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Nota da Autora:
Oi!
Primeiro agradeço os comentários, os 19 favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada.
Bjs
Pansy passeava por entre os convidados no seu vestido longo e negro, com uma sensualidade estudada e procurando com o olhar - como uma águia buscando sua presa -e seguindo como um abutre, todos os movimentos de Tom Riddle, que tinha um sorriso contido. Subitamente, viu Hermione entrando no salão, compondo seus cabelos e com um sorriso inusitado de felicidade no rosto.
“Vagabunda!” – Pensou, furiosa, enquanto apertava os dentes, tentando não gritar sua fúria – Aquele sorriso! Terá conseguido ir já para a cama com Riddle? Se não tivesse perdido tempo conversando com meu chefe…Está na altura de realizar o resto de me plano.”
Se dirigiu com arrogância para Hermione, que se servia de um copo com ponche.
– Oh, minha querida… – Começou, parando ao lado dela – Você parece tão cansada… - Vendo que ela não lhe prestava atenção, continuou, venenosa:
– Ah, me desculpe, agora que estou vendo mais de perto. Percebo que é da camada de base que está usando. Que horror, a idade não perdoa, não é mesmo, amada?
– Oh, antes de usar base do que ter de preencher essas rugas que você tem no rosto com botox. – Respondeu Hermione, mordaz – Qualquer dia ainda a raptam e a levam para o Egito, pensando que é uma múmia.
E se virou, pousando momentaneamente seu copo e olhando em redor, percebendo que Draco ainda não tinha aparecido. Ao fundo da sala, viu Ginny conversando com Harry, juntinhos demais que o necessário. Pansy, aproveitando sua distração, rodou a pedra de um de seus anéis sobre o copo de sua inimiga.
“Minha querida”, – Pensou, astuta – “Agora é que vou acabar com você, quer tenha ido para a cama com Riddle, ou não. Esse laxante que eu lhe pus no copo não vai demorar muito para fazer efeito. “
Não conseguiu evitar uma gargalhada maliciosa, enquanto pegava em um copo e se servia com um pouco da bebida. Sentia a garganta seca de tanto conversar com os restantes convidados, tentando abrir novos rumos para sua empresa.
– Ah, mas a múmia ri, afinal – Comentou Hermione, ao virar-se e ver o sorriso maldoso de sua rival – Não tem receio que lhe caiam as ligaduras, amada? Mas sabe que sempre era uma sorte para si. Servia para combinar com os farrapos que trás vestido.
– Pois, minha querida. – Respondeu Pansy, no mesmo tom. Seus olhos brilhavam, cruéis – Desconfio que a si lhe faria muito jeito que seu vestido fosse como o meu. Deve demorar muito tempo para tirá-lo, né? Em caso de necessidade…. – E deixou as palavras surtirem efeito, antes de continuar – E, ainda mais, gorda como está, até uma doninha lhe ganhava.
Neville, que tinha se apercebido da batalha verbal das duas mulheres, se aproximou delas, temendo uma luta física, o que estragaria a festa.
– Ah, estou vendo que gosta de animais. – Comentou, olhando com desprezo para a bolsa de pele de cobra de Pansy. Percebeu de imediato que não era uma imitação. As duas mulheres pararam de conversar e o observaram. Aproveitou esse momento e se posicionou no meio delas, suas mãos passeando sobre a mesa – Mas olhe que as peles estão em desuso. Só usa quem quer dar nas vistas. E pelos piores motivos. E, a propósito – Continuou, deitando um olhar de cima abaixo no vestido de Pansy, uma de suas criações mais ousadas – A senhorita tem de passar na minha loja, já está devendo imenso dinheiro. Se demorar muito mais, qualquer dia só lhe vendo modelos em serapilheira.
E soltou uma gargalhada, enquanto Pansy pegava em seu copo e se afastava, furiosa, voltando-lhes as costas com desprezo. Se dirigiu para sua presa, que se encontrava no meio do salão.
“É agora, ou nunca. – Pensou, decidida, enquanto avançava a passos firmes. Neville olhou, trêmulo, para Hermione, que ficou preocupada com sua repentina palidez.
– Oh, Mione! – Exclamou, aflito – Eu…eu não sei o que irá acontecer de seguida, mas eu vi tudo! Tudo!
– Tudo, o quê? – Perguntou ela, não entendendo o que estava acontecendo – Que aconteceu, Neville? Me conte tudo!
– Os copos de ponche, Mione! – Esclareceu, olhando na direção de Pansy – Eu troquei os copos de ponche sem ela perceber!
Vendo seu olhar confuso, continuou:
– Eu já lhe explico tudo, prometo! – E se perguntou: “Mas que será que irá acontecer quando ela provar de seu próprio veneno?”
OoOoO
Todos estavam reunidos no centro da sala, quando Parkinson se aproximou de Riddle, com um sorriso cínico e ar solene.
– Quero fazer um brinde ao nosso generoso anfitrião. – Levantou o copo e viu todos a imitarem – A Tom Riddle, que honrou a moda britânica com sua presença ao longo de todos esses anos!
