O Plano dos Gêmeos - Drarry.Bron (completa)

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    Capítulos:

    Capítulo 2

    Capítulo 2 - Tudo Deu Errado...Ou Talvez Não

    Heterossexualidade, Nudez, Sexo

    Nota da Autora: Oi! Obrigada a todos que comentaram e favoritaram a fanfic. Nunca pensei realmente que gostassem tanto, fiquei mesmo surpreendida. Aqui está mais um capítulo e espero que possam conferir. Bjs emoticon

    O Salão Principal, como habitualmente, estava cheio de estudantes de todas as Casas tomando seu café da manhã, tal como os professores. Todos riam e conversavam, enquanto esperavam o momento mais importante da manhã: o correio-coruja. Tudo estava igual aos outros dias.

    Ron entrou, acompanhado por seus amigos, e olhou inconscientemente para a mesa de Slytherin. Malfoy e Zabini, como sempre, estavam lado a lado, provavelmente, arquitetando planos maquiavélicos.

    O trio de ouro avançou para a mesa dos Gryffindors e se sentou. Hermione rapidamente se virou para eles e iniciou uma conversa aborrecida sobre a redação de Poções, que teriam de entregar a Snape no dia seguinte, enquanto Harry olhava de relance por detrás do ombro, um hábito recentemente adquirido. Ron desconfiava que ele estava observando alguém, por vezes, suspirava com um sorriso tímido nos lábios e olhava sonhadoramente para a parede. Até já o tinha flagrado fazendo desenhos nos pergaminhos mas, antes que pudesse ver, ele os queimava, ficando envergonhado.

    Hermione já o tinha confrontado, lhe perguntando se estava apaixonado, mas Harry negara vigorosamente, um pouco ruborizado. Ron suspeitou que ele não tinha gostado da pergunta e que tinha ficado chateado com ela. Seu amigo era muito tímido em relação a seus sentimentos.

    Percebeu que ele olhava insistentemente para Malfoy, talvez também estivesse desconfiando dele. A doninha albina estava muito quieta ultimamente, para sua suspeita. Queria contar a Harry sobre o plano dos gêmeos, mas Hermione descobriria e iria dar uma reprimenda, ameaçando contar a Mc Gonagall e estragar o plano, e ele não queria que tal acontecesse.

    Queria ver a humilhação de Malfoy e, consequentemente, de Zabini, embora ele não fosse tão cruel com os outros. Mas era um Slytherin e Slytherins eram malvados e precisavam de uma lição.

    Pegou em um prato limpo e se serviu de panquecas recheadas com chocolate, salsichas, um ovo frito e bacon. O prato ficou cheio de comida e, perante o olhar penetrante de seus amigos, começou comendo, se deliciando. Depois de algum tempo o correio viria e o espetáculo iria começar.

    Ginny estava na mesa dos Ravenclaw, conversando com Luna Lovegood, elas eram muito amigas. Estavam sempre juntas, conversando, e sua irmã protegia a Ravenclaw, quando debochavam dela, ameaçando com uns feitiços que tinha aprendido sozinha. Ninguém em seu juízo perfeito se metia com Ginny Weasley.

    Cho deitava olhinhos a Harry, mas ele não retribuía. Olhou de relance para Fred e George e reparou que eles estavam com suas cabeças encostadas, conversando em voz baixa. Esperava que o plano funcionasse.

    “Nunca mais chega o correio.” – Pensou, ansioso, mordendo seu lábio inferior – “Quero ver a humilhação de Malfoy.”

    Como se tivessem lido seus pensamentos, escutou o ruido de bater de asas. Olhou para cima, a tempo de ver um bando de corujas entrando pelo teto enfeitiçado.

    Todos olharam para cima, ansiosos para terem suas correspondências. Ron e os gêmeos trocaram olhares conspiratórios e observaram os dois garotos. Hedwig parou à frente de Harry, que largou seu prato e retirou sua correspondência: “O Profeta Diário” e o “Pasquim”. Afagou a cabeça da coruja e lhe deu um biscoito. Ela piou, em agradecimento, e levantou voo.

    Pig pousou à frente dele e lhe bicou na mão. Ron soltou um xingamento baixo, olhando para ela, e retirou rapidamente a carta. A coruja levantou voo e Hermione, se apercebendo, pegou em sua mão e a curou com uma acenar da varinha.

    – Obrigado. – Agradeceu, não sentindo mais dor.

    – De nada. – Respondeu ela, voltando o olhar para suas cartas. Guardou a correspondência no bolso do uniforme, sem se interessar em abrir, enquanto olhava para os dois Slytherins, que observavam uma caixa de bombons de chocolate, era igual ao que Narcissa Malfoy lhe enviava.

