Brincadeiras na Toca (completa)

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo Único

    Disclaimer: Os personagens, lugares e citações que forem reconhecidos como sendo da saga de Harry Potter são da prioridade de J. , Scholastic Books, Bloomsbury Publishing, Editora Rocco ou Warner Bros. Entertainment. Nenhum lucro foi auferido pela criação desta fic.

    Nota da Autora: Oi! Mais um projeto que iniciei. Uma one sobre um dia de Páscoa da família Weasley. Se não gosta, por favor, não comente. Se gosta, tenho todo o prazer em ler seus comentários e de responder. Bjs emoticon

    Uma boa leitura a todos ^^

    A Sra Weasley se encontrava de avental, na cozinha da Toca, terminando de condimentar um bolo de iogurte. A seu lado, a pia da loiça estava cheia, revelado o árduo trabalho que estava tendo naquele dia, sendo aos poucos, lavada magicamente. O fogão estava repleto de tachos e panelas, o almoço estava quase pronto.

    Na sala, um pano terminava de limpar o pó dos móveis e, nos quartos arrumados, uma esfregona lavava o chão. Enquanto rapava cuidadosamente uma calda de chocolate para cima de um bolo de iogurte, que seria a sobremesa do jantar, observava seus filhos Bill e Charlie, de férias de Hogwarts, tomando conta de seus irmãos mais novos, que desgonomizavam o jardim.

    Ginny, sua caçula, observava seus irmãos deitada no carrinho, enquanto Ron brincava com uns bloquinhos de madeira, atirando-os para o chão e soltando risadinhas. Tinham sido feitos por Arthur, em uma época sombria e tenebrosa, onde o medo e a desconfiança prevaleciam.

    Fred corria, pronto para atirar um gnomo, enquanto George se rastejava na grama fresca, com o rosto contorcido de concentração, os olhos fixos em um gnomo grande e rechonchudo, alheio ao que estava acontecendo.

    Todos estavam ansiosos pela chegada da tarde. A caça aos ovos já era uma tradição na Toca. Tinha sido seu filho Percy que tinha sugerido, depois de ter visto uma imagem em um livro, em uma loja de segunda mão no Beco Diagon-al.

    Os ovos já se encontravam escondidos no jardim e com encantamentos para que seus filhos não os descobrissem, mas que seriam levantados durante o almoço. Os utensílios de limpeza entraram na cozinha e se arrumaram na arrecadação. Com um movimentar da varinha, os pratos e talheres saíram dos armários e se dirigiram para a mesa, já com uma toalha de coelhinhos e ovinhos.

    Terminou de rapar o chocolate, deixando o bolo a repousar em cima da mesa, e lavou as mãos. Desligou o fogão e gritou, enquanto pegava na panela:

    - O almoço está pronto! – Passos pesados correram para a casa e continuou – Lavem as mãos e troquem de roupa.

    As crianças subiram apressadamente as escadas. Pousou a panela na mesa, enquanto Bill entrava com Ginny a seu colo, já acordada e atenta a seu redor.

    - Ginny já acordou.

    - Obrigada, Bill. – Agradeceu a Sra Weasley, pegando em sua filha e a pousando contra si. Enquanto escutava os gritos para que se apressassem e o bater de gavetas e portas, pegou na varinha. Com alguns movimentos, tirou a tampa da panela, revelando um delicioso odor a arroz de frango e distribuiu um pouco por cada prato.

    Os gritos cessavam aos poucos, mostrando que as crianças estavam quase prontas. Como amava movimentação na casa. Nem conseguia imaginar como seria quando todos seus filhos estivessem em Hogwarts. Ginny balbuciava contra seu pescoço e ela dizia:

    - Que princesa mais linda que você é. Uma bela princesa. – Ginny sorriu, revelando uma boca sem dentes. Ron foi o primeiro a descer, com a camiseta dos Chudley Cannons, o time preferido de seu tio Bilius. Fred e George vieram a seguir, sempre juntos, vestidos de igual.

    Percy apareceu pouco depois, acompanhado por Charlie. Viu Ron pegando no garfo e o repreendeu:

    - Ron, ainda não chegou todo o mundo. – Seu filho fez uma careta de desagrado, mas esperou a chegada de Bill, que não se fez esperar.

    Estando todos na mesa, preparou rapidamente uma mamadeira para Ginny e se sentou na mesa, comendo com seus filhos. Infelizmente, Arthur estava com muito trabalho no Ministério e não conseguiria vir a casa almoçar.

    Tirou um pouco de comida para si, observando como um falcão a forma como seus filhos comiam. Ron tinha uns modos abomináveis à mesa e não conseguia fazer com que ele melhorasse sua postura. Era o único de seus filhos, todos comiam como pessoas normais. Mas tinha tempo para ensiná-lo.

    Terminaram o almoço e, carregando uma Ginny adormecida, movimentou a varinha, levantando os pratos e os levando para a pia da cozinha. Com outro movimento, taças de mousse de chocolate vieram em uma fila, pousando em frente de cada um.

    Escutou os gritos animados de seus filhos, enquanto se lambuzavam com a sobremesa. Como amava ter a casa cheia, se sentia mais viva. Infelizmente, durante muito tempo não tinha conseguido fazer algum gênero de receitas devido à carência de produtos, graças à guerra. Mas, agora, que estavam em paz, podia fazer qualquer prato que seus filhos lhe pedissem.

    Era ela que mandava nas despesas da casa, o dinheiro que seu marido ganhava no Ministério não era suficiente. Ia, todas as semanas, ao Beco Diagon-Al vender os ovos frescos de suas galinhas, biscoitos e bolos caseiros e compotas que fazia, as frutas e verduras frescas de suas hortas. E, com o dinheiro que ganhava, já conseguia comprar o que seus filhos precisassem, sem ter preocupações econômicas.

