Capítulo 7 - Pequeno contratempo

Katniss abriu os olhos e se ergueu da cama. Olhou para o lado e viu Gale dormindo serenamente. Se ergueu da cama e olhou para o relógio, que estava em cima do criado mudo, vendo que era oito e meia da manhã. Ela mal precisava de despertador, pois acordava sempre cedo. Afastou os lençóis da cama e se levantou. Tivera um sonho com Peeta. Dessa vez estiveram fazendo um piquenique na floresta. Ainda podia sentir os olhares intensos que ele lhe dirigia. Sem fazer barulho, se dirigiu para o armário e retirou roupa interior, uma camiseta e um short, para se sentir mais confortável. Retirou sua camisa de dormir e a guardou no armário. Se vestiu e saiu do quarto. Desceu as escadas e entrou na cozinha. Olhou para o relógio, que estava afixado na parede e viu que eram oito da manhã. Se dirigiu para a geladeira e retirou uma garrafa de leite. Pousou em cima da mesa e retirou do armário uma caneca e um saco de cereais de chocolate. Colocou em cima da mesa enquanto Finnick entrava na cozinha, com seu cabelo loiro despenteado. Vestia uma camiseta verde e uns calções da mesma cor. Ensonado, se dirigiu para a mãe e lhe deu um beijo no rosto, enquanto dizia, com voz sonolenta:

– Bom dia.

– Bom dia, filho. – Respondeu Katniss. Finnick se dirigiu para o armário e retirou uma caneca. Katniss se sentou e se serviu dos cereais e do leite, começando a comer.

– O que vai fazer hoje, mãe?

– Vou limpar a casa e depois talvez vá ao shopping. – Respondeu ela – E você?

– Nada de especial. – Disse Finnick.

– Então você pode arrumar seu quarto e tirar a roupa da cama.

– Mas, mãe… – Começou seu filho, carrancudo, mas Katniss o interrompeu, dizendo:

– Mas nada. E quero tudo limpo. – Finnick resmungou entredentes e continuaram seu café da manhã.

Quando terminaram, se levantaram e Finnick saiu da cozinha. Katniss pegou em luvas, para não estragar suas unhas, lavou a loiça que estava na pia e a limpou. Com um pano, limpou a bancada e a mesa. Seu filho entrou na cozinha com lençóis em seus braços e os colocou na máquina de lavar. Katniss fechou a porta e a colocou a trabalhar. Sua cozinha era pequena e prática, de móveis brancos, o chão era cinzento e tinha uma mesa com quatro cadeiras de madeira. No fundo da cozinha, havia uma máquina de lavar a loiça e outra para lavar a roupa. Com um pano e um detergente, limpou os móveis de cima a abaixo, tal como o fogão e as cadeiras. Abriu a janela, para deixar entrar ar, e lavou o chão da cozinha. Quando acabou, retirou as luvas e se dirigiu para o hall de entrada. Pegou no celular e o ligou. Entrou em seu email e reparou que tinha uma nova mensagem. A abriu e viu que tinha uma reunião pela hora do almoço. Frustrada, pensou que já não podia ir fazer compras. Colocou o celular em cima do armário dos sapatos e se dirigiu para a sala. Era ampla e estava dividida entre a sala de jantar e de estar. A sala de estar tinha um pequeno móvel de cor negro, com algumas gavetas e portas, onde se encontrava uma televisão. A seu lado estava um rádio, com alguns cd´s e uns porta-retratos. Tinha no meio um tapete azul escuro e, um pouco atrás, uns sofás de tecido castanho. A sala de jantar tinha uma mesa de madeira com oito cadeiras e um móvel. Na parede estava afixado um quadro de tamanho médio, onde estava retratado a natureza. Se dirigiu para a sala de estar e limpou a televisão, o rádio e o móvel. De seguida, passou para a sala de jantar e limpou com um pano seco os móveis e o quadro. Abriu a porta que dava para o jardim e lavou a sala. Passou para o hall de entrada, que tinha somente uns cabides afixados na parede, o armário dos sapatos, com um espelho em cima e um tapete grande. Limpou o espelho e o armário. Olhou para o relógio da cozinha e viu que eram onze e um quarto da manhã. Sabendo que tinha de estar ao meio dia no restaurante, voltou para a cozinha e guardou o detergente e os panos. Subiu as escadas e ouviu barulho no quarto de seu filho. Bateu á porta e ouviu a voz de Finnick dizer:

