Paixão Revelada - Snupin (completa)

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    Capítulo 2

    Capítulo 2

    Homossexualidade

    Oi!

    Agradeço a quem deixou comentários e o favoritos no capítulo anterior.

    Aqui está o segundo, e ultimo capítulo. Espero que gostem.

    Bjs emoticon

    Severus se sentiu aliviado por a aula ter terminado. Odiava ser o centro das atenções. Fazia com que os Marotos não parassem de se intrometer com ele. Arrumou seus pertences, pegou em sua estátua e saiu da sala. Estava passando pela porta, quando foi violentamente empurrado para o lado.

    A estátua escorregou de seus braços e se espatifou com estrondo no chão. O tempo parecia ter parado naquele momento. Severus inspirou fundo, não acreditando que seu belo trabalho estava arruinado, reduzido a nada.

    - Padfoot! - Ouviram a voz furiosa de Remus, que correu até eles com sua estátua na mão - Que você fez?

    - Foi sem querer! - Exclamou Sirius mas, quem observasse atentamente seu rosto, veria um leve brilho no olhar. Sua estátua, um belo e majestoso Grim, olhava para Severus com malícia - Ele é que se meteu à minha frente. Sempre sendo descuidado, esse ranhoso!

    - Não fale assim dele! - Exclamou Remus, seus olhos âmbar adquirindo uma tonalidade mais escura, o que assustou os dois garotos.

    - Que está acontecendo aqui? - A voz dura de McGonagall ecoou pelo corredor. Todos se viraram, vendo a professora de Transfiguração saindo da sala. Ela se virou para os dois Marotos e perguntou - Alguém se importa de me explicar o porquê de tanta gritaria?

    Sirius foi o primeiro a falar.

    - Eu estava aqui sossegado, esperando que Marlene saísse do banheiro. - Apontou para o banheiro feminino um pouco mais à frente quando o Ranho..., - quer dizer - Snape saiu da sala e me deu um encontrão, fazendo com que o projeto dele caisse ao chão, - Apontou para os restos da estátua de gelo - e se partisse.

    McGonagall se virou para o Slytherin e perguntou:

    - Foi isso mesmo que aconteceu, Sr. Snape? - Severus queria gritar que era tudo invenção do Maroto, mas a história estava muito bem contada. E McGonagal tinha uma leve tendência para acreditar nos Gryffindors.

    Abaixou a cabeça e não respondeu. McGonagall franziu o sobrolho e movimentou a varinha. Os pedaços de gelo se reconstruíram, ficando como novo.

    Perante o olhar espantado de seus alunos, comentou - Ensinarei a vocês esse feitiço na próxima aula. - E olhou para eles por cima de seus óculos - Espero não vê-los em mais nenhuma encrenca, pelo menos por hoje.

    - Sim, senhora. - Responderam os Marotos e Severus apertou a estátua contra seu corpo. Se afastou a passos rápidos, fugindo. Mordeu o lábio, tentando não chorar. Felizmente, seu projeto estava a salvo. Mas a humilhação que Black o fizera passar, mais uma entre dezenas, não tinha palavras para descrevê-la.

    Galgou as escadas até ao hall vazio e saiu para o jardim. Estava um dia frio, mas ele não se importou. Só queria ficar sozinho. Avançou até a uma árvore, perto do Lago Negro, e se sentou. Deixou que as lágrimas fluíssem por seu rosto, enquanto observava seu projeto. Como é que pensar em Remus lhe tinha dado um de seus melhores projetos em Transfiguração? Se endireitou, limpando as lágrimas e se perguntando porque agora pensava no Maroto de olhos âmbar por seu primeiro nome.

    Deixou-se estar sentado, observando o lago congelado. Felizmente, suas roupas tinham feitiços para elas não se molharem, uma precaução que tinha sido criada graças aos Marotos. Suspirou, cansado. Será que um dia ele seria feliz?

    Escutou movimento a seu lado, o deixando alerta. Tirou com um só movimento a varinha, observando a expressão cautelosa de Remus Lupin.

    - Não estou aqui para machucar você. - Falou, cauteloso, parando à sua frente com as mãos levantadas, mostrando que estava desarmado. Severus, no entanto, não baixou a varinha e perguntou, com raiva:

    - Que você quer, Lupin?

    - Quero me desculpar pelas ações de Sirius. - Se desculpou - Ele, por vezes, tem umas atitudes infantis. Sei muito bem que ele fez de propósito. Mas, como ficou a estátua?

    - Como nova. - Respondeu o Slytherin, olhando para a estátua do lobo em seus braços - McGonagall tem bastante talento.

    Viu como Severus abraçava seu projeto e seu lobo interior ronronou de contentamento, o chocando profundamente. Estava aceitando Severus como seu companheiro.

    - Posso me sentar? - Conseguiu perguntar, estava em choque com a revelação.

    - E vai faltar às suas aulas? - Perguntou o Slytherin, desconfiado - Para estar comigo?

    "Sempre" - quis responder. Sempre desconfiara das reações de seu lobo interior quando se encontrava com Severus, como ronronava na sua presença e rosnava quando alguém lhe fazia algo ruim. Severus era seu companheiro predestinado. Sempre se tinha perguntado se teria alguém. Mas sempre tivera receio de descobrir.

    Severus acenou, permitindo que Remus se sentasse a seu lado. Seu lobo interior parecia um gatinho domesticado, ronronando como um motor. Seus olhos âmbar brilharam ao ver como Severus pousava delicadamente a estátua a seu lado. Sentiu como seu lobo interior se remexia, inquieto, exigindo dar a mordida a seu colega, fazê-lo de seu.

