Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

Tempo estimado de leitura: 21 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 33

    Tumba Invadida - Parte 1: Rusty Ruins

    Violência

    Olá a todos. Tudo bem?

    Peço desculpas por ter demorado tanto para postar um novo capítulo. Coisas da faculdade e do trabalho.

    Antes de deixá-los com mais um capítulo, permita-me explicar como será a saga:

    1- Pela primeira vez, cada um dos capítulos ficará centrado exclusivamente em um só grupo. Ou seja, os eventos não terão mudança de região nem de lugar.

    2- Os acontecimentos de cada capítulo ocorrem ao mesmo tempo do outro, mesmo que em áreas diferentes de Mobius. Então peço atenção aos detalhes que fazem valer sua correlação uns com os outros, formando assim um arco simultâneo.

    Caso haja alguma dúvida, críticas, sugestões etc fiquem a vontade para comentar se quiserem.

    Sendo assim, boa leitura.

    E divirtam-se.

    Música 1: https://youtu.be/JfJDOf35YRo

    E estaremos com os Lutadores da Liberdade:

    Sally Acorn, princesa líder

    Sonic Ouriço, o mais veloz que há

    Tails, o menino raposa super gênio

    T-Pup, o mascote metálico mil utilidades

    Rotor Morsa, engenhoso e sagaz

    Amy Rose, com seu inseparável Piko Piko

    Rouge Morcego, agente da GUN e espiã

    —____________________________________________

    Continente de Soumerca

    Região de Rusty Ruins | Vilarejo abandonado

    Caminhando pelas mesmas trilhas e becos do vilarejo abandonado de Rusty Ruins, os Lutadores da Liberdade pareciam ter bastante cuidado por onde andavam, já que o rastro da terrível luta dos Chaotix contra os robôs possuídos pelo clã Nocturnes ainda eram muito recentes. Isso foi logo levantado por Rotor, que disse:

    — Espio disse que foi exatamente aqui que lutaram contra uma armada de badniks... Então devemos mesmo ir com cautela.

    — Pelos destroços e estragos que esse lugar teve, não fico surpreso porque os Chaotix se machucaram tanto... – Disse Tails, sendo acompanhado por T-Pup.

    — Relaxa, camaradinha... – Sonic tranquilizou o menino – Vector e os outros podem estar de molho no momento, mas eles são duro na queda, logo voltam a ativa.

    — Bruh... Aqui está muito frio bom essa unidade da floresta! – Disse Amy, tremendo.

    Mas Sally, com Rouge a seu lado, verificavam rastros que não faziam parte da outrora batalha. Tanto que a princesa não demorou a analisar:

    — Essas pegadas... Alguém esteve aqui após a luta.

    — Bela observação, princesa – Rouge tomou a frente – Logo se nota porque você é diferenciada...

    — Porque está dizendo isso?

    — Ora, você achou uma pista primeiro que euzinha aqui, bebê. Mas pode deixar que eu continuo...

    Rapidamente, com a aproximação dos outros, Rouge usou um apetrecho de escaneamento de uma de suas luvas e conseguiu mostrar com exatidão o que o rastro significava, o que Sally logo disse:

    — Pegadas! E pelos rastros deixados...

    — ... estavam observando a luta dos Chaotix! – Completou Rouge.

    — Peraí... – Sonic estava confuso – Como assim “estavam observando”? Tinha mais de um Zé ruela de tocaia?

    — Há mais de uma pegada, Sonic – Disse Sally, usando o computador portátil – Nicole, você encontrou mais alguma correlação nessas pegadas?

    — Pelo padrão de tamanho e forma, meu banco de dados diz que são de membros da Legião Sombria – Disse a lince holográfica.

    Isso foi uma surpresa para Sonic e Tails, onde o menino raposa logo se manifestou:

    — Mas... Como isso é possível?! Todo mundo foi levado pelo anel warp do Thrash naquele dia! (Sonic HQ #246)

    — É, Tails... Tô ligado nessa referência... – Disse Sonic, pensativo – Só que a gente parar pra pensar, Lien-Da também apareceu do nada. Então não acho exagero e absurdo algum essa gente tá de volta... Mas tá estranho mesmo assim essa parada.

    — Estranho? Está muito estranho, coloca até mais nisso!

    Rotor, ainda mais pensativo, passou a levantar hipóteses.

    — Hm... Lien-Da se uniu a Shadow, a Legião Sombria de volta... Não é costumeiro da grã mestra fazer isso.

    — Isso o que? – Perguntou Rouge, pensando em seguida – *Dependendo do que ele achar, tenho que mover as peças conforme o jogo se desenrola pra não deixar que eles descubram seja lá o que for que o Shadow está planejando...*

    — Os Chaotix estavam sendo quase aniquilados pela armada badnik que o Espio disse... Mas antes eles poderiam ter sido derrotados totalmente pelo Shadow e a própria Lien-Da! Porque deixá-los feridos no meio da floresta e, o que faz menos sentido, membros da Legião não aproveitarem o momento para atacá-los? Não... Isso não faz o minino sentido! Não é estranho: é incoerente!

    Essa constatação de Rotor deixou a morcega preocupada com o desenrolar de toda a história.

    — *Isso que ele disse faz sentido, mas...*

    Sally tomou a palavra após o que o morsa disse. Ela, olhando friamente para os dados de Nicole e pensativa, fez com que Sonic lhe chamasse atenção:

    — Sal, o que tá pegando? Você quando fica assim é porque tem algo grande acontecendo...

    — Eu não creio totalmente no que pensei, mas...

    — Mas o que? Fala logo!

    — Calma, Sonic! Escute... Tempos passados Shadow agiu por conta própria...

    Adivinhem só quem já entendeu a direção que isso iria? Rouge tentou se segurar, mas seus pensamentos expressaram bem seu sentimento:

    — *Eu já até imaginei que isso iria acontecer... Eu mesma já tinha levado em consideração esse fato e... Tenho até certeza que Shadow está com Lien-Da por conta própria e não há o envolvimento de Eggman. O porque de eu pensar assim: ele já teria me avisado se o doutor tivesse envolvimento!*

    Durante os pensamentos da morcega, a líder dos Lutadores da Liberdade continuou a dizer:

    — Então eu creio que ele esteja fazendo o mesmo dessa vez!

