Fortuna e Amor-Harmione (completa)

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    Capítulo 5

    Capítulo 5

    Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Nota da Autora: Oi! Obrigada pelos comentários e pelos favoritos. É bom saber que gostaram. Esse capítulo tem mencionado sexo explícito entre personagens. Se não gosta, não leia. Para quem ler, espero que gostem. Bjs emoticon

    Hermione voltou dando voltas e voltas à casa, vendo cada cômodo concentradamente. Olhou os quadros com atenção, notando as cores alegres ou melancólicas de alguns deles. A cada minuto que passava, se sentia mais perto, mais apaixonada por aquele espaço. A cada minuto, sua vontade de não se desfazer de rigorosamente nada crescia. Draco comentou, quebrando o encanto do momento:

    – Deve estar cansada, Hermione.

    – Sim... – Admitiu ela – Mas essa casa está me atraindo para ela cada vez mais.

    Reparou em um ligeiro brilho nos olhos de Draco e um sorriso imperceptível em seus lábios. Um sorriso mínimo, quase invisível, mas um sorriso.

    – São sete e meia. - Comentou ele – Em Varsóvia é hora de jantar, não sei como é no Reino Unido.

    – É o mesmo horário. - Respondeu Hermione – Mas tenho fome e estou cansada.

    Ela sentiu hesitação por parte de Draco e se perguntou se ele a iria convidar para jantar. Draco pigarreou e falou:

    – Se Hermione não tiver outros planos e se me quisesse acompanhar... – Hermione perguntou, admirada por suas palavras, pois pensava que ele não o faria:

    – Para jantar?

    – Sim... – Respondeu ele, hesitante.

    – Com todo o prazer. - Disse ela, sorrindo – Obrigada.

    – Só falta fazer uma coisa, antes de sairmos. - Comentou Draco – Queria que conhecesse Halina (1), a velha empregada de Stanislaw.

    – Onde ela está? - Perguntou Hermione, curiosa, querendo conhecer a senhora.

    – Mora no rés do chão, em uma pequeno quarto que Stanislaw lhe ofereceu nessa casa. - Informou ele – Ela gostaria muito de a conhecer. Aliás, ela espera só que Hermione tome suas decisões para voltar a trabalhar. Está muito ansiosa por ver essa casa movimentada de novo.

    Se dirigiram para o rés do chão, Hermione com a sensação de saudade. Parecia que aquela casa era sua desde sempre, e teve pena de a deixar.

    Halina era uma amorosa senhora de sessenta e quatro anos, muito bonita, com uns caracóis brancos no topo da cabeça. Parecia um anjo, de pele branca e seus olhos azuis eram muito vivos e comunicativos. Falava Francês fluentemente, mas não percebia muitas palavras de Inglês.

    – Muito gosto...muito bonita, menina Hermione... – Arriscou a senhora em Inglês e Hermione sentiu uma grande ternura por ela. Mas, infelizmente, falando tão mal, não seria um apoio para a resolução do mistério da paixão de Stanislaw por sua avó. Saíram da casa e desceram várias ruas, avenidas, monumentos imponentes, até chegarem ao restaurante Mielzynski, que se situava em uma antiga fábrica, junto a uma igreja, que dava um encanto especial. Era um sítio agradável, onde ecoava uma música suave, e tinha um terraço, que estava cheio de pessoas. Conseguiram arranjar uma mesa e se sentaram, sendo de imediato atendidos. Como Hermione não conhecia a gastronomia da Polônia, Draco pediu por eles em polaco. Quando o garçom anotou os pedidos e se afastou, Hermione falou:

    – Draco, me desculpe. - Começou, hesitante. Draco olhou para ela, seus olhos prateados sem brilho e ela continuou – Mas eu quero lhe fazer uma pergunta.

    – Com certeza. - Falou ele.

    – Porque é que Draco é solteiro? – Vendo a expressão franzida de Draco, continuou: – Vai desculpar a minha pergunta, mas é um homem tão interessante que a pergunta me parece lógica.

    Ele comentou, com aquele sorriso fechado e estranho, e respondeu:

    – Isso é simpatia sua, simplesmente.

    – Não, estou falando sério! – Exclamou ela – Que está acontecendo com as polacas?

    Pela primeira vez, conseguiu arrancar um sorriso sincero a Draco. Tinha um sorriso lindíssimo, uns dentes muito brancos e alinhados.

    – Pois… – Comentou, hesitante – Isso terá de perguntar às polacas….

    Dessa vez, Hermione não respondeu, esperando que ele continuasse.

    – Sabe, Hermione – Começou ele, seriamente –, é muito complicado encontrar uma mulher que nos interesse. Podem ser bonitas, ou práticas, ou carinhosas, mas uma mulher completa que saiba ser sensível, elegante, inteligente e compreensiva, é muito difícil. Posso quase lhe dizer que uma mulher assim é muito difícil de se encontrar.