– A Tom Riddle! – Responderam os convidados, em uníssono, e Pansy esperou que os ânimos se acalmassem, antes de continuar – Eu preparei uma pequena surpresa para si, Tom, que lhe mostrará meu agradecimento de minha empresa a tudo o que fez, e que o ajude em sua próxima grande decisão. E que escolha a melhor empresa para unir seu nome. – De um gesto, apareceu um dos empregados de Riddle empurrando um carrinho, onde se encontrava um notebook, uma caixa com o CD e um projetor, colocando tudo em frente a uma parede. Ela ligou o computador e abriu a caixa do CD, se sentindo um pouco aturdida e com dores de barriga.
“Estou nervosa, que bobagem” – Pensou ela, colocando o CD no notebook.
– Tom, – Continuou – Isso é apenas para lhe mostrar com quem é que deveria trabalhar. Com alguém que não tem nada escondendo. E, não é o caso do que iremos ver a seguir.
Sem aviso, atrás de Pansy, começavam a ser exibidas fotografias suas. Despida, com um teclado entre as pernas, e sentada na escrivaninha. De seguida, outra onde ela posava com um vibrador entre os seios, as pernas abertas revelando sua intimidade, e mordendo atrevidamente o lábio. As reações dos convidados foram de puro choque e horror, soltando exclamações enojadas, que se escutavam por todo o salão.
Pansy, não sabendo o que realmente estava acontecendo, sorria, triunfante. Finalmente, aquela vagabunda iria ser destruída e ela ficaria com a união das empresas. “Que noite maravilhosa!” – Pensou, vendo as expressões chocadas dos convidados, e continuou:
– Na realidade, Tom, é em sua homenagem que lhe mostro tudo isso… – O choque da assistência foi ainda maior. Pansy, que passava com o smartphone os documentos, observou a expressão de espanto, quase horrorizada, que Riddle e os convidados faziam. Naquele momento, o ecrã mostrava Pansy sentada, despida na escrivaninha com o laptop atrás dela. De pernas abertas, se masturbava com o vibrador.
O choque da assistência era tão grande que já se tinha escutado uma voz feminina implorar:
– Eu não acredito! Não consigo ver mais! – Parkinson se sentia triunfante com aquelas reações, mas também se sentia perdendo suas forças, e com uma grande vontade de ir ao banheiro. Mas, para usufruir melhor do momento que tinha preparado, se voltou. Ao ver uma fotografia sua, de langerie e lambendo uma banana, arregalou os olhos, não acreditando no que estava vendo. Ficou horrorizada quando percebeu o que seu CD projetava. Era impossível, tinha planeado tudo ao pormenor. Que tinha corrido mal?
– Isso…não entendo como… – Balbuciava, confundida e cansada, seu corpo começando a fraquejar e seus intestinos se agitando loucamente, mal conseguindo ficar de pé.
– Isso… – Tentava explicar – Isso é uma montagem! O que ia mostrar para vocês eram…eram…
Nesse instante, o CD começou reproduzindo áudios, piorando sua situação: “Você gostou das fotografias, bonitão, sim? Eu gostaria muito que você me fodesse na mesa da cozinha. Sim, dê tudo à sua Pansy …”
Era sua voz. “Como tiveram acesso àquele conteúdo?” – Se perguntou, se aproximando do notebook e clicando em todos os botões – “Tinha escondido tudo tão bem!”
Não conseguindo aguentar mais os comentários incomodados dos convidados, só conseguiu desligar o notebook e correr em direção ao banheiro mais próximo. Mas não conseguiu mais controlar os terríveis gases que ecoaram por todo o salão.
– Srta. Parkinson, não quero que minha empresa tenha seu nome associado a uma tarada sexual – Falou o empresário, em voz alta, entre o riso e o choque - enquanto ela fugia - para que todos o ouvissem e ignorando seu bem planeado discurso – E nem com a empresa onde trabalha. Exijo que saia imediatamente de minha casa! Nunca tal me tinha acontecido em toda minha vida, e eu sou uma pessoa vivida!
Encostado a uma parede, Severus Snape, o dono da “British Company” nem sabia o que pronunciar. E, ao escutar as palavras de Riddle, ficou furioso. Meses de reuniões e muito planeamento arruinados. Tinha perdido o melhor negócio de sua vida devido à safadeza de sua funcionária. Correu atrás de Parkinson, apenas para lhe informar:
– Você está demitida! – Pansy nem se dignou em olhá-lo, continuando sua fuga – Nunca mais coloque os pés na minha empresa!
Ela saiu da sala, escutando, mortificada, as risadas dos convidados. Entrou no banheiro mais próximo e correu para a sanita, fechando violentamente a porta. Subiu o vestido e baixou rapidamente a calcinha e se sentou, deixando escapar os gases que tentara controlar. Escondendo as mãos no rosto, começou chorando, não acreditando no que tinha acontecido. Como sua vida tinha dado uma reviravolta tão grande em poucos minutos. Estava sem emprego, seu nome na lama, sem nenhumas perspectivas profissionais. Pela primeira vez, em muitos anos, não sabia o que fazer. Se sentia impotente, e odiava esse sentimento.