    — Caraca, é sério?! – O ouriço estava surpreso.

    — Sim e não, Sonic. Existem fatos que não me deixam ter certeza: Shadow e Lien-Da ajudaram Draco a sequestrar knuckles. A única coisa que me deixa com dúvidas foi o porquê deles deixarem os Chaotix pra trás. E essa dos membros da Legião Sombria só os observarem... Essa peça não encaixa.

    — Tá, entendi: o trevoso tá de esqueminha com a dona equidna, o Eggman não faz parte da festa... Cara, isso sim é muito cavernoso!

    — Exato! Mas não tem como termos certeza...

    — *Hm... vai ser complicado agir assim...* – Pensou Rouge, novamente – *Sally vai ser um desafio daqui pra frente. Ela levantou hipóteses que irão trazer mais analises do grupo. Eu preciso saber o que Shadow está tramando antes deles. Para enfim o ajudar a seguir com seus planos, terei de fazer valer minhas habilidades, hehehe...*

    Rouge pressentiu que a linha de raciocínio de Sally poderia fazer com que chegassem mais rápido as respostas, então ela precisou intervir.

    — Hm... E se Shadow estiver realmente do outro lado?

    — Como é? – Perguntou Rotor.

    Sally logo foi até a agente da GUN, perguntando:

    — Vocês são aliados a um bom tempo e ele já se mostrou arrependido de tudo que fez no passado! Como pode pensar isso dele?

    — *Ela caiu rápido!* – Pensou Rouge – Ora, faz um tempo que Shadow age de forma muito independente. Ele faz o que quer e quando quer, mesmo que preste serviços a GUN. Ele pode perfeitamente ter se unido a Lien-Da para livrar a Legião Sombria das garras do Eggman!

    — E porque ele faria isso? Você não disse que ele estava atrás de Ômega?

    — E você sabe porque Ômega sumiu?

    — Não, mas...

    — Essa é a peça que faltava no seu quebra cabeça, Sally!

    Só que Rotor foi, digamos, sagaz.

    — Um momento, madame...

    — O que foi?

    — Isso seria meio que se desviar do objetivo. O Shadow nunca iria deixar de procurar por Ômega só por causa da Lien-Da e muito menos da Legião!

    — *Esse intrometido...* Não o subestime!

    E desta vez foi Sonic a falar:

    — Rouge, Rotor tá certo! O trevoso lá tem seus chiliques e manias, mas é leal! Contigo e com o Ômega ele tá totalmente fechado de corpo e alma. Então não tem como ele ignorar alguém importante! Sem essa!

    Sob o olhar desconfiado de Sally, Rouge se viu obrigada a recuar. E para não levantar suspeitas, mais do que a princesa estava começando a ter, disse:

    — Me equivoquei nessa análise... Acho que eu que me desviei do objetivo e errei.

    — Ih desencana, Rouge. Vamo nessa... Hora de “bisoiar” a área!

    Mas antes de que todos começarem a caminhar para a floresta a fim de encontrar o centro de Rusty Ruins, uma conversa bem particular estava prestes a acontecer: Sally discretamente foi até Amy:

    — Amy...

    — Hm? O que foi, Sally?

    — Fique de olho na Rouge.

    — Nossa... Mas porque?

    — Não confio totalmente nela. Ela foi muito infantil em falar aquilo do Shadow, como se quisesse que acreditássemos naquele absurdo...

    — Mas ela veio até nós! E está preocupada com o Shadow...

    — Sim. Com o Shadow... em primeiro lugar.

    — Uh... Nossa... Então ela...

    — Ela pode fazer qualquer coisa, Amy.

    — Tudo bem... Vou ficar de olho nela.

    Com a vigilância de Amy em Rouge, Sally pôde então ter mais confiança em seguir com o rastreamento combinado ao conselho. E justamente falando neles, eis que T-Pup começou a indicar uma ligação via seu rádio. E o mascote robótico, ficando a frente do grupo, serviu como fonte de áudio e vídeo para que Hamlin aparecesse, dizendo:

    — Lutadores da Liberdade... Como está a missão?

    — Hamlin?! Já estamos no terreno... – Disse Sally.

    — Princesa... e os avanços?

    — Acabamos de achar pegadas. A Legião Sombria está na área... ou esteve.

    — Mantenha a cautela... e não se esqueça: vocês não estão aí para atacar e sim rastrear informações.

    Sonic se viu na obrigação de entrar na conversa.

    — Pera... Tu entrou em contato só pra dizer isso?

    — Sim, porque?

    — Oh caramba! “Tá tudo bem por aí?” seria melhor, não acha? Um pouquinho de empatia vai bem...

    — Grr... Continuem com a missão! Desligando...

    Com a tela holográfica apagando, Sonic foi até Tails, dizendo:

    — Cara, coloca o T-Pup no modo silencioso, pode ser?

    — Sonic, o pessoal do conselho vai ficar o tempo todo no nosso pé... – Disse Tails, se esquivando.

    — Não... O Hamlin vai ficar pegando no nosso pé! Sally, vocês aí que estão com os rastreadores... Vamo nessa?

    Com a confirmação de Sally e Rouge, todos então seguiram adentro a floresta densa da região. Estava escuro e o cuidado era ainda maior por parte de todos. T-Pup, que ia a frente iluminando o caminho arenoso e úmido, deixava as coisas um pouco mais fáceis mas não menos tensas: pelo caminho todos puderem ver destroços de robôs de Eggman... e o estrago logo fez Sonic dizer:

    — Tá... Poderia ser eu aqui, mas tá na cara que foi o Shadow o cara que deixou o rastro de destruição.

    — E como você sabe que foi ele? – Perguntou Rotor.