    Hermione sorriu e perguntou:

    – Tem certeza? – Draco ficou sem saber o que dizer. Olhou para ela e disse, com dificuldade:

    – Há exceções. – Hermione percebeu que a timidez de Draco poderia ser outra coisa. Será que ele estava interessado nela? Olhou melhor para o homem que tinha diante de si. Era misterioso, com um charme penetrante. Reparou em seus ombros largos, que a noite fazia mais fortes e sensuais. Suas mãos longas e finas a excitaram um pouco. Mas sobretudo, reparou no nariz comprido, afilado – ela adorava narizes compridos – nos lábios firmes, no brilho dos olhos. Antes que pudessem conversar, o garçom chegou e depositou uma garrafa em cima da mesa e dois pratos de sopa. Falou qualquer coisa em polaco, que Draco respondeu na hora e se afastou. Olhando para as sopas, perguntou:

    – O que são?

    – Sua sopa é uma sopa de pepinos em conserva, normalmente com carne de porco, mais conhecida por zupa ogórkowa . – Esclareceu Draco – E a minha é czernina, é sopa de sangue de pato. São pratos famosos aqui na Polônia.

    Hermione não disse nada, mas torceu o nariz à menção do sangue. Ela não gostava do sangue. Fazia lhe lembrar a morte.

    Jantaram em silêncio, a música ecoando ao fundo, sendo ligeiramente abafada por vozes. Vários turistas e habitantes da cidade estavam ali reunidos, pois era uma cacofonia de palavras soltas em francês, italiano, russo e, até, turco. Grande parte deles tinham cigarros nas mãos e o fumo flutuava por cima de suas cabeças em direção ao céu. De vez em quando, ela bebia do miód pitny, que era uma bebida deliciosa e lhe fazia lembrar o hidromel. Procurou pelo rótulo da garrafa e viu, aliviada, palavras em Inglês. Leu com atenção e viu que seu sexto sentido tinha razão. Estava bebendo realmente hidromel. Pousou a garrafa, acabando de comer e fitou o local.

    Era um restaurante moderno, que servia comida internacional, desde pratos japoneses, turcos franceses e italianos. Tinha um design sóbrio e elegante. Sentiu que aquela cidade a estava recebendo de braços abertos. Tudo isso se passou em uns segundos, mas Hermione teve a certeza que aquele homem sentia alguma coisa por ela. Não teve nenhuma dúvida disso. Resolveu perceber melhor seus sentimentos por ela, tentando ser o mais prudente possível. Não o queria pressionar.

    – E nunca se envolveu? – Perguntou, pousando a colher e limpando a boca ao guardanapo.

    – Sim, mas isso foi há muitos anos atrás. Houve um sentimento forte, mas nunca mais aconteceu… – O corpo de Draco deixava aos poucos a tensão que o envolvia e falava com calma e cuidado, mas nitidamente mais à vontade. – Depois veio o regresso à Polônia, a situação de Stanislaw, que precisava de apoio e ajuda, o início de minha carreira... E fui deixando tudo. Acho que, quando as coisas têm de acontecer, acontecem…E, até agora, não me aconteceu aparecer a mulher certa.

    "Se ele estiver interessado em mim, ou me olha fixamente, ou olha para o prato", apostou consigo mesma, se lembrando das palavras de sua amiga e braço direito, Ginny que, quando um homem estava interessado em uma mulher, fixava seu olhar em qualquer coisa. E ele olhou para o prato, confirmando sua intuição.

    – Tem de seguir seu coração, seus instintos, seu corpo. – Continuou ela – Tem de se deixar levar pelas emoções. Mas também tem de estar atento: muitas vezes o que procura pode estar bem à sua frente.

    Dessa vez, Draco não olhou para o prato, mas sim para ela. Uns segundos de silêncio deram claramente a entender que ele tinha percebido o que ela queria dizer. E que sentia o mesmo. Foram interrompidos pelo garçom, que retirou os pratos da sopa e colocou dois de comida, se afastando de imediato.

    – E Hermione, não tem ninguém? – Perguntou Draco, finalmente.

    – Eu? – Perguntou ela, espantada com a pergunta – Se tenho um namorado? Não, não tenho. Já tive, mas depois quis estar sozinha. Tinha minha empresa, meu projeto, que nasceu de meus sonhos, e isso me tirou muitas energias.

    – Claro. – Disse Draco, tocando com o garfo nos bolinhos de massa que tinha no prato.

    – Mas se acontecer que o homem certo apareça… – Comentou ela e Draco sorriu abertamente. Ela já não tinha dúvidas. Tudo poderia acontecer agora. Com o coração batendo loucamente dentro de si, suspirou, tentando se acalmar. Draco a desejava. E ela também. Será que eles seriam somente amigos, ou algo mais? Tentando afastar esses pensamentos, perguntou, tocando com o garfo em sua comida, com curiosidade:

    – O que estamos jantando?

