Prontas para Amar - Jily.Franlice (completa)

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    Capítulos:

    Capítulo 11

    Capítulo 11

    Heterossexualidade

    Oi! Espero que tenham gostado do capítulo anterior. Aqui está mais um. Espero que gostem desse. Obrigada pelos favoritos. Bjs emoticon

    O jardim tinha bancos castanhos, de madeira. A grama era verde e estava úmida por ter sido regada uma hora antes. Flores de tons azuis e vermelhos atapetavam os canteiros. Se escutavam pássaros cantando nas árvores e o correr da água, fria e cristalina. Tudo era suave e belo, parecia uma cena tirada de um quadro. O céu, pintado de um azul claro e sem nuvens, fazia esse dia ainda mais sublime. Duas jovens de vestidos de algodão cor de rosa pálido e um verde esmeralda, respetivamente, tinham retirado os sapatos e estavam sentadas junto ao rio. Estavam com um ar triste, mas o pior já tinha passado.

    – Eu queria tanto ser feliz! – Exclamou, Alice, com lágrimas nos olhos.

    – E você vai ser. – Respondeu Lily, carinhosamente, enquanto abraçava a amiga – A gente vai ser.

    – Porque ele fez isso comigo? Porque me traiu com outra? – Se perguntou ela, a dor em seu rosto e o desespero em sua voz – Eu gostava tanto dele!

    Alice suspirou e recomeçou a chorar.

    – Alice, ele é um babaca. – Comentou Lily, tentando acalmar a amiga – Há de aparecer outra pessoa, a pessoa certa. Uma pessoa que você irá amar. Só tem de ter paciência. Ele era um idiota!

    – Mas eu gostava dele! – Repetiu Alice, sentindo uma dor aguda em seu coração, com o se ele tivesse sido rasgado em pedaços. Nunca tinha sentido tanta dor como naquele momento. Seu ex-namorado tinha quebrado, da forma mais cruel, todos seus sonhos e ilusões de adolescente apaixonada. 

    Lily, que observava o rio correndo lentamente, pensando em uma forma de ajudar sua amiga, se levantou de um salto e parou à frente dela. Alice limpou as lágrimas e a fitou com curiosidade:

    – Então, a gente vai combinar uma coisa. – Começou Lily, seriamente – A gente vai fazer, aqui e agora, uma aposta. Alinha?

    Alice fungou em assentimento e Lily continuou, com convicção:

    – Aposto com você que irei viver a mais bela história de amor de sempre! – Alice observou a amiga, espantada. Mas a expressão, “história de amor”, a fazia precisamente se lembrar de sua paixão despedaçada.

    – Então, você alinha, ou não? – Perguntou Lily, a incitando e ela, como uma garota que nunca gostava de ficar para trás, se levantou e declarou:

    – E eu aposto com você que irei viver uma história de amor mais bela que a sua!

    Se observaram em desafio, Lily satisfeita por ter tirado Alice de seu estado depressivo. Mesmo só tendo namorado uns meses, ela se tinha apaixonado irremediavelmente pelo garoto, que não hesitara, na primeira oportunidade, de partir seu coração.

    – Está apostado! – Exclamaram as duas, ao mesmo tempo. Selando o compromisso com forte um aperto de mão.

    OoOoO

    Quinze anos se passaram depois daquela situação. Elas, naquela altura, eram somente duas jovens de quinze anos. Tinham passado todos esses anos, com suas ilusões de amor, com suas promessas e suas desfeitas.

    Lily se tinha casado, conhecido alguma felicidade, algum bem estar, mas não o verdadeiro amor. Alice tinha conhecido homens interessantes e bonitos, de caráter fabuloso, mas que lhes faltava o essencial: honestidade, coragem.

    Quanto maior e mais completo era um homem, mais frágil ele se revelava.

    Ambas as jovens, agora mulheres maduras, que sabiam o que queriam da vida, estavam colocadas, sem saberem, no centro de uma bela história de amor. Mas, para amar, era preciso acreditar, se respeitar e se entregar de corpo e alma. E a luta pelo grande amor de Lily era com ela própria: se deixar amar, permitir que o amor entrasse dentro dela. Tinha de se deixar levar pelos sentimentos, as emoções. Tinha de baixar o escudo que utilizava para se proteger.

    Alice, por outro lado, bastava acreditar na outra pessoa: acreditar que o sonho e a felicidade estavam ao alcance delas. Era somente o que precisava.

    Era o que teriam de aprender, que também tinham o direito de amar.