    — Até um falsário como ele tem padrões parecidos com os meus. Confia... Foi ele sim!

    Rouge teve total certeza que foi Shadow de fato, tanto que ela mesma se mostrou mais séria e ficou quieta frente a conversa do grupo. Com uma longa caminhada até mais adentro da floresta, logo avistam destroços de uma base, onde a morcega foi até próxima do lugar sozinha, dizendo:

    — Base 2 das Forças de Eggman... Destruída! Então a agência estava mesmo certa...

    — Legal... O único lugar que a gente tinha como pista para saber onde o falsário estava e não podemos entrar... – Disse Sonic, frustrado.

    Mas Sally tinha outro pensamento.

    — E quem disse que não podemos entrar?

    — Hm?! Eu ouvi bem? Tu tá dizendo que quer entrar nessa sopa de entulho aí?!

    — Sim, Sonic. Se esse lugar foi destruído, é porque há coisas aí dentro que não querem que sejam descobertas.

    Mas Rotor tinha uma outra opinião.

    — Esta é uma base avançada de Eggman. Destruí-la significaria diminuir a quantidade de robôs da região. Não creio que sacrificaram uma base inteira só pra esconderem algo.

    — Hm... Agora que você disse isso, eu... – Sally logo olhou para os destroços do lugar – Se seguirmos sua observação, então há uma possibilidade de...

    — ... Shadow ter destruído! – Disse Amy, surpreendendo a todos.

    O que a ouriço rosa disse chegou a despertar ainda mais os instintos de Rouge, que pensou:

    — *Droga, Shadow! Você nem tentou esconder... Deixou pistas e agora vou ter problemas de te ajudar... Mas mesmo assim, é difícil fazer algo sem saber o que de fato aconteceu! Eu preciso saber antes deles o que houve...*

    Sally se juntou a Rotor, que estava próximo aos destroços da base, com um pedaço de metal em mãos. A princesa logo perguntou:

    — O que foi, Rotor? Descobriu alguma coisa?

    — Essa base... Ela foi destruída de dentro pra fora.

    — Como é?! – Perguntou Sonic, se aproximando.

    — A forma que esse metal está contorcido... Tenho certeza que foi algo de uma explosão lá dentro e não de algo causado aqui de fora... – Disse, olhando para o computador de Sally – Nicole, está me ouvindo?

    — Perfeitamente, Rotor. O que houve? – Perguntou Nicole.

    — Você poderia avaliar o poder da explosão de acordo com os danos?

    Logo a lince começou a fazer um escaneamento da área e logo trouxe resultados.

    — Você está certo. Ocorreu uma explosão lá dentro!

    Rouge pressentiu que era o momento de tomar as rédeas da situação, já que os Lutadores da Liberdade eram muito ligeiros e astutos em deduções. Ela, fazendo novamente uso de seu apetrecho em sua luva, diz:

    — Como eu desconfiei...

    — O que, Rouge? – Perguntou Amy, que estava a seu lado.

    — Eggman sempre deixa duas saídas para poder escapar: uma óbvia, que é a saída, e outra que só ele sabe. E se isso for mesmo verdade e é, tenho absoluta certeza de que a base não foi totalmente destruída.

    — O que quer dizer? – Disse Tails – T-Pup verificou todo o primeiro atrás de uma entrada, mas não encontrou nada.

    — Por isso mesmo, meu lindinho peludo. Eggman fez parte que não fosse encontrado. Entretanto, não é dessa saída que me preocupo...

    — Não?

    E Sally entendeu muito bem o que Rouge quis dizer:

    — Se essa saída está escondida, é porque ainda está lá... E se está lá, Eggman deixou uma área protegida de todos...

    — ... e possivelmente livre dos perigos de uma explosão! – Concluiu Rouge.

    Sabendo disso, Sonic tomou a iniciativa. Confiante, estalou seus dedos enquanto caminhava para próximo da área cheia de destroços. E esboçando um sorriso, disse:

    — Ok... Já entendi o lance. Então tá na hora de um pouco de ação pra variar! Abram espaço... porque o pai tá on! Vamos, Tails!

    — Falou, Sonic! – Disse o menino, voando até onde estava.

    E como um raio azul e amarelo, Sonic e Tails executaram um horning attack conjunto em direção ao entulho, começando a circundar seu entorno. Era um movimento conhecido de todos: a dupla criou um tufão sônico onde conseguiram jogar para longe todos os destroços, limpando a entrada após isso. Bem sucedidos, Sonic, aterrissando depois de um salto mortal para trás, diz:

    — Isso foi muito fácil e nostálgico... Detonamos, carinha! – Disse o ouriço, deixando sua mão aberta para seu amigo.

    — Isso aí! E como você disse, foi mesmo como nos velhos tempos! – Disse Tails, batendo na mão de Sonic.

    E logo veio Sally:

    — Vocês dois foram ótimos!

    — Ih olha só... Reforçando o óbvio, Sal? Hehe...

    — AFF... Não posso elogiar... Custa você ser só um pouco modesto pra variar?

    — Eu posso fazer um esforço, mas não garanto nada... Fazer o quê, né? Hehe...

    Com a ação dos dois, o corredor que dava acesso ao interior da base ficou visível, o que possibilitou a entrada de todos. O lugar estava entregue a escuridão, sendo resolvido parcialmente com a lanterna potente de T-Pup, que ia a frente iluminando o caminho. Além disso, muita poeira e fumaça ainda eram sentidos, o que causou um pouco de incômodo, com todos tossindo. Por sorte, Rotor trouxe máscaras com filtro em sua mochila para ocasiões como essa e não perdeu tempo para entregar a todos o utensílio.

    O caminho acidentado e cheio de poeira e fumaça se tornava casa vez mais misterioso e tenso, fazendo com que os Lutadores da Liberdade mantivessem ainda mais cuidados, já que o lugar era instável. Verificando em seu leitor, Rotor avisou a todos que uns atividade de energia ocorria no núcleo da base. As coisas ficaram ainda mais preocupantes.

    — Essa energia... Qual sua natureza, Rotor? – Perguntou Sally.

