Um Beijo Inesperado de Natal - Snames

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    Capítulo 10

    Uma Tarde no Lago Negro

    Bissexualidade, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi! Lamento a demora, mas não pude atualizar mais cedo. Minha vida esteve um pouco atribulada e tive de deixar a fanfic um pouco de lado. Mas agora tentarei postar com mais frequência.

    Agradeço os comentários, os favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. São eles que me fazem continuar. Muito obrigada. Bjs emoticon

    Sentiu os braços musculados de seu namorado rodeando seu peito e uns lábios suaves em direção dos seus. Seu corpo, que tinha ficado tenso, relaxou aos poucos. Suspirou e deslizou suas mãos ao longo das costas largas, protegidas pelo uniforme. Sentiu o corpo de James estremecendo com seu toque.

    Os lábios do Maroto mordiscavam carinhosamente os de Snape, o provocando, sentindo como o tímido Slytherin roçava seu corpo no dele. James sentia a tensão do corpo de seu namorado desaparecendo aos poucos.

    Severus sentia seu namorado se afastando, as mãos brincando com seus cabelos negros e longos, antes de voltar a beijá-lo. Era um beijo suave, delicado. Os lábios se tocavam com paixão. Queriam aproveitar aquele momento a sós, todas as oportunidades eram bem vindas. Sufocou um gemido ao sentir James o erguendo e o encostando contra a parede, o prendendo contra si. Entrelaçou suas pernas nos quadris e suspirou ao sentir os lábios dele pressionando os seus. Acariciou os cabelos rebeldes, sentindo um gemido escapando dos lábios de seu namorado.

    – Sev… - Ronronou o Gryffindor, e Severus deixou escapar um resmungo ao sentir o beijo sendo quebrado. Sentiu os lábios de seu namorado tocando em sua testa, descendo por seu nariz afilado até sua boca. Trocaram um selinho e James perguntou, carinhosamente, enquanto o baixava:

    – Assustei você?

    – Sim. – Respondeu o Slytherin, com sinceridade – Está muito escuro e não vi você.

    – Me desculpe. – Pediu o Gryffindor, acariciando seu braço. Tinha pensando que estar ali debaixo, com Severus, seria bom para ambos. Não pensou que poderia assustá-lo – Só pensei que aqui fosse mais seguro para a gente ficar namorando a sós.

    – É um bom sítio. – Comentou Severus, não querendo que James se sentisse mal consigo mesmo. Pensou que aquele local era ótimo para escapadelas de amantes, e se perguntou como ele o sabia.

    – Você já trouxe alguém para aqui? – Interrogou, um pouco ciumento. Queria saber se seu namorado já tinha trazido para aquele lugar alguma pessoa.

    – Não. – Respondeu James, percebendo os ciúmes no tom de sua voz – Foi Padfoot, quer dizer, Sirius que me falou desse lugar.

    – É um pouco escuro. – Confessou o Slytherin, que não gostava de se sentir vulnerável. Mesmo que estivesse começando a gostar de James, seu sentido de autopreservação era maior. – Só consigo ver sua forma nas sombras.

    – Você quer sair daqui?

    – Não. – Disse, o abraçando – Até estou gostando.

    Encostou a cabeça no peito dele, não vendo o sorriso que tinha escapado de seus lábios. Escutou os batimentos suaves e ritmados do coração e suspirou, relaxando.

    – Quer ir passear perto do Lago Negro? – Questionou James, acariciando suas costas – Invisíveis na capa?

    – Mas a capa não vai acumular neve? – Comentou Severus, confuso e o Maroto esclareceu:

    – Sacudimos de vez em quando.

    – Tá bom. – Respondeu o Slytherin – Então eu irei buscar um livro para ler e nos encontramos na porta de entrada?

    – Sim. – Falou seu namorado, e se afastaram. Snape saiu debaixo das escadas e caminhou calmamente, sendo seguido pelo Gryffindor. James, inconsequentemente, o puxou para si e lhe roubou um selinho. Severus retribuiu, mas logo o afastou, com receio de que os vissem:

    – James… – Repreendeu, em voz baixa, olhando em redor, antes de voltar olhando para ele. Potter lhe piscou o olho e desapareceu por baixo da capa de invisibilidade. Severus o viu desaparecer, ao mesmo tempo que o observava carinhosamente, e abanou a cabeça. Cada um seguiu seu caminho, não reparando em duas Hufflepuffs do primeiro ano, escondidas atrás da porta de entrada, observando a cena de olhos arregalados e tapando a boca com as mãos.

    Severus entrou no corredor das masmorras, se encolhendo de imediato ao sentir o frio. As tochas continuavam produzindo fogo, e Severus desejou que elas aquecessem o local. Colocou os braços em frente ao corpo e só parou em frente ao retrato. Falou a senha, ansioso para estar dentro do Salão Comunal:

    – Salazar. – A porta se abriu e ele entrou para dentro da sumptuosa sala, onde a lareira crepitava, aquecendo o lugar. Sentindo o calor percorrendo seu corpo como uma carícia, deixou escapar um gemido de alívio e avançou até seu dormitório.

