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Nota da Autora: Oi! Primeiro agradeço os comentários, os favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está um novo capítulo, espero que gostem. Bjs
O pequeno doncel, de belos olhos verdes e rebeldes cabelos negros, estava deitado em sua cama de dossel, com a cabeça encostada nas saias de sua mãe, escutando ela lendo, com sua voz suave, sua primeira correspondência de seu prometido, o Lord de Slytherin. Seus melhores amigos estavam sentados em cadeiras, à sua frente, escutando atentamente a leitura da Duquesa e Snuffles, um velho cachorro negro que seu padrinho tinha encontrado vagueando pelo castelo, estava a seu lado, sua enorme língua para fora, respirando ruidosamente. O cachorro era extremamente protetor com Harry, não deixando que desconhecidos se aproximassem do doncel, e muito amoroso com crianças.
Seus pais e seu padrinho, o Marquês Black, já lhe tinham explicado que, quando completasse a maioridade (que seria dentro de muitos anos), se casaria com Draco Malfoy. Mas, só muito mais tarde, é que lhe tinham dito que moraria no Ducado de Slytherin. O doncel, quando soube, se agarrou a sua família e, com lágrimas nos olhos e soluçando, disse que não se queria afastar deles. Todos ficaram arrasados com sua reação e sua mãe, percebendo seu desespero, pois sabia que ele não queria ficar com uma pessoa que não conhecia, prometeu que o iriam visitar muitas vezes. E lhe deu a ideia de escrever uma carta a seu prometido, que seria rapidamente levada pelo mensageiro real, onde falasse um pouco de si e de seu Ducado.
Harry, mais animado, correu em direção de seus aposentos e, com a ajuda de sua mãe e de seus dois melhores amigos, Ron Weasley e Hermione Granger, escreveu uma carta. Hermione era uma menina de pele cor de chocolate e cabelos frisados, muito inteligente para sua idade. Ron era um garoto alto e ruivo, com muitas sardas pontilhando seu rosto e com muitos irmãos. O pai de Ron era jardineiro e sua mãe cozinheira. Seus irmãos mais velhos ajudavam o pai nos jardins e sua irmã mais nova ajudava a mãe na cozinha. A mãe de Hermione geria a produção dos pães, um dos alimentos mais saboreados pelos nobres e o pai estava sempre na torre, juntamente com os restantes arqueiros.
Demorou algumas horas para terminar, pois o doncel queria que sua correspondência ficasse perfeita. Por fim, entregou ao mensageiro Fradique Fournier, pedindo que fosse o mais rapidamente possível, e ele respondeu que sim. Nunca recusavam nada ao pequeno Gryffindor.
Levantando o chapéu em forma de despedida, galopou pelos jardins do castelo até ao portão, deixando uma fumaça de terra atrás de si. Harry voltou para suas brincadeiras com os Weasleys, Hermione, Neville e Snuffles. De espadas de madeira fabricadas por Hagrid, o carpinteiro real, se divertiam até à hora do jantar. Hermione era vista muitas vezes sendo “salva” pelos garotos das garras do “terrível dragão” Snuffles.
Lady Lily se perguntava se a carta de seu filho teria resposta, comentando seus receios com seu marido e o Lord James respondeu para que não se preocupasse, que a carta seria respondida. E tinha razão. Na tarde do dia seguinte, o mensageiro chegou. Cansado por ter galopado durante horas, mas feliz por servir seus senhores, entregou a carta nas mãos do doncel, que deu um belo sorriso e lhe agradeceu polidamente.
Chamando seus melhores amigos e sua mãe, foram para seus aposentos. Snuffles, como sempre, os seguiu como uma sombra. Era um lugar espaçoso, com um enorme armário, cheio de roupas de festa, do dia a dia e de equitação, tal como sapatos. No centro estava uma longa cama de lençóis azuis, com cortinas da mesma cor. Em cada lado havia dois criados mudos, com lamparinas. A parede estava decorada com retratos de sua família e brasões da família. No fundo, junto à janela, estava uma escrivaninha com livros e pergaminhos, mata borrões, penas e frascos de tinta. Estava ansioso para ler a correspondência.