    OoOoO

    Foi com esses pensamentos, mergulhada nessas lembranças e conclusões, que Lily subia a rua de sua casa. Iria passar a manhã em um café, se distrair um pouco. Precisava se concentrar para pintar novas telas. A luz do sol acarinhava sua pele, limpando sua alma e aclarando seus pensamentos.

    Com um vestido branco de algodão, de decote em “V”, que lhe caía graciosamente pelas formas esguias, ela sentia o verão passando por si. Os saltos ecoavam em seus ouvidos. Embora sorrisse, sentia um vazio em seu interior, em sua vida. Sentia a falta de James, há uma semana que não se viam. Ele tinha viajado durante uns dias para a Irlanda do Norte, pois tinha um artigo para escrever sobre aquelas terras. Mas voltaria naquele dia.

    Sentia falta de seus sorrisos marotos, de seus olhos brilhando na direção dela, de sua voz suave. Sentia falta de sua presença, fazendo fosse o que fosse, conversando sobre assuntos banais, ou a questionando constantemente nas aulas, quase a fazendo perder a cabeça, da química que eles transmitiam. James, depois daquela segunda aula, onde tinha revelado que era um homem com sentimentos, se tinha tornado mais extrovertido e sua preocupação com Sirius não era tão visível como antes, embora ela percebesse que ele continuava preocupado com seu amigo.

    Tinha passado mais de dois meses na companhia dele, e ele tinha virado sua vida de cabeça para baixo, bagunçando seus sentimentos. Ele era mais que um aprendiz, se importava com ele, o desejava. O amava. Os sonhos que tinha com ele, à noite, serviam de exemplo. Imaginava muitas vezes que ele chegava à sua beira, que admitia que a amava e a beijava com paixão. Outras vezes, era ela própria que se declarava. Mas sempre acabavam deitados, fazendo amor. Se sentou em uma mesa e o garçom chegou, perguntando:

    – Bom dia, o que deseja?

    – Um chá de camomila, por favor. – Pediu ela e ele se afastou. Retirou um livro de dentro da bolsa branca e começou a ler. Era um romance erótico, “Ivy – Ensina-me a Sentir”, de  S. Quinn. Leu o livro com atenção, enquanto esperava seu pedido. O garçom chegou em poucos minutos e colocou a xícara em cima da mesa. Ela retirou a carteira da bolsa e pagou com algumas moedas. Com um gesto de agradecimento, ele se afastou e Lily bebericou seu chá, lendo atentamente as linhas do livro. Fechou os olhos e se imaginou no lugar da personagem, enquanto James lhe dava as experiências sexuais mais fantásticas de sua vida. Mesmo não querendo, seu corpo, involuntariamente, caiu nessa lembrança. Começou a recordar o físico dele: sua pele sedosa, seus ombros largos e mãos fortes. Tentou imaginar o prazer que seria tê-lo dentro de si, que subia por todos seu corpo, se espalhando. Suas pernas em redor dele, esperando que ele a penetrasse e…

    Abriu os olhos e percebeu, assustada, que estava se contornando lentamente no café. Se endireitou e olhou em volta, mas as poucas pessoas que estavam não olhavam para ela. Também, felizmente, tinha escolhido um lugar recôndito, no fundo do estabelecimento. Ficou aliviada por não ter soltado nenhum som, teria sido sua ruína. A maior vergonha de sua vida. Fechou o livro com um estrondo, que atraiu alguns olhares, mas ela não tinha reparado. Seu rosto estava franzido de concentração. A paixão que sentia por James iria levá-la à loucura. Percebeu que o desejava com todas suas forças e que não se conseguia controlar. Não podia continuar resistindo, tinha tentado, com todas as suas forças, afastá-lo de si, mas se tinha apaixonado perdidamente por ele.

    De um ímpeto, terminou o chá e se levantou. Caminhou para fora do local, enquanto pegava em seu celular e ligava para James.

    – Alô? – A voz dele ecoou no outro lado e Lily sentiu seu corpo estremecer.

    – James, sou eu, Lily. – Falou ela, depressa – Preciso de falar urgentemente com você. Já chegou da viagem?

    – Sim. – Respondeu ele, calmamente – Já estou em casa.

    – Preciso muito de conversar com você. – Falou ela, enquanto caminhava apressada até sua casa, e James perguntou, preocupado:

    – Algum problema?

    – Não. – Falou ela, rapidamente, para que ele não se preocupasse. E perguntou, com urgência em sua voz – Mas, você pode? É mesmo muito importante.

    – Sim. – Respondeu ele – Estarei aí em alguns minutos. Até já.

    – Obrigada, James. – Falou ela, aliviada –Até já.

