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Nota da Autora: Oi! Obrigada aos que comentaram no capítulo anterior! Fiquei muito feliz. Bjs
Enquanto Harry era minuciosamente maquiado por Pansy, que trocava olhares cada vez mais ardentes com Blaise, que sentia seu corpo reagindo com suas investidas. Tom dava umas ultimas indicações a Draco, que montava a câmera fotográfica. O céu estava limpo, sem uma única nuvem. Olhando para o horizonte, o modelo não conseguia ver a terra. Estando pronto, seguia as instruções do produtor, sentindo os flashes banhando sua pele. As fotografias começaram sendo produzidas a um ritmo alucinante e Draco deixara de abdicar de trocar o rolo da câmera. Naquele momento, usavam duas máquinas fotográficas e eram Tom que trocava o rolo de uma, enquanto a outra trabalhava. O modelo não estava com tanta energia como no dia anterior, devido à conversa com Draco, o fato de Tom o ter flagrado despido e, principalmente, o vinho que tinha partilhado por Parkinso, que ainda fazia efeito em seu sangue. No entanto, continuava deslumbrante e a diferença pouco se fazia notar. Somente Riddle, o mais experiente do time, percebia que algo não estava certo. Na pausa para trocar de roupa, o produtor pediu que Pansy se afastasse da cabine para conversar com o modelo. Preocupado, perguntou:
– Que está acontecendo hoje, Harry?
– Hein? - Perguntou ele, se virando para Riddle - Não se passa nada, Tom. Está tudo bem.
– Você parece cansado. – Comentou o produtor, o observando atentamente, com uma ruga de preocupação em sua testa – Estamos puxando demasiado por você?
– Não. - Respondeu o modelo, tentando segurar um bocejo - É que não dormi muito bem.
Observando o visível cansaço de seu modelo, Tom ordenou:
– Vá descansar. - Vendo que Potter iria falar, continuou – Recupere energias. Eu vou fazer uma pausa mais prolongada.
Sem deixá-lo refutar, saiu da cabine para avisar seus colegas. Olhou em volta, vendo que a cabine tinha uma cama de baloiço e decidiu seguir a ordem de Tom. Retirou sua roupa, se deitou na cama e fechou os olhos, adormecendo de imediato.
Enquanto Harry descansava, os restantes membros se entretinham com mergulhos no azul profundo do oceano a eles se juntara Blaise, o motorista do barco e amante de Pansy. A assistente continuava maravilhada com o corpo selvagem do nativo, o que a excitava muito. Trocavam olhares sensuais e prometedores de outro momento de amor.
OoOoO
Harry acordou da sesta e se espreguiçou, sentindo sua energias carregadas. Se levantou e viu que estava com a sunga negra. Saiu da cabine e foi procurar seus colegas. Reparou que eles estavam no mar, conversando animadamente e nadando. Sem perder tempo, se atirou para a água, sentindo como estava quentinha. Nadou na direção deles e, quando colocou a cabeça de fora, Tom foi o primeiro a dar com sua presença e perguntou:
– Já está melhor? – Harry sorriu para ele, agradecido com sua preocupação.
– Você tinha razão. - Admitiu – Precisava mesmo de descansar.
– Que bem. – Falou o produtor. Olhou para Draco, que falava com Pansy, e disse para o modelo:
– Eu e Draco decidimos que a sessão termina por hoje. Temos muitas fotografias e elas estão excelentes.
Harry sorriu, satisfeito, e exclamou:
– Que bom!
Como a sessão tinha terminado, ficaram mais um pouco, aproveitando as delícias do oceano, a companhia dos corais, dos peixes, som magnífico das ondas se movimentando. Pouco depois, golfinhos cinzentos se aproximaram do modelo, que se divertiu muito vendo-os nadando à volta deles e, curioso, tocou no focinho de um. Acariciou seu dorso e, com cuidado, montou nele. Tinha sido uma experiência única. Os golfinhos eram dóceis e muito queridos.
