Um Beijo Inesperado de Natal - Snames

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    Capítulos:

    Capítulo 9

    Um Almoço entre Colegas

    Bissexualidade, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi! Primeiro agradeço os comentários, os 101 favoritos!, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Bjs emoticon

    Severus abriu seus olhos e se moveu na cama, sentindo uma pontada dolorosa em seu traseiro. Soltou um gemido estrangulado e sentiu uns braços suaves rodeando seus quadris.

    – Você está bem? – Escutou a voz preocupada de seu namorado. Severus olhou para o lado e enxergou o rosto do Maroto. Os olhos avelãs o observavam atentamente, com um brilho apaixonado, mas também preocupado.

    – Sim. – Respondeu Severus, orgulhoso, não querendo revelar que sentia dores. No entanto, James não acreditou no que tinha falado. Se levantou sem dizer uma palavra e se dirigiu ao banheiro. Severus escutou a água correndo na banheira e se manteve quieto, para não sentir dor. Olhou para o peito desprotegido e reparou que tinha chupões em sua pele pálida. Enrubesceu ao se lembrar do ocorrido dentro daquele dormitório e escutou a água sendo fechada. James passou pela porta e Snape se apercebeu de nudez de seu namorado. Apreciou a pele cor de chocolate, observando os músculos rígidos e o peito delineado. Mordeu o lábio ao ver o membro longo e semi ereto do Gryffindor. James deu um sorriso malicioso ao reparar no rubor que cobriu as bochechas pálidas de seu namorado.

    – Gosta do que vê? – Perguntou, e viu Snape desviar o olhar, envergonhado.

    – Cale a boca. – Respondeu o Slytherin, cruzando os braços em frente do peito e escutando a risada cristalina de Potter. James se aproximou e afastou os lençóis. Severus se sentiu ser levantado e levado ao colo até ao banheiro. O Gryffindor se apercebeu que o dormitório de seu namorado estava aquecido graças à lareira que se encontrava acesa ao fundo, perto da porta, o fogo crepitando e criando formas fantasmagóricas nas paredes. 

    Severus encostou sua cabeça no peito definido, escutando as batidas ritmadas do coração. Entraram no banheiro, vendo a banheira cheia de água e espuma. Sentiu a água morna em contato com a pele e soltou um gemido, deliciado.

    – Ah…que bom… – Ronronou, deitando a cabeça no mármore frio. Potter transfigurou uma toalhinha em uma bucha felpuda e entrou na banheira, se sentando a seu lado. Colocou um pouco de shampoo, com um suave odor a ervas, fazendo espuma, e massajou as costas do Slytherin, com movimentos suaves e circulares. Severus suspirou, sentindo seu corpo relaxando aos poucos.

    – Está bom? – Perguntou, deslizando a bucha ao longo das costas de seu namorado, sentindo a tensão desaparecendo aos poucos de seu corpo. Seus olhos se fixavam nas cicatrizes esbranquiçadas, finas e longas, se perguntando como um pai poderia ser tão cruel a ponto de machucar se próprio filho, sangue de seu sangue, só porque era diferente.

    – Sim. – Respondeu Severus, flexionado as pernas e colocando a cabeça entre os joelhos. O Maroto largou a bucha e, com as mãos, realizou uma massagem, pressionando em várias áreas do corpo dolorido. Escutou um gemido de dor e suavizou o toque, ouvindo seu namorado resmungando entre dentes. Snape arqueava suas costas, sentindo os ossos estalando e inspirou fundo, suspirando de seguida. As mãos de James eram mágicas, lhe transmitiam uma sensação de relaxamento, algo que nunca tinha sentido em toda sua vida.

    – Está bom… – Falou, algum tempo depois. Seu corpo estava mais relaxado que nunca, não sentia nenhuma dor, o que era raro para ele. Sentiu as mãos fortes, mas delicadas ao mesmo tempo, abandonando seu corpo e se virou, reparando que os olhos castanho esverdeados o observavam com carinho, os lábios carnudos entreabertos e aproximou seu rosto do dele, o beijando carinhosamente.