    Desligou o celular e, quando percebeu o que tinha feito, estacou no meio da rua, chocada. “ Que é que eu fiz?” – Se perguntou, tapando seu rosto com as mãos, não conseguindo acreditar na burrice que tinha feito. Iria estar frente a frente com o homem de seus sonhos e não se sentia preparada. Se xingou mentalmente, por sua antecipação e desceu a rua em direção à sua casa. Pegou nas chaves e abriu a porta, entrando. Ansiosa, atirou a bolsa para o sofá e se sentou com o coração aos pulos, esperando que ele chegasse. Tinha que resolver sua situação, ou não sabia o que iria acontecer.

    OoOoO

    Escutou a porta e suspirou, sentindo seu coração bater mais rápido com o som. Estava nervosa. Suspirou, tentando se acalmar e correu para a porta. Viu James à sua frente, seus cabelos negros molhados e seu rosto demonstrava preocupação. Emanava um perfume suave e usava uma camiseta vermelha e umas calças azuis, que revelavam as formas de seus músculos. Se afastou da porta, para que ele passasse e lhe indicou para que fosse para a sala.

     – James, sente-se, por favor. – Pediu Lily, e ele lhe obedeceu. Tentando não olhar para os músculos de seus braços, disse nervosamente, apertando suas mãos – Desculpe ligar assim e lhe pedir para vir, mas como a gente tinha marcado uma aula para mais logo, pensei que não teria problema em vir mais cedo. O que tenho para discutir com você é importante e pode colocar em causa nossas aulas.

    James a observava com atenção, mas não parecia preocupado. Pelo contrário, sua postura estava relaxada e seus olhos brilhavam carinhosamente na direção dela. De vez em quando, passava a mão pelo cabelo rebelde, o despenteando ainda mais. Lily percebeu que era um gesto caraterístico dele.

    – Já sei o que me vai dizer. – Falou ele, calmamente e Lily estremeceu, percebendo que ele iria falar. Que ele tinha percebido o que seu corpo e alma sentiam por ele. – Que, ou não tenho jeito nenhum para pintar e que me recomenda que termine as aulas de imediato…

    – Não é nada disso, eu… – Falou ela, em voz baixa, e ele continuou – Ou que me deseja tanto que é incapaz de me continuar a dar aulas.

    James se levantou do sofá e se colocou à frente dela, que estremeceu com a aproximação. Seus olhares se encontraram, se fixando nos contornos de suas feições. Pegou delicadamente na mão dela e Lily estremeceu ao sentir a pele quente dele contra a sua, que estava fria. Ele continuou, com o sorriso mais sensual que tinha visto:

    – Deseja demasiado meu corpo. E tem medo de começar a me amar. De tal forma que deseja fazer amor comigo. E depois se apaixonar, e viver a história de amor de sua vida.

    Lily escutava atentamente suas palavras, percebendo que ele a entendia mais que ela própria. Sentia que se entregava, enquanto sua voz doce a enfeitiçava. Ele se inclinou sobre ela e tomou seus lábios com suavidade. Rodeou os braços em redor dela, que estremeceu com o toque suave e se agarrou a ele, aliviada. As bocas se encontravam com precisão, era melhor sensação do mundo. Era viciante e delicioso. Há muito tempo que o desejava beijar, sentir novamente os braços dele em redor de seu corpo. Ele se afastou e ela sentiu falta do calor dele, do contato entre seus corpos.

    – Lily, eu desejo tanto você. – Admitiu ele – Quero que você seja minha essa noite.

    Lily estremeceu com suas palavras, não acreditando que seus sonhos se iriam realizar, e respondeu:

    – Eu também. - Ela soltou um gritinho, espantada, quando ele a ergueu e saíram da sala. Com toda a delicadeza, James subiu as escadas, observando a mulher em seus braços. Finalmente ela seria sua, pensava, emocionado. Lily lhe indicou seu quarto e entraram, entre beijos e carícias. O quarto tinha somente uma cama grande de casal, de lençóis brancos, um armário com todas suas roupas e dois criados mudos de cor castanha, com dois candeeiros.

    Os lábios de James atacaram seu pescoço, enquanto Lily soltava gemidos de prazer, seus olhos fechados, aproveitando cada toque, cada sensação que a percorria. As mãos dela percorriam seu rosto barbeado, descendo para seu tórax, sentindo seus músculos retesados. Ele a pousou no chão e começou a retirar a roupa dela, Lily o imitou. 

    Percebendo que estavam despidos, Lily o empurrou delicadamente para a cama. Os olhos de James a observavam com um misto de desejo e curiosidade. Ela subiu lentamente pelo corpo dele, e parou em cima do membro dele. 

