Fortuna e Amor-Harmione (completa)

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    18
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    Capítulo 7

    Capítulo 7

    Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Nota da Autora: Oi! Obrigada pelos comentários e pelos favoritos. É bom saber que gostaram. Espero que gostem desse capítulo. Bjs emoticon

    A visita à outra fábrica ocorreu da mesma forma e Hermione se sentia feliz. Tinha conseguido que as pessoas confiassem nela e tinha sentido todo o amor e carinho que aquela gente tinha pelas fábricas. Acabando a visita, se despediram de todos e voltaram para o automôvel. Draco conduzia em silêncio e ela olhava pela janela a paisagem que passava a seu lado, admirada pela sua beleza. Passaram por uma floresta e Hermione falou, não conseguindo se conter:

    – Aquela floresta é lindíssima!

    – Você quer ir ver? - Perguntou Draco, olhando para ela.

    – Sim, por favor. - Pediu Hermione. Draco dirigiu o automôvel para lá e parou no cimo de um monte. À frente, já se via o maravilhoso rio Vístula, com sua água límpida e transparente. Era uma paisagem maravilhosa, cheia de árvores de vários tons de verde e castanho, o céu estava limpo, sem nuvens, e de um tom azul ardósia.

    – Que lindo, Draco! - Exclamou ela, saindo da viatura e sentindo o vento batendo em seus cabelos, os despenteando. Draco se dirigiu para Hermione, que sorriu, e colou seu corpo ao dele.

    Ele pegou em sua mão e a beijou com suavidade, a excitando. Se sentaram no capô do carro, abraçados, olhando a paisagem colorida à frente deles. Estava uma tarde agradável, não chovia e o vento que fazia não era muito frio. Hermione sentia o corpo de Draco atrás de si e o desejo crescendo aos poucos. Ela se virou e o beijou com paixão. Ele respondeu com a mesma intensidade, suas bocas se misturando. As mãos dele a percorriam com desejo, cada vez mais rápido e intensamente. Hermione conseguia sentir seu desejo e já estava excitada com todo aquele carinho. Draco a abraçou com delicadeza e a puxou para debaixo de si, enquanto afastava os botões da blusa dela e tocava em seus seios, apertando-os e acariciando-os. Gemendo, cada vez mais desejosa por o ter dentro de si, Hermione baixou o zíper das calças dele e viu seu membro intumescido. Ela se livrou de suas calças e sua calcinha e sentiu os lábios dele percorrendo seu pescoço, a fazendo gemer de prazer. Draco retirou o preservativo de dentro do bolso das calças e rasgou o invólucro. Rapidamente colocou no membro intumescido e o guiou para dentro do corpo dela. Hermione soltou um longo gemido ao senti-lo dentro de si e, encostados no capô, se amaram loucamente em frente àquela paisagem magnífica, que parecia saída de um quadro.

    OoOoO

    Depois de uns minutos abraçados, tentando recuperar as forças, se levantaram e voltaram para a viatura. Hermione ainda conseguia sentir as correntes elétricas do orgasmo percorrendo seu corpo. Ela estava absolutamente feliz com o rumo que sua vida estava levando.

    Draco, pelo contrário, estava estranhamente mais calado que ontem. Fizeram a viagem de regresso e, pelo meio dia, pararam no restaurante Percheron, com vista para o Castelo Real de Wawel, praticamente à margem do Rio Vístula. Percebendo sua apatia, perguntou, preocupada:

    – Você está bem?

    – Sim. - Respondeu Draco, colocando uma mão no rosto.

    – Está cansado? – Perguntou, querendo saber o que tinha:

    – Deve ser isso. – Respondeu, com voz inexpressiva.

    Hermione estranhou a resposta, mas nada disse. Draco estava de novo misterioso, recolhido dentro dele próprio. Percebeu que, afinal, ele não era tímido, mas parecia ter grandes alterações de humor. Almoçaram em silêncio um delicioso gołąbki , enrolado de folhas de repolho branco recheado com carne moída temperada, molho de tomate e arroz, e Hermione pensou no que iria fazer. Desejava visitar alguns monumentos, mas Draco não parecia com disposição para ser seu guia e ela não o queria forçar. Querendo ir a casa de Stanislaw, pois não conseguia pensar nela como sua, pediu:

    – Draco, me leva à casa de Stanislaw? Gostaria de lá voltar.

    – Você tem as chaves. - Respondeu ele, com um tom de voz esquisito, frio – Pode voltar quando quiser.

    – Você não vem comigo? - Perguntou, não sabendo o que fazer para o animar.