    Se assustou com esse pensamento e se controlou, não poderia fazê-lo. A mordida mostraria a todo o mundo com quem ele estava. Nunca mais teria a chance de conhecer novas pessoas, de ter relacionamentos. Severus seria seu, e de mais ninguém. Era uma marca para toda a vida.

    Ficaram em silêncio, mas não era um silêncio incômodo, estranhamente, apreciavam a presença um do outro.

    Remus foi o primeiro a quebrá-lo, lhe trazendo perguntas banais. Primeiro sobre seus gostos, seus hobbies, comentando os seus. Viu como o Slytherin, embora não baixasse a guarda, estava mais confortável na sua companhia.

    Conversaram durante horas. Quando sentiam fome, pediam a um elfo para lhes trazer comida e bebida. O tempo passava, vendo jovens casais passeando ao longo do Lago Negro, o que significava que as aulas tinham terminado e era hora do almoço. Mas nenhum deles se importou, a presença um do outro era mais importante.

    Severus há muito que não se sentia tão bem com outra pessoa. Depois do rompimento de sua amizade com Lily, não tivera mais ninguém em quem confiar a seu lado.

    Os Slytherins só falavam com ele por interesse, a mando do Lord das Trevas, que desejava recrutá-lo como Pocionista pessoal na guerra. Mas ele não queria pensar nisso.

    De repente, um vento frio o atingiu, o arrepiando. A claridade da tarde pintava o céu. Ficou sem palavras.

    - Que horas serão? - Perguntou a Remus, espantado. Tinha perdido a noção do tempo.

    Remus lançou um "Tempus" não verbal e viu que já passava das cinco da tarde. Severus olhou em redor, vendo que estavam sozinhos. Os casais já estavam em Hogsmeade e os solteiros em Hogwarts.

    Se ergueram de um salto e Severus se desequilibrou. Remus agarrou-o, o puxando para si. Ficaram se observando, seus corações palpitando em seus peitos.

    Severus estremeceu com o toque. Era agradável. Os olhos âmbar percorriam o rosto pálido, os olhos ônix do Slytherin. Uma mecha de cabelo escondia parte de seu rosto e Remus afastou-a com a mão.

    A respiração de Severus acelerou, vendo como o rosto do Gryffindor se aproximava do seu. Parou a poucos centímetros de seus lábios, como se pedisse autorização para continuar.

    Severus quebrou esse espaço e se beijaram. Suas bocas se misturaram com desejo e paixão. Seus toques tímidos se tornavam cada vez mais ousados, querendo sentir o outro por inteiro. Cada vez mais e melhor. Seus corações batiam em uníssono.

    O lobo interior de Remus uivava de felicidade por, finalmente, ter seu companheiro a seu lado e Severus sentia uma espécie de satisfação interior.

    Se beijaram até sentirem o ar escasseando. Se afastaram, os olhos brilhantes de emoção. Remus observou como as bochechas de Severus estavam enrubescidas e o bafo quente de sua respiração se juntava com a dele.

    - Porque me beijou? - Perguntou o Slytherin, querendo se afastar.

    - Porque eu te amo. - Declarou Remus, não aguentando mais esconder seus verdadeiros sentimentos. Tinha licantropia, era verdade, mas sentia que também tinha direito a ser feliz. - Há muito tempo que tenho sentimentos por você. Sempre me revoltei com o fato de Sirius e James pegarem seu pé, mas eu tinha receio que se afastassem de mim, que me abandonassem e que revelassem meu segredo.

    - Entendo. - Falou Severus. Tal como ele temera, Remus temia ficar sozinho devido à sua condição.

    - Mas sempre achei fascinante como você se concentra quando realiza seus trabalhos, como seus olhos brilham em busca de mais conhecimento. - Continuou Remus, acariciando seu rosto e vendo como Severus lutava para não fechar os olhos com seu toque. - Quando você se impõe contra Sirius e James, como um verdadeiro Gryffindor.

    - Também não precisa de me ofender. - Brincou Severus e riram.

    - Sempre tive pena que não fossemos amigos. - Continuou Remus, o olhando nos olhos - Ou algo mais.

    O coração de Severus acelerou com a insinuação. Tentando esconder seus verdadeiros sentimentos, arqueou uma sobrancelha e perguntou:

    - Algo mais? - Sempre tinha achado Lupin com um ar de mistério, bastante atraente e sua timidez era adorável. Gostava dele, admitia, muito. Mas nunca revelara seus sentimentos com medo de represálias. Mas, ao vê-lo se declarando, Severus soube que também o amava.

    - Sim. - Respondeu Remus - Eu quero que você seja meu namorado, meu companheiro para o resto de nossas vidas e... - O Slytherin interrompeu seu discurso com um selinho e respondeu, encabulado:

    - Talvez também sinta o mesmo por você. - Seu coração bateu mais forte ao ver a expressão de alegria de Remus - Mas não sei como seus amigos irão reagir.

    O lobo interior rosnou, ninguém se iria intrometer entre ele e seu companheiro. E Remus o sossegou:

    - Tudo ficará bem. - Prometeu - Ninguém se irá meter entre a gente.

    - Promete? - Perguntou Severus, com uma insegurança que há muito não sentia.

    - Prometo. - Assegurou Remus e selaram essa promessa com um beijo.

    E era verdade. Remus faria de tudo, tudo mesmo, para que ficassem juntos. Mais nada importava.

    FIM


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