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Tempo estimado de leitura: 30 minutos
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Nota da Autora: Oi! Aqui está o novo capítulo da fanfic. Obrigada a todos que comentaram e favoritaram. Espero que gostem! Tenham uma boa leitura! Bjs
O rosto de Rolf adquiriu uma palidez pouco comum e Luna percebeu que seu marido tinha ficado preocupado. Ela pegou em suas mãos e apertou com delicadeza, Luna percebeu que elas estavam frias, e falou:
– Eu tenho reparado que você anda mais distraída do que o habitual. Tem ficado enjoada e vomitado. – Luna fitou seu marido com espanto, não tinha percebido que ele reparava nesses pormenores. Mas era bom saber que ele se preocupava muito com sua saúde.
– Rolf, antes que você surte, não estou doente. – Respondeu ela, para o acalmar. Seu marido respirou fundo, aliviado, e a puxou contra seu peito, a abraçando com força. Luna sentiu os braços fortes dele rodeando seu corpo e suspirou, satisfeita com a sensação cálida que ele lhe transmitia.
Ela o abraçou de voltam escutando o bater descompassado do coração de Rolf. Ele fechou seus olhos, sentindo o cheiro a hortelã que emanava dos cabelos de sua mulher. Era um shampoo que tinha inventado para sua mulher e que lhe ficava muito bem.
Ele não saberia como reagir se Luna lhe contasse que estava doente, ou machucada. Nem sequer conseguia imaginar.
Uma vez, sua namorada se tinha machucado. Eles estavam tentando capturar uma criatura rara, muito branca e com penas, de olhos como fendas e rápida como um lince, quando escorregou e bateu com sua perna em uma pedra. Seu grito de dor o tinha congelado, tal como o sangue que escorria da ferida profunda. Depois de alguns momentos de hesitação devido ao choque, ele rasgou uma tira de pano de sua camiseta, enrolou em redor da perna ensanguentada e aparatou para o hospital mais próximo da região. Tinha sido atendida de imediato e, felizmente, não tinha quebrado nenhum osso, mas Rolf não conseguia esconder o receio ao ter observado a dor de sua companheira.
Sentiu os lábios de Luna contra sua pele e saiu de seus pensamentos. Seus pelos se arrepiaram com o toque e gemeu:
– Luna… – Escutou um risinho baixo e se afastaram. Luna olhava para ele com seus olhos brilhando e um belo sorriso em seu rosto. Percebeu que estava emocionada com alguma notícia e perguntou, curioso:
– Que aconteceu, querida? – O sorriso de sua mulher aumentou, mostrando uns belos dentes brancos e ela comentou:
– Rolf, querido. Já estamos juntos há quinze anos. E somos casados há dez.
– É verdade. – Confirmou ele, não sabendo onde Luna queria chegar. Às vezes, ela conseguia ser mais excêntrica que o costume e ele não sabia como reagir.
– E eu amo você. – Continuou ela, sonhadora – Mesmo tendo passado tanto tempo, continuou amando você como pela primeira vez. Amo tanto você que nosso amor se tornou ainda maior.
– Como assim? – Perguntou ele, não entendendo sua conversa.
– Duplamente maior. – Concluiu Luna, com um sorriso apaixonado, mas Rolf continuava não entendendo nada. Para mostrar o que queria dizer, pegou em sua mão e pousou em seu ventre.
O choque percorreu o rosto moreno de Rolf, ao perceber finalmente suas palavras. Mas precisava desesperadamente de uma confirmação.
– Você está? – Perguntou, sentindo um nó em sua garganta.
– Sim. – Confirmou ela, começando a chorar de emoção – Eu estou grávida de gêmeos. Dois meninos.
– Oh, Merlin! – Exclamou ele, sorrindo bobamente. Ele ia ser pai de dois bebês – De quantos meses?
– Dois. – Respondeu ela, tentando conter seu choro. Sem que Rolf pudesse evitar, também começou chorando de emoção. Ele ia ter dois filhos. Luna lhe tinha dado a chance de ter, não um, mas dois meninos. Ele sempre quisera ser pai, embora estivesse um pouco surpreso por serem gêmeos, pois tal não acontecia há várias gerações de sua família, nem na de Luna.
– Oh, Luna. – Balbuciou, emocionado – Eu te amo tanto, meu amor. Você não sabe como me fez feliz Eu sempre quis ter um filho, mas dois…é uma notícia duplamente maravilhosa. – E, curioso, perguntou – Quando você soube?
– Antes mesmo de você chegar. – Respondeu ela, retirando suas mãos do ventre e mexendo no dossiê de seu relatório. Tirou um pergaminho, desdobrando e lhe entregou. Ele começou a ler:
"Cara Srª Luna Scamander,
Os exames que realizou semana anterior revelaram o que os medibruxos conjeturaram. A Srª está grávida de dois meninos. De acordo com os encantamentos, são dois meninos, gémeos.
