Numa noite escura, de lua cheia, três amigos vinham da escola. Tinham acabado de vir da biblioteca, estiveram a estudar até tarde.
Pelo caminho falavam no exame que iriam fazer. E continuavam o seu caminho despreocupadamente.
A noite estava fresca e agradável. Passaram então por perto de um bosque.
- Sabem, ouvir dizer que há uma casa assombrada nesta direção. - disse Luís, o rapaz do grupo.
- Ah sério? - perguntou Rosa.
- Sim, também já ouvi falar disto. - disse Francisca.
E meteram-se a caminho na direção da casa assombrada.
Eles foram andando até que se aproximaram da velha casa chegando ao portão que era velho feito de uma madeira rustica, os jovens olhavam para a casa que parecia abandonada e Luís se colocou a frente abrindo o portão seguido das duas meninas, que olhavam para os lados observando o jardim abandonado onde haviam algumas estátuas antigas.
Francisca - Nossa não imaginava que essa casa estava dessa forma. Ela parece mais tenebrosa do que falavam.
Rosa - Não seja medrosa Francisca é só uma casa normal não tem nada de mais. Não é Luís?
Luís acenava com a cabeça com sinal de positivo e continuava andando levando as meninas para perto da casa, eles subiram a pequena escada que dava pra uma varanda, e no centro da parede havia uma porta.
Apesar de Luís ir conduzindo Rosa e Francisca pelo caminho da porta, este tremia as pernas mais que corda bamba. Mesmo assim o jovem ia sempre em frente.
Foi quando Rosa se perdera dos demais. Eles seguiam para o lado da direita e ela sem querer fora para o lado contrário. Andou bastante e depois de muito tempo se vira sozinha numa sala que mais parecia um labirinto.
Quis voltar pelo caminho que veio mais não achava.
- Ai meu Deus. - disse Rosa com as mãos diante dos olhos encharcados de lágrimas.
No lado esquerdo haviam dois jovens que percebera a ausência da amiga Rosa.
- Onde está a Rosa? - perguntou Francisca.
- Ela vinha mesmo atrás de nós. - respondeu Luís.
- Rosa! - começaram os dois a gritar pelo nome dela.
E ela, ouviu-os, e começou a gritar por eles, e a correr na direção dos sons dos chamamentos dos amigos, e gritava alegre:
- Já vou.
- Ela já vem. - disse Francisca descansada.
- Sim, ela só se perdeu mas já aí vem.
- Rosa. - continuavam a chamar, para ela saber para onde tinha de ir, porque seguia o som das vozes dos amigos.
Mas de repente...
- Aaaaaaaaaaaaaaa! - gritou Rosa.
- O que se passou? - perguntou Francisca agarrando o braço de Luís.
- Não sei. - respondeu ele.
Eles estavam a tremer de medo.
Os dois tremiam como varas verdes quando escutaram mais um grito de rosa.
Rosa- Aaaaaah!!!!!!! Socorro!!!!!!!
Francisca e Luís saíram correndo ao escutar o grito de socorro da amiga os dois corriam desesperados, mas não conseguiam encontrar Rosa, pareciam dar voltas pelo mesmo lugar, eles se olhavam ofegantes e Francisca se apavorava cada vez mais quando escutaram uma porta bater no fim de um grande correr largo.
Os dois olharam simultaneamente quando viram de relance Rosa sendo puxada para dentro.
Luís. - Olha! É a Rosa!
Francisca. - Rosa! Rosa! Vamos, Luís temos que ajudar ela!
Luís sai correndo na frente sendo seguido por Francisca, eles corriam e corriam mais a porta parecia se distanciar casa vez mais.
Francisca já começava a se cansar quando parou para respirar.
Francisca. - O que está acontecendo? Essa porta nunca chega, parece que se distancia toda vez que nos aproximamos dela.
Luís. - Olha Francisca!
Luís apontava para as paredes da casa que começavam a se mexer como se criassem vida, as paredes rangiam soltando um pó branco que se espalhava por todo o local.
Francisca. - Meu Deus o que é isso!?
Luís. - É a maldição! A maldição da casa!
Eles estavam dentro de uma casa que fora amaldiçoada por uma família muito antiga. Na verdade a maldição só começara, depois da morte do filho caçula.
O garoto foi brutalmente morto pelo seu pai, numa noite de lua cheia. Só por causa de uma simples perda de objeto valioso. Um anel de esmeraldas. Enterrado nesta casa, sua alma vagava todas as noites naquele recinto, onde até pouco ninguém se atrevia a chegar perto.
Ao falar em maldição. Luís teve uma ideia que poderia salvar a amiga. Eles iriam correr por lado oposto ao que Rosa estava e só assim ele conseguiria chegar no lugar desejado.
_Vamos tentar o outro lado Francisca. - disse o garoto puxando Francisca pelo braço.
E feito isto, eles conseguiram entrar na sala.
Era grande a sala, era uma espécie de biblioteca, cheia de estantes com livros.
Luís e Francisca começaram então a procurar Rosa.
- Olha. - disse Francisca apontando para o chão, mesmo no centro da biblioteca.
- Parece uma passagem. - observou Luís.
Esta passagem tinha umas escadas, que eram a descer, e não se via o fim.
