bebia um pouco de água de um copo que uma menina do primeiro ano lhe entregava. Chamando sua atenção, prendeu a carta na pata e ela piou em resposta antes de levantar voo.

    Vendo a coruja desaparecendo, e se perguntou como poderia tanta gente se preocupar com ele. Queria enviar uma carta a sua mãe, lhe contar as novidades, mas sabia que seu pai iria reagir muito mal. Não queria que, nem ela, nem a coruja, sofressem algum dano caso ele estivesse bêbado. Pegou em um prato e escolheu um molho de waffles recheados de chocolate, encheu seu copo com suco de laranja e uns biscoitos de gengibre. Comeu com calma, sendo interrompido várias vezes por seus colegas. Observava James, de vez em quando. Ele tagarelava com seus colegas, que o escutavam, atentamente. Olhou para seu prato, cortando as waffles calmamente e, saboreando com uma leveza que há muito não sentia, seu café da manhã.

    OoOoO

    Quando terminaram, os estudantes se levantavam e saíam do Salão Principal. James se levantou, desejando estar sozinho com seu namorado a fazer amor com ele. Descobrira que era mais intenso ter esse contato íntimo com uma pessoa que amava do que com alguém que não sentia nenhum tipo de afeição. Se recordou de sua primeira vez, tinha catorze anos na altura e tinha sido com uma amiga de sua família, dois anos mais velha que ele.

    Tinham escapado da festa aborrecida dos pais dela, que moravam nos arredores de Paris. Se tinham dirigido para o quarto da garota, onde tiveram, em sua opinião, um momento nada excitante.

    Mas, com Severus, tudo tinha sido especial.

    Saiu de seus pensamentos e ajeitou o cachecol negro que estava enrolado em seu pescoço. Enquanto esperava que Severus acabasse seu café da amanhã, viu Lily e Marlene saindo do Salão Principal, de mãos dadas. Ambas usavam felpudos gorros na cabeça, puxados até às orelhas, para se aquecerem. Elas sorriram para ele, enquanto se afastaram. Discretamente, tocou no bolso das calças, sentindo o volume de sua capa de invisibilidade. Sua varinha e sua capa eram os únicos pertences que andavam sempre com ele, a toda a hora. Viu Severus saindo do Salão Principal, olhando em volta para ver se o via. Acenou, vendo o Slytherin vindo na sua direção. Se colocando a seu lado, perguntou:

    – Que fazemos agora? – James deu um sorriso maroto, tocando sugestivamente em seu traseiro. Severus o afastou com um tapa firme e ele fez bico, respondendo:

    – Estava pensando em…hum…ficarmos sozinhos em uma sala…nos beijando. – Severus percebeu de imediato suas reais intenções. Passou por ele, seus corpos se roçando. O Gryffindor sentiu seu membro enrijecendo com o toque e a agarrou pelos quadris, o puxando para si. Severus mordeu os lábios para não deixar escapar um gemido ao sentir a excitação de seu namorado.

    – Hum… – Ronronou – Me parece…interessante.

    Subiram as escadas o mais rapidamente possível em direção à primeira sala de aula vazia.

    –“Alohomorra”. – Sussurrou, abrindo a porta e se colocou de lado para deixar seu namorado passar e observar os corredores. Seguio-o de imediato, a fechando magicamente e lançando feitiços de privacidade no local. Estava desejoso por tocar novamente em Severus, sentir sua pele nua, escutar seus gemidos e pedidos. Se virou e estacou, sentindo seu membro se enrigecendo.

    Snape estava sentado na mesa do professor, o olhando com os olhos semicerrados e lambendo sugestivamente seu dedo.

    ­– Sev... - Sussurrou, avançando para o Slytherin. Afastando suas pernas, se encostou a seu namorado, suas mãos acaricando as roupas quentes, até encontrarem a pele pálida. Severus estremeceu ao sentir as mãos frias e suspirou ao sentir os lábios suaves contra seu pescoço. James mordiscava cada pedaço de sua pele, subindo para o lóbulo de sua orelha. Seus suspiros escapavam de seus lábios sem que pudesse evitar.

    Uma mão quente entrou dentro de suas calças, afastando sua cueca e tocando em seu membro rijo.

    – Hum... – Ronronou o Gryffindor em seu ouvido – Você precisa de ser cuidado. Não é verdade, meu amor?

    – Sim... ­– Suspirou Severus, observando seu namorado se ajoelhando, desapertando seu cinto e descendo suas calças. Sua cueca não escondia o volume de seu membro. Baixou o tecido, vendo o membro intumescido saltando entre seus olhos. Entreabriu os lábios, tocando suavemente na ponta avermelhada de seu membro. Gemeu alto, surpreso com o toque molhado e acariciou os cabelos rebeldes, sentindo como seu namorado brincava com seu membro.

    James começou realizando movimentos de vai e vem, sentindo Snape gemendo cada vez mais rápido, enquanto o incitava a engolir cada vez mais. Seu dedo acariciava a entrada de seu namorado e realizou um feitiço lubrificante, a sentindo quente e escorregadia.