    — Atômica, Sally. Com certeza o reator dessa base ainda está operando.

    — Reator?! Mas essa é uma base avançada somente! – Destacou Rouge – O que Eggman queria com isso afinal?

    E Tails logo deu a notícia:

    — Isso não é coisa do Eggman!

    — O que?! – Indagou a morcega.

    — O doutor nunca daria esse luxo para as tropas de Soumerca.

    — Hm... Isso faz sentido, bebê... Essa região não é tão interessante pra ele...

    — É... E não me chame de bebê! – Se irritou Tails.

    Sonic não demorou para expor sua opinião:

    — Tá, tendi. O doutor não é o responsável. Então deixa eu adivinhar: os Nocturnes, não é?

    — Justamente, Sonic – Disse Sally – Devemos ter ainda mais cuidado... Mesmo com esse lugar caindo aos pedaços é certo que há algo ocorrendo no núcleo daqui.

    E Rouge, olhando em volta, percebeu algo e, tomando a frente, diz:

    — Se incomodariam se eu fosse a frente de vocês?

    — E porque você quer fazer isso? – Perguntou Amy – T-Pup está iluminando o caminho e fazendo um rastreamento a cada passo nosso...

    — Rosinha fofa, eu não vou atrapalhar o ótimo trabalho do nosso aliado metálico. Eu só quero ir a frente porque acho que sei o que houve aqui.

    — Como é? – Perguntou Sally – O que descobriu?

    — *Novamente consegui sua atenção. Dessa vez não posso falhar...* — Pensou a agente, dizendo em seguida – Shadow esteve aqui... Satisfeita?

    Isso realmente chamou a atenção de todos. Sonic logo se prontificou:

    — Beleza, madame. Como é que você conseguiu chegar a essa certeza? Está tudo escuro e não dá pra ver nada a não ser onde o T-Pup conseguiu iluminar!

    Logo Rouge apertou um botão de seu apetrecho em uma de suas luvas, mostrando um mapa em três dimensões mostrando totalmente o mapa de uma área de 100m³ (cem metros cúbicos), com a localização exata de onde Shadow foi visto pena última vez. Com todos surpresos, Rotor logo disse:

    — Porque você não nos mostrou logo esse mapa?

    — Tudo no seu momento, benzinho. Eu não escondi isso de vocês a toa.

    — E o que mais você escondeu da gente, hein? – Perguntou Amy, irritada.

    — Ei... Não tire conclusões precipitadas. Minhas informações são confidenciais sob as diretrizes da GUN. Estamos em um lugar quase indo abaixo e precisamos de uma vantagem. Esse mapa irá nos ajudar a encontrar o núcleo rapidamente. Por isso quero tomar a frente... com a ajuda de nosso amigo T-Pup, é claro.

    Combinado com os Lutadores da Liberdade, Rouge enfim “liderou” o grupo em direção ao suposto núcleo onde a morcega recebeu a última localização de Shadow antes de perder seu sinal. O caminho sinuoso pelos corredores destruídos e com várias fiações a mostra diziam por si só que o centro da explosão estava próximo. Placas de metal caídas, possivelmente resíduos e os restos que se desprenderam do teto atrapalharam a caminhada, onde prontamente Rotor usou de seu traje nanotecnológico, assim como Sally fez uso de suas twin blades de plasma e Rouge de seus chutes potentes. E não nos esqueçamos de Amy, que limpou uma área com seu martelo Piko Piko. A Sonic bastou observar seus amigos em ação, assim como Tails.

    E após uma longa caminhada, eis que finalmente chegaram a um salão onde podiam ver um enorme monitor. Foi ali que Shadow e Lien-Da outrora conversaram com Shade antes que o lugar viesse aos ares. Como ninguém sabia desse detalhe, Sally disse que:

    — Foi aqui onde ocorreu a explosão. Nicole acabou de me dizer.

    — Hm... Faz sentido – Disse Rouge – Tudo destruído e só esse monitor, ou o que sobrou dele, está de pé.

    — Esse lugar... Ele era o núcleo dessa base, mas... – Disse Rotor, olhando seu tablet.

    — Que tá pegando, Rotor? – Perguntou Sonic.

    — A atividade energética... Ela está abaixo de nós, no subsolo!

    — Como é que é?! Mas não é aqui onde estamos?

    — Sim e não. Realmente tem energia nesse monitor, mas não a mesma que os sensores do meu tablet de averiguação e escaneamento mostraram mais cedo.

    De fato, havia algo abaixo do onde estavam. Entretanto a quantidade de escombros e metal retorcido, além da escuridão, dificultavam a visualização do lugar a fim de encontrar alguma passagem. E Rouge, de forma secreta, ligou seu apetrecho ao gabinete do monitor sem que vissem, onde ela puxava dados enquanto o resto da trupe fatura reconhecimento do lugar. E por conseguir essas informações, seu mapa foi preenchido, atualizando suas informações.

    — *Ah sim... Perfeito! Agora eu conheço todas as áreas dessa base... O morsa estava certo o tempo todo, pois essa base é mais extensa do que imaginávamos. Sendo assim, hora de eu dar uma mãozinha aos Lutadores da Liberdade...*

    E mostrando dissimulação, Rouge gritou:

    — EI, ESCUTEM TODOS! EU ACHEI A PASSAGEM!

    Correndo em direção a morcega, os Lutadores da Liberdade se reuniram a ela em frente de uma grande porta. Como era bastante espeça e fortificada, só foi derrubada com as forças de Rotor, isso sua roupa nanotecnológica, Amy com seu Piko Piko, Rouge com sua incrível força e Sonic, com seu horning attack poderoso. Feito isso, a passagem foi aberta, os levando a um corredor escuro e, após adentrarem alguns metros, chegaram a uma câmara. Lá avistaram uma sala bem iluminada com leds ao longo de todo o lugar. Sonic logo disse:

    — Olha só os Nocturnes cheio de segredos. A Lara Croft teria inveja da gente, pode crer!