- Aaaaaaaaaah! - voltaram a ouvir um grito de Rosa.
- Temos de ir. - disse Luís.
- Sim, vamos. - concordou Francisca, e deu a mão a Luís.
Ambos tremiam, transpiravam de medo. Seus corações batiam muito rápido. Eles davam passos lentos e cautelosos
E quando acabaram de descer as escadas, chegaram a uma sala escura.
A sala era penumbra pura e ambos não enxergavam nada á sua volta.
Francisca se agarrava ao braço de luís que seguia sem saber pra onde andar
Francisca ? Luís, como vamos achar a rosa? Tá escuro de mais.
Luís - Não sei... mas, acho que to vendo algo se mexer ali no canto.
Francisca se esforçava para ver mais apenas conseguia ver pequenos movimentos no canto perto de uma parede um pouco distante
Francisca - Que será aquilo?
Eles continuaram andando quando Luís esbarrou em algo caindo no chão levando Francisca junto com ele.
Eles tentavam se levantar mas sentiam uma coisa gosmenta em suas mãos,
Francisca começava a ficar mais nervosa quando ouviu o choro de uma criança dentro do salão.
- O que é isto? - perguntou Francisca assustada.
- Parece uma criança a chorar. - respondeu Luís.
Eles ficaram aterrorizados, e abraçaram-se, e fecharam os olhos.
O som do choro da criança aproximava-se deles.
Alguém caminhava na direção deles devagar e a chorar.
Eles estavam mesmo aterrorizados, e de repente Francisca sente algo a toca-lhe nas pernas, com se estivesse a agarrar as pernas, eram mãos, pequenas mãos de criança.
Luís sente o mesmo.
Oh, como eles tremiam de medo. Pensavam que iam morrer ali mesmo, e os dois, ao pensarem isto, abriram os olhos, olharam-se, um ao outro, e beijaram-se na boca.
Beijaram-se apaixonadamente. Eles pensavam que iam morrer, por isso beijaram-se, para saberem do amor dum do outro antes de morrer.
Acabado o beijo, deixaram de sentir alguém a tocar-lhes nas pernas, deixaram de ouvir o choro da criança, e a luz do teto acendeu-se.
Quando a luz se acendeu, os dois viram rosa olhando para eles meio corada, segurando o riso, quando começara a gargalhar.
Rosa ? Ah ah ah ah ! Peguei vocês! São mesmo uns medrosos!
Francisca olhava com raiva para rosa que continuava gargalhando e se levantava rapidamente indo de encontro a menina que ainda ria.
Francisca - Tá maluca rosa!? Quase nos matou do coração com essa brincadeira!
Rosa ? Desculpa, mas vocês viviam falando dessa casa achei que não ia ter problemas.
Luís respirava profundamente mas não se movia o choque ainda pairava na sua mente
Francisca - Veja como deixou o Luís ele nem consegue falar!
Rosa - Ai Francisca não precisa ficar assim foi só uma brincadeirinha travessa. Além do mais você acabou beijando o Luís U.u!
Francisca ficara vermelha enquanto fechava a cara olhando para a porta do salão. Luís se levantava devagar sorrindo colocando a mão na cabeça.
Luís - Nossa rosa você pegou a gente. Achei que isso era real
Rosa desatou a rir-se, e pouco depois Francisca e Luís, também se riram, e abraçaram-se.
- Vamos sair daqui. - disse Francisca.
E começaram-se a dirigir para a saída da casa.
A casa era realmente grande e assustadora, móveis antigos, e quadros nas paredes, metiam algum medo.
O teto cheio de teias de aranha.
E quando estavam quase a chegar ao pé da porta de saída, aparece uma figura infantil, pálida, de um menino.
Os três ficaram aterrorizados.
Era o fantasma do menino que fora assassinado.
- Querem brincar comigo? - perguntou ele, com um sorriso de maldade.
Luís, Francisca e Rosa começaram a gritar, e fugiram, e perderam-se pela casa.
- Vou brincar convosco. - disse o menino.
- Também posso brincar? - perguntou uma rapariga fantasma que aprece entretanto.
- Sim irmã. - disse o menino
- Obrigada. - disse ela - Eu fico com o rapaz. - continuou ela rindo-se envergonhada.
- Eu fico com as duas raparigas.
Os três olhavam horrorizados, e corriam de um lado para o outro enquanto as crianças andavam calmamente, encurralando os três em uma sala.
Francisca - Ai meu Deus eu não quero morrer!
Luís - Socorro! Nos tirem daqui!
Rosa - Era só brincadeira! Não era pra ser real!
E se espremiam no canto da sala, os meninos sorriam com um sorriso assassino e o menino dizia com uma voz debochada mais carregada de desejo pelo sangue dos três.
Menino - Veja maninha eles estão com medo.
Menina - É mesmo mas, não precisam ter medo de nós. Só queremos brincar com vocês...
Francisca - Por favor nos deixem ir!
Menino- Deixar? Vocês nunca mais sairão daqui hua!
Gargalhava.
O terror estava nos olhos dos três jovens que só focavam no rosto deformado das crianças, e do lado de fora da casa se ouvia os gritos dos três jovens que ecoava pela noite serena de lua cheia
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!