    Severus deixou escapar um longo gemido ao sentir os dedos do Maroto o preparando cuidadosamente. Mexeu seu corpo para a frente, desejando mais contato. O Gryffindor o deitou na mesa, com uma mão, enquanto o preparava com a outra.

    Seus dedos entravam a saiam com rapidez, vendo o prazer de seu namorado aumentando. Severus gemia e se remexia contra si, de olhos semicerrados e boca entreaberta.

    – James... – Ronronou – Preciso de você, agora.

    Escutando o desejo na voz de seu namorado, lançou um feitiço não verbal, as roupas de ambos deslizando para o chão da sala. Se ergueu, se posicionando em sua entrada, impulsionou seu corpo para a frente e gemeu de prazer.

    Severus gemeu longamente, sentindo como era preenchido, tentando ignorar a dor inicial. Ao se ver dentro de seu namorado, Potter esperou que seu desconforto passasse, enquanto beijava seu rosto e seus lábios, para o distrair.

    –Pode se mover. – Falou Severus, se sentindo mais cômodo. James começou se movendo, aumentando lentamente o ritmo das estocadas. Severus o agarrava com força, suas pernas pálidas e marcadas entrelaçadas em seus quadris.

    As mãos brancas como a neve tocavam em seu corpo, apertando seu traseiro contra ele, aprofundando a penetração. James soltou um gemido rouco ao mesmo tempo que Severus arqueava seu corpo e gemia repetidamente seu nome, a voz suave como seda, que espelhava seu desejo, multiplicando seu prazer:

    – James... – Avisou ele, entregue a seu prazer – Oh, Merlin!

    O Gryffindor aumentou o ritmo das estocadas, entrando e saindo rapidamente do corpo de seu namorado. Observou como ele se arqueva contra si, estremecendo ao mesmo tempo que gritava seu nome e libertava sua essência.

    Estocou mais fundo, ao mesmo tempo que o sentia relaxar, e ejaculou em seu interior, mordendo o lábio inferior para não gritar.

    Se sentindo cansado, respirou fundo algumas vezes, para ganhar força e sair de seu interior. Pegou na varinha, que estava no meio de suas roupas e lançou neles um feitiço de limpeza ao mesmo tempo que perguntava:

    –Gostou? – Severus, que ainda tentava controlar sua respiração, se levantou lentamente e respondeu, enquanto pegava em suas roupas.

    – Sim, e você? – Pegando nas suas, começou se vestindo ao mesmo tempo que respondia:

    –Eu também. – Se vestiram rapidamente e saíram da sala, Severus saindo primeiro e olhando em redor do corredor, para ver se via gente, mas estava deserto. Seu corpo reclamava por descanso depois da maravilhosa sessão de sexo. Se dirigiram para Torre de Gryffindor debaixo da capa de invisibilidade. Entraram ao mesmo tempo que uma garota, tentando não lhe tocar.

    O Salão Comunal estava repleto de estudantes que descansavam antes do início das aulas, que seriam no dia seguinte. Avançaram em direção aos dormitórios masculinos, parando na ultima porta.

    James entreabriu a porta, verificando se estava alguém. Percebendo que o local estava vazio, entraram e ele fechou a porta. Apontando para uma das camas que se encontrava no centro do dormitório, falou:

    – Aquela é minha cama, se você quiser se deitar. – Severus acenou com a cabeça e, se sentindo cansado, caminhou para a cama protegia pelas cortinas e as afastou. Uma bela e larga cama, de lençóis vermelhos surgiu à sua frente. Se deitou, sentindo o tecido de seda contra sua pele e suspirou, satisfeito.

    – A que horas você quer se encontrar com Lily? – Perguntou Potter, enquanto procurava entre seus pertences uma pena e um pergaminho.  

    – Pelo início da tarde seria bom. – Respondeu Severus, sal voz saindo ligeiramente sufocada. Estava com a boca encostada ao travesseiro e estava quase adormecendo. James pousou o pergaminho em cima de um livro de Herbologia e começou escrevendo uma resposta.

    Severus escutava os sons da pena riscando o pergaminho, sendo seguidos pelo dobrar da folha e um momentâneo silêncio, antes de uma janela se abrir e o vento entrar no dormitório. Se encolheu instintivamente, mas não sentiu frio. Um piar ecoou pelo dormitório e Snape abriu seus olhos, vendo James afagando a penugem castanho clara de sua coruja, que tinha pousado em seu ombro. Seu namorado atou a carta à pata levantada, vendo a ave levantando voo de seguida.

    O Maroto voltou fechando a janela e se virou, sorrindo ao ver que seu namorado o observava. Severus esticou o braço e James atravessou rapidamente o dormitório e se deitou a seu lado.

    – Eu te amo, James. – Ronronou o Slytherin, antes de encostar a cabeça em seu peito e adormecer profundamente. Observando a figura adormecida de seu namorado e respondeu, antes de seguir para os braços de Morfeu:

    – Eu também te amo…

    Continua...


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