    Sentiu os braços musculados envolvendo seus quadris e o puxando para ele. Deixou escapar um gemido baixo de deleite e abriu a boca ao sentir a língua de seu namorado acariciando seus lábios, desejando senti-lo por completo. Suas línguas se tocaram com suavidade e doçura e Severus estremeceu, se agarrando a James. Tocou com as mãos molhadas nos cabelos rebeldes, sentindo sua maciez e aprofundou o beijo, soltando um gemido baixo:

    – Sev…- Ronronou James em seu ouvido e Severus estremeceu, sentindo uma pontada de dor em seu coração. Há muito tempo que ninguém se dirigia a ele com esse apelido. A única pessoa tinha sido Lily. Mas se apercebeu de que gostava do tom de voz de seu namorado quando o falava. Se separaram e Potter comentou, ao mesmo tempo que seu estômago soltava um ronco baixo:

    – Estou com fome. – O Slytherin percebeu que também sentia vontade de comer, e respondeu:

    – Eu também. A gente já termina o banho e vai para o Salão Principal.

    Seu namorado concordou e tiraram a tampa do ralo, vendo a espuma descendo suavemente juntamente com a água. Se levantaram e tomaram uma ducha rápida, trocando selinhos apaixonados. Desligaram a água e convocaram toalhas, se enrolando no tecido felpudo. Limparam-se, James observando o traseiro do Slytherin com avidez.

    – Po…James! – Gritou Severus, enrubescendo, envergonhado e recebendo, em resposta, um selinho na bochecha rosada. Seu rosto ruborizado se aqueceu um pouco mais, ficando vermelho como um tomate. James observou as bochechas cor de carmim, vendo como ele ficava adorável. Entraram no dormitório e Severus se dirigiu ao armário, retirando um uniforme lavado, um cachecol, roupa interior, luvas e um gorro. Se limpou rapidamente, sendo imitado por James, que se teve de contentar com seu uniforme amarrotado.

    Terminou de se preparar e, vendo a roupa de seu namorado, lançou um feitiço não verbal, a colocando como nova.

    – Obrigado, Severus. – Agradeceu James, contente e Severus comentou:

    – Não há problema. – Se dirigiu para a porta e a abriu, observando o corredor. Vendo que estava vazio, olhou por cima do ombro, e falou:

    – Podemos ir. - James pegou na capa de invisibilidade e se escondeu, seguindo seu namorado. Saíram do dormitório e caminharam pelo corredor, ficando atentos às portas, à espera que algumas delas se abrissem, mas tal não aconteceu. Entraram no Salão Principal, vendo alguns Slytherins do segundo ano se dirigindo para a porta, enquanto um pequeno grupo de garotos do terceiro entrava, protegidos com longos casacos de pelo, cachecóis verdes e prateados e luvas negras protegendo suas mãos. Os rostos tinham um intenso rubor devido ao frio e conversavam entre eles sobre a batalha de neve que tinham praticado.

    Snape avançou em direção à porta e saiu para o frio corredor, sentindo a presença de seu namorado atrás de si. Caminharam a passo normal, nem muito depressa, nem muito devagar, tentando passar despercebidos. Principalmente James, que tentava não embater em nenhum estudante.

    Entraram para o hall do castelo, sentindo o calor percorrendo seus rostos e James suspirou, percebendo que seu nariz estava gelado. Viram alunos das restantes Casas descendo as escadas. Severus seguiu-os e estava quase entrando no Salão Principal, quando escutou a voz baixa de seu namorado contra seu ouvido:

    – A gente tem de se separar. Vou entrar depois, tá bom? – O Slytherin fez um movimento imperceptível com a cabeça, mostrando que tinha entendido, e entrou.

    O Salão Principal estava decorado com enfeites natalícios: ao longo do local estavam doze árvores de Natal ricamente decoradas, luzes coloridas piscando repetidamente, com grandes bolas de várias cores. No topo, estavam cintilantes estrelas de cinco pontas.

    Pousadas nas mesas do Grande Salão estavam biscoitos saborosos, cerca de cinquenta gordos perus assados e montanhas de batatas assadas e cozidas. Travessas de salsichas, terrinas de ervilhas passadas a manteiga também se podia encontrar, tal como pilhas de bombinhas de bruxo, que as crianças iam buscar e brincar escutando, de vez em quando, estrondos e risadas.

    Pequenos trenós com Papais Noéis voavam por cima de suas cabeças, distribuindo doces, que caiam nas mesas. Uma pequena mesa se encontrava no centro, onde já estava sentado um grupo de, aproximadamente, vinte pessoas. Do teto encantado, que estava enfeitiçado para parecer o céu lá fora, e para espelhar o tempo que fazia, desciam pequenos flocos de neve. Até dava a sensação de que o Salão se abria para o céu.