    — Deixe de gracinhas, Sonic! Vamos vasculhar esse lugar! – Disse Sally, olhando seu computador.

    O clima da câmara era totalmente diferente do de antes. Saindo de escombros e cinzas, agora nossos heróis estavam em um lugar mais abastecido e limpo, fora que a iluminação agora os ajudava. Paredes metálicas, com ligas de titânio ao rodapé e um piso feito de alumínio dava a entender que era um lugar vedado e de isolamento, onde não haveria como rastrear sua localização. Mas Rouge tinha todos os dados, colocando isso como uma vantagem pra a agente da GUN.

    Mas a facilidade havia chegado ao fim: uma bifurcação a frente deixou a todos confusos e desorientados.

    — Droga... Isso parece até que foi feito intencionalmente! – Disse Sally, confusa.

    — Para que lado agora? – Perguntou Rotor.

    — Eu não sei... Nicole?

    — Sim, Sally – Respondeu a lince.

    — Conseguir visualizar a área dessa câmara?

    — Negativo, Sally. O siπ∆| €st∆ ru|π... $∆||¥?!

    — Hã?! Nicole?! Nicole?

    — O que houve? – Perguntou Tails.

    — O sinal... Não consigo comunicação com a Nicole! Há um bloqueio!

    — Ah legal... Agora é escolher a direção no palitinho ou no zerin ou um! – Disse Sonic, irritado.

    Mas vocês já devem imaginar quem vai dar a primeira ideia, não? Com vocês, Rouge:

    — Vamos nos dividir.

    — Essa não é uma boa ideia... – Rotor sendo racional.

    — E porque não? Escutem, não sabemos para qual caminho seguir e se iremos encontrar o que estamos procurando... Mas pelo andar da carruagem, precisamos agir rápido!

    — Tá, eu gostei do “rapido” e me amarrei na sua expressão... – Disse Sonic.

    Mas Sally não estava satisfeita com a morcega, dizendo:

    — Não tão rápido, Rouge.

    — E porque não?

    — Porque seria muito conveniente pra você nos dividirmos.

    — Do este você está falando? *Essa princesa... Eu sabia que ela seus um obstáculo!*

    — Amy fez uma pergunta bem pertinente a você mais cedo: “quais segredos mais você esconde de nós” foi o que ela quis dizer.

    — Ora, eu estou pensando no grupo! Somos seis aqui...

    — SETE! – Disse Tails, irritado – Não se esqueça do T-Pup!

    — Ok... Sete. Então seria muito mais prático nos dividirmos em dois grupos para seguirmos pelos dois caminhos. Você tem uma ideia melhor?

    Sally não tirou seus olhos de Rouge um seguindo sequer após ela terminar de falar. Era sabido que a agente da GUN não era tão confiável assim, mas a princesa tinha noção de que o tempo era pouco e que estavam em um lugar desconhecido. Obter informações era o foco, então:

    — Muito bem, Rouge. Faremos do seu jeito.

    — Isso! Eu sabia que você iria aceitar! *E como eu sabia!*

    — Tails, T-Pup e Amy, vocês vão com a Rouge. Sonic e Rotor, vocês comigo.

    Embora a divisão tenha ssido”vantajosa” para Rouge, ela não era boba ao pressentir algo de intencional nessa escolha.

    — *Vou ter mais liberdade agora! Essa escolha veio mesmo a calhar, mas... Está muito perfeito para o meu lado. Será que Sally fez isso porque quer me provocar? Hm... Mesmo assim, é um risco que eu quero mesmo correr...*

    Com a divisão feita, as duas forças partiram cara uma para um dos lados da bifurcação. E enquanto Rouge partiu com Tails, T-Pup e Amy as pressas, Sally foi logo chamada a atenção por Sonic:

    — Tá, Sal... Tu não me engana. Qual a treta com a Rouge que você ainda não contou?

    — Ah então você percebeu...

    — Claro! Tá muito exposto! Vai, desembucha!

    — Ela está escondendo informações.

    — Certo, ela é uma espiã. Já enganou muita gente... Só que tamos todos no mesmo lado.

    — Sonic, ela quer primeiro resolver suas prioridades e eu acabei de deixar bem claro pra que ela saiba que já esperamos que vá fazer algo. Só que eu deixei Amy no grupo por causa disso...

    — A Amy?! – Perguntou Rotor – Você tem certeza disso? Rouge é muito habilidosa...

    — Amy também é... e mesmo a força da Rouge não é capaz contra o martelo dela. Mas eu não estou aqui promovendo um duelo entre elas: Amy vai fazer vigilância. Só isso. E eu estou no aguardo por uma ação dela...

    — Ação?! Como assim?

    — Rouge vai tentar fugir da gente em algum momento.

    E Sonic logo disse:

    — Gah?! Sal, você está louca?!

    — Não... Na verdade estou controlando os danos. Rouge já agiu como agente dupla, então eu sei que ela iria cedo ou tarde conseguir alguma vantagem sobre a gente. Essa sua ideia de separar os grupos é uma suas atitudes de gerar isso. Pois bem, estou usando isso a meu favor.

    — Como assim?

    — Nosso grupo tem informações que ela precisava. Como ela está separada da gente, então...

    — ... conseguirá menos informações! – Disse Rotor – Que jogada, Sally!

    — E mesmo as informações que ela tem não são 100% úteis porque nunca as daria totalmente. Seletiva como ela é, iria obter mais vantagens. No momento Rouge está com a Amy e o Tails, que eu sei que ela sabe que está sendo vigiada. Com isso lhe dei motivos pra se preocupar ao mesmo tempo que ela vai tentar obter informações e nossos amigos poderão obter as informações que ela conseguir. Mesmo se for pouco, já é mais do que Rouge teria de nós. Não queria estar no lugar dela agora...

    — Tá, mas porque tu falou isso com todo o holofote? – Perguntou o ouriço.

    — Hehe... Pra ela saber que...

    Enquanto isso, no outro lado...

    “... eu também sei jogar o joguinho dela!”

