Paixão Sem Obstáculos - Everlark

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Capítulo 3

Capítulo 3 - Planeando uma viagem

Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Nota da Autora: Oi! Obrigada a todas que comentaram no capítulo anterior. Amei cada review. Espero que gostem deste. Bjs emoticon

Depois de doze horas de trabalho, Katniss estava muito cansada e guiava pela estrada, em direção a casa. No rádio, tocava Jazz como música de fundo. Depois de tantas horas de trabalho, tinha ainda tido tempo para passar pelo supermercado. Poucos homens compreendem o esforço heroico das mulheres que trabalham e ainda são mães exemplares, esposas presentes e donas de casa atentas.

Eram quase dez horas da noite. O jardim de sua casa tinha as luzes apagadas. Entrou pelo portão e estacionou ao lado da casa, perto de um muro. Pegou em sua bolsa, a colocando no braço e retirou o celular. Saiu do automôvel e abriu o porta malas. Percorreu o jardim escuro, com a ajuda da lanterna do celular, enquanto pensava: “Gale nunca se lembra de acender a luz!”. Katniss odiava entrar pelos portões de sua casa e percorrer o jardim às escuras. A luz da lua não a ajudava a enxergar completamente o caminho. E, às vezes, quando a lua não aparecia, o jardim ficava totalmente escuro. Chegou á porta de casa e bateu com o punho, para os alertar de sua chegada, e exclamou:

– Finnick! Finnick, venha me ajudar! – Voltou para o porta malas ao mesmo tempo que a porta da rua se abria. Retirou dois sacos e os estendeu a seu filho, enquanto dizia:

– Ainda bem que me veio ajudar, estou tão cansada! – As mãos se tocaram na transmissão dos sacos e Katniss tremeu com o contato. Sentiu que as mãos dele estavam quentes, em contraste com as suas, que estavam frias. Pensou rapidamente, enquanto pegava em mais dois, para dar a seu filho: “Ando realmente muito estressada…”.

Olhou para trás de si e percebeu que não era Finnick que a ajudava, mas sim Peeta.

– Oi! – Cumprimentou Peeta, com voz suave.

– Oi! – Respondeu Katniss sentindo seu coração batendo descompassadamente ao o ver – Onde está Finnick?

– Está falando no celular, e eu vi ajudar a senhora. – Fitou Katniss de cenho franzido e perguntou – Não quer ajuda?

– Não é necessário se incomodar. – Falou Katniss, observando o jovem á sua frente – Mas obrigada na mesma.

– Mas a senhora chamou Finnick. – Disse Peeta, com dois sacos pendurados nos braços. Estendeu suas mãos para a frente enquanto dizia:

– Me deixe ajudar. – Voltou a lhe tocar nas mãos, devagar, para agarrar os sacos. E para tocar nela. Seus olhares se cruzaram e o desejo que sentiam se transmitiu um para o outro. Katniss estremeceu e um dos sacos caiu com um pequeno baque no chão. As maçãs rolaram até á porta e Peeta se movimentou rapidamente, para apanhar a fruta que caiu. Katniss, atordoada, reparou nos músculos firmes e definidos de suas pernas. Seu corpo tremia, novamente, cheio de calor. Se voltou para o porta malas e retirou mais um saco.

– Me dê mais sacos. – Pediu Peeta, após recolher toda a fruta e se aproximando da mulher.

– Deixe estar, Peeta. Não é necessário, sério. – Falou Katniss, sentindo o inebriante perfume masculino que provinha dele e se virou para ele.

– Por favor, eu quero ajudar. – Pediu Peeta e, ao se aproximar para agarrar nos sacos, ela sentiu o calor que emanava dele, daquele peito largo, coberto pela camisa branca que vestia. Percebendo que os primeiros três botões da camisa estavam abertos e que mostravam uma trilha de pelos loiros, suspirou. Peeta era realmente lindo. Peeta se aproximou de Katniss e inalou o cheiro a amêndoas que emanava dela. Lentamente, seus rostos se aproximaram e seus lábios estavam quase se tocando, quando ouviram um barulho perto deles. Se assustaram e se afastaram de imediato. Olharam em volta e viram um gato branco passeando pelo jardim. Katniss suspirou, tentando acalmar o bater desenfreado de seu coração e pensou, como um mantra, para controlar seu desejo: “Se concentre nas compras! Se concentre nas compras!”

Fechou o porta malas e trancou o automôvel. Atravessaram o jardim e entraram em casa. Se dirigiram para a cozinha e pousaram os sacos em cima da mesa, tal como a mala. Katniss desligou o celular e o guardou na bolsa. Retirou as compras dos sacos e Peeta, seguindo suas indicações, colocou as compras nos locais corretos.

OoOoO

Por fim, quando terminaram de arrumar as compras, se dirigiram para a sala. Finnick caminhava de um lado para o outro, com os pés descalços em cima do tapete negro, enquanto conversava ao celular e vestia uma camiseta vermelha e uns calções pretos.

Seu marido, que estava lendo a seção de finanças do jornal “The Guardian”, vestia uma camiseta às riscas castanhas e umas calças azuis. Finnick desligou o celular e o colocou no bolso das calças.

– Boa noite. – Cumprimentou Katniss, suavemente. Finnick sorriu para a mãe e respondeu:

– Oi, mãe.

– Oi, Katniss. – Falou Gale, não retirando os olhos do jornal. Katniss, ao ouvir a voz de seu marido, se sentiu mal disposta. A voz masculina e suave de Peeta ainda ecoava em seus ouvidos. Seu filho falou, a tirando de seus pensamentos:

– Mãe, convidei Peeta para jantar cá em casa, ok?

