ANUON 9999

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    Capítulo 68

    O luar despertando sentimentos

    Violência

    Olá, pessoal. Estão gostando da história? A essa altura já escrevia após o ano novo de 2005 pra 2006, um ano muito bom do final da minha adolescência.

    Sendo assim, mais um capítulo

    "Como vocês podem ter percebido, Son era muito rico. Sabem porque? Ele era um dos maiores farmacêuticos do Japão. Tinha a ambição de um humano normal, mas não havia esquecido de sua verdadeira natureza. Era um corvo e, como todas as aves, não se sentia bem em ficar preso. Sua empresa era como uma espécie de "gaiola": aberta somente para saídas repentinas, visando embates aos Anis de Piece 1. Vivia só e somente com a formação da Tríade pôde enfim colocar em ação seu plano de impedir Piece 1 de destruir a raça humana. Com a sua convivência junto a humanos, acabou se apaixonando por Hellen, onde conheceu em uma de suas viagens ao ocidente. Era Inglesa e desta relação nascera Alisia.

    Son a acompanhou de perto toda a gestação de sua amada e temia que o futuro filho tivesse algum tipo de sequela ou outro problema. Não era de se estranhar, estava preocupado com o que poderia ocorrer nesse tipo de mistura. Anis tem genes humanos e Humis mais ainda, praticamente constituídos por 85% de genes da raça humana.

    Tudo havia sido preparado para a chegada de Alisia ao mundo. Son escolheu a dedo médicos e enfermeiros de confiança. Haviam assinado um termo de descrição total do que poderiam alí ver e assim poderiam ajudar a Hellen dar a luz. Foi difícil a tal ponto que a mãe havia desmaiado durante o parto, fazendo com que os doutores Decidissem então fazer uma cesariana. Era o mais certo a fazer.

    Todos que se encontravam naquela sala ficaram impressionados com o que viram. "É um anjo! A criança nasceu com asas!" foi o que um dos médicos diziam, impressionado com a bela criança que alí nascia. E todos guardaram para sí mesmos um milagre da ciência. Son pediu para que esquecessem o que haviam visto e seguissem com suas vidas. Feito isso, todos os envolvidos se retiraram do local e sumiram pelo mundo.

    Mas podem ter certeza que o que viram bastante dia nunca seria esquecido. Son era um abençoado por Riviera, assim como sua esposa.

    Só irei guardar para mim pois momentos bons. Vá, meu amigo. Riviera lhe espera. Em breve nos veremos novamente"

    Goldcraw, Anis renegado e assassino profissional

    A fuga da mansão foi um evento bastante desgastante para todos. Logo após a descrição da moradia de Son, os aventureiros, sejam humanos ou Anis, foram levados por Kenta até seu galpão. Mas no lugar, no começar da noite, virou um tipo de emergência, com Goldcraw ajudando nos curativos de Ethan e dos outros. Ele havia contado a história de Son e de sua filha, Alisia, o que causou certa comoção. Lágrimas eram presentes nos olhos de Ethan, que pergunta a Goldcraw:

    — Nossa... Mas e quanto a mãe dela?

    — Não se sabe o que houve com ela. Son não me contou nada além do que acabei de dizer.

    — Mas... e o que faremos com Alisia? - Perguntou Kaede, ainda fraca.

    — Eu não sei... Não sei mesmo... 

    — Mas como Son pode prender a própria filha naquele domo?! - Perguntou Ryoga.

    — Isso é coisa de Nomed. Alisia vivia naquela mansão normalmente. Algo aconteceu nesse intervalo de temyos desde que houve a criação da Tríade.

    — Cara... Mas mesmo assim...

    — Humano, Son tinha várias personalidades. Uma delas sequer tem ideia que tem uma filha. Nomed deve ter se aproveitado disso... Aquele patife...

    — Ah... Pensando por esse lado...

    — E eu não sei o que fazer com ela.

    — Se quiser, pode deixá-la comigo.

    Ryoga chamou mesmo a atenção de todos só dizer isso, principalmente de Ethan.

    — Ryoga, você está louco? Cara, como você vai manter ela na sua cara?

    — Que que tem? Não posso? 

    — Ela é uma Anis! 

    — E daí? Tu tem a Anuon e o Fhor. Eu não posso cuidar de um?

    — Daí, seu maluco... ela será vista e poderá ser levada sabe-se lá pra onde! 

    — Cara, eu não vou deixar isso acontecer.

    — Ryoga, você é inteligente! Imagina só se alguém ver uma garota como ela com essas asas! 

    — Ih cara... Vão pensar que ela é um anjo e virar uma idol de fé.

    — Aleluia! Que bom que você tem noção!

    — Amém, igreja! Tá bom... Tava errado.

    — Falando nisso... - Disse Ethan, se virando para o lobo - Goldcraw, e o centro? Como você conseguiu fugir? E que ligação teve com Piece1?