    O grupo da morcega ia as pressas pelo caminho escolhido. O corredor estreito mas bem iluminado os levou até uma sala onde se encontravam outras entradas, onde a luz estava mais baixa. Diante disso, Rouge diz:

    — Muitas entradas e poucas pessoas... Vamos ter que nos separar.

    — Muito conveniente, não? – Disse Amy, ressabiada.

    — Do que está falando?

    — Éramos sete, agora quatro e você quer separar outra vez...

    — *Essa guriazinha está muito mais esperta que antes...* Que tal duplas?

    — Eu e você, Tails e T-Pup. Única escolha, é pegar ou largar!

    — Mas temos que...

    — O tempo está passando... E aí, vai pegar ou largar?

    — Tudo bem... Trato feito! Agora vamos com isso! *O jeito que ela está agindo é como se... É CLARO! Eu percebi quando Sally conversou com ela mais cedo... Então foi isso: Sally tomou a dianteira a muito tempo e só agora fui perceber isso! Ela fez tão certo a estratégia que eu agi pensando que estava na vantagem e desde o início ela bolou um plano pra ficar dez passos a minha frente! Então a princesinha quer entrar no meu jogo, né? Então tá... Cansei de ser boazinha.*

    E enquanto Rouge pensava, Tails foi até Amy e, cochichando, diz:

    — Você está com algum problema com a Rouge?

    — Não... É ela que tem algum problema com a gente.

    — Como assim?

    — Não dá pra falar agora, mas fiquem T-Pup e você a postos porque ela vai aprontar, eu sei que vai...

    Separadas as duplas, Tails e T-Pup seguiram para um corredor com vários transistores ao longo do caminho e Rouge e Amy seguiram por um mais escuro, com paredes de concreto oco.

    O momento de descobrimentos é agora.

    Voltando ao grupo de Sonic, Sally e Rotor, o ouriço liderava, seguindo na frente pelo corredor. Não demorou muito e logo chegam a até um tipo de hangar, onde a sala era mais larga e com vários monitores a sua volta. No centro, logo a frente, havia um imenso computador com uma tela na mesma proporção. Se aproximando do equipamento, o ouriço diz:

    — Cara, olha só o tamanho dessa máquina! O doutor tá investindo pra fazer mineração, só pode, hehe...

    — Sonic, não é hora pra pensar nisso! – Disse Sally.

    — Tá, relaxa... Não pode brincar mais, né?

    — Não sabemos do que se trata esse computador... – Disse Sally, checando o gabinete.

    Ela o ligou, onde na tela mostrou o emblema do domínio de Eggman. Entretanto era necessário uma senha.

    — Ah que ótimo... Não me surpreendeu em nada.

    — Coloca “roedor fedorento” ou “eu sou o máximo”! – Disse Sonic, sorrindo.

    — E porque acha que Eggman colocaria essas senhas?! – Perguntou Rotor.

    — Ego inflado e estima baixa. O Eggman é um cara bipolar, saca?

    Mas Sally estava mais bem concentrada no que estava fazendo. Tanto que procurou por algum jeito de:

    — ... ligar o computador a Nicole! Isso resolveria rapidamente... – Disse, ligando o cabo ao grande gabinete – FUNCIONOU!

    Na tela de seu computador logo apareceu Nicole, que parecia estar muito preocupada.

    — Oh Sally! Graças aos deuses... VOCÊS ESTÃO BEM! ACONTECERAM COISAS!

    — Hã?! O que houve, Nicole?

    — Um pulso eletro magnético foi rastreado por meus sensores ao extremo sul de Mobius! Isso causou um apagão por regiões do planeta, desde o Reino dos Dragões até Station Square!

    — Nossa! Mas estão todos bem em Nova Mobotrópolis?

    — Sim, o pico não nos atingiu por causa do escudo de nanites, mas... ONDE VOCÊS ESTÃO?!

    — Estamos dentro da base avançada de Eggman, mas em seu interior inexplorado. Rápido, Nicole! Descriptografie essa senha!

    — É pra já!

    Em poucos segundos a IA lince conseguiu decifrar a senha, tomando o controle do computador em seguida. Tanto que ela mesma apareceu na enorme tela, dizendo:

    — Este computador... SALLY, EU ESTOU VENDO TUDO!

    — Hã?! O que foi?!

    — OS NOCTURNES... ELES ESTÃO TOMANDO OS SISTEMAS DO DOUTOR!

    — O QUE?!

    — Caraca, como tu consegue ter essa certeza? – Perguntou Sonic.

    — Acho que o sistema de Eggman consegue saber as dimensões de invasão!

    Mas não era bem assim, como Nicole mesmo deu a notícia:

    — O MAINFRAME DOS NOCTURNES É ESSE COMPUTADOR!

    — O que?! Mas...

    — Isso está estranho... – Disse Rotor, suspeitando – Primeiro: como é que eles deixariam um mainframe na área mais inóspita de Mobius? E segundo: porque deixar um nível de criptografia tão baixo no principal computador?

    E uma voz conhecida pelos leitores dessa história é ouvida:

    — Sábias perguntas, invasor.

    — Hm?! Quem tá falando?! – Perguntou Sonic.

    — Ouriço, antes irei responder a seu amigo morsa. Por ser uma área inóspita que torna viável nossos objetivos. E o porquê da baixa segurança? Simples: pra deixar uma falsa impressão de que queríamos manter em segredo algo.

    — Mas porque? – Perguntou Rotor.

    — Obter mais informações, é claro.

    Sally entendeu no mesmo instante, desligando seu computador do mainframe. Logo Nicole disse seu ponto de vista:

    — Eu fiz o que podia, Sally!

    — Do que está falando, Nicole?

    — As coordenadas... Eles as viram!

    — Coordenadas?!

    E a voz conhecida disse:

    — Nova Mobotrópolis... Nós não conhecemos a todos os pontos dessa dimensão desde que estivermos aqui a mais de quatro mil anos... Eu mesma não sou conhecedora da dimensão original de meus pais... e isso me deixa mesmo triste.