    Os dois garotos conversavam em surdina, e Malfoy abriu a caixa. Ron suspendeu sua a respiração, iria ser naquele momento. Impulsionou seu corpo ligeiramente para a frente, para observar melhor. Malfoy retirou um bombom e comeu. Pansy, a seu lado, quando se apercebeu das balas de chocolate, tentou pegar em um, mas Draco tirou a caixa de seu alcance e comeu outro. A garota franziu o rosto de raiva, resmungou para seus colegas e lhes virou as costas.

    Zabini revirou os olhos, fazendo um comentário, e retirou um bombom da caixa, o metendo na boca. Ficaram em silêncio, saboreando lentamente o doce, seus rostos com uma expressão ausente. De repente, sem aviso, seus olhos se arregalaram, como se tivessem visto algo surpreendente.

    Ron sentia seu coração batendo fortemente em seu peito, sua respiração alterada. Malfoy virou lentamente seu rosto e focalizou o olhar na mesa dos Gryffindor. Zabini olhou diretamente para seus olhos e Ron sentiu o medo o paralisando seu corpo, empalidecendo. Olhou de relance para os gêmeos, que tinham o rosto franzido de concentração.

    O plano tinha falhado e nenhum deles sabia o porque.

    OoOoO

    Ron se levantou de um salto, não aguentando mais aquela sensação de que os Slytherins se iriam vingar dele. E com razão, embora ele não fosse diretamente responsável pelo plano. Só tinha conhecimento dele.

    Harry e Hermione se viraram de imediato para seu amigo.

    – Ron, está tudo bem? – Perguntou Hermione, inquieta. Ron não estava agindo normalmente, estava pálido, assustado com alguma coisa. Ela queria saber o que era para o ajudar.

    Olhou para seus amigos e percebeu que eles estavam preocupados com ele. Mentiu, para não os assustar ainda mais:

    – Vou só ao dormitório. Nos encontramos no campo de Quidditch. – Harry iria ter um treino, era sábado de manhã e o time queria aproveitar aquele dia, já que, dentro de dois dias seria o jogo mais importante: Gryffindor contra Slytherin. 

    Sem lhes dar chance de ripostar, saiu correndo do Salão Principal e subiu as escadas. Os corredores estavam desertos. Seu coração martelava intensamente, seus sentidos estavam alertas.

    “Eles sabem…” – Pensou, desnorteado – “Eles sabem e irão revidar” 

    Não queria admitir, mas sentia medo. Pois sabia que, se fosse atacado, era porque merecia. E Slytherins eram especialmente cruéis quando os tentavam atacar pelas costas, embora eles pudessem fazer o mesmo, mas nunca eram apanhados.

    Andava rapidamente pelos corredores do castelo, olhando por detrás do ombro.

    “Nunca mais me meto em um plano de Fred e George!” – Pensou –“Nem quero saber de mais nada”

    Os retratos observavam atentamente o rosto pálido e suado do aluno, sussurrando entre eles, curiosos para saberem o que tinha acontecido.

    Ron sabia que estava no sexto andar. Estava quase chegando ao salão comunal.

    Alívio apareceu em seu rosto cansado pela corrida, estava quase a salvo. Suor escorria por suas bochechas rosadas.

    Entrou no corredor do sétimo andar e quase exclamou de alegria, quando sentiu uma mão tapando sua boca. Assustado, se remexeu violentamente, querendo se libertar. Só parou quando uma voz máscula e fria disse:

    – Quieto, Weasley. – O tom não admitia brincadeiras – Temos de conversar.

    Ron parou de se debater e olhou para o rosto de seu agressor, Blaise Zabini. Os olhos castanhos do Slytherin brilhavam intensamente e seu rosto estava tenso. 

    – Zabini, eu… – Tentou falar, mas o Slytherin o obrigou a engolir uma poção de sabor amargo. Se debateu com todas suas forças para se soltar, mas o Slytherin era muito forte e o tinha bem preso em seus braços. Lentamente, sentiu as forças o abandonando e fechou lentamente os olhos, ficando inconsciente.

    OoOoO

    Ron abriu seus olhos, sentindo sua cabeça andando à roda. Quando se sentiu melhor, se ergueu da cama onde estava repousando e esperou um pouco, tentando ver onde estava. Quando sua visão focalizou, percebeu que estava em uma sala escura, iluminada por algumas velas, que tremeluziam sombras fantasmagóricas nas paredes.

    Abriu e fechou a boca várias vezes, sentindo um gosto desagradável.