    Snape se dirigiu para uma das mesas e pegou em um prato, enchendo com o delicioso peru assado com batata que estava à sua frente.

    Procurou um lugar para se sentar e percebeu dois ao lado de Black e de Lupin. Não queria se sentar ao lado dos Marotos para que as pessoas não desconfiassem, mas não havia mais nenhum disponível. As restantes cadeiras estavam ocupadas. Resignado, se sentou na cadeira mais afastada, olhando para a porta com aparente desinteresse. James foi o ultimo entrando e olhou em volta, procurando Severus e seus amigos.

    Viu Peter perto da Professora Mc Gonagall, conversando com uma Hufflefuff do sexto ano, estavam muito entretidos um com o outro. Pelo tempo que passava com a garota, se percebia que a relação deles estava dando certo. Avançou para as mesas e pegou em um prato, enchendo com salsichas, ervilhas passadas a manteiga e batatas assadas. Quando os viu, sentados no meio da mesa, avançou calmamente até eles e se sentou entre seu namorado e Remus. Sem olhar para o Slytherin, começou saboreando a comida, enquanto conversava com os dois Marotos.

    Severus encheu seu copo com suco de abóbora, Saboreou a refeição, como sempre, estava deliciosa. Percebeu que os Marotos conversavam em surdina e tentou ouvir a conversa:

    – …mas vocês não apareceram! – Escutou a voz revoltada de Black – Onde vocês estiveram?

    – Eu e Severus estivemos… – Dizia James, em tom de desculpa – “ocupados”.

    – Eu e Moony também estávamos “ocupados”, – Resmungou Sirius – quando vocês nos interromperam.

    Remus interrompeu a conversa, sabendo que seu namorado não se calaria mais:

    – Siri, pare. Que bom que Severus não está almoçando com a gente, senão ficaria envergonhado com essa conversa.

    Severus decidiu se desligar do diálogo entre os Marotos, não queria escutar mais. Continuou seu almoço, observando os trenós passando à frente de seu rosto e deixando cair balas de chocolate à sua frente. O diretor Dumbledore se encontrava no topo da mesa, usando um chapéu vermelho berrante. Seus olhos azuis brilhantes observavam atentamente os quatro estudantes, percebendo, por suas posturas, que algo tinha mudado entre eles.

    Mesmo estando se ignorando, havia algo de diferente que o diretor não sabia identificar. A seu lado, a Professora Mc Gonagall, conversava com sua colega, a Professora Sprout. Decidiu perguntar a alguns alunos como estava sendo o Natal em Hogwarts, se estavam se divertindo e eles respondiam afirmativamente.

    Terminaram o almoço os Marotos de deliciaram com um prato de Abóbora Assada, uma sobremesa que Severus detestava. Se decidiu por comer alguns doces espalhados pelos trenós e recolheu-os. Não lhe apetecia muito comer, mas também não queria ser o primeiro a se levantar da mesa. Seria o centro das atenções e ele não gostava. Saboreou o líquido do chocolate negro deslizando por sua garganta e lambeu os lábios, não reparando no olhar intenso de James em sua direção.

    Sirius se apercebeu da atitude de seu amigo e lhe atirou com um pedaço de pudim para o rosto. James exclamou, olhando para o amigo.

    – Padfoot!

    – Não olhe demasiado para o que não deve… – Aconselhou seu amigo, continuando saboreando a sobremesa, com uma expressão arrogante. James se apercebeu do que ele estava falando e a voltou seu olhar para o pudim, terminando rapidamente.

    Severus, que tinha em suas mãos uma bengala doce, sentiu uma mão em seu bolso e olhou para o lado, vendo os Marotos se levantando. Discretamente, retirou um pergaminho dobrado, abriu-o e leu:

    “Me encontre por debaixo das escadas Principais. JP”

    Machucou o papel e se levantou, saindo do Grande Salão. Pegou na varinha e, com um movimento firme, a mensagem ficou em cinzas. Viu seus colegas se separando, a maioria se dirigindo para seus Salões Comunais, para jogarem Snap Explosivo. Alguns Ravenclaws do sétimo ano se dirigiram para a biblioteca para estudarem e, os restantes se encaminharam para os jardins do castelo, para travarem uma batalha de bolas de neve, ou construir bonecos de neve. Se vendo sozinho, caminhou até à parte interior das escadas. Viu que estava muito escuro e arregalou aos olhos, assustado, ao mesmo tempo que um vulto vinha em sua direção.

    Continua…


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