    — GRR... QUEM É VOCÊ? – Perguntou Sally, irritada.

    E na enorme tela ao centro eis que surge:

    — Shade... Alta comandante do império equidna Nocturnes.

    — NOCTURNES?! Então é você a responsável por tudo isso?

    — Você é uma princesa, não? Isso facilita as coisas... Nova Mobotrópolis é onde você tem seu reino?

    — Porque quer saber? Diga!

    — Princesa, peço humildemente por sua colaboração. Façam parte de nossas forças. Tudo que queremos é nosso lugar de direito nessa dimensão. A paz é uma promessa, eu lhes asseguro.

    As palavras de Shade despertaram a ira de Nicole que, tenho conhecimento de certas coisas, se materializou a frente do monitor, dizendo:

    — Paz? Desculpe, mas seus critérios para isso são muito questionáveis... NÃO HÁ O QUE ESCONDER DE MIM!

    — Porque? Estou lhe oferecendo uma possibilidade de evitarmos baixas desnecessárias – Disse Shade.

    — Nicole, porque disse isso? – Perguntou Sally.

    — Do mesmo jeito que ela rastreou meus dados eu fiz o mesmo a eles. Sally, eles tem tecnologia de controle mental e tentaram fazer isso em todos vocês desde o início!

    — COMO É?! – Disse Rotor, surpreso.

    — Ondas sonoras. Cada indivíduo de Mobius tem uma frequência sonora individual em seus cérebros, como uma biometria. Essa tecnologia que eles tem possibilita controlar a mente das pessoas! Auto sugestão por som! É inaudível e imperceptível a todos do mesmo jeito!

    — Somente um artifício para que a resistência não se machuque. Há indivíduos nessa dimensão que preferem a guerra e não o diálogo e muito menos a compreensão de nosso ponto de vista – Disse Shade.

    E Sonic tomou a frente dessa vez, dizendo:

    — Mascarada, tá ligada que fazer as pessoas aceitarem ideias a força não é legal, né?

    — Tudo para proteger suas integridades e não fazer disso uma guerra. É um mal necessário... e não somos os culpados por sua falta de compostura!

    — Tá de saca, não? Como é que se chega nas pessoas depois de quatro mil anos? Opção A: na maciota. Opção B: com uma renca de chili dogs, onde eu já saberia que era tudo camarada! Opção C: chegar na voadora. Vocês escolheram a C, então tratem de parar o que estão fazendo e se entreguem!

    — Já esperávamos pela falta de compreensão e cooperação dos habitantes dessa dimensão... Da nossa dimensão! Eu mesma acreditava que depois de tanto tempo Mobius teria um povo mais caloroso e amistoso para conosco, os excluídos injustamente! Mas vejo que nosso líder nunca esteve tão certo acerca do comportamento arrogante e bruto desse mundo... e cabe a mim conduzir os planos de nosso clã a toda a força!

    — Porque você busca por isso! Nunca iremos nos render, pode ter certeza disso! – Disse Sally.

    — Então terão uma resposta a altura... a partir de agora!

    Sonic logo olhou ao redor, percebendo que não havia absolutamente movimentação alguma, o que frustrou suas espectativas.

    — É, tô vendo que a gente vai tretar... Resta saber qual o exército que tu trouxe... Pera, deixa eu ver... Ah sim... NENHUM! Erro falho, Shade!

    Acho que foi um pouco cedo demais Sonic dizer isso: ao longo de todo o hangar, leds da cor azul começaram a se acender no vazio e, na verdade, eram olhos de vários soldados que estavam invisíveis todo esse tempo. Vestindo uniformes de cor preta e usando elmos da mesma cor com detalhes azuis, todos estavam armados e prontos para o ataque. E Shade, sem perder tempo, diz:

    — Marauders... Ataquem!

    SONIC ON’ - Underground Secret Base Act 1

    Middle Boss: Marauders' Armada

    Music: “Parry Addiction” from Yakuza Zero

    Composer: Hidenori Shoji

    Sally puxou suas lâminas plasmáticas no mesmo instante, com Rotor conjurando seu traje nanotecnológico e Sonic já preparado para a luta. Todos os Marauders já estavam armados com bastões energéticos e lanças de energia bastante intimidadoras, tanto que a princesa disse:

    — Essas armas... São completamente diferente do que eu vi até hoje!

    — Esses Nocs são muambeiros, né? Já trouxeram essas bugigangas lá da terra do faz de conta...

    — Sonic, leve a sério desta vez... A Sally está mesmo falando bem sério e eu reforço o coro! – Disse Rotor.

    O combate inicia, com Sally executando saltos acrobáticos evitando de ser atingida pelos raivosos Marauders. Nem mesmo seu contra ataque foi efetivo, já que os soldados usavam de suas armas especiais e neutralizaram os efeitos plasmáticos por completo das lâminas da líder dos Lutadores da Liberdade. E ela, chegando a caminhar brevemente pelas paredes para fugir de ser atingida, diz:

    — Não são meros capangas... Eles sabem mesmo lutar!

    E esse comentário era compartilhado por Rotor que, tendo dificuldades de manter a base de luta por estar sendo pressionado pelos ataques poderosos de Marauders usando massas de energia, diz:

    — Pode crer, Sally! Essas armas deles são muito poderosas também!

    E ao fundo, sendo cercado por dez dos soldados Nocturnes, Sonic disse:

    — Ah qualé... Que coisa clichê. Então vai fazer montinho pra poder lidarem comigo? Haha... Se enganaram!

    Sonic então usou de sua velocidade para tentar atingí-los, mas mesmo isso de seu principal movimento, não conseguiu ter sucesso no ataque por ter como obstáculo os escudos energéticos dos Marauders batedores que estava lutando.

    — *Camarada, esses aí são duro na queda! Tem algo diferente nessa tchurminha do mal que ainda não manjei...*

    Entretanto eles realmente não eram qualquer um: executando um salto conjunto, um deles arremessou ao chão uma granada, cuja explosão trouxe uma descarga de energia que cobriu um raio grande, fazendo com que Sonic ficasse paralisado e sentindo danos elétricos. Com o ouriço sendo eletrocutado, Sally se desesperou:

    — SONIC!? NÃO!