– Claro que sim. – Respondeu Katniss, tentando esquecer o calor que tinha sentido emanar do corpo de Peeta. Adivinhou que se anunciava um jantar tempestuoso. Se dirigiu para a cozinha, pegou nos ingredientes necessários para fazer “sparguetti al pasto”, uma comida deliciosa que tinha comido em Itália e começou a cozinhar. Finnick entrou na cozinha acompanhado de Peeta e se dirigiram para os armários. Pegaram em pratos, copos, talheres, guardanapos e em uma tolha. Conversavam animadamente sobre futebol. Katniss olhou para os garotos e sorriu, ao ver que eles estavam se divertindo.

Eles saíram da cozinha e Katniss suspirou, cansada. Com uma colher de pau, mexeu na panela e esperou que cozesse. Da sala, ouvia as vozes animadas de seu filho e Peeta e não pode evitar sorrir com carinho. Viu sua bolsa em cima da mesa e pegou nela. Saiu da cozinha e a colocou no gancho. Voltou para a cozinha e continuou o jantar.

OoOoO

Percebendo que o jantar estava pronto, desligou o fogão e pegou na panela. Se dirigiu para a sala e pousou a panela em cima da mesa. Percebeu que Finnick e Gale estavam sentados um ao lado do outro e viu o lugar livre ao lado de Peeta. Com o coração batendo descompassadamente contra o peito, se sentou a seu lado. Suspirou e inalou o perfume doce, mas intenso, que emanava dele. Percebeu que era um perfume agradável, nada enjoativo. Olhou para as pernas de Peeta e reparou que as pernas dele se movendo ansiosamente sob a mesa. Seu desejo era de tal forma intenso que lhe parecia que podia sentir o calor dele a muitos kilômetros de distância. Esperou que eles se servissem, enquanto olhava para suas unhas. Tinha receio que desconfiassem de alguma coisa.

Por fim, se serviu e começou a comer. Finnick colocou uma garfada de massa na boca, mastigou e engoliu. Pensou um pouco e falou:

– Mãe, estive falando com o pai. – Katniss olhou para o filho e perguntou, curiosa:

– Sério? Sobre o quê?

– Sobre as férias! – Relembrou Finnick – Não se lembra?

– Férias? – Perguntou a mulher, confusa. Mas depois se lembrou. Eram as férias de família, que finalmente tinham conseguido marcar. Iam para as Bahamas, perto de Nassau, durante uma semana. A ideia tinha sido de Finnick, que há muito tempo queria recuperar as férias familiares. Desde os dezesseis anos de Finnick que Gale e Katniss tinham desistido de realizar férias em conjunto – Sim…as férias. Que aconteceu?

– É que ligaram hoje da agência de viagens, dizendo que não há vagas para julho, mas para daqui a quinze dias. A mãe acha que pode? – Katniss pensou um pouco antes de responder:

– Humm, vai ser difícil. Mas posso saber se posso marcar umas férias para essa altura.

– Mãe, por favor… – Pediu seu filho, carinhosamente.

– E seu pai pode? – Perguntou Katniss, desviando as atenções de si.

– Posso, em princípio. – Respondeu Gale, vagamente. Sua resposta não previa a melhor das notícias…

E o resto do jantar decorreu calmamente. Katniss, com vontade de ouvir um pouco de Jazz, se levantou e ligou o rádio. Colocou o som no volume médio e voltou a se sentar. Peeta descreveu sua tese em Gestão, sobre pequenas empresas e Katniss, ouvindo a voz suave de Peeta, juntamente com o som do jazz, começou a se descontrair da tensão física em que se encontrava. Gale continuava jantando, mas seus pensamentos estavam longe dali. Parecia que não se encontrava na sala. Só Finnick e ela o ouviam.

Ao ouvir Peeta, se sentia finalmente em casa. Gale tinha acabado de jantar e falava ao celular. Notou que ele estava nervoso e seus pensamentos estavam longe dali. Voltou a se concentrar em Peeta e percebeu que ele parecia um príncipe e, por momentos, se sentiu uma jovem tola, que acreditava em príncipes encantados. Suspirou, reparando que até o jantar, que estava particularmente delicioso, a tinha feito se sentir bem.

Mas o final da noite foi igual a tantos outros: colocar os pratos na máquina de lavar, limpar a cozinha, secar a loiça já lavada e a guardar nos armários. Cansada, saiu da cozinha e subiu as escadas, em direção ao quarto. Se dirigiu para o banheiro, lavou os dentes e, com umas toalhitas, retirou a maquiagem que tinha no rosto. De seguida, entrou na banheira e ligou a água quente, descontraindo de imediato seus músculos cansados. Se molhou e desligou a água. Se ensaboou, tentando esquecer Peeta. Mas ele era um jovem marcante e sedutor. Ligou a água e retirou o sabão que escorria por seu corpo. Por fim, desligou a água, se enrolou em uma toalha e saiu da banheira. Se limpou e vestiu a camisa azul de dormir. Saiu do banheiro e entrou no quarto sem fazer barulho. Gale já estava deitado e estava dormindo. Com cuidado, afastou os lençóis negros e se deitou na cama. Suspirou, cansada e triste ao mesmo tempo. Ver Peeta partir lhe causou uma súbita e estranha tristeza. Olhou para o homem ao seu lado, que não a tocava há anos, que não a amava com paixão e ajeitou seu travesseiro. Pensou, tentando se animar: “Foi um belo dia.”

Fechou os olhos e tentou adormecer, mas não conseguiu. Nessa noite, não conseguiu mesmo dormir. Peeta surgia em seus sonhos, de peito nu, e ambos se amavam até ao amanhecer.

Continua…


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