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Tempo estimado de leitura: 2 horas
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Nota da Autora: Oi! Espero que tenham gostado do capítulo anterior. Aqui está mais um. Espero que gostem desse. Obrigada a ~Luna13Lovegood pelo comentário, e pelos favoritos. Bjs
Estava uma manhã quente e Lily estava sentada no sofá, vestida com sua roupa de trabalho. Estava lendo as notícias no celular, enquanto esperava a chegada de James para a segunda aula. Leu de tudo um pouco, desde Economia, a Cultura. Gostava de estar atualizada. Passou pela notícia da morte de Regulus Black e leu com atenção, pensando no sofrimento da família. Tinha na outra mão uma xícara de café bem forte, pois tinha dormido pessimamente durante a noite. Tinha sonhado com James, que ambos estavam no rio, onde tinha passado a maior parte de sua infância e que se beijavam apaixonadamente. Ela estremecia ao sentir os lábios dele, suaves e carnudos, passeando por seu pescoço, trilhando pequenos beijos. Durante o beijo, tinha lhe dito que se queria entregar a ele, ser sua, mas ele tinha recusado, dizendo que ela não estava preparada. E que esperaria o tempo necessário. E ela o beijou em agradecimento.
Tinha acordado a meio da noite, de coração aos pulos e excitada. Ainda conseguia sentir o corpo dele junto ao seu. Tinha respirado fundo várias vezes e tentado dormir novamente, mas não conseguiu. Tinha dado voltas e voltas na cama, batendo no travesseiro, para o amaciar e, até, tomado uma xícara de chocolate quente, mas nada tinha resultado. Usava maquiagem no rosto, para ocultar suas olheiras. Seus cabelos estavam soltos e caiam como cascatas por suas costas. Se levantou e foi em direção à cozinha, pousando a xícara na pia. Ouviu a campainha tocando e foi à porta, se arrumando pelo caminho. "Espero não estar desarrumada", pensou ela. E se espantou com seus próprios pensamentos, pois nunca se tinha importado em estar suficientemente arrumada para receber um homem em sua casa. Guardou o celular no bolso das calças, abriu a porta e observou a expressão cansada de James. Ele olhou para ela e sorriu, como se seu dia tivesse sido iluminado só com sua presença.
— Bom dia. - Falou ele, com voz rouca.
— Bom dia. - Respondeu ela, e se afastou da porta, permitindo que ele entrasse. James entrou e ela apontou para que ele fosse para a sala. Fechou a porta e o seguiu. James ficou de pé e Lily observou que ele parecia um pouco desmazelado, embora estivesse bem vestido. Usava uma camisa azul, umas jeans da mesma cor, e umas sapatinhas Nike de cor branca. Seu cabelo estava mais desarrumado que no dia anterior e tinha olheiras nos olhos.
— Você quer um café? - Ofereceu Lily.
— Sim, por favor. - Respondeu ele, ela lhe indicou o sofá e pediu:
— Sente-se, por favor. Eu já trago café. - James fez o que ela pediu, e Lily se dirigiu para a cozinha. Foi ao armário e retirou uma xícara. Encheu-a com café e voltou para a sala. Encontrou James sentado, seu rosto pálido e pensativo. Ela lhe entregou a xícara e ele agradeceu, polidamente:
— Obrigado.
— De nada. - Respondeu Lily, e ficaram os dois em silêncio, ela esperando que ele falasse, e James tentando arranjar coragem. Ele suspirou e falou:
— O irmão de meu melhor amigo faleceu ontem e fiquei a noite toda tentando animá-lo, juntamente com Marlene, sua namorada. - Lily ficou atenta à conversa e se sentou a seu lado. Ele continuou – Eles não se davam muito bem, mas ele o amava. Nem tiveram tempo de conversar sobre suas divergências. - Vendo a expressão franzida da mulher, continuou – Foi um acidente de viação.
— Deve ser horrível perder uma pessoa desse jeito. - Falou Lily, colocando sua mão no ombro dele, para o confortar, e reparou que ele relaxava com seu toque.
— Nunca vi Sirius tão perdido como ontem. - Continuou James – Me deu a sensação de que tinha perdido uma parte dele.
— Lamento. - Falou Lily, tristemente.