    Com a iminência de um golpe fatal prestes a acontecer, Sonic disse:

    — Ahh... Vocês... não vão... DETER O PAI AQUI, TÁ?

    Enganam-se que o ouriço não poderia lidar com a situação: Sonic executou um spin dash, catalizando assim a energia e fazendo sua fricção ao solo condensar a eletricidade, a fazendo se juntar a sua. Logo uma explosão energética ocorre, fazendo com que os Marauders fossem jogados para trás. Porém, conseguindo se posicionarem, não sofreram dano algum. Neste instante, mesmo com seu alívio a situação de Sonic, Sally pensou:

    — *Eles são fortes demais... e estão em dezenas. Estamos lutando contra um exército extremamente poderoso como nunca vimos... A Legião Sombria já era uma ameaça grande que enfrentávamos e saíamos vencedores na maioria das vezes. Porém contra os Nocturnes... Eles fazem a Legião parecerem amadores!*

    As coisas não estavam boas. A situação era a pior possível com a dezena de Marauders subjulgando nossos heróis.

    Enquanto isso, no outro caminho...

    Sem saberem da urgência do grupo de Sonic, Tails, que era acompanhado por T-Pup, vasculhava em uma escrivaninha em uma sala que arremetia a um escritório. Por lá, somente encontrou anotações do domínio de Eggman da região de Soumerca.

    Enquanto isso, Rouge e Amy seguiam para o interior de um suposto calabouço, onde o ar carregado de lástimas e cheiro de podre traziam mal agouro.

    — Ah esse lugar... Rouge, isso aqui me dá arrepios!

    — Você pode voltar se quiser... Hm...

    — Seria tudo que você queria, não é?

    — Tá, queridinha... Eu sei que você está me vigiando.

    — Porque acha isso?

    — “Porque acha isso”... Não é você que me vigia. Sou eu que estou te vigiando!

    — Pode falar o que quiser, eu não vou sair de perto de você!

    E quebrando a conversa, um grito de socorro é ouvido. Logo as duas correram as pressas para ainda mais o interior do lugar, chegando a uma sela onde havia um equidna. Logo Rouge diz:

    — Hã?! Mas quem é você e... Quem te prendeu?!

    — Socorro! Me soltem! Eles... Eles podem aparecer a qualquer momento!

    — Quem?! – Perguntou Amy.

    — Os Nocturnes!

    Amy e Rouge trocaram olhares e juntas quebraram as grades, libertando o pobre equidna. Mas havia algo que a morcega percebeu no mesmo instante que o viu de corpo inteiro:

    — Você é um membro da Legião Sombria!

    — Sim, sou...

    — Ah nossa... E onde estão o resto de sua legião? – Perguntou novamente Amy.

    — Eu não sei... Eles, os Nocturnes... Eles controlaram meus irmãos sei lá como e... Nossa, temos que sair daqui... TEMOS MESMO QUE SAIR DAQUI!

    — Não tão rápido! – Rouge estava se impondo – Quem é você?

    — Me chamo Lundro, sou um soldado da Legião Sombria da divisão de Soumerca. Essa base era nosso refúgio... Mas eu e um outro irmão fomos controlados em uma base distante daqui, no Vale das Raízes Negras...

    — Mas... Há uma base de Eggman lá?!

    — Sim... nossa grã mestra nos mostrou o caminho...

    — Lien-Da?! – Amy ficou surpresa.

    — Sim! Logo após entrarmos, quando tentamos sair fomos atacados por uma equidna... Shade, ela é uma Nocturne... A que controla tudo!

    — Muito bem... Vamos sair daqui... – Disse Rouge, o puxando pelo braço.

    — Rouge, ele deve ter mais informações!

    — Eu sei disso! Por esse motivo que devemos voltar para perto dos outros! Tem algo muito estranho nisso tudo...

    — Tudo bem... Vamos!

    Saindo do calabouço, Rouge, Lundro e Amy caminharam para o corredor estreito, mas esse era o momento que a agente da GUN estava esperando: ela golpeou sorrateiramente Amy, a jogando para longe no corredor. Rapidamente, usando de seu apetrecho em sua luva, acionou o fechamento da porta, a isolando junto a Lundro.

    A ouriço rosa, irritada, começou a golpear a porta com seu martelo, dizendo:

    — SUA BANDIDA TRAIÇOEIRA ORDINÁRIA! ABRE ESSA PORTA, ROUGE! ABRE ESSA PORTA! ABRE!

    Os fortes golpes de Amy chamaram a atenção de Tails e T-Pup, que correram a toda para encontro da ouriço. Chegado lá, o menino raposa disse:

    — Amy, o que está acontecendo?!

    — Rouge me deu um chute e fechou a porta! Essa lambisgoia estava pensando mesmo em nos trair como sempre fez!

    — Novidade... Uma vez agente secreta, sempre Rouge!

    — Grr... Que raiva! AHHHH! Sally estava certa desde o início! Ela ia mesmo fazer das delas a qualquer momento... E JUSTO COMIGO!

    Só que o ruído do embate chegou até onde estavam e, pressentindo o pior, Tails diz:

    — Amy, está ouvindo?

    — Nossa! Esse barulho...

    — ESTÃO COM PROBLEMAS, AMY! VAMOS!

    Mas assim que tomaram o hangar vendo seus amigos em ação e com um problema enorme, eis que um portal apareceu sem mais nem menos de uma das paredes, onde Knuckles e Lien-Da surgiram bastante feridos e trazendo consigo Ômega, que estava sobre uma plataforma gravitacional. E o equidna, já entendendo a confusão que o lugar se tornou, diz:

    — Ah legal... Um problema por outro. Que troca justa!

    "O que está acontecendo?" O olhar desesperado e assustado de Sally disse por si só.

    Continua.


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