Prontas para Amar - Jily.Franlice (completa)

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    12
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    Capítulo 12

    Capítulo 12

    Heterossexualidade

    Oi! Espero que tenham gostado do capítulo anterior. Aqui está mais um. Espero que gostem desse. Obrigada pelo comentário e pelos favoritos. Bjs emoticon

    A rotina de Alice tinha regressado ao normal. Saía à mesma hora de casa e conduzia até ao café, onde tomava seu habitual café da manhã. Naquele dia, pensava que iria ter um dia calmo, onde só escreveria artigos para a revista, mas sua irritante chefe, Umbridge, uma mulher com cara de sapo e sempre vestida de rosa, a tinha mandado cobrir a chegada de uma personalidade importante, o escritor búlgaro Igor Karkaroff, que tinha terminado de chegar de um congresso internacional. Vários chefes de redação tinham mandado seus jornalistas fazê-lo e, por isso, Alice estava no meio de uma multidão que tentava, sem êxito, uma entrevista. Estava sendo um dia terrível para ela. Pensava em Frank, também ele escritor, que escrevia calmamente seus poemas, tentando perceber como funcionava a alma. Ela o achava admirável, amável, belo.

    Seguia o homem, de gravador na mão, mas ele era convencido e não facilitava seu trabalho. Não tinha aceitado lhe dar uma entrevista em exclusivo. Mas, a verdade é que ela estava perdendo a paciência com ele.

    – E o que pensa da publicação de seus livros em nosso país? – Perguntou, sem consultar suas anotações.

    – Bom... – O homem respondia em monossílabos, para sua frustração, enquanto se aproximavam da porta onde se realizaria o congresso. Um segurança veio impedi-la de continuar a conversa, enquanto o escritor entrava.

    – Lamento, mas a senhora tem de terminar.

    – Mas, são só umas perguntas. - Tentou argumentar Alice, mas ele negou, enquanto a encaminhava para a saída. Ela olhou para seus braços fortes e morenos, e pensou como uma mulher se sentiria bem neles. Os olhos dele eram escuros e frios, como uma caverna, que a arrepiaram de medo, e era muito alto. À entrada, pararam, e ele perguntou:

    – Como se chama?

    – Alice Smith. - Respondeu ela, escutando sua voz grave, achando estranha sua pergunta.

    – Gostaria de tomar um café comigo? - Pediu ele e ela riu nervosamente com a audácia dele. Era muito estranho ele pedir para tomarem um café, já que eles nem se conheciam, e respondeu:

    – Tenho muito trabalho para fazer. Desculpe.

    – Ao menos posso ver sua carteira de jornalista? - Perguntou ele, estendendo a mão e ela se surpreendeu o pedido, mas retirou o cartão de dentro da bolsa. Ele pegou nele e leu com atenção, lhe devolvendo de seguida.

    – Alice. - Falou, como se saboreasse seu nome – Eu sou Rudolphus Lestrange.

    – Muito prazer, Sr. Lestrange. - Disse ela, seus sentidos em alerta, e continuou – Lamento, mas tenho trabalho para fazer e estou atrasada. Adeus.

    E se afastou rapidamente, não reparando no olhar lascivo que ele lhe lançava. Se dirigiu para o carro e voltou para seu emprego, onde começou um novo artigo, já que as perguntas do autor não tinham sido respondidas. O resto do dia tinha sido normal e, à noite, ficou por casa, já que Frank tinha trabalho para fazer. Decidiu ver um filme romântico na televisão e, quando sentiu sono, foi para a cama descansar.

    OoOoO

    Ela e Frank estavam junto ao rio, o mesmo rio de sua infância. Estavam sentados na grama e conversavam. Ele recitava poemas, enquanto beijava sua mão e Alice estava feliz. Um barulho os sobressaltou e se viraram, vendo Lestrange, seus olhos estavam frios e brilhavam de ódio. Ele correu até Frank e começou a bater nele violentamente, o esmurrando. Alice tentou impedi-lo, mas ele a empurrou com violência contra o chão e ela soltou um grito de dor. Deitada no chão, viu Frank sendo afogado na água, enquanto lutava pela vida. Tentou se levantar, mas não conseguiu. Horrorizada, viu que Frank não respirava, seu corpo flutuava nas margens do rio. Rudolphus se aproximou dela a passos largos e a puxou pelo cabelo, a fazendo gritar. Lágrimas escorriam pelo rosto dela, chorando a morte dele, enquanto Rudolphus a obrigava a olhá-lo nos olhos e dizia:

    ­– Você é minha, minha!

