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Oi! Primeiro agradeço os comentários, os favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada.
Esse capítulo contém cenas de teor sexual. Se não gosta, por favor, não leia. Se ler, espero que aproveite. Bjs
Severus e James tinham terminado de tomar um agradável café da manhã: panquecas recheadas com chocolate, waffles, café preto com pequenos marshmallows boiando na bebida deliciosa e biscoitos de gengibre.
Os elfos domésticos foram extremamente prestativos com eles, lhes entregando a comida em muitas quantidades, os obrigando a recusarem alguma delas, para tristeza das criaturas. Mas logo eles disseram que iriam querer mais, para mais tarde, o que os deixou mais contentes.
Saíram da cozinha com os estômagos saciados e James retirou de dentro do bolso do uniforme o Mapa do Maroto. Severus observou com curiosidade o pedaço de pergaminho, vendo como ele funcionava e se admirou como ele trabalhava:
– Eu juro solenemente não fazer nada de bom. – Disse James e, imediatamente, linhas de tinta começam a delinear as seguintes palavras:
Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
têm a honra de apresentar
O MAPA DO MAROTO
Então se tornaram visíveis todos os detalhes dos terrenos e do castelo, além dos pontinhos minúsculos que se moviam, sendo as pessoas que se encontravam dentro e fora de Hogwarts.
Procuraram os nomes de Peter, Sirius e Remus, e viram que Black e Lupin estavam em uma sala vazia no terceiro andar. Peter se encontrava na biblioteca, acompanhado por Zoey Cooper, Frank Longbottom, Alice, Mary McDonald e Dorcas Meadows.
Decidiram ir ter com o casal, para lhes contar as novidades. Caminharam calmamente pelos corredores, percebendo que alguns retratos os observavam com curiosidade, tentando entender o que um Gryffindor e um Slytherin estavam fazendo juntos, enquanto outros os ignoravam. Severus tinha o sobrolho franzido, não entendendo o que estava acontecendo. James tinha o mapa à frente deles, vendo os pontinhos dos dois Gryffindors se mexendo para a frente e para trás, de forma suspeita.
– O que eles estão fazendo? – Perguntou Snape, seu rosto demonstrando a confusão que estava sentindo. Não estava entendendo porque os pontos se moviam daquele jeito esquisito. James hesitou, não sabendo o que responder. Não se lembrava de alguma vez o mapa atuar de uma forma tão inusitada.
– Não faço ideia. – Respondeu, sinceramente, sem deixar de andar. Escutaram alguns andares abaixo conversas animadas, mas ignoraram. Entraram no corredor do terceiro andar e escutaram um ruído baixo, semelhante a um gemido. James ficou alerta, temendo que alguém estivesse machucado. Severus caminhou até à porta e hesitou, temendo entrar. Retirou a varinha de dentro da manga do uniforme, uma forma rápida de se conseguir proteger de seus inimigos e viu James se colocando a seu lado.
O Gryffindor tocou com a varinha no mapa e disse:
– Malfeito feito! – O Mapa do Maroto voltou a ficar branco e ele o dobrou, o guardando dentro do bolso das calças. Encostaram as orelhas à porta, tentando escutar algum ruído.
Sons abafados vinham do lado de dentro e Severus falou:
– Não será melhor abrir a porta? Eles podem estar com problemas. – O Maroto hesitou, pensando quando seria a próxima lua cheia de Remus e notou que seria na semana seguinte. Com receio de que ele não estivesse bem e Sirius, com seu orgulho, não o tivesse levado à enfermaria, colocou a mão na maçaneta e abriu a porta de rompante.
Olharam para dentro da sala e Severus arregalou os olhos ao ver a cena à sua frente, empalidecendo de seguida. Queria gritar, mas sua voz mão saia. James sentiu seu rosto aquecendo e tossiu, incomodado. Seus melhores amigos estavam despidos, deitados na mesa do professor. Suas roupas estavam amachucadas e espalhadas ao longo do chão. O animargo estava por baixo de Remus, ambos suados pela atividade que estavam fazendo, de respirações ofegantes.
Eles olharam para a porta e pararam de se mover, em choque. Severus tapou seus olhos com as mãos, escutando pedidos de perdão, roupas sendo vestidas. Sentia o rosto se aquecendo aos poucos ao relembrar a situação íntima que tinha assistido.
James ajeitou os óculos, que tinham deslizado por seu rosto. Já tinha visto seus amigos se beijando, se abraçando, mas nunca naquela intimidade. Desviou o olhar, ouvindo os resmungos de Sirius e sons que preferia nem adivinhar.
– Já podem abrir os olhos. – Escutou, algum tempo depois, a voz rouca de Padfoot. Obedecendo a seu pedido, olharam para a frente e viram que os dois garotos já estavam com os uniformes devidamente vestidos. Olhou para seu namorado, que tinha o rosto ruborizado, claramente desconfortável.
Remus olhou perspicaz para o rosto do casal e deu um sorrisinho satisfeito. Sirius os observou com suspeita, perguntando de seguida:
– Como foi a conversa?
– Correu bem. – Respondeu James, calmamente, observando suas reações. A expressão desconfiada de Sirius se suavizou ao ver um sorriso em seu rosto.
