A primeira batalha - Parte 4

Como vimos no último capítulo, Ryoga estava decidido a lutar contra Nomed para salvar Kaede. O jovem estava tão disposto a isso que se colocava em base de luta, mostrando os punhos serrados a frente. Nomed, vendo Ryoga daquela forma, largou Kaede, que vai ao chão, quase desacordada. Ela, olhando para Ryoga, diz:

— Ryoga... Não! Fuja deste monstro...

— Clichê de anime, K! Tu sabe que eu não vou sair... *E possivelmente vou tomar uma coça desse Jubileu do Calisto aí...*

O jovem corajoso mexia-se rapidamente, mas Nomed em nada se mostrava preocupado, a não ser pelo seu olho ferido. Ele, caminhando em direção a Ryoga e tentando limpar a ferida, diz:

— Humano miserável... Veja o que fez ao meu olho! Vai pagar por isso... 

— Ô tiozinho, fecha a boca! Tu levou um teco no olho de bobeira. Agora fica aí chorando feito um lango lango manco... E ainda bate em damas como a Kaede...  Se bem que ela em nada se parece com uma... Mais parece um demônio.

E Kaede, mesmo fraca, ouviu o que Ryoga disse:

— RYOGA, SEU IDIOTA!

— Ih! Tu não tava mal!?

— Mal vai ficar você depois que eu levantar daqui!

— Desculpa, K!

E Nomed, bastante irritado, gritou

— HUMANO INSOLENTE! VOCÊ NÃO SERVE NEM COMO ALIMENTO!

— Será? Será? Tudo com Sazón fica mais gostoso, sabia? 

Furioso, Nomed voou em direção a Ryoga e lhe aplicou um violento soco na barriga, fazendo-o cair longe. Depois de rolar até próximo de uma fonte, era visível que o golpe foi forte, já que o jovem já estava um pouco ferido e cuspindo sangue. O corvo, andando lentamente em direção a Ryoga, diz:

— Seres detestáveis como você não merecem misericórdia. Sua carcaça suja e asquerosa nem deveria estar nesse recinto abençoado por Riviera.

E Ryoga, limpando o sangue de sua boca, se levantou dizendo:

— "Ain, meu terrenin é limpinho e você não é digno pra estar aqui, ain..." Na boa, franguinho... Tu é muito fresco! Esse é teu mal... e para com esse papo de ser abençoado. Tu é o demon aqui!

— Hm... Não importa. Seja o que for, você terá seu fim agora!

E Nomed se aproximou de Ryoga e, o segurando, aplicou três fortes socos em sua barriga e, para terminar, aplicou um soco em seu rosto. Novamente Ryoga é jogado para longe, muito ferido. Mesmo fraco, consegue se levantar e diz:

— Ah... Só isso? Ah... Tu tá se alimentando bem, girino? Tem que comer mais carboidratos... Já pensou em comer pipoca? Tem um lugar que é servida quentinha e na manteiga... Uma vovó bem de boa tá te esperando lá.

Kaede, ao fundo do jardim de Nomed, mesmo a distância só observava Ryoga sendo espancado por Nomed. Ela, ainda fraca, diz:

— Não, Ryoga... não faça isso... Ele vai te matar... RYOGA, FUJA!

Ryoga poderia estar mostrando valentia, mas todos nós sabemos que o rapaz não sabia lutar e bem ter poder algum. A situação que era tensa agora se tornou grave.

Enquanto isso...

Em algum lugar do interior da mansão

Ethan e Goldcraw corriam rapidamente para o local da luta entre Kaede e Nomed, assim pesnavam. Ethan teve algumas dificuldades para subir uma parede, ajudado pelo lobo antro. Acima, alcançam um corredor, este já bem iluminado por luzes. Mas Goldcraw nota algo de anormal no lugar.

— Ethan, pare. Estou ouvindo passos. . e estão vindo para cá...

— Sério? Mas quem poderia ser, você tem ideia?

—Não sei, mas parece ser passos de humanos. Mas porque aqui?

E ao longe, surpreendendo aos dois, surge  um humano de fato bem conhecido: era Kenta junto com seus capangas. O humano renegado então diz:

— Vejam só o que encontramos aqui... Se não é o humano que desafiou o inevitável... Ethan, não é?

— Quem é você? - Perguntou Ethan.

— Meu nome é Kenta. E talvez já saiba porque estou aqui...

— Ah sim... Acredito também que vai usar seus comparsas para me atacarem.

— Você é muito esperto, Ethan. 

— Obrigado.

E com ambos os grupos se encarando, Kenta logo tratou de dizer:

— Vou ser bem sincero: eu não esperava vê-lo aqui e muito menos esse outro Anis que desconheço. Mas eu até estou agradecido por ter tanta sorte.

— E porque diz isso? - Perguntou Ethan.

— Iremos acabar com Son e você de uma só vez! Bem, vamos fazer acontecer sua previsão. Ataquem!

E bastou esta ordem para que todos partissem  Ethan e Goldcraw que, apesar de ser forte e ágil, não podia com todos ao mesmo tempo. Se une então a Ethan e começam a batalha. Eram oito capangas dispostos a atacar os planos dos dois. A luta corria ferozmente, com Ethan atacando-os com todo o cuidado para não machcá-los seriamente. Goldcraw somente os derrubava, deixando o resto para Ethan. E com o lobo facilmente neutralizando os humanos, ele diz a Kenta:

— Estou vendo que seus homens não foram bem treinados. Poderia nos dar licença agora?

— Hm... você é um lobo muito forte... Mas não pense que acabou.