    Se dirigiu para sua cama e procurou entre seus livros, o que fosse mais interessante. Viu o livro de capa dura de DCAT avançado, que tinha trazido na noite em que esbarrara com seu namorado. Pegou nele e voltou para o Salão Principal. Subiu as escadas, em direção à porta e entrou para o corredor. Uma tocha se apagou por cima de sua cabeça, deixando o sítio mais escuro. Com os sentidos alerta, pegou a varinha, que estava guardada no bolso, e murmurou:

    – Lumus! - Um feixe de luz emanou de sua varinha, iluminando seu redor e continuou andando. Não era normal uma tocha se apagar de repente, principalmente em cima de sua cabeça. Parecia, até, uma premonição, de que algo iria acontecer. Abanou a cabeça, afastando esses pensamentos, não acreditava nessas coisas. Ao chegar ao final do corredor, desfez o feitiço. Guardou novamente a varinha e caminhou até à entrada, se encostando na porta de madeira. Ficou esperando seu namorado, folheando distraidamente seu livro, estando atento ao que se passava em seu redor.

    – Boa tarde, Severus. – Escutou a voz agradável do Diretor – Tudo bom com você?

    O Slytherin levantou o olhar, vendo Dumbledore à sua frente, trajando umas longas vestes vermelhas por cima de uma bela túnica azul.

    – Boa tarde, Diretor. – Respondeu, polidamente, fechando o livro – Tudo bom, obrigado.

    – Ainda bem. – Comentou o Diretor, o olhando por cima de seus óclinhos de meia lua. – Vejo que você anda mais leve?

    – Leve, diretor? – Perguntou Severus, não entendendo suas palavras.

    – Sim, sinto que você está mais feliz. – Continuou Dumbledore, observando as feições de seu aluno – Como se estivesse, não sei, apaixonado.

    – Eu… – Snape não soube o que responder, a conversa do diretor estava ficando esquisita.

    – Se você quiser conversar, estarei disponível antes do horário de recolher. – Continuou ele, deixando o Slytherin mais abismado – Sabe, quando uma pessoa está apaixonada por outra, faz de tudo para ficar com ela, mesmo quando esse amor não é permitido por seus pares. Por muitas provações passam, mas o sentimento que eles albergam em seus corações fica mais forte com o tempo.

    – E o senhor acha que eu estou…apaixonado? – Comentou o Slytherin, se perguntando como ele tinha descoberto.

    – Sim. – Disse Dumbledore, sorrindo – Não é perceptível para todos, mas se nota. Seus olhos o revelam. Não deixe que o medo o sufoque, o impeça de ser feliz. Acredite em você mesmo, e no amor que sente.

    Severus o observava sem se mexer. Dumbledore ajeitou o chapéu vermelho berrante e cumprimentou:

    – Tenha um resto de boa tarde. – Se afastou, saindo para o jardim, deixando o Slytherin pálido. Por suas palavras, parecia que o diretor sabia de seu relacionamento com James Potter. Apertou o livro contra seu peito, sentindo seu coração batendo descompassadamente. Engoliu em seco, olhando pensativo para a parede à sua frente. Não soube quanto tempo ficou em silêncio, quando sentiu uma mão seu ombro e estremeceu, olhando assustado para o Gryffindor:

    – Está tudo bem, Severus? – Perguntou James, o observando com preocupação, enquanto saíam para os jardins do castelo – Que aconteceu?

    – O Diretor… – Hesitou, não sabendo como começar. Ainda estava em choque. – O Diretor veio ter comigo e….

    Explicou a curta – e estranha – conversa. Seu namorado usava um belo gorro cor de vinho, um cachecol fofo com o símbolo de sua casa e umas luvas negras como a noite. Escutava-o, de cenho franzido, não sabendo o que dizer. Como Dumbledore poderia ter descoberto? Eles tinham sido tão cuidadosos….

    Escutaram gritos alegres e viram, ao longe, um grupo de crianças fazendo uma batalha com bolas de neve. Elas corriam para todos os lados, protegidas dos pés à cabeça com roupas grossas de lã, tentando se esquivar da neve. Quando seu namorado terminou de falar, James desejou abraçá-lo, mas de lembrou que estavam visíveis.

    – Droga… – Murmurou, olhando em redor. Tirando as crianças, mais ninguém se encontrava no jardim. Provavelmente os estudantes e professores tinham ido passear para Hogsmeade, o único vilarejo completamente bruxo da Grã-Bretanha.