Afirmamos também que se encontra no terceiro mês de gestação, o que confirma os enjoos, tal como o apetite intenso que nos referiu.
As crianças estão se desenvolvendo bem e são saudáveis. Esperamos que voltem ao nosso hospital para realizarem mais consultas.
Atenciosamente,
Thomas Gravery
Medibruxo-Chefe do Hospital de St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos
Com os olhos marejados de lágrimas, Rolf apertou delicadamente Luna contra si e a beijou de rompante. Ela arregalou seus olhos, surpresa com seu ato repentino, mas fechou-os lentamente e soltou um gemido baixo.
Na altura em que tinha recebido a notícia, tinha ficado receosa porque, mesmo estando casados há dez anos, estavam tão atarefados com seus empregos, que nunca tinham conversado sobre filhos.
Se afastaram aos poucos e Rolf declarou, emocionado:
– Eu te amo, Luna. Te amo tanto, que era capaz de dar o mundo a você. – E sentia que conseguiria dar de verdade. Estava muito feliz, há muito que não se sentia naquele estado de espírito, leve e satisfeito. Iriam ter dois bebês, uma surpresa agradável para Rolf, que amava crianças e sempre quisera ter um filho, mas dois e, acima de tudo, gêmeos, era o melhor que podia imaginar.
Luna riu com sua declaração e respondeu:
– Não precisa de me dar o mundo, seu bobinho. – Disse ela, apaixonadamente – Só preciso de seu amor. De nada mais.
Roubou um selinho a Rolf, que ficou surpreso com seu ato, pois ela não costumava lhe roubar beijos, essa era sua especialidade. Luna respondeu:
– Eu também te amo.
Sorriram e Rolf tocou delicadamente no ventre de sua companheira, um pouco maior do que alguns meses atrás e se repreendeu mentalmente por não ter percebido os sinais. Se ajoelhou e encostou seu ouvido, sentindo pequenas vibrações. Os bebês estavam se mexendo.
Emocionado demais para falar, beijou a pequena saliência, sendo observado por Luna. Nenhum deles falou uma palavra durante algum tempo. Não havia nenhuma que descrevesse a emoção que sentiam ao saberem que iriam ser pais. Rolf disse, com emoção:
– Dois meninos. Dois lindos meninos. – Olhou para os olhos da mulher e revelou – Queria tanto que eles já estivessem aqui. Seria tão bom pegar neles, escutar suas primeiras palavras….
– Eu sei. – Disse Luna, ela compreendia o que seu marido sentia – Eu também desejo o mesmo.
Rolf se ergueu e sua mulher o imitou. Saíram da varanda do quarto, desceram as escadas e entraram no jardim. Scylla veio na direção do casal, que o acariciou. Se aperceberam que Yasmin, a coruja de Rolf, ainda não tinha regressado. Seu ninho na árvore estava vazio. Talvez estivesse caçando, ou dando um passeio.
Conversavam sobre a alegria que tinham sentido ao saberem da notícia e começaram por dar palpites de nomes para os bebês. Começaram pelos mais comuns, mas Luna não gostava. Sabiam que teriam muitos meses para pensarem, mas não custava não começarem pensando.
– Que tal Alysius? – Perguntou Luna, sonhadoramente. Rolf negou com a cabeça, detestando o nome, e disse:
– Talvez Alf fosse melhor? – Ela pensou um pouco, mas negou. Comentaram mais alguns nomes, quando Luna falou com firmeza, mas com amor, tocando em seu ventre:
– Lysander. – Rolf fitou sua mulher com espanto, e perguntou:
– Lysander? – O nome provinha do grego e significava "libertador". Era um nome que ele nunca pensaria para seu filho.
– Foi um nome que li em um livro de Mitologia. – Comentou Luna, sonhadoramente – Eu gostei de verdade.
Rolf pensou um pouco, era um nome diferente, mas não demasiado chamativo. E até tinha um significado impactante.
– Eu gostei. – Falou, e não era mentira. Lysander era um nome forte, um bom nome para um de seus filhos. – Mas, como se chamará o outro gêmeo?
Pensaram um pouco, mas não tinham ideias. Deram uma volta pelo jardim, sentindo um vento suave naquela manhã límpida e quente de primavera. Conversaram, dizendo que queriam sair, para comprarem alimentos e outros produtos necessários para a casa.
Acariciaram mais uma vez Scylla, que se colocara de patas para cima, satisfeito com o carinho de seus donos. Voltaram para casa e, no quarto, Rolf vestiu umas calças brancas e uma camisa verde, enquanto Luna se decidiu por um vestido bata cigana boho hippie étnico tribal e uma gargantinha pedra da lua, oferecido por Rolf. Era menos vistoso que os brincos em forma de rabanetes. Colocou uma faixa hippie, colorida, na cabeça, pegou em uma bolsa camurça boho castanha, e foram dar um passeio ao Mundo Mágico e talvez tivessem alguma ideia.
Continua….