— A família Black está de rastos. - Comentou James e Lily arregalou os olhos, espantada:
— Black? - Perguntou – Regulus Black? Das empresas Black?
— Sim. - Respondeu James, olhando tristemente para ela.
— Eu li sobre a morte dele ainda há pouco. - Falou ela, admirada – Uma coisa horrível. Não sabia que era a mesma pessoa. Que horror!
— Sim. - Falou James, olhando para ela . Mas vai ficar tudo bem.
Lily hesitou, mas se aproximou dele e o abraçou, sentindo sue perfume suave. James correspondeu ao abraço, se sentindo mais leve. Ficaram os dois sentindo os batimentos cardíacos, o calor que emanava de seus corpos, até que Lily se afastou lentamente e James bebeu seu café. Para o animar, conversou sobre assuntos banais, comentou algumas notícias que tinha lido e viu James ficando, aos poucos, cada vez melhor. Ela não reparou que sua mão apertava delicadamente a de James, que não tinha nenhum indício de que era comprometido, lhe transmitindo força.
OoOoO
Se sentindo reconfortado, James olhava para Lily com admiração, sendo sobressaltado novamente pelo desejo de a pintar. Suas mãos ainda estavam entrelaçadas, seus corpos próximos um do outro. Ela sorria suavemente para ele, enquanto lhe dava alguns conselhos para a aula que se seguiria. Ela terminou de falar e perguntou:
— Como se sente?
— Melhor, obrigado. - Revelou James, o que era verdade. Se sentia relaxado na presença dela. Lily, percebendo que suas mãos estavam unidas, ruborizou e se afastou. Se levantou e disse:
— Penso que é melhor começar a aula. - James sentiu um grande vazio dentro de si, sentia falta de mão dela sobre a sua, mas nada disse. Se dirigiu para seu lugar e se sentou, ouvindo as explicações da pintora. Ela tinha ordenado que ele desenhasse uma árvore e ele olhava pela janela. Com o pincel, copiava lentamente e com detalhe o que conseguiu ver da árvore. Primeiro o tronco, depois os ramos e, por fim, a folhagem. Se sentia melhor, enquanto pintava. Lily tinha trazido um lanche da cozinha, um suco de laranja e biscoitos de gengibre. Comeram, enquanto ela observava seu trabalho. Ele queria fazer perguntas, conversar com ela, mas não o fez. Não se sentia na disposição de o fazer.
Quando terminou o trabalho e limpava os pincéis, Lily observava a beleza de sua pintura. Tal como o quadro do coração, que estava ao fundo da sala, onde tinham estado os retratos de seus ex-companheiros, a árvore estava maravilhosamente bem desenhada. Ela sorriu para ele e disse:
— Está excelente, James. Você tem muito talento.
— Obrigado. - Agradeceu ele, se levantando e pagando a aula. Ela recebeu o dinheiro e o acompanhou à porta, a abrindo enquanto dizia:
— Fique bem.
— Obrigado, Lily. - Agradeceu ele – Pelo apoio, pela aula, por tudo.
— De nada, James. - Respondeu ela, sorriram e ele perguntou:
— Posso abraçá-la em agradecimento? - Lily hesitou, se lembrando do sonho, mas achou rude negar, e respondeu:
—Sim. - Ele a abraçou carinhosamente e Lily se sentiu protegida naqueles braços fortes. Abraçou-o de volta, sentindo como ele tinha relaxado durante a manhã. Pensou em convidá-lo para almoçar, mas logo afastou esses pensamentos. Não queria que James pensasse que ela era uma mulher fácil e que se aproveitasse dela. Se afastaram e ela sentiu falta do calor dele.
— Até amanhã. - Se despediu James, saindo pela porta.
— Até amanhã. - Respondeu Lily, e fechou a porta, se sentindo, novamente sozinha. Suspirou, enquanto se dirigia para a cozinha e se apercebeu que não tinha vontade de cozinhar. Retirou o celular do bolso e ligou para a pizzaria mais próxima pedindo Pollo Pesto, uma deliciosa pizza com frango e cogumelos. Estava pensando, durante a tarde, começar mais um quadro e ir às compras, para comprar roupa nova.
Continua...