    Confuso, tentou se levantar, mas se sentia fraco. Não sabia onde estava nem o que tinha acontecido. Fechou os olhos e pensou no que poderia ter acontecido, o que tinha visto antes de desmaiar. O rosto zangado de Zabini surgiu em seus pensamentos e abriu os olhos de rompante, assustado. Seu coração batia apressadamente, sua respiração alterada pelo medo.

    Seus pensamentos estavam se ordenando, e pensou: “Onde estou? Onde está Zabini? O que ele irá fazer comigo?”

    Eram muitas questões sem resposta. Abriu a boca e chamou:

    – Oi? Está aqui alguém? – Uma voz, vinda da escuridão, respondeu sombriamente:

    – Finalmente você acordou, Weasley. – Ron estremeceu ao ver seu colega aparecendo à sua frente. O rosto de Zabini continuava tenso, mas seus olhos pareciam mais suaves ao observá-lo. Ele perguntou, querendo saber onde estava:

    – Onde estou, Zabini? – O Slytherin o mirou atentamente e se aproximou. Ron tentou se afastar, mas seus músculos não lhe obedeciam. Blaise se sentou na borda da cama e perguntou, suavemente:

    – O que você fez comigo, Weasley?

    – Nada! – Exclamou Ron, tenso com sua aproximação, o que era parcialmente verdade. Sabia que, se quisesse, ele poderia machucá-lo daquela distância. – Eu não fiz nada!

    – Então, porque me sinto assim? – Questionou Blaise, exigindo uma resposta.

    – Assim, como? – Quis saber Ron, são sabendo o que seu rival tinha. Xingou mentalmente os gêmeos por terem pensado no plano, agora ele estava encrencado.

    – Assim. – Respondeu o Slytherin, e aproximou seu rosto do ruivo, o beijando com desespero. Ron arregalou os olhos e se sentiu sendo deitado na cama. Os lábios de Zabini eram suaves e carnudos, o perfume a almíscar entrava por suas narinas, o excitando. Percebeu que nada estava certo, o plano não tinha resultado.

    Zabini e Malfoy deveriam se declarar em frente a todo o mundo, mas a poção deu errado, por que senão eles não estariam ali, juntos.

    Gemeu, semicerrando os olhos, sentindo as mãos morenas percorrendo cada centímetro de sua pele. Não que ele se queixasse, obviamente. Afinal, Zabini estava fazendo um ótimo trabalho.

    Seus gemidos incitavam Blaise, que desapertou sua gravata e abriu, um por um, os botões de sua camisa. Ron abriu os olhos e viu sua camisa sendo retirada. Roborizou ao se ver semi nu em frente ao Slytherin.

    – Lindo… – Escutou o sussurro maravilhado de seu colega. Blaise observava atentamente o torso pálido e polvilhado de sardas de seu colega, tão diferente do seu. Como uma serpente, salou para cima dele, mordiscando e beijando seu peito definido, graças aos treinos de Quidditch.

    Ron soltou um gemido alto de prazer, suas mãos acariciando a nuca de seu colega. Impulsionou seu corpo para a frente, que já indicava sua excitação. Blaise sorriu maliciosamente e sussurrou:

    – Temos um leão necessitado de atenção…

    – Sim… – Confirmou Ron, excitado com os toques. Sentiu um rastro de magia percorrendo seu corpo e olhou para baixo, vendo que estava nu. Seu rosto ficou da cor de seu cabelo ao ver-se tão vulnerável em frente ao Slytherin, mas Blaise estava de olhos fixos em sua ereção, expectante, admirando como se erguia majestosamente.

    – Você é grande, Weasley. – Comentou, e Ron sentiu orgulhoso de suas palavras.

    Se aproximou e, com um movimento fluido, sua boca se encontrava na ereção palpitante, uma das mãos acariciava toda sua extensão.

    – Merlin, Zabini! – Gritou Ron, sentindo o calor da boca de seu colega em seu membro, não acreditando no que estava acontecendo. Estava recebendo um boquete de um Slytherin, o melhor de sua vida. A única pessoa que tinha feito um tinha sido Lavender, sua ex-namorada, e não se comparava à perícia de Zabini.

    Parecia um profissional, sabendo como excitar o parceiro. Fechou seus olhos e impulsionou os quadris para a frente, querendo mais, tocando na nuca de Blaise, que o observava atentamente. Blaise não sabia o que se passava consigo, mas estava dando prazer a Weasley, e estava adorando como ele se remexia na cama, com seu rosto suado, gemendo inconscientemente seu nome.

    Estava tentado em fazer muito mais com aquele maravilhoso corpo, fazê-lo seu por completo, mas teria de esperar.