    – ­ Não! - Gritou ela, chorando a morte de Frank.

    – Minha! - Rosnou ele, enquanto rasgava suas roupas.

    – NÃO! - Ela acordou com seus próprios gritos, lágrimas escorrendo por seu rosto. Respirou repetidamente, tentando respirar, flexionou as pernas e se abraçou, chorando copiosamente durante muito tempo. Quando se acalmou um pouco, se levantou e foi ao banheiro. Lavou as mãos e o rosto com água fria. Através do espelho, conseguia ver seus olhos vermelhos e inchados. Se limpou com uma toalha felpuda e desceu em direção à cozinha. Preparou uma xícara de chá de camomila e bebeu tudo de uma vez. Ainda com o coração aos pulos, voltou para a cama, desejosa por voltar a dormir e esquecer o que tinha sonhado. Mas não conseguiu dormir o resto da noite, o sonho tinha sido muito real. Tinha dado voltas e voltas à cama, tentando arranjar uma boa posição para dormir, mas não tinha conseguido. Se levantou com olheiras e se preparou. Tomou banho, colocou um pouco de base, para que não se notasse tanto sua falta de descanso e realizou sua rotina, enquanto pensava no sonho. Tinha sido terrível. Tomou o café no sítio do costume e foi para o emprego.

    Quando chegou à sua mesa de trabalho, viu um ramo de belas rosas vermelhas. Viu um papel e leu o nome de Rudophus. Estremecendo, pegou nas rosas e as deitou ao lixo, se lembrando do sonho. Ligou o notebook, pronta para trabalhar, mas seu telefone tocou. Franzindo o sobrolho, atendeu. A voz de Mary McDonald disse do outro lado:

    – Alice, está aqui um homem que quer conversar com você.

    – Quem... – Começou ela, mas a voz de Rudolphus ecoou do outro lado:

    – Oi, querida.

    – Eu não sou sua querida! - Exclamou Alice, com um misto de raiva e medo.

    – Não diga isso. - Falou ele, em tom de zombaria – Estou aqui em baixo para vir buscar você. Vamos tomar um café.

    – Me deixe em paz! Não tenho nada com você! - Gritou ela, e alguns colegas a observaram, percebendo seu medo – Eu não quero nada com você! Eu tenho namorado!

    Sabia que era mentira, mas era uma forma de se livrar dele.

    – Não volte a me contatar, ou irei me queixar à policia! – Ordenou e desligou o telefone com violência, esperando que ele não voltasse a aparecer. Talvez não o fizesse, mas ela estava falando a sério. Colocou a mão no rosto e respirou fundo várias vezes, tentando se acalmar. Aos poucos, seus colegas viravam os rostos, mas comentavam em voz baixa o que tinha acontecido.

    Ela começara a amar Frank e aquele homem se colocava dentro dos pensamentos dela, sem ela querer. Um pigarreio a interrompeu de seus pensamentos e olhou para cima, vendo o rosto sério de Moody. Ele lhe entregou um papel, dizendo:

    – Para a senhora. - Tremendo, ela pegou nele e o segurança perguntou, desconfiado:

    – Está tudo bem?

    – Por favor, – Implorou Alice, sua voz trêmula – Não deixe aquele homem entrar nunca mais nesse estabelecimento, por favor.

    Ele percebeu seu estado alterado e respondeu:

    – Não se preocupe. Ele não voltará.

    – Obrigada. - Agradeceu ela, e ele se afastou, olhando para trás. Ela abriu o papel e leu:

    Não vou desistir de você

    Fica aqui meu email, minha morada, meu celular

    Estou esperando você

    Eu sei que você me quer

    Rudolphus L.

    Ela começou a chorar, se lembrando do sonho. Esperava que ele não fosse um perseguidor, que andasse atrás dela. Pelo menos, sabia que no emprego estava segura. Ele não a buscaria ali. Machucou o papel e o atirou para a lixeira. Limpava suas lágrimas enquanto Marlene aparecia à sua frente, seu rosto preocupado e com uma xícara de chá nas mãos. Lhe entregou e perguntou:

    – Quer conversar?

    – Não, Lene. - Respondeu Alice, bebericando seu chá, se sentindo mais calma – Obrigada, mas eu estou bem.

    – Se precisar de mim, fale. - Respondeu ela, e se afastou, a olhando com preocupação. Alice sorriu forçadamente e a amiga se afastou, a observando. Fechou os olhos e pensou em Frank, se sentindo, aos poucos mais calma para trabalhar.

    Continua....


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