    — Eu já trabalhava para os humanos daquele centro.

    — Você trabalhava para eles? Mais como?

    — Eu, Son e o cretino do Nomed fomos os primeiros experimentos realizados no centro. Para os humanos, nós éramos considerados "Ressonantes Plenos", um projeto com com maior orçamento.

    — Mas e quanto ao fato de trabalhar pra eles?

    — Eu já raciocinava como um humano, assim como Son e Nomed e os cientitas pediam para que fizessem missões, mas...

    — Mas o que?

    — Bem... - Disse, mostrando estar desconfortável - Eles começaram a me treinar para ser um assassino. Membros das forças armadas treinaram-me, buscando o melhor rendimento possível. Enfim, foi feito a Son e Noemd treinamentos específicos: Son teve sua inteligência expandida e Nomed foi treinado com treinamentos visando o tornar um demagogo. 

    — Por isso conseguiu ludibriar o corvão do mal lá, né? - Disse Ryoga.

    — Precisamente. Além disso, ele teve ensinamentos de pscologia...

    — Pra mim, tá mais pra psicótico!

    E Ethan, olhando para Goldcraw, perguntou:

    — Mas como saíram de lá?

    — Piece 1. Isso resume tudo.

    — Entendo... Ele começou o motim dos animais e o resto eu já imagino o que houve...

    — Sim, humano.

    Anuon, que estava acompanhando a conversa, logo se colocou a dizer:

    — Estava ouvindo aqui e percebi que você não te número de série. Porque?

    — Porque éramos os "Zero".

    — O que? Como assim?!

    — Sem número de série, sem protocolos, sem dados. Resumindo: não existíamos para a maioria do centro de pesquisas.

    — Por Riviera... Isso só piora a cada palavra que você diz...

    Fhor também tomou a palavra:

    — Com a morte de Son, o que fará de sua vida?

    — Terminar o que comecei: matar Piece 1.

    Ethan logo olhou para o lobo assim que ouviu as palavras que ele disse. Mas Goldcraw logo colocou um ponto final:

    — Humano, não irei atendê-lo desta vez. Se Piece 1 se colocar em meu caminho, como ele sempre fez e sempre fará, não irei hestar e acabarei com ele.

    — Mas...

    — Bem, estou indo... - Disse, pegando um caixão - Levarei Son comigo. Por favor, achem um lugar seguro para Alisia. No momento, vocês tem mais a oferecer a ela do que eu.

    — Tudo bem. Mas por favor...

    — Diga, humano.

    — Chega de mortes... Isso precisa acabar.

    — Hm... Diga isso para Piece 1, Ethan. Porém você já deve saber qual será a resposta dele. Então acho melhor parar de ignorar o enorme problema que todos nós temos em comum e começar a ter uma mentalidade mais realista da situação. 

    — Goldcraw, isso que...

    — Ele vai te matar, Ethan... Ele vai matar seus amigos, seus genitores e todos os humanos... Você está lutando contra um Anis poderoso e que vai te matar no menor descuido. Bem... Até logo.

    O lobo de garras douradas se retira num piscar de olhos, carregando o caixão onde seu amigo agora descansa. Após sua saída, a preocupação era que se recuperassem a fim de voltarem para suas casas.

    Horas depois...

    Kenta havia oferecido comiga a todos. Assim que terminaram, descansaram um pouco. Ryoga, logo após acordar, se levanta e olha para Alisia e se encanta com sua beleza. Admirava cada centímetro de seu belo rosto e não perdeu tempo em ajeitar seus cabelos, que estavam sobre o seu rosto. Kaede, já um pouco melhor, não perdeu tempo: aplicou-lhe um tapa na mão de Ryoga, dizendo:

    — Deixe ela, seu pervertido!

    — Ô, Kaede. Como pode pensar isso de mim? Só tava ajeitando os cabelos dela!

    — Sei... não "se ajeite" com ela, aproveitando que está dormindo profundamente...

    — Você é muito desconfiada! Fica rotulando mesmo... Para com isso!

    — Sai de perto dela!

    — Aí, parou! Tu tá fora do tom já...

    — Ryoga, saia já....

    — CALA A BOCA, KAEDE!

    — Ryoga?!

    — Tô falando sério! Poxa, a garota aí passou maior problema e tu acha que vou ficar tirando proveito? Perdeu a noção do ridículo? Para de ficar me rotulando... Só para! Só tô tentando ajudar, só isso... Então para de ficar falando mal de mim!

    Pela primeira vez, Kaede se sentiu mesmo mal por ter acusado Ryoga. Além disso, ela percebeu que seu amigo estava completo de razão e, um pouco constrangida, diz:

    — Desculpe, Ryoga. Eu estou um pouco estressada e... Ah... Eu errei com você. Peço desculpas.