    E ele era bom em esperar. Os gemidos de Ron eram cada vez mais altos e intensos, os quadris se remexiam ao ritmo de seus movimentos.

    – Zabini, eu… – Gemeu Ron e ele sentiu um jato quente em sua boca. O rosto de seu colega estava franzido de prazer e mordia o lábio com força. Engoliu toda sua essência, sentindo sua doçura, com um toque amargo, mas delicioso.

    Ron não acreditava que tinha ejaculado na boca de seu colega, mas tinha sido um prazer tão intenso, que não foi capaz de resistir muito mais. Sentia seu corpo mole, com espasmos em seus músculos, descontraído pelo prazer que tinha recebido.

    Estava tão cansado, que se apercebeu tardiamente que Zabini lhe apontava a varinha. Ficou imediatamente tenso e suspendeu sua respiração, mas Blaise movimentou sua varinha e limpou-os de todos os fluidos corporais.

    Se deitou ao lado do ruivo, que relaxou, e se olharam nos olhos. Ron não queria admitir, mas achava Blaise o garoto mais belo de Hogwarts, embora fosse Slytherin, não era como os outros.

    Não atacava com palavras ferinas os colegas das outras casas nem lançava azarações. Simplesmente observava tudo em seu redor sem comentar. Um sentimento de culpa surgiu em seu íntimo. Se Zabini não estivesse sob o efeito da poção, nada daquilo teria acontecido.

    – Zabini, eu… – Começou subitamente nervoso, se ele percebesse tudo o que tinha acontecido era devido à poção dos gêmeos, iria ficar encrencado. O que, percebeu, não queria que acontecesse pois, surpreendentemente, gostava que se voltasse a repetir.

    – Não sei o que me deu. – Blaise disse, pensativo, e o coração de Ron falhou uma batida – Tenho me controlado por meses e, do nada, faço isso.

    Olhou para os olhos do colega, e continuou:

    – Não que eu esteja arrependido, pelo contrário, mas – Por Merlin! – deveria ter feito isso antes.

    Ron ficou em choque, e perguntou:

    – Você queria? – Fitou seu colega, um pensamento surgindo em sua mente e perguntou:

    – Quer dizer que…. Que você gosta de mim?

    – Slytherins não dizem “gostar” – Ripostou Blaise – Dizem “apreciar”. E sim, eu aprecio você. Sua pele pálida pontilhada de sardas, seu cabelo cor de fogo. Você é delicioso. – Ron enrubesceu mais, como se tal fosse possível e o Slytherin continuou, sarcástico:

    – Você acha que, se não sentisse nada por você, que estaríamos nesse local?

    – Onde estamos? – Perguntou o ruivo, se lembrando finalmente que não sabia onde estava.

    – Na Sala Precisa, claro. – Respondeu Blaise, acariciando os cabelos ruivos e Ron gemeu, deliciado. Com um sorriso sonhado nos lábios, comentou:

    – Então, não foi só a poção… – Se apercebeu do que tinha dito quando os toques pararam de imediato. Um silêncio tenso inundou o quarto improvisado, e o som de suas respirações era o que escutava antes de Blaise perguntar, elevando um pouco sua voz:

    – Que poção? – Ron se xingou mentalmente e se ergueu da cama. Zabini agarrou seu pulso e o ruivo baixou o olhar, sem saber o que dizer. Estava nu, na cama com um Slytherin, e tinha falado do plano. Não sabia o que fazer naquele momento. Ficaram em silêncio durante algum tempo, Ron virou seu rosto para o lado e, por fim, admitiu:

    – Fred e George decidiram pregar uma peça em você e Malfoy. – Blaise ergueu o sobrolho, mas nada disse. Ron continuou, consciente de que estava admitindo a verdade, mas tinha de continuar. Não sabia o que esperar depois. – Através do correio, enviaram uma poção que admitia seus verdadeiros sentimentos.

    Escutou seu colega sustendo sua respiração – Estávamos esperando que vocês admitissem em frente a todo o mundo, mas…

    Se interrompeu, assustado, ao perceber que Zabini tremia a seu lado. Virou o rosto e viu que ele tinha a cabeça baixa, e ficou com receio do que ele poderia fazer. Blaise atirou sua cabeça para trás, rindo descontroladamente. Ron o fitou, em choque, sem saber como reagir. Blaise tinha seu rosto relaxado e sorria para ele, com algumas lágrimas escorrendo por seu rosto moreno, quando comentou:

    – Você tem sorte de eu gostar de você, Weasley, – Ron prendeu a respiração, admirado com suas palavras – Senão ficaria tentado a contar a Draco o plano de seus irmãos e ficaria sentado, observando a confusão.