– Que bom que conseguiram colocar vossas divergências de lado. – Falou Remus, com sinceridade – Estou muito feliz por vocês.
E comentou a seu namorado, como se eles não estivessem ali:
– Pelo menos já não teremos de escutar Prongs se lamuriando pela falta de atenção de Severus.
– Moony! – Gritou James, envergonhado com as palavras de seu amigo. Sirius soltou uma gargalhada, que mais parecia um latido e Severus observou, espantado, sua reação. Potter deu um sorrisinho tímido e, enquanto acariciava seus cabelos negros, os despenteando ainda mais. Snape, que olhava para a comunicação silenciosa dos amigos, revelou, de rompante, querendo saber como eles iriam reagir à revelação:
– Eu e James estamos namorando. – Sirius arregalou os olhos, não esperando essas palavras. – Mas em segredo.
– Como é que é? – Falou, chocado – Mas, não é possível…
Nunca em toda sua vida pensaria que James e o Ranhoso fossem amigos, muito menos namorados. Observou atentamente os olhos castanhos esverdeados de seu amigo, procurando um indício de que ele estava amaldiçoado. Percebeu que brilhavam intensamente na direção do inimigo e falou, acusador:
– Você o enfeitiçou, Snape! - Severus se empertigou, revoltado, e gritou:
– Não fiz nada disso!
– Fez, sim! – Rosnou o Gryffindor, pegando na varinha, pronto para lhe lançar uma azaração. Automaticamente James se colocou à frente de Severus, protegendo-o e gritou:
– Eu não estou amaldiçoado, Pad! Pare com isso! – Ao ver a posição defensiva de seu amigo, estacou, não querendo machucá-lo.
– Está, sim! – Exclamou o animargo, bramindo a varinha no ar, deixando escapar umas faíscas douradas – Só porque você tem uma queda por Snape, não quer dizer que já estejam em um relacionamento! Foi só uma conversa, pelo amor de Merlin!
– Porquê? – Perguntou James, querendo saber. Viu seu amigo hesitar, não sabendo o que responder de imediato. Remus estava ao lado de seu namorado, de varinha em punho, para impedir algum ataque dele.
– Porque vocês se odeiam há muitos anos! – Exclamou Sirius, seu rosto demonstrando confusão – Com a conversa, pelo menos, poderiam se dar bem. Mas não é possível que já estejam namorando!
Sentiu uma mão firme pousando em seu ombro.
– Eles se amam, Siri. – Falou Remus, olhando calmamente para seu namorado – Há muito tempo. Eles nunca se odiaram, só não sabiam como demostrar que estavam apaixonados um pelo outro.
– Você sabia? – Perguntou ele, olhando chocado para seu namorado. Os olhos cor de âmbar brilhavam intensamente em sua direção. – Prongs lhe contou?
– James não me falou nada. – Respondeu Lupin, um pouco exasperado, se dirigindo para seu namorado e o olhando nos olhos – Mas eu percebi.
Sirius soube de imediato que não deveria falar mais nada e se calou. Remus tinha formas invulgares de saber as coisas, como se sentisse o que os outros sentiam. Talvez tivesse o dom da empatia, embora nunca lhe tivesse dito. Talvez ele nem sequer soubesse.
– Está bom. – Disse, a ideia entrando aos poucos em sua mente. Sabia que iria ser difícil, mas iria tentar. Queria sair rapidamente daquela sala e ir ao Diretor dizer que James estava apaixonado por um Slytherin, mas percebeu que seria um absurdo de sua parte.
Lupin sorriu e se aproximou deles, os puxando para um caloroso abraço. James deu uma risada e Severus se tencionou, não estava habituado a abraços. Remus percebeu seu desconforto e se afastou. Sirius se colocou ao lado de seu namorado e, olhando para o Slytherin, lhe apontou a varinha e ameaçou:
– Se você machucar Prongs de alguma maneira, eu juro que se irá arrepender para o resto de sua vida.
– Siri!
– Padfoot! – Gritaram James e Remus ao mesmo tempo, o repreendendo com o olhar. Sirius não reparou nas expressões intimidadoras, observava Snape, querendo mostrar que estava falando seriamente.
– Não se preocupe, Black. – A voz suave de Severus ecoou pela sala, uma promessa que iria cumprir – Eu não irei machucar James.
– Nem eu irei machucar você, Sev. – Garantiu Potter, se intrometendo na conversa, o olhando apaixonadamente. Snape sorriu com timidez e entrelaçou sua mão na dele, para espanto de todos. James abriu um largo sorriso e o beijou na bochecha.
– Potter! – Resmungou Severus, envergonhado, e eles perceberam porque seu amigo se tinha apaixonado pelo Slytherin. Ele ficava adorável ruborizado.
O animargo sorriu e apertou o ombro de seu amigo, reparando que ele exaltava felicidade. Os quatro se observaram, Snape tinha um belo sorriso em seu rosto pálido, que surpreendeu o casal. Perceberam que o Slytherin estava verdadeiramente feliz.
Conversaram entre eles, James e Severus contando detalhadamente como tinham revelado seus sentimentos e Sirius e Remus escutando com atenção.
Por fim, decidiram, depois de almoçar, de passar algumas horas no Lago Negro, aproveitando a serenidade daquele momento, antes da tempestade.
Continua…