|
Tempo estimado de leitura: 51 minutos
18 |
Nota da Autora: Oi! Espero que tenham gostado do capítulo anterior e, obrigada pelos comentários. Aqui está mais um capítulo, que é dedicado a cada pessoa que comentou o capítulo anterior e que esperou pela atualização. Espero que gostem desse. Bjs
Scorpius observava atentamente as seis pessoas que estavam em seu redor. Seu pai e a família de Albus estavam sentados na grande mesa e conversavam civilizadamente, embora estivessem um pouco tensos. Exceto Lily, que conversava animadamente com seu pai, que estava ligeiramente ruborizado. James estava em silêncio, observando a sala, e a Srª Potter conversava em voz baixa com seu marido, que se deliciava com um sufflé, enquanto escutava atentamente o que ela dizia.
Há muito tempo que a Mansão Malfoy não recebia visitas, principalmente desde a morte de sua mãe, há quatro anos atrás. Tinha sido difícil convencer suas famílias, durou muito tempo, mas conseguiram com um pouco de persuasão, típico de Slytherins. De vez em quando, olhava pela janela e via a neve caindo suavemente, cobrindo a grama de branco.
A sala estava ricamente decorada: no fundo, perto da parede, estava uma grande árvore de Natal, lindamente decorada e com muitos presentes, de várias formas e tamanhos, debaixo delas. Fogo crepitava na lareira, transmitindo sombras nas paredes brancas, decoradas com retratos, que observavam tudo silenciosamente. Tinha sido sua ideia fazer aquele jantar. Ele e Albus eram amigos há muitos anos e sempre tinham ido à casa um do outro, embora no início tivesse sido esquisito para a família de ambos. Havia, sobretudo, desconfiança, devido ao nome que carregavam. As pessoas olhavam para eles com curiosidade, principalmente, devido ao passado de seus pais e avós, o que o aborrecia.
Todos estavam bem trajados, as mulheres usavam vestidos que combinavam com a cor de seus cabelos, maquiagem suave no rosto, o que as tornava ainda mais belas, e os homens trajavam vestes negras e tradicionais, que os tornavam elegantes.
Estava sentado ao lado de seu amigo e observava ocasionalmente seus movimentos. Embora não fosse tão semelhante a seu irmão, Albus também penteava seus cabelos negros para trás, o que o tornava mais sensual.
Três elfos domésticos, de uniformes negros e com um “M” bordado a branco em cima do coração, que significava lealdade à família, andavam de um lado para o outro, garantindo que não faltava bebida nem comida aos convidados.
A mesa tinha pratos de peru assado, ou pato assado, com batatas, arroz de cenoura, tal como cabrito.
Havia agradáveis bebidas, como limonada amanteigada quente, chocolate quente com Schnapps de menta, ponche de rum, vinho quente, champanhe, uísque de fogo, entre outros.
E deliciosas sobremesas, como rabanadas, quiche, tortas de vários sabores, cupcakes de morango, pudins, mousse de chocolate, e mais algumas iguarias.
Albus se virou para ele e sorriu. Scorpius não pode evitar sorrir também, pois o sorriso de seu amigo era contagiante.
– Está gostando?
– Sim, estou. – Respondeu ele – A comida está deliciosa, o ambiente acolhedor. Está tudo perfeito.
– Obrigado. – Agradeceu Scorpius, polidamente. Albus olhou para o lado e comentou, enquanto apontava discretamente com o dedo para seu pai e o pai de Scorpius, que estavam tensos, embora conversassem civilizadamente.
– Nossos pais estão duros como pedras.
– É verdade. – Sussurrou ele, ao mesmo tempo que um dos elfos colocava um prato de biscoitos com formas natalícias na mesa. Os dois ergueram um braço ao mesmo tempo, prontos para apanharem o único biscoito com o rosto do Papai Noel, quando suas mãos se tocaram. Ambos ruborizaram e as afastaram de imediato. Scorpius sentia suas mãos suadas pelo nervosismo e seu rosto quente. Eram raras as vezes que tocava tão intimamente nele mas, sempre que o fazia, se sentia quente.
Olhou pelo canto do olho e viu que Albus estava de rosto ruborizado e suas mãos entrelaçadas. O clima entre eles estava tenso. Um elfo encheu os copos deles com cerveja de manteiga e Albus bebeu logo um gole. Scorpius pediu:
– Me desculpe.
– Está tudo bem. – Falou Albus, sem olhar para ele. Seus cabelos negros tapavam parte de seu rosto, que estava pálido.
O herdeiro dos Malfoys não gostava de o ver incomodado. Preferia vê-lo sorrindo, brincando, rindo. Seu rosto ficavam mais iluminado, sereno. Percebendo que Albus continuava tenso, implorou:
– Al.