    – Você está comendo bigos. – Esclareceu ele – um guisado de repolho e carne, semelhante ao chucrute francês. Geralmente é menos ácido e é acrescentado repolho branco não fermentado. Quanto a mim, estou saboreando um delicioso pierogi, ou seja, bolinhos de massa, normalmente recheados com repolho ou cogumelo, carne, batata ou queijo temperado. Tem coalho doce de queijo com uma pitada de baunilha, ou mirtilos ou outras frutas. Dependendo do que se come. São ambos deliciosos.

    – Como se diz "jantar" em polaco? - Perguntou ela, querendo aprender algumas palavras.

    – Kolacja. - Respondeu Draco, satisfazendo sua curiosidade. Jantaram, enquanto ele lhe fazia perguntas sobre sua vida em Londres, sobre sua empresa, sobre o que Hermione pensava do futuro e de muitas outras coisas. Riu, um riso rápido e de boca fechada, quando Hermione lhe disse que a felicidade era "uma vida completa, um namorado e um cachorro". Tudo se estava conduzindo para o momento certo. Aproveitaram e comeram chałka de sobremesa, um pão doce de trigo branco de origem judaica, que era delicioso. Ao chegar ao balcão, Draco fez questão de pagar a conta, entregando uma nota azul de cinquente zlotys, a moeda oficial da Polônia. Recebeu algumas moedas douradas de troco, aproveitaram e deram uma volta pelas ruas da cidade. Passado algum tempo, Hermione se sentia um pouco cansada da viagem e de tantas emoções. Abriu a bolsa para ver as horas no celular e ficou espantada ao perceber que era meia noite. Vendo seu olhar, Draco perguntou:

    – Está cansada? Quer que a acompanhe ao hotel?

    – Sim, por favor. – Concordou, pois se sentiria mais protegida. Caminharam de volta ao hotel, Hermione sentindo o odor adocicado do perfume que ainda provinha de Draco. Em pouco tempo chegaram ao hotel e entraram no elevador, calados. Pararam no andar e ele a levou à porta do quarto. Estavam ambos cansados.

    – Quero agradecer toda a sua ajuda, Draco. – Disse Hermione, abrindo a porta do quarto e pousando sua bolsa em cima da escrivaninha.

    – Foi um prazer para mim. – Informou ele – E a que horas venho buscá-la?

    – Me buscar? – Perguntou ela, confusa.

    – Sim. – Lembrou ele – Tem de ir ver as fábricas. Ainda é uma longa viagem de carro.

    Hermione se tinha esquecido. Nas ultimas horas só tinha pensado nele. Havia algo de misterioso em seu redor, e ela queria desvendar o quê.

    – À hora que quiser. – Respondeu.

    – Às sete e meia?

    – Pode ser. – Respondeu ela, curiosa para ver as fábricas que herdou. Houve um momento embaraçoso de silêncio, que Hermione quebrou, antes que se estendesse:

    – Obrigada. – E agora?, se perguntou. Aperto sua mão ou lhe dou um beijo?

    – No Reino Unido se aperta a mão, verdade? – Perguntou Draco, estendendo a sua. Hermione imitou seu gesto, estremecendo ao sentir suas mãos geladas. Curiosa, estendeu a mão e tocou no rosto dele, sentindo a pele firme e percebendo que também estava gelado. Ele se aproximou seu rosto do dela e ficaram os dois em expectativa, esperando o próximo passo. Seus hálitos se tocavam, os lábios entreabertos. Mas não aguentaram muito mais e se tocaram, se envolvendo e misturando na atração, feroz como fogo, que os unia. As mãos fortes de Draco agarraram sua cintura, suas bocas se tocavam com volúpia e intensidade. Os lábios de ambos se cruzavam no beijo mais intenso, cada vez mais forte.

    Hermione fechou a porta do quarto com o pé, enquanto suas mãos estavam ocupadas retirando rapidamente as roupas de Draco, que a imitava. As roupas eram atiradas para todos os lados e Hermione se deitou na cama, seus cabelos rebeldes espalhados pelos travesseiros, com Draco se colocando em cima dela. Ele colocou um dedo em sua feminilidade, sentindo a mulher estremecer debaixo de si, já excitada, enquanto procurava o preservativo nos bolsos das calças. Abriu o invólucro e Hermione, de olhos entreabertos, conseguiu ver ele colocando o preservativo em seu longo membro. Os gemidos de ambos ecoavam pelo cômodo e um grito sufocado de prazer se escutou quando ela sentiu o membro longo de Draco penetrando-a com lentidão, para de seguida aprofundar os movimentos. Ela cruzou as pernas em redor da cintura de Draco e suas bocas se encontravam com loucura, Hermione arranhando as costas dele com as unhas, marcando cada centímetro da pele pálida dele. Os movimentos bruscos, cada vez mais rápidos e intensos, faziam Hermione descobrir prazeres nunca tidos. Draco era uma amante sensual, potente, mas carinhoso. Ela agarrava os ombros fortes e musculados de Draco, enquanto eles se misturavam com toda a paixão e sensualidade

    Lá fora, Varsóvia iluminada mostrava que não podia ter recebido Hermione melhor.

    Continua...


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