— Agora vai lutar comigo, não?

— Não. Eles que irão - Disse, estalando os dedos.

E logo aparecem mais capangas, estes agora munidos com pedaços de pau e com punhais. Goldcraw, prevendo que iriam perder muito tempo, segura a mão de Ethan e o joga em uma passagem na parede. O jovem, surpreso, tentou dizer:

— GOLDCRAW?! Mas...

— Ethan, apresse-se! Esta passagem o levará até um caminho mais perto do lugar onde Nomed está!

— Mas e você? 

— Hehe... Logo estarei com você. Esses humanos são só estorvos...

A batalha seguiu, com Ethan descendo passagem abaixo. Porém havia um fato que talvez ninguém tenha pensado até agora: e Anuon e Fhor?

E falando nisso...

Lado de fora da mansão

O clima era de calmaria no lugar. Uma fresca  brisa refrescante era sentida por Anuon e Fhor, que depois de um longo tempo de espera preocupam-se com a demora de Kaede e Ethan. A felina diz:

— Já se passaram uma hora desde que entraram. Acho melhor entrarmos.

— Mas tudo está calmo e não há absolutamente nada anormal.

— Por isso mesmo que ano melhor entrarmos. 

— Hm... Talvez você tenha razão. Vem, iremos pelos fundos então.

— Vamos! - Disse Anuon, executando um pulo.

E seguem até aos fundos da mansão. Curiosamente, as portas já estavam abertas, o que trouxe mais preocupação a Anuon, que diz:

— Sinto cheiro de humanos.

— Mas não sentimos nada até então... Como poderia saber outras pessoas sem que saibamos?

 - Fhor, algo de errado está acontecendo... Você notou que o tempo todo estava ventando?

Os dois então se olharam, como se habitam pensado sobre a mesma coisa. E adentrando a mansão, Fhor diz:

— Também senti... Mas... Eu não quero acreditar no que você pensou também...

— Espere! Esse cheiro... é de Kenta! 

— Kenta? Aquele humanos que foi agredido por Lupa?

— Sim. Fhor, se ele está aqui...

— Então melhor nos apressarmos. Ethan e os outros devem estar com problemas.

Os felinos adentram na mansão com cuidado, já que poderiam encontrar problemas aí fazerem isso. E assim que chegam ao hall principal, acham corpos de serventes espalhados pelo chão. Fhor aproxima-se para investigar.

— Foram espancados. Usaram de brutalidade com eles. Mas como não conseguimos sentir nem ouvir isso?!

— Fhor, tenho certeza que aquele humano chamado Kenta está aqui, mas...

— O que foi? 

— Não se faça de desentendido. Sabe muito bem que ele não estava só quando entrou...

— Eu não quero acreditar nisso, mas...

— Vamos, Fhor. Tem mesmo algo muito ruim acontecendo.

— Foi um erro deixarmos que eles entrassem na mansão...

Fhor estava coberto de razão.

E na luta de Goldcraw...

Goldcraw havia vencido a luta contra os capangas armados de Kenta, machucando-os o mínimo possível. O único a sobrar foi exatamente seu líder, este não interessado em lutar, ficando.

— Você é forte, lobo.

— Humano, o que quer aqui?

— Eu já disse ao Ethan... Se esqueceu?

— Hm... você sabe que não poderei que machuque Son... Vai lutar comigo agora?

— Não... Eu particularmente, não esperava que você fosse ajudar Ethan a fugir. Então o próximo adversário que terá será especial...

— Hã?

— Eu não poderia vencer um Anis, então... Bom divertimento.

E Goldcraw não estava disposto a ficara alí perdendo tempo. Logo voltou a correr pelo corredor. Mas quando iria atravessar uma das portas, surge em sua frente uma linda jovem:

— Oi... Não o conheço, mas... terá de lutar comigo.

— Hã?! Quem é você? - Disse, assustado.

— Me chamo Lupa.

— Lupa?! Esse nome... Eu me lembro... Filha de Piece 1?

— Sim... 

— Mas o que faz aqui?

— Estou aqui para exterminar a Tríade... Um objetivo de meu pai...

— Lupa, seu pai quer acabar com seus irmãos. Não se importa?

— Não gosto de traidores... São vermes.

E sem mais nem menos, Lupa o ataca com seus golpes de ventos fazendo com que Goldcraw seja jogado para longe, ferindo seu rosto de raspão. A jovem então caminhou lentamente em sua direção, disposta a aplicar-lhe o golpe novamente.

— Assim que me livrar de vocês da Tríade, poderei voltar para perto de Ethan... Eu o senti aqui nesse lugar e... Eu o irei encontrá-lo.

— Ethan? O Conhece?

— Então ele está mesmo aqui... Meu Ethan...

— Você... O que está dizendo?!

— Eu o terei pra mim...

— Criança, você não tem ideia do que esse jovem está passando... 

— Eu sei exatamente o que fazer... E eu sinto o cheiro de seus acompanhantes... Kaede e Ryoga... O destino, como meu pai sempre disse... Estamos seguindo um roteiro já determinado. Seremos os vencedores e... Ethan será meu.

— Esqueça! Jamais terá isso! Destino? Haha! Você não entende a vida, Lupa!

— Lobo, tome isso... - Disse, movimentando suas mãos.

E Lupa lhe aplica um outro golpe de ventos, que o faz voar para longe da sala. Lupa fecha a porta e diz:

— Ethan... o destino nos trouxe aqui... E terminará todas as suas preocupações... Seus aliados, a Tríade... Logo ficaremos sozinhos... e eu o terei... para mim... para sempre.

Continua.