    – Se você quiser. - Comentou ele, e a resposta lhe pareceu um pouco melhor. Pagaram a conta e voltaram para o automovel. Ele conduzia rapidamente pelas ruas de Varsóvia, seu rosto com uma máscara séria, pensativa. Hermione não comentou nada mas, em seu íntimo, algo lhe dizia que alguma coisa não estava mesmo nada bem. Ele parou à frente da casa e perguntou:

    – Vai subir?

    – Sim. - Respondeu ela, observando suas feições sérias. Pensando que talvez ele precisasse somente de descanso, comentou – Se quiser, pode ir embora. Eu depois vou sozinha para o hotel.

    – Tudo bem. - Disse ele, com uma expressão dura no olhar – Adeus.

    – Adeus. - Falou Hermione e saiu da viatura. Subiu as escadas de pedra em direção à porta, o som dos saltos ecoando em seus ouvidos. Ainda se sentia tonta pela viagem e da loucura da paixão que sentia por Draco. Era tudo muito intenso, mas também esquisito. Havia naquele homem um lado sombrio que a atraía, mas também a repudiava. Rodou a chave na porta e entrou em casa. Tudo estava como dantes. Chamou:

    – Halina? - Não teve resposta. Fechou a porta e se dirigiu para o escritório, onde ainda não tinha estado com calma. Talvez ali houvesse alguma prova concreta sobre o relacionamento de Stanislaw com sua avó.

    Pousou a bolsa na magnífica cadeira de espaldas, se sentado, e observou a admirável escrivaninha de mogno, tudo do século XIX. Sentada ali, se sentia uma rainha. À sua frente estavam várias fotografias de Stanislaw, em bebê, com os pais. Era uma criança rechonchuda, com uns olhos muito brilhantes, vestido com as roupas da época. Deu uma vista de olhos em todas elas e uma a surpreendeu. Ele estava sentado, de perfil, olhando o rio Tamisa, com o Big Ben a seu lado. Percebeu que, ao contrário das outras molduras, aquela estava mais gasta. Curiosa, abriu a moldura e viu escrito: “Londres, 18 de abril de 1941. Para Stanislaw, com muito afeto”. Reparou, com os olhos cheios de lágrimas, que era a mesma letra inclinada para a esquerda de sua avó. Seus olhos vagaram por uns momentos entre fotografia e a letra, enquanto uma mistura de emoções se revolvia dentro de si. O que teria acontecido para que eles não pudessem ficar juntos? O que os separou? Ia voltar a arrumar a fotografia, quando, de repente, reparou em um papel que estava entre a fotografia e a moldura. Pegou nela e a abriu. Era uma carta muito amarelecida pelo tempo e viu a letra de sua avó. Esperando descobrir respostas, começou a ler:

    “Londres, 18 de agosto de 1946,

    Meu querido Stanislaw,

    Você partiu há uma semana e eu não sei sequer se tenho um coração. Com você partiu toda a minha vida, todo o meu futuro e o interesse que poderia ter pelo mundo. Olho em volta e tudo me lembra que esteve aqui, e que fomos muito felizes durante o tempo que ficamos juntos.

    Sei que tem de voltar para o seu país, onde faz muita falta, pois o quer reconstruir. Você já sabe que compreendo e aceito. Admiro sua coragem, mas não deixo de pensar que você preferiu seu país a mim. Perdoo você, mas tem de compreender minha dor.

    Meu pai está inflexível em sua decisão de não me deixar ir ter com você. Penso que, em seu coração, que também sente sua falta. Depois de você ter perdido seus pais, seu país, ele se sentia como seu pai. Ele gostava de você como um filho. O filho que nunca teve. Acho que ele tem a secreta esperança que você acabe por regressar. Todo o mundo tem. Eu ouço bater à porta e penso que é você, que chegou de surpresa. Mas sei que não posso esperar isso. Quero esperar por você, mas não sei se tenho coragem. Arthur tem vindo me visitar todos os dias e meu pai está inclinado a aceitar que ele me peça em casamento. Não porque goste dele, mas porque, provavelmente, quer que eu esqueça você. Que toda a gente te esqueça e que possa seguir em frente. Nesse momento, o que há nessa casa é apenas a saudade que temos de você.

    Amo você. Leia essas linhas e volte depressa, antes que seja tarde demais.

    Com todo meu amor,

    Elizabeth”

    Hermione pousou a carta, lágrimas escorrendo por seu rosto. Toda a história de amor entre sua avó e Stanislaw era verdadeira. E lamentavelmente triste.

    Stanislaw não voltou e sua avó se casou com o avô Arthur. Agora compreendia tudo. E era por isso que ela estava ali agora. Para viver o que tinha sobrado de Stanislaw, para cumprir o amor que não tinha sido possível. Se emocionava com o gesto tão bonito, tão romântico de Stanislaw. Nesse preciso momento decidiu que ficaria em Varsóvia.

    Para sempre.

    Continua...


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