– Entre. – Katniss abriu a porta e viu seu filho arrumando na estante seus livros de Gestão. Sorriu e falou:

– Recebi um email dizendo que tenho reunião pelo meio dia. Você vai ter de se arranjar com o almoço.

– Não se preocupe, mãe. – Respondeu ele, com um sorriso no rosto – Tenha uma boa reunião.

– Obrigada. – Agradeceu ela, fechando a porta. Se dirigiu para seu quarto e entrou. Percebeu que Gale ainda dormia. Entrou no banheiro, fechando a porta e lavou os dentes. De seguida, retirou sua roupa e entrou na banheira, ligando a água quente.

Tomou um duche de água morna, se sentindo melhor e se ensaboou. Tomou um duche rápido, aproveitando aquele momento de serenidade, antes da reunião. Retirou o sabão que se encontrava em seu corpo e desligou a água. Limpou seus cabelos com a toalha e se enrolou nela. Com cuidado, saiu da banheira e se dirigiu para o quarto. Reparou que Gale já não estava na cama. Se limpou á toalha e se dirigiu para o armário, retirando roupa interior negra, uma saia azul escura colada ao corpo, pelo joelhos, que faziam sobressair suas pernas e uma blusa cor de rosa pálido. Se vestiu e calçou uns sapatos de cor preta. Pegou na toalha e entrou no banheiro. A colocou de volta no cabide e se dirigiu ao armário, retirando sua bolsa da maquiagem. Não querendo se maquiar demasiado, pois sabia que, mais natural ficasse, mais bonita ficaria, pegou somente em um batom de cor vermelha e pintou seus lábios. Decidiu também pintar suas pestanas, pois ficariam mais longas e lhe dariam um olhar sedutor e decidido.

Retirou o rímel, se pintou e guardou sua maquiagem novamente na bolsa. Se olhou ao espelho e reparou que seus olhos cinzentos brilhavam. Penteou seus cabelos, os emoldurando em seu rosto e saiu do banheiro. Alisou a roupa com as mãos e saiu do quarto. Uma boa aparência era sua chave para seu sucesso no negócio. Por isso é que tinha de estar sempre bem apresentável. Desceu as escadas, pegou no celular e na bolsa. Procurou a chaves do automôvel no meio dos óculos de sol, do batom, da carteira e de outros objetos que tinha e as retirou. Saiu de casa e destrancou o automôvel. Abriu a porta, entrou e pousou a mala no banco do lado. Inseriu as chaves na ignição e colocou o cinto de segurança. Com um gesto preciso, ligou o automôvel, deixando o motor trabalhar. Colocou a mão nas mudanças, ao mesmo tempo que erguia um dedo e ligou o rádio, como sempre fazia. Era um gesto seu tão natural, que já não o fazia conscientemente. Começou a conduzir ao som do Jazz. Saiu pelos portões, pronta para enfrentar a reunião com seu chefe. Olhou para a estrada com atenção, pois bastava um pequeno deslize para ter um acidente. De repente, seu celular tocou e ela esticou o braço. Procurou na bolsa e o retirou. Olhou para o visor e viu que era Peeta mas, o voltou a colocar na bolsa. Katniss não gostava de atender o celular durante a condução, pois poderia se distrair e provocar um acidente. Acelerou um pouco e continuou sua viagem, esperando chegar a tempo da reunião.

Continua…