– Está tudo bem. – Falou Albus, olhando para ele e sorrindo levemente, com o rosto ganhando a cor a pouco a pouco. Scorpius percebeu que seu amigo estava ficando mais solto e ficou aliviado. Sentia que Albus era diferente. Não sabia direito o que, mas ele era especial. Adorava observá-lo enquanto ele conversava, ou lia, seu rosto ficava sério.
Pegou em um biscoito com a forma de um boneco de neve, com sabor a canela e trincou, saboreando lentamente.
Lily escrevia mensagens em seu celular. James se ergueu e pegou também em um punhado de biscoitos, colocando no prato.
– James! – Repreendeu sua mãe e ele fez uma expressão inocente. Um elfo colocou mais um prato com biscoitos a seu lado e James se deliciou, ignorando a expressão séria de sua mãe.
Lily pegou em mais uma fatia de cheesecake de morango e comeu um pedaço, enquanto guardava o celular na bolsa que estava pousada nas costas da cadeira. O Sr. e a Srª Potter conversavam com seu pai. Um relógio de madeira dava as doze badaladas.
– Meia noite! – Exclamou James, sorrindo como uma criança. Se levantaram e foram em direção à árvore de Natal. Andaram atarefados à procura de seus presentes, distribuindo os que não eram seus pelos outros. Se sentaram nos sofás confortáveis com seus presentes e começaram a rasgar seus pacotes.
– Uau! – Exclamou James, admirado, ao rasgar seus embrulhos. Tudo o que tinha recebido estava relacionado com Quidditch. Seu pai lhe tinha oferecido um kit de limpeza de vassouras, para sua Flecha de Ouro, um livro de Quidditch do Sr. Malfoy, equipamento de sua mãe, um pomo de ouro de sua irmã, e um mini estádio de Quidditch com jogadores que se mexiam magicamente, de Albus e Scorpius.
Harry sorriu ao ver a emoção de seu filho mais velho. Ele tinha no colo uma pena mágica, com plumas de pavão, oferecida por Lily. Um cachecol, feito por sua mulher. De Albus e James, uma fotografia emoldurada de sua família, tirada durante aquele verão e, de Scorpius e Draco um casaco longo e quente, para quando fosse realizar missões para outros países, como vigiar campeonatos de Quidditch.
Ginny recebeu de seu marido um colar com um coração de diamantes, de Lily um perfume com fragrância de baunilha, de Albus e James uma blusa florida para o verão e um casaco cor de rosa pálido e, dos Malfoys, um par de sapatos e uma bolsa. Percebia-se de imediato que eles tinham recebido ajuda de Lily, que conhecia muito bem os gostos de sua mãe.
Lily tinha em suas mãos um estojo de maquiagem, presenteada por seus pais, umas pantufas cor de rosa de James, um romance bruxo de Albus e, dos Malfoys, um vestido florido.
Draco recebeu um vinho maduro dos elfos, do Sr. e Srª Potter. Dos irmãos Potter uma caixa de madeira com o brasão dos Malfoys, para guardar suas maiores relíquias e, de Scorpius, uma pintura em tamanho real de sua falecida esposa que, naquele momento, sorria carinhosamente para ele.
Scorpius recebeu de seu pai um conjunto de vestes tradicionais bruxas, que estava precisando. Suas estavam pequenas. Do Sr e Srª Potter umas camisas brancas, de Lily um casaco de capuz, muito confortável e quente e, de James um infalível removedor de espinhas em dez segundos, embora não tivesse em seu rosto. De Albus um colar em forma de pomo de outro que, quando aberto, mostrava a fotografia de seus pais.
Albus recebeu de seus pais um kit de limpeza de varinhas e, de James, um relógio de pulso, já que perdia a hora quando lia. De sua irmã uns tênis cinzentos, que pareciam ser confortáveis e, de Scorpius, um livro de História da Magia, que há muito tempo cobiçava. Enquanto seus familiares comentavam e agradeciam seus presentes, Albus se virou para seu amigo e disse:
– Scorp, obrigado. – Scorpius sorriu e falou:
– Eu também preciso agradecer. Obrigado. É um lindo presente. – Albus ruborizou, enquanto sorria, e respondeu:
– Que bom que gostou. Fiquei feliz por saber.
Scorpius observou os lábios carnudos de seu amigo e teve a vontade súbita de o beijar. Percebendo seus pensamentos, abanou a cabeça e, observando o colar, desejou:
– Feliz Natal, Al.
– Feliz Natal, Scorp. – Respondeu Albus, carinhosamente. Ele levantou o olhar e, enquanto se observava, Scorpius percebeu o que realmente sentia por seu amigo.
Que gostava dele. Estava apaixonado por ele.
Continua…