No salão, Tom ainda estava tentando recuperar daquele choque desagradável. Não sabia o que mais o tinha enojado, se as posições daquela mulher, os áudios, ou o espaço onde ela tinha tirado as fotografias. Todos tinham percebido que tinha sido no escritório da empresa. A orquestra tocava em alto e bom som, mas ainda se podia escutar os gases libertados que provinham do banheiro. O chefe da “British Company” já se tinha retirado da festa, demasiado humilhado com todo o ocorrido. Hermione, também ainda meio chocada, mas com um sorriso nos lábios, decidiu avançar. Não podia perder aquela chance. Parando ao lado do empresário, pegou em uma colher que se encontrava na bandeja de um dos empregados que passava por ela e bateu delicadamente no copo, o tilintar agudo interrompendo, aos poucos, as conversações.
– Sr. Riddle, – Começou – O que acabou de se suceder aqui foi inacreditável, e não tem nada a ver com a festa que decidiu organizar para a gente. Proponho um novo brinde, já que ultimo foi uma abominação. – Escutou algumas risadinhas, enquanto comentavam o atrevimento de Parkinson por ter mostrado fotografias tão ousadas – Que nada nesse dia, nem nunca, estrague o forte brilho da ação magnânima e criativa de Tom Riddle na moda britânica!
Os convidados ergueram os copos, soltando gritos animados, enquanto Hermione piscava o olho ao primeiro violinista da orquestra, esse começou tocando o hino britânico.
– Hermione, – Começou ele, comovido com seu discurso – Eu tenho de informar que será com sua empresa e, tenho de admitir, que era com a “Be Stitch”, que me quero associar. Agradeço o discurso que me preparou. Foi dos melhores discursos que ouvi em toda minha vida. Obrigado.
– Eu é que agradeço, senhor. Por confiar na gente. – Respondeu ela, ao mesmo tempo que palmas ecoavam pela sala. Deixou escapar um sorriso trêmulo e trocaram um perto de mãos, selando aquele novo negócio. Riddle se afastou, ordenando a seus empregados que fossem buscar mais bebidas. O chefe de Hermione, o presidente da empresa, se aproximou dela e a abraçou, enquanto lhe sussurrava ao ouvido:
– A partir de agora, você é sócia da “Be Stitch”, e vice-presidente. – Hermione deixou escapar um grito abafado – Sem você, nunca teria chegado tão longe e conseguido essa vitória.
– Obrigada, senhor. – Conseguiu responder, ao mesmo tempo que sentia as lágrimas escorrendo por seu rosto, emocionada com as palavras de seu chefe. Remus estendeu a mão e trocaram um aperto. Com sorrisos de felicidade, se afastaram um do outro. Não conseguia acreditar que, não só tinha conseguido a fusão, como era vice de sua empresa.
– Parabéns, amiga! - Exclamou Ginny, que tinha escutado tudo. Se aproximou dela e a abraçou, feliz por Hermione ter conseguido seu objetivo. – Você merece!
Comovida demais para responder, viu Draco trás de sua amiga, também emocionado. Ele tinha se livrado de Pansy, para sempre. Hermione se afastou, ao mesmo tempo que começava tocando uma valsa de Strauss. Se olharam nos olhos, e aceitou a mão estendida do homem à sua frente.
Se dirigiram para o centro do salão e juntaram seus corpos, começando a dançar ao ritmo clássico da música. Hermione estremeceu ao sentir o corpo quente e másculo de Draco encostado ao seu. Ele sussurrou em seu ouvido:
– Depois do que vi hoje, Hermione, penso que encontrei a mulher de minha vida. – Granger deixou escapar uma risadinha.
– Você tem certeza, amado? Não será melhor fazermos outra pesquisa? – Ronronou a ultima palavra e viu o sorriso divertido de Draco, que respondeu:
– Não tenho nenhuma dúvida. – A seu lado, inseparáveis, Ginny e Harry dançavam, agarrados.
– E eu pensando que um homem que passava tanto tempo na selva não sabia dançar. – Brincou Ginny, sentindo os braços viris rodeando seu corpo.
– Quando se encontra a mulher de nossa vida, – Começou Harry – Todo o nosso corpo reage inesperadamente.
Ginny sorriu, antes de arregalar os olhos, chocada. Tinha perdido um de seus sapatos mas, não se apercebia pois estava debaixo do vestido. Ainda deu alguns passos sem o sapato, se colocando em bicos de pés para se equilibrar. Sentia vergonha em informar seu acompanhante, a dança estava maravilhosa. Mas Harry se apercebeu de imediato de seu desconforto. Apanhou o sapato e se ajoelhou à sua frente. Ginny enrubesceu ao perceber a atenção dos convidados sobre eles, mas esticou a perna, permitindo que o sapato regressado ao seu pé, com delicadeza. Se olharam nos olhos e ela soube que Harry era o homem de sua vida.
Continua…