    – Que foi? – Perguntou Severus, se virando para ele. O Slytherin observou a expressão assustada de seu namorado, uma mão estava pousada no longo casaco de lã e percebeu o que faltava. Arregalou os olhos, temeroso, e pediu, sua voz saindo um pouco desesperada:

    – Tape a gente, depressa! – James retirou a capa de invisibilidade de dentro do bolso e a estendeu em redor deles, os tapando. Olhou em volta, ninguém os tinha visto, e suspirou, aliviado.

    ­- Me desculpe. – Pediu James, envergonhado – Fique tão absorto com sua conversa, que me esqueci.

    – Não há problema. – Respondeu o Slytherin, sentindo seu coração querendo escapar de seu peito. Sua respiração rápida produzia bafos de ar quente. Continuaram o caminho, tentando se recuperar do susto. Seguravam a capa em frente para que ela não escapasse devido ao vento fresco e sacudiam de vez em quando.

    Se dirigiram para o Lago Negro e viram a água totalmente congelada, com grandes buracos abertos magicamente para que a Lula Gigante pudesse vir à superfície. As árvores nuas estavam carregadas de neve. Severus olhou para trás e percebeu que estavam deixando pegadas, que os iria denunciar. Resmungando consigo mesmo por se terem esquecido desse pormenor, pegou na varinha e realizou um feitiço não verbal, apagando o rastro.

    – Quer se sentar por baixo daquela árvore? – Perguntou o Gryffindor, apontando para um grupo de pinheiros, um pouco mais à frente.

    – Sim. – Respondeu Snape, lançando feitiços de privacidade e invisibilidade em redor do lugar, para que não fossem interrompidos. Pararam por baixo de um belo e grande pinheiro, de longos folhas verdes e um tronco rugoso. James tirou a capa e a guardou no bolso das calças. Pegou na varinha e fez aparecer uma longa toalha azul, a pousando na neve. Se sentaram, James encostando suas costas contra o tronco e Severus pousando a cabeça em suas coxas. Abriu o livro e começou lendo, sentindo as mãos de seu namorado em seus cabelos negros, massageando a cabeça.

    Severus suspirou, relaxando aos poucos. Ficaram observando o ambiente em redor, os feitiços os protegendo do frio. James beijava sua testa, tentando ver o que seu namorado estava lendo. Era não era muito fã de livros, preferia Quidditch. Mas seu namorado era o oposto de si, o que não era nada ruim em sua opinião. Percebendo que era um livro de DCAT, o tirou de suas mãos e escutou seu namorado exigindo:

    – Me dê o livro!

    – Só se me der um beijo. – Pediu o Gryffindor, desejoso por sentir os lábios dele contra os seus. Nunca pensou que se pudesse viciar por Severus. Snape abanou a cabeça em negação e tentou lhe tirar o livro, mas James se colocou em cima dele, o impedindo.

    – James! – Gritou Severus, se sentindo envergonhado com sua posição, mas seu semblante estava franzido. Estava debaixo de seu namorado, arquejando e de pernas abertas. Se observaram por longos momentos, vendo o rosto de James contra o seu. O livro se encontrava a seu lado, pousado na toalha. Tendo uma ideia, falou maliciosamente:

    – Só se eu puder evitar. – Declarou Snape e fez cócegas em seu estômago. James se tencionou e seus braços tremeram, tentando se equilibrar, mas ele não se rendeu. Deliciado por ter descoberto uma fraqueza em James, continuou, querendo saber quanto ele aguentaria. Viu gotas de suor se formando em sua testa, seu rosto ruborizado pelo esforço.

    – Severus… - Avisou, para que ele parasse, mas Snape não lhe obedeceu. Largou o livro e agarrou seus pulsos, o impedindo de continuar. O Slytherin se debateu, tentando se soltar, mas os lábios de James tocaram os seus como uma carícia. Suspirou com o toque, relaxando, e se entregou ao beijo. Nunca pensou que beijar fosse tão viciante. Sentiu as mãos firmes acariciando seu rosto. Pousou as suas nos quadris, entreabrindo sua boca. Suas línguas se misturavam com delicadeza, suas bocas deixando escapar gemidos abafados.

    Seus dedos percorreram os músculos tensos das costas de seu namorado em direção a seu traseiro, e o apertou, sentindo sua firmeza. James impulsionou seu corpo para a frente, demonstrando sua excitação. Severus, sentindo que o ar estava escasseando, quebrou o beijo. 

    Suas respirações estavam ofegantes e seus lábios vermelhos. Percebeu que os cabelos de James estavam mais revoltosos que o normal, o deixando ainda mais bonito. James sorriu, apaixonado, antes de lhe falar:

    – Eu te amo, Severus. – O coração de Severus estacou por momentos, antes de voltar batendo ritmicamente. Com uma mão, acariciou o rosto ruborizado de seu namorado, e respondeu:

    – Eu também te amo, James. – O Gryffindor se endireitou e o puxou para seus braços. Sentindo o corpo quente e suave contra o seu, Severus só desejou que, pela primeira vez em sua vida, tudo lhe corresse bem.

    Continua…


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