Lady Lily terminou de ler e perguntou, curiosa:
– O que achou de seu prometido? – As crianças se entreolharam e o doncel respondeu:
– Parece ser muito educado, mamãe. – Se virou para seus amigos e perguntou:
– E vocês, que acharam?
– Acho que tem razão, Harry. – Respondeu Hermione, enquanto Ron abanava a cabeça, concordando. Snuffles ladrou, como também desse sua opinião. O doncel pensou um pouco, e perguntou:
– Será que ele precisou de ajuda com sua carta, tal como eu?
– De certeza, Harry. – Afirmou Hermione, se recordando de algumas palavras que tinha escutado, e sua mãe respondeu:
– Sim, meu amor. – O doncel sorriu e pegou na carta das mãos de sua mãe, relendo, vendo a letra redondinha:
Caro Lord Harry, herdeiro do Ducado de Gryffindor,
Tenho de admitir que não contava com uma notícia sua até ao dia de nosso enlace, mas fiquei agradavelmente surpreso. Como fez em sua carta, irei me apresentar primeiro.
Meu nome é Lord Draco Lucius Malfoy, filho do Duque e Duquesa de Slytherin, Lucius e Narcissa Malfoy. Tenho sete primaveras, tal como você, e moro no Ducado de Slytherin, uma terra onde, no inverno, neva muito, deixando os campos cobertos de neve e o verão é fresco, mas não desagradável.
Meu castelo é muito antigo, rodeado por um lago cheio de peixes e muitas montanhas. Todas as semanas há uma feira, onde se podem comprar muitos objetos bonitos.
Nesse momento, estou aprendendo a história de minha família e de minha terra, como ela foi criada. Também estou aprendendo a escrever, a falar fluentemente três línguas e a manobrar uma espada. Comecei a aprender com três anos, meu pai diz que mais cedo aprender, melhor.
Sei cavalgar muito bem e meu cavalo negro se chama Dobby.
Espero ter mais notícias suas,
Lord Draco
Sorrindo com a carta de seu pretendente, o doncel abriu a gaveta de seu criado mudo e retirou um baú de tamanho médio, cravejado com pedras preciosas e o abriu. Dobrou cuidadosamente a carta e a guardou. Olhou para sua mãe e comentou a ideia que tinha tido há algum tempo, mas não tivera coragem de comentar:
– Mamãe?
– Sim, meu amor. – Disse Lady Lily, olhando para seu filho
– Estive pensando, – Começou ele – Gostaria de lhe enviar uma prenda.
– Uma prenda? – Se admirou sua mãe, normalmente os presentes entre dois pretendentes só eram oferecidos durante os bailes de cortejo, ou depois do casamento. – Que prenda você está pensando oferecer a Lord Draco?
– Um livro. – Respondeu o doncel, e escutou um resmungo vindo de Ron e uma exclamação de surpresa de Hermione. – Um livro sobre o Ducado de Gryffindor.
– Que ideia fantástica, Harry! – Exclamou Hermione, animada – Tenho certeza que Lord Malfoy irá gostar. Não acha, Ron?
Perguntou, se virando para o amigo. Ron hesitou, não querendo dizer o que realmente pensava da ideia. Duvidava que o herdeiro de Slytherin gostasse de ler um livro sobre Gryffindor, mas respondeu:
– Sim, sim…uma ideia fantástica.
O doncel sorriu, enquanto fechava a gaveta. Se levantou, enquanto escutava sua mãe dizer:
– Irei falar com seu pai, para nos arranjar uma cópia, sim?
– Sim, mamãe. – Respondeu Harry, de olhos brilhantes, enquanto caminhava para sua escrivaninha, pronto para escrever mais uma carta.
Continua…