    Se recordou de seus irmãos, quando recebiam ovos de chocolate de seus pais, onde traziam pequenas surpresas. Seus olhos se encheram de lágrimas, seus filhos nunca poderiam ter o mesmo estilo de vida dela e de seus irmãos.

    Os Prewett eram uma família abastada, mas seus pais a tinham deserdado por não querer casar com Selwyn e por ter fugido com Arthur. E não se arrependia por um minuto. Seus irmãos, até ao dia de suas mortes, nunca tinham concordado com a decisão de seus pais e a tinham ajudado muito. E também o fato de ela ter escapado de ser esposa de um Comensal da Morte.

    Não queria imaginar como seria sua vida se tivesse acatado as ordens de sua família. Provavelmente seria uma mulher endinheirada, mas não seria feliz. Ter seus filhos a seu lado era o que mais lhe importava.

    Piscou várias vezes, afastando as lágrimas e observou seus filhos, que não tinham percebido sua momentânea tristeza. Não queriam que a vissem assim. Saboreou a mousse de chocolate, sua filha Ginny dormitando em seus braços. Reparou que ela estava lutando contra o sono e balançou devagar a perna, para que adormecesse mais rápido.

    Aos poucos, seus filhos foram acabando e saindo da mesa para lavarem as mãos e se dirigirem para o quintal, onde iniciariam a caça aos ovos. Já os tinha escondido no início da manhã, enquanto tinha ido dar milho às galinhas. Eram seis grandes ovos, todos com algum material que Arthur tinha construído em sua oficina, nos tempos livres ou ela tinha comprado em Hogsmeade. Sabia que não era muito, mas seus amava como os olhos de seus meninos brilhavam de felicidade ao desembrulharem e abrirem cada seu ovo, revelando a surpresa.

    Terminou sua sobremesa e se levantou. Saiu da sala e subiu as escadas, vendo seus filhos em fila para usarem o banheiro. Se dirigiu para seu quarto, onde pousou Ginny em seu berço, um presente de seu irmão Fabian para seu primogênito, e que tinha passado por todos seus irmãos, continuando em boas condições.

    Lançou alguns encantamentos, para saber quando sua filha poderia acordar e foi para a sala. Viu, ao passar pelo banheiro, Bill ajudando Fred a lavar as mãos, enquanto Charlie dava as mãos a George e Ron e sorriu. Tinha uns filhos maravilhosos.

    Desceu as escadas e regressou à sala onde, com uns movimentos da varinha, convocou a loiça suja e a colocou na pia. Lavou cuidadosamente cada peça, observando como Bill dava ordem de partida e como corriam pelo jardim. Se perguntou quem iria se recordar de ir ao galinheiro. Sabia que o jogo não demoraria muito, afinal o jardim não era assim tão grande.

    Esperava que não entrassem na oficina de Arthur. Ela nunca colocava ali os ovos, devido a todas as ferramentas perigosas que seu marido tinha, mas seus filhos poderiam pensar que sim e se machucar.

    Aos poucos, pelos gritos de alegria que escutava, percebeu que seus filhos encontravam os ovos. Terminou a loiça, lavou as mãos e se limpou. Avançou até à porta da rua e a abriu, o sol iluminando seus rosto. Se dirigiu para o jardim, quando escutou um urro de alegria. Olhou para o galinheiro, onde as galinhas fugiam, apavoradas e Charlie saia, com um sorriso vitorioso e mostrando o ovo na mão.

    Movimentou a varinha, convocando uma manta e a estendendo na grama. Se sentou, vendo Charlie correndo até ela, com o rosto afogueado, mas feliz. Trazia, debaixo do braço, um ovo de chocolate, embrulhado em um papel dourado.

    Se sentou a seu lado e abriu o embrulho. Partiu o chocolate, dando uma trinca e soltando um gemido deliciado. Enquanto comia, tirou um pequeno saco de pano e estendeu a mão, caindo sobre ela um pequeno kit de limpeza de varinha, que aumentou para seu tamanho original.

    - Obrigado, mãe. – Agradeceu, lhe dando um beijo na bochecha.

    - De nada, meu amor. – Respondeu ela, se sentindo satisfeita por ele ter gostado. Tinha ganhado um pouco mais naquela semana, fazendo bolos caseiro e ovos de chocolate para fora. E tinha conseguido comprar o que seus filhos precisavam naquele momento.

    A pouco e pouco, seus filhos chegaram e se sentaram a seu lado, abrindo seus ovos e se deliciando com o chocolate, enquanto admiravam suas surpresas. Bill recebeu um saquinho de pirulitos com sabor de sangue e Charlie um saquinho de bolos de caldeirão, seus doces preferidos.

    Percy recebeu um saquinho com tortinhas de abóbora, enquanto Fred recebeu um saquinho com bombons explosivos, que fazia barulho na boca, e George um saquinho com chocobolas.

    Ron tinha recebido um saquinho com diabinhos de pimenta. Tinha gastado uma pequena fortuna, mas sabia que seus filhos adoravam aqueles doces. E, era muito raro comprar para eles.

    - Obrigado, mamãe! – Exclamaram, felizes, se atirando a seus braços. Molly sorriu, sentindo os abraços de seus meninos.

    - De nada, meus amores. – Respondeu, controlando a vontade de chorar. Se deixaram ficar sentados na manta, onde misturaram seus doces em um pequeno monte e comeram.

    Molly sentiu Fred deitando a cabeça em sua coxa, e afagou seus suaves cabelos ruivos, iguais aos seus. Não podia pedir mais nada na vida, tinha um marido que amava, filhos maravilhosos. O dinheiro nunca compraria a felicidade que sentia com sua família e isso era o que importava.

    FIM


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