    Percebeu o rosto surpreso de Ron e continuou:

    – Não que Draco precisasse de uma poção para gostar de Potter.

    – Harry e Malfoy? – Perguntou, chocado, e Blaise sorriu maliciosamente, acariciando seus cabelos e ele gemeu, deliciado. Seu objetivo era distraí-lo da revelação e estava conseguindo. Se sentia bem, protegido, uma palavra que nunca utilizaria perto de um Slytherin.

    – Não se preocupe com eles. De certeza que estarão colocando suas desavenças de lado. – Comentou Blaise e continuou, sério – Eu gosto de você.

    O coração de Ron acelerou com suas palavras. Blaise o olhou nos olhos e continuou:

    – Mas você não disse nada do que sente por mim. Quer dizer, você não protestou quando esteve em meus braços.

    Olhou fixamente para os olhos azuis, da tonalidade do céu e o ruivo se sentiu desejado. Os olhos castanhos o observavam, expectantes, cheios de desejo, e perguntou:

    – Você gosta de mim? - Ele hesitou, não sabendo o que responder. Nem sabia que era bissexual até aquele momento, afinal ele sempre desejara garotas. Nunca sentira atração por nenhum garoto. Mas Blaise era diferente, especial.

    Percebeu que, de alguma forma, gostava dele. Talvez fosse esse motivo que o observava nas aulas, durante as refeições e ficava com ciúmes quando Malfoy ou Parkinson lhe tocavam. Gostava dele. Observou o rosto sério e respondeu:

    – Sim, eu… – Começou, mas foi interrompido por Blaise, que o puxou contra si e o beijou apaixonadamente. Ron gemeu, relaxando em seus braços. O beijo era suave, delicado, sentia os lábios carnudos contra os seus. Aos poucos, se tornou ousado, sedutor, e o ruivo desejava que não parasse. De repente, desfez o beijo e perguntou:

    – Você quer namorar comigo? – Ron susteve sua respiração, assombrado. Tinham admitido um ao outro que se gostavam, mas nunca pensou em namorar. Pensou um pouco, sentindo o olhar de Blaise sobre si.

    Fechou os olhos e pensou sobre seus sentimentos: gostava dele desde o início do ano, os olhares que dava quando estavam nas mesmas aulas, durante as refeições. Os sonhos atrevidos e a excitação que o consumia quando acordava. Sabia que o desejava, mas admitir que estava apaixonado era complicado para ele, pois Blaise era um Slytherin. E se ele se estivesse aproveitando dele?

    – Você me ama? – Perguntou, abruptamente. Blaise não contava com essa pergunta e ficou em silêncio por uns momentos, avaliando seus sentimentos, algo que um Slytherin raramente fazia. Nunca revelavam o que verdadeiramente sentiam, preferiam sentir o momento. Olhou para os olhos azuis de Ron, que brilhavam em sua direção e respondeu, hesitante, mas verdadeiramente:

    – S-sim. – Viu um sorriso sincero no rosto de seu colega, que respondeu, um pouco ruborizado:

    – Eu - eu também te amo. – Sorriram um para o outro, se sentindo mais leves. Suas mãos se tocaram e se apertaram. Ron se aproximou rapidamente e roubou um beijo a Zabini, que ficou quieto, seus lábios formigando com o toque rápido, mas intenso. Pensou no que iria dizer, se seriam as palavras certas, mas sabia que sim. Precisava de perguntar, queria saber sua resposta:

    – Quer namorar comigo? – O sorriso desapareceu no rosto do ruivo, que ficou admirado. Nunca lhe tinham feito essa pergunta. Mas, também, nunca tinha beijado um garoto. Sabia que amava Blaise mas, namorar? Pensou em seus pais, no que eles diriam. Sua mãe só queria sua felicidade, seu pai também, embora ficasse chocado ao saber.

    Seus irmãos ameaçariam Blaise, se ele o tentasse machucar, e Ginny os apoiaria de imediato, sem antes confrontar o Slytherin. Hermione teria uma conversa franca com ele, para saber de tudo e Harry… Harry era seu amigo, e só o queria ver feliz. Com um sorriso no rosto, respondeu:

    – Sim. – Blaise sorriu maldosamente, ao mesmo tempo que, com uma mão, acariciava seu membro, que tinha dado sinais de vida. Trilhou um caminho de carícias até seu membro, vendo o olhar de Ron sobre si. Se sentia duro só de pensar que estavam namorando. Tocou em seu membro e o tomou em sua boca. O ultimo pensamento de Ron, antes de deixar levar pelo prazer, foi: “Meu namorado é fantástico.”

    Continua…


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