    James estremeceu e abafou um gemido ao sentir as mãos dela passeando por seu membro longo e intumescido. Olhou para baixo e estremeceu ao vê-la observando de lábios entreabertos seu membro. Ao sentir a língua dela percorrendo sua base e colocando sua boca ao longo de sua extensão, implorou, sua voz entrecortada pelo prazer:

    – Lily… por favor …– Ela estremeceu ao escutar sua voz rouca, suplicando para que o tocasse com mais intimidade. Começou os movimentos ritmados de vai e vem, enquanto observava o rosto sereno de James se transformando aos poucos em uma máscara de puro prazer. As mãos dele percorriam seus cabelos, incitando a aumentar o ritmo. Os movimentos cada vez mais intensos de Lily faziam com que James estivesse quase perdendo o controle e, não querendo isso, a puxou por um braço para cima. Quando ela ia perguntar se tinha feito algo de errado, ele a puxou para baixo de si e a beijou enquanto que, com uma mão, acariciava seu monte de Vênus e descia para seu clítoris. Um calor intenso circulava por seu corpo pelos toques intensos que ele realizava. James deixou seus lábios e desceu por seu pescoço, ora mordiscando, ora beijando. Ele tocava o corpo dela com a mesma delicadeza e precisão que pintava seus quadros.

    Lily sentia arrepios de prazer percorrendo seu corpo e soltou um gemido abafado de deleite ao sentir os lábios dele acariciando seus seios, deixando um rastro úmido por onde passava, enquanto suas mãos tocavam em seu corpo. Sua boca estava entreaberta e gemia o nome dele: 

    – James… – Seus pensamentos foram interrompidos quando ele acarinhou seu clítoris com a língua. Uma exclamação de surpresa escapou de seus lábios, seus olhos se arregalaram, surpresos pelo toque íntimo, e ela agarrou com força os cabelos dele, mas sem o machucar. Seu coração batia rapidamente e seu corpo pareceu em fogo, principalmente quando os dedos dele encontraram sua intimidade. Ela estremecia com a intensidade das sensações que seu corpo experimentava. Sua mão acariciava o cabelo bagunçado, enquanto movimentava seus quadris na direção dele. A ponta da língua dele acariciava lugares sensíveis e Lily sentiu uma sensação prazerosa crescendo em seu estômago, cada vez mais rápido, mais pujante, até que se desfez com um grito alto de prazer. Suas pernas tremeram pelo orgasmo que tinha recebido e James a abraçou, se sentindo satisfeito pelo prazer que lhe tinha oferecido. Beijou os lábios dela e Lily pode sentir seu sabor adocicado. Ele se colocou no meio das pernas de Lily e ela entrelaçou suas pernas na cintura dele. O membro de James encontrou sua entrada e ele se impulsionou para a frente. A penetração foi lenta, delicada. Lily soltou um grito manhoso e James um grunhido abafado. Ficaram os dois parados, aproveitando aquela sensação deliciosa de preenchimento, antes de ele movimentar o quadril dele em direção a ela. Lily se agarrou com força a James, seus batimentos cardíacos acelerados e sentiu os lábios dele percorrendo os seus com desespero, enquanto sentia ele se movimentando cada vez mais rápido, mais fundo. Fincou as unhas nas costas dele e arranhou-as, gemidos escapando de sua boca. O beijo foi quebrado quando ela estremeceu e gemeu seu nome:

    – James… – As estocadas eram frenéticas e ela sentia novamente aquela sensação no baixo ventre, que era do orgasmo chegando. Apertando James mais contra si, gemeu com urgência:

    – James…Oh! – Um estremecimento intenso percorreu seu corpo e ela gritou, impulsionando seu corpo para a frente. James colocou seus lábios aos dela, sufocando o grito e sentiu Lily tremendo e ficando lânguida em seus braços. Pequenos gemidos escapavam de seus lábios e ela se sentia satisfeita pelo prazer que tinha recebido. Estimulado pelo prazer da mulher, James estocou mais algumas vezes e explodiu em seu ápice. Ficaram os dois quietos, recuperando o fôlego e ele se retirou dentro dela. Ela olhou apaixonadamente para James declarou:

    – Eu te amo, James. – Ele sorriu de volta, emocionado com as palavras dela.

    – Eu também te amo, Lily. – Respondeu, antes de adormecer. Lily observou o rosto sereno de James e suspirou, feliz. Se aninhou em seus braços e fechou os olhos, adormecendo profundamente.

    Continua...


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