Fortuna e Amor-Harmione (completa)

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    18
    Capítulos:

    Capítulo 10

    Capítulo 10

    Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Nota da Autora: Oi! Obrigada pelos comentários e pelos favoritos. É bom saber que gostaram. Espero que gostem desse capítulo. Bjs emoticon

    No dia seguinte, ela acordou cedo e, depois de terem ido à delegacia relatar tudo o que tinha acontecido, Hermione e Harry aproveitaram e viram o resto dos documentos que estavam naquela casa. Halina, para o almoço, tinha feito um delicioso kaczka z jabłkami, um pato assado com maçãs e eles tinham comido com todo o gosto. A velha senhora estava chocada com o comportamento de Draco, mas admitiu que ele sempre tinha sido um garoto esquisito.

    De tarde, foram buscar os pertences dela ao hotel e levaram à casa. Seus pais lhe tinham ligado, dizendo que tinham voltado da viagem e Hermione ficou feliz com a notícia, mas não contou nada do que tinha acontecido. Preferia contar quando estivessem todos juntos.

    Ela não quis deixar de retribuir a Harry tudo o que ele tinha feito para a ajudar e o levou a jantar no Nolita Restaurant, um restaurante encantador, elegante mas acolhedor e um bom lugar para se estar. A cozinha tinha vista aberta, para ver os chefs trabalhando. Era uma atmosfera adequada para casais e uma música suave ecoava pelo local, transmitindo serenidade. Hermione e Harry estavam sentados em uma mesa para dois, e ela agradecia mais uma vez:

    – Não sei como lhe agradecer, Harry.

    – Não precisa. – Disse ele, a observando com carinho.

    – Salvou minha vida. – Continuou Hermione.

    – Não! – Negou ele, com veemência e ela exclamou:

    – Salvou, sim! - Harry olhou seriamente para a mulher que se encontrava à sua frente e disse, com voz profunda:

    – Hermione, desculpe, mas eu tenho que lhe dizer. Eu não me esqueci de você desde o primeiro dia em que a vi.

    Hermione enrubesceu com as palavras dele, e Harry continuou:

    – Quando me apercebi que alguma coisa não estava bem, fiquei aflito mas também feliz. Precisava de uma justificação para vir a Varsóvia ver como estava. Não sabia o que Hermione iria fazer de sua vida. Não sabia se você iria voltar para Londres. Tive de a ver e de a ajudar.

    Ela pousou sua mão em cima da dele, como ele tinha feito no escritório, na primeira vez que se viram. Ficaram se observando, sem nada dizer. E não era preciso dizer nada. Seus olhares transmitiam tudo o que desejavam. Ficaram assim por uns momentos, aproveitando aquele silêncio, até que Harry interrompeu, perguntando com curiosidade:

    – E Hermione, já decidiu o que irá fazer?

    – Já, Harry. – Respondeu ela – Amanhã partirei para Londres, ter com meus pais. Irei contar toda a história de meus avós. Tratarei de meus negócios e voltarei para cá, pois quero ainda conhecer a cidade, tentar esquecer o que me aconteceu. Tenho ainda de ver alguns documentos e propriedades que Stanislaw me deixou por aqui. Quero ir para aquela casa, viver naquele lugar. Depois irei a Paris e à quinta na Provença, conhecer um pouco mais o que me foi deixado. E, por fim, volto para gerir meu patrimônio, tentar ajudar esse povo, como meu avô tentou…

    – Seu avô? – Perguntou Harry, confuso. Hermione contou a história a Harry, que não pode deixar de se emocionar.

    – Eu entendo perfeitamente, Hermione. – Disse ele, suavemente – Está vivendo sua vida e o passado de seus avós. É muito corajosa em ter tomado essa decisão.

    – É o que sinto que tenho de fazer, e é o que quero fazer. – Falou ela – A história de meus avós é tão bela mas, ao mesmo tempo, tão triste. Eles se amavam e não puderam ficar juntos. Penso que, se deixar tudo isso, que o amor deles será esquecido, em vão. Ficaram os dois em silêncio, se deliciando com a sobremesa, makowiec, um bolo de sementes de papoula trituradas, até que Hermione deu um sorriso inocente e comentou:

    – Como fiquei sem advogado em Varsóvia, você não quer me ajudar? Deve haver imensos documentos para tratar em Paris, e meu avô deixou dinheiro para tudo isso…

    O sorriso aberto de Harry servia de resposta, mas ele fez questão de responder:

    – Vou com o maior prazer. – E comentou – Mas antes, tenho de pedir uma coisa.

    – O quê? – Perguntou ela, limpando os lábios ao guardanapo, curiosa. Ele se levantou, esticou a mão na direção dela.

    – Convidar você para dançar. Está tocando uma valsa de Chopin em versão beat, e você tem de dançar comigo. – Convidou ele, e comentou – Afinal, grande parte das pessoas não sabe que Chopin é um compositor polaco.

    – Eu sei. – Disse Hermione, aceitando sua mão e se levantando – Li em um de meus livros que comprei quando vim para cá. Estava ansiosa por saber mais sobre a Polônia.

    Harry sorriu para ela e comentou, sem se conter:

    – Hermione é um nome lindo. Shakesperiano. Tal como você.

    Ela sorriu, sentindo seu rosto ruborizar com as palavras do advogado e comentou:

    – Foi minha mãe que escolheu. Ela ama Shakespeare. Tal como eu.

    Harry sorriu, a observando de olhos brilhantes. Se dirigiram calmamente para o meio da pista e começaram a dançar. Ela, em seu elegante vestido vermelho, com um decote redondo e ele com um paletó cinzento e discreto, dançaram Chopin com ardor. Suas cabeças se encostaram, para depois seus lábios se encontrem, e Hermione receber o primeiro beijo de amor que recebeu na vida. Um beijo que apagou tudo o que tinha acontecido antes. Abraçados, dançavam, sem saber que o destino os fazia dançar a mesma música que, tantas dezenas de anos antes, tinha juntado Elizabeth e Stanislaw. Que o amor se repetia e voltava a acontecer. Porque o amor é sempre mais forte que qualquer obstáculo que o destino colocava à frente.

    Continua…


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