Quando se aperceberam, o sol já estava muito baixo e o calor da tarde se estava extinguindo. Repararam que Pansy e o motorista do barco tinham sumido. Preocupado com a colega, Tom ia nadar de volta para o barco, mas Harry o chamou de volta.
– Não se preocupe. - Comentou - Ela está bem…muito bem.
Concluiu, provocante. Riddle o observou com uma expressão de choque, e perguntou:
– Pansy e o motorista…- Revirou os olhos e continuou – Só mesmo ela. Sempre que viaja, arranja sempre maneira de arranjar um homem.
– Um nativo, como ela diz. – Reforçou o fotógrafo. Deram todos uma enorme gargalhada coletiva e o modelo percebeu que estava em um grupo muito liberal e aberto, sem preconceitos e se sentiu mais confiante e liberto de receios do momento com Draco ou a situação com Pansy. Tom assoviou e exclamou, virado para o barco:
– Pansy, está na hora de regressarmos! – Esperaram uns momentos e, pouco depois, a assistente saiu vestida. Seu cabelo estava molhado e despenteado. Ela falou, enquanto o arranjava:
– Então vamos. – Nadaram de volta para o barco, se foram limpar e vestir para a cabine. Ao saírem para o convés, encontraram Pansy e o nativo, bastante juntinhos, e conversavam animadamente. Arrumaram os materiais, enquanto faziam a viagem de regresso. Quando atracaram na praia, Draco perguntou:
– Hoje à noite a gente podia ir a uma discoteca? Para relaxar um pouco. – O grupo hesitou, murmurando entre eles, antes de responderem:
– Tá bom
– Ok. - Se dirigiram para os bungalows para tomarem uma ducha refrescante. No quarto de Harry e Pansy, a maquiadora foi a primeira a entrar no banheiro, já que estava bastante suada. Harry enviou mensagens a Ron, contando como tinha sido seu dia, e tomou uma ducha de seguida. Pansy saiu do bungalow, usando umas calças justas ao corpo e uma blusa amarelo pálido, enquanto Harry vestia umas calças e uma camiseta verde musgo. Se dirigiram para o restaurante e, de seguida, para uma discoteca.
OoOoO
Na discoteca, Harry se perdeu na pista de dança, se movimentando animadamente e em coreografias inusitadas. A certa altura, exausto e suado, decidiu dar um passeio pelo areal, em frente à discoteca e, para seu espanto, encontrou o produtor sentado, com uma expressão pensativa, e bebendo uma cerveja. O modelo se sentou ao lado dele e lhe perguntou:
– Por aqui? Pensava que estava lá dentro.
– Não gosto muito de discotecas. – Revelou Tom, olhando para o mar – Enfim, estou um pouco velho para dançar.
– Que bobagem! – Exclamou Potter, espantado – Você está fantástico!
Harry não reparou, mas o rosto de Tom esboçou um leve sorriso com aquelas palavras e, dentro de si, o produtor se sentia inundado pela felicidade. Se virou para Harry e perguntou:
– Você quer se sentar na areia comigo? – O modelo sorriu e exclamou:
– Claro que sim! – Se levantaram e desceram as escadas que davam para a praia. Harry descalçou os chinelos, sentindo a areia fria sob seus pés. Se sentaram na areia e escutaram o som do oceano embatendo violentamente nas rochas. Ao longe, ouviam o chilrear dos pássaros nos coqueiros. Até a música ensurdecedora da discoteca lhes era indiferente, presos na estereofonia da natureza.
Foram bebendo toda a noite e Harry nem parecia interessado em voltar para a dança, preferindo conversar com Tom, um homem muito interessante e vivido, um conhecedor do mundo.
Sob o enorme céu estrelado de Bora Bora, Tom e Harry se deixaram ficar toda a noite até adormecerem.
Continua…