Um Beijo Inesperado de Natal - Snames

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Um Sonhado Momento

    Bissexualidade, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi! Primeiro agradeço os comentários, os favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está a continuação, espero que gostem. Bjs emoticon

    Voava com uma indescritível leveza ao longo do campo de Quidditch em minha Cleansweep Seven, uma produção da Companhia de Nimbus de Vassouras de Corrida, e era considerada a melhor vassoura do mercado.

    Tinha sido oferecida por meu pai no meu décimo sétimo aniversário. O uniforme de cor negra, de tecido leve e com o símbolo da casa dos leões em cima de meu coração, se colava ao meu corpo, revelando meu físico trabalhado pelos treinos. Nas bancadas de madeira ainda se encontravam algumas garotas, me observando atentamente com expressões abobadas e apaixonadas. Elas estavam naquele sítio desde o início do treino. O treino de meu time já tinha terminado, mas eu estava aproveitando mais um pouco aquele sossego, enquanto esperava que ele chegasse.

    Estava uma bela tarde, o sol aquecia todo o campo e um vento suave acariciava meu rosto, me transmitindo uma sensação de relaxamento. Era apaixonado pelo voo, era uma das melhores sensações que já tinha experimentado em toda minha vida. Ao ver meu namorado entrando no campo, impulsionei minha vassoura para baixo e aterrisei suavemente na grama verde do estádio. Com a mão no cabo de madeira, caminhei em sua direção e senti seus braços rodeando meu pescoço. Nossos olhos se cruzaram antes de ele falar:

    – Você treinou maravilhosamente. – Sorri em resposta, sentindo meu peito inchando de orgulho por suas palavras. Vi seu rosto fino se aproximando do meu e fechei meus olhos quando uns lábios suaves tocaram nos meus, ao mesmo tempo que um agradável odor a ervas entrava em meu nariz. Inspirei fundo, ficando cada vez mais viciado por seu perfume.

    As mãos de Severus acariciavam meus cabelos rebeldes, os despenteando ainda mais. Era maravilhoso sentir seu corpo contra o meu. Escutei um gemido baixo vindo de meu namorado ao mesmo tempo que minhas mãos passeavam em suas costas. Sentindo o ar escasseando, nos separamos lentamente e olhei em seus olhos cor de ónix.

    – Você esteve estudando? – Perguntei, curioso. Uma parte de mim desejava que Severus tivesse visto meu treino, mas minha parte racional sabia que ele detestava Quidditch e que só vinha ver os jogos por minha causa.

    – Um pouco, sim. – Respondeu ele, olhando para mim. Vi um sorriso tímido em seus lábios e ele continuou:

    – Mas assisti uma parte de seu treino. – Observei meu namorado com espanto, não acreditando que ele tinha assistido mesmo. Ele odiava Quidditch, mas ao reparar em sua expressão orgulhosa, percebi que falava a mais pura verdade.

    - E gostei. – Admitiu ele, com altivez. Severus tinha orgulho de mim. – Estou muito orgulhoso de você, mesmo que você jogue contra minha casa.

    Sentindo uma felicidade estonteante dentro de mim, coloquei um braço em redor de seus quadris e caminhámos em direção ao vestiário masculino. Trocando um ultimo olhar, entrei sozinho e comecei a retirar minha roupa suada, a atirando para o chão.

    Liguei a água e deixei que escorresse pela banheira, esperando que aquecesse. Peguei em uma toalha felpuda de cor vermelha, juntamente com meu xampu de limão, uma criação de Severus. Coloquei tudo em cima da tampa do vaso sanitário e tirei os óculos. Com a visão desfocada, entrei na banheira semi-cheia de água morna e me sentei, sentindo meu corpo relaxando lentamente. Inspirei fundo, sentindo os sais em contato com minha pele quente.

    O silêncio preenchia o local, sendo quebrado pelo movimento da água. Estava tão bem, que senti minhas pálpebras se fechando aos poucos. Estava quase adormecendo quando escutei um ruído, pareciam passos. Abri os olhos de imediato, ficando alerta. Com o coração aos pulos, me ergui e olhei freneticamente para todos os lados. Não conseguindo enxergar ninguém, falei, minha voz saindo um pouco tensa:

    – Quem está ai? – Perguntei, cauteloso. Vi minha varinha em cima da toalha, estava um pouco fora de meu alcance. Minha visão era tão ruim que mal conseguia ver quem era a pessoa que estava à minha frente. Mas, quando ela se aproximou, senti um suave perfume a ervas e sorri, meu coração se acalmando aos poucos. Severus se ajoelhou ao meu lado e me perguntou, um pouco receoso com minha expressão:

    – Você está bem, James?

    – Sim. – Respondi, mais relaxado. Ergui meu braço e toquei com minhas mãos molhadas em seu rosto fino. Severus sorriu, antes de se aproximar de mim e me dar um suave beijo em meus lábios sôfregos. Estremeci com o toque e o puxei em minha direção, aproveitando a prazerosa sensação que percorreu meu corpo ao senti-lo em meus braços. Suas mãos pálidas acariciavam meu cabelo, ainda seco, e eu me afastei. Olhando atentamente para seu rosto, perguntei:

    – Você quer entrar? – Severus hesitou, e eu percebi que ele não desejava nada demasiado íntimo, nada de sexo. Querendo que ele se sentisse confortável, prometi:

    – Não faremos nada que você não queira. – Ele olhou em volta e, vendo que estávamos sozinhos, começou retirando sua roupa até ficar só de cueca. Dobrou o uniforme e colocou ao lado de minha roupa. Me ajeitei para que ele tivesse espaço ao entrar e Severus se sentou a meu lado. Ele se abraçou a mim, colocando uma mão em meu peito, e nos olhamos nos olhos, os olhos ónix continham um brilho misterioso. Nossos rostos se aproximaram e nossos lábios se tocaram suavemente. Senti sua mão molhada acariciando meu rosto. Nossas bocas se abriram, para aprofundar o beijo, e nossas línguas se tocavam com sensualidade. Meu corpo se arrepiava ao senti-lo contra mim. A mão de meu namorado percorria meus cabelos, descendo por meu pescoço, aprofundando o beijo. Quando sentimos que o ar estava faltando, nos afastamos e Severus sorriu, enquanto tocava com a mão em meu rosto. Peguei na mão e a beijei, vendo seu rosto adquirir um intenso rubor.

    – Eu te amo. – Declarei, meu tom de voz mostrando minha paixão. Percebi que meu namorado estava envergonhado com minha confissão. Ele, antes de deitar sua cabeça em meu peito, respondeu em voz baixa:

    – Eu também te amo, James. – Senti meu peito se aquecendo com suas palavras e pousei minha cabeça no mármore frio, sentindo o corpo de meu namorado contra o meu. Inspirei fundo, relaxado, acabando por adormecer.

    Continua….


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