Sora Lusting

Tempo estimado de leitura: 50 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    O Ceu E O Inferno Dentro De Um Só Corpo

    Violência

    Em tempos futuros, onde a terra clamava por justiça e o equilíbrio entre o bem e o mal havia sido destruído, a fenda entre o mundo das trevas e o mundo da Luz estava sendo aberta, causando uma desordem sem precedentes, gerando a existência de anjos e demônios que lutavam pelo controle universal. Por causa disso, a Luz e as Trevas que eram incapazes de unir forças, resolveram tomar uma atitude criando um ser único, capaz de restaurar o equilíbrio. Um ser mágico que teria que lutar dia após dia para que a essência da vida não desaparecesse no infinito. Esse ser foi chamado de LUSTING; ele carregava tanto o bem quanto o mal dentro de si, e não era nem Humano nem demônio, e muito menos um anjo, mas sim a junção dos três. O ser mais poderoso já existente.

    A luz e as trevas escolheram um humano com o coração puro, que tivesse nascido entre dois irmãos e que conseguisse força interior suficiente para crescer dia após dia em equilíbrio. Foi assim que surgiu SORA LUSTING, a heroína dessa história.

    CAPÍTULO 1 ? A ESCOLHIDA

    Sora era uma garota comum. Com 18 anos de idade ela irradiava uma bondade sem fim e parecia ser a única pessoa em toda terra a fazer isso. Quando as pessoas estavam ao seu lado, se sentiam felizes e tranquilas. Ela tinha um poder natural de arrancar sorrisos das pessoas, e a harmonia que ela emitia era perfeita. Ela possuía defeitos como qualquer outra pessoa. Quando se irritava, era como se virasse uma pessoa completamente diferente. Isso era muito difícil de acontecer, mas acontecia. Além disso, ela nasceu entre dois irmãos, mas nunca chegou a conhecer nenhum dos dois, porque fora abandonada num orfanato quando nascera. Por causa disso, ela teve que se esforçar muito na vida para conseguir realizar o pouco das ambições que tinha. Ao completar seus 18 anos, ela foi liberada do orfanato podendo viver como bem entendesse. Ela comprou uma pequena casa com o dinheiro suado que juntou em todos os anos de trabalhos que teve e mudou-se esperando que tudo fosse completamente diferente dali pra frente. De certa forma, ela estava correta: As coisas nunca mais seriam iguais.

    Certa manhã, enquanto caminhava no parque da cidade em que morava para pensar um pouco, Sora sentiu-se estranhamente observada. Aquilo arrepiou até a espinha da garota. O vento ecoou e os seus cabelos esvoaçaram de um lado para o outro. Nesse momento os céus escureceram, houve trovões e a terra tremeu. Foi como se derrepente um tornado fosse atingi-la bem ali, naquele momento. Mas, inexplicavelmente o céu ficou limpo e azul novamente, mas ela não sabia que nesse momento, sua vida seria completamente modificada. Ela entrou em desespero ao ver que estava sendo elevada do chão, estava literalmente flutuando. Mas não parou por aí porque o céu emitiu uma luz azul e derrepente a terra emitiu uma luz vermelha que se encontraram no corpo dela exatamente no mesmo instante. Ela ficou dentro de uma esfera de ar e sem entender nada, começou a ser transformada por forças além de sua compreensão. Sora gritou de dor, enquanto asas como de anjo saíam de suas costas, uma negra e uma branca como a neve. Seu cabelo castanho claro e encaracolado agora era cinza, liso e chegava aos joelhos. Seus olhos ficaram ardentes e ela chorava de dor enquanto eles mudavam de cor. Antes, castanhos claros como seu cabelo era, agora, um vermelho e o outro azul. Suas roupas mudaram e ela trajava agora uma calça e um top na cor cinza. Em seu punho apareceu um tipo de pulseira com uma pedra transparente e em sua orelha um brinco que preenchia cinco furos, furos que ela nunca havia feito antes. Ambos prateados. Ela usava um tipo de coturno preto e até mesmo as unhas da mão cresceram e mudaram de cor. Depois disso, as luzes se foram numa explosão da bolha de ar em que ela se encontrava. Ela foi lançada ao chão desacordada e só recobrou os sentidos quando um amigo que passava por ali foi socorrê-la.

    - Sora, Sora, Sora! - gritou, tentando acordá-la.

    - Hummm... - abrindo os olhos lentamente - JUN! - gritou assustada, olhando seu próprio corpo, lembrando o que aconteceu, e vendo que na verdade estava exatamente como havia saído de casa.

    - O que foi Sora, você está bem? Eu vinha andando e vi você caída no chão, pensei que tinha sofrido um acidente!

    - Ai, ai - coloca a mão na cabeça - Sim, estou bem, acho que foi somente uma queda de pressão.

    - Caramba, vê se você toma mais cuidado... ? ele a segura pelo braço e a ajuda a levantar.

    - Sim, me desculpe Jun. - se desequilibra e quase cai no chão.

    - Boba. Venha, eu te levo nas costas até a enfermaria da Faculdade.

    - Não é preciso! ? ela recusa, completamente envergonhada com a situação.

    - Anda logo Sora! - carregando ela nas costas à força.

    - Desculpe por tudo isso Jun...

    - Pare de ficar falando me desculpe. Só tente se cuidar melhor. Não vou estar sempre perto pra te proteger.

    Jun era amigo de Sora desde que ela entrou no orfanato. Eles eram como conhecidos desde que nasceram, e ele era o mais próximo que ela conhecia sobre o que era ter uma família.

    - Certo... Vou me cuidar melhor, prometo.

    Na enfermaria, Sora foi colocada numa cama e continuou a dormir num sono profundo, tendo um sonho... Foi nesse sonho que ela teve a primeira pista do que havia acontecido no parque. Ela sonhou com um grande vazio, infinito. Um chão seco e árido pedindo por água, rachado pela sequidão que o sol causava, sem vida alguma e o céu como num fim de tarde, alaranjado pelo pôr-do-sol. E então de um lado vieram as trevas e do outro a luz. Demônios e anjos lutando entre si pelo poder, E ela estava no meio dessa guerra. Assustada, sem entender nada, como uma expectadora dos fatos. Ela estava completamente atordoada. Foi então que acordou com os próprios gritos dentro da enfermaria.

    - AHHHHH!!!! - levantou de uma só vez enquanto gritava.

    - O que foi? Você está bem? - perguntou a enfermeira, muito assustada com os gritos da garota.

    - Sim, eu só tive um pesadelo. - encolheu-se enrolando todo o lençol no corpo.

    - Bom, assim que você sentir-se melhor poderá ir embora. Hoje não vai ser necessário ficar na aula. A direção já deu permissão para que você vá embora comer algo e dormir um pouco.

    - Obrigada...

    Sora agradeceu com um sorriso bem suave, aliviada em não ter que ficar na faculdade naquele dia tão estranho. Mal sabia ela que toda aquela pertubação era apenas o início de um ciclo sem fim.

    Continua...


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