    — Relaxa. Tamo junto nessa parada aí. Tá tudo mundo de cabeça inchada e... Bem, vem cá...

    E o jovem abraça Kaede, que também retribui. Ryoga demostrou que sabe se impor quando é preciso. E a jovem viu que seu amigo merece respeito.

    Cai a noite...

    Após um período de descanso merecido para todos, Anuon, que estava sobre uma árvore no lado de fora do armazém observando a lua, Fhor se levantou e foi a encontro dela. O felino se aproximou lentamente, com Anuon percebendo sua aproximação. Ela então diz:

    — Sem sono?

    — Mais ou menos... Mas verdade dormi o suficiente pra estar sem sono agora.

    — Hm... E também percebo que está preocupado com algo.

    — Sabe... nestes últimos dias minha vida mudou totalmente. Comecei a raciocinar de forma diferente... Ethan foi o principal responsável por esta mudança.

    — Entendo. Mas você deveria dizer isso a ele também...

    — O que tenho a dizer, e isso que mais me incomoda, não diz respeito a ele...

    — Então o que houve?

    — Anuon, estar fazendo parte de tudo isso me motiva a viver. Querer sentir coisas novas...

    — Nossa... Riviera deve ter mesmo lhe sido uma terra tocada durante seu sono... Mudou mesmo, Fhor.

    — Mais do que imagina, Four Nine.

    — Como assim?

    — Passados estes dias ao seu lado, comecei a perceber que havia perdido aquela subordinada a qual ordenava em prontidões. E percebi também que um elo começou a nos unir repentinamente...

    — Fhor, o que está querendo dizer?

    — Uma coisa que, quando vem a cabeça, deixa-me confuso. Como se tivesse algo pressionando meu coração e já não conseguia parar de segurar...

    — Fhor...

    — Anuon, só em olhar para você vejo uma estrela brilhante... tão brilhante quanto as que iluminam o céu. Um brilho intenso, de ofuscar os olhos...

    — Fhor, o que... - Tentou dizer, levemente envergonhada.

    — Cativa-me só em admirar os seus olhos... Rubros como o vermelho do sangue que circula pelo nosso corpo. Sua companhia faz-me sentir em paz e sem casa... Nem mesmo meus poderes conseguem aquecer-me com o que sinto...

    — O que sente?!

    — Talvez não seja recíproco o que irei dizer e entendo, ainda mais por tudo que aconteceu entre nós... eu...

    — Diga logo, Fhor!

    — A pouco tempo eu vi sobre essa emoção humana, Anuon... Eu amo você - Disse, a olhando nos olhos.

    Anuon havia ficada muda naquele instante. Olhava para Fhor fixamente. Por ainda não dizer nada, Fhor abaixou sua cabeça e vira-se, retirando-se vagarosamente. Ele, em tom melancólico, diz:

    — Eu entendo, Four Nine. Eu... Eu não farei outra vez...

    E assim que iria sair, com seu semblante mostrando tristeza, Anuon diz:

    — Eu... eu também tenho esse sentimento com você!

    Fhor vira-se rapidamente, não acreditando no que havia ouvido. E Anuon diz:

    — Eu também já não resistia mais pelo que sentia por você. Me treinou, dedicou todo o seu tempo para me doutrinar e me apoiou em momentos difíceis. Depois de ter saído daquele centro, você foi o único que me tratou de forma diferente. Sim, eu o amo, Fhor! Se isso é ser um humano, se essa é a emoção que eles dizem que Riviera não me abre portas, prefiro ir ao Abismo que renegar o que eu me tornei! Por mim... e por você!E eles acariciam-se um ao outro com suas cabeças, observando o luar. Enfim os felinos descobriram a demostrar emoções, se sentando um ao lado do outro naquela noite.

    E durante aquela mesma noite...

    Embora seus ferimentos ainda inspirassem cuidados, todos estavam bem no fim das contas. Kaede, já um pouco melhor e com um curativo em seu pescoço, passou o restante da noite olhando para Ethan, que não buscou aproximação com a jovem. Porém, para suriresa de todos, são surpreendidos por um suave tremor. Levanta-se e correm para o lado de fora. E na área externa no galpão, Ryoga diz:

    — MANO, O CÉU TÁ CAINDO!

    — Que caindo nada! - Disse Kaede, irritada - Isso é um temor de terra!

    E logo ao saírem as pressas do interior do galpão, vêem a sua frente uma garota com um lobo a seu lado. Como já sabíamos quem era, Fhor já nos deu a constatação:

    — Moonsand?! Mas o que...

    — Fhor, Kenta está aqui?

    — Porque quer saber?

    — Grr... Essa sua resposta... Me soou como uma afronta.

    — Somos aliados, Moonsand. Não sou uma ameaça.

    — Farei novamente a pergunta: Kenta está aqui?

    — Sim, ele está. Porque?

    — Hora de lidar com as consequências de suas ações...

    Continua.


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