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Tempo estimado de leitura: 2 horas
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Nota da Autora: Oi! Desculpem a demora para atualizar, mas vocês sabem, primeiro a escola, depois as provas e a vida pessoal :/
Mas enfim, espero que ainda tenha leitores.
Obrigada aos que comentaram no capítulo anterior! Fiquei muito feliz.
No dia da viagem, Ron levou Harry em seu automôvel, um Audi cinzento, para o aeroporto de Heathrow. Tinham acordado de madrugada e tomado um rápido café da manhã. Potter ouvia música, tentando se acalmar. Ao entrar naquele avião, não haveria volta atrás. Sua vida estava mudando radicalmente e tinha receio de que algo corresse mal. Chegaram ao aeroporto e esperaram na fila para realizar o check-in. Entregaram as malas e se dirigiram para o local combinado. Quando se acercaram, viram que toda a equipe já tinha chegado. O fotógrafo foi o primeiro a vê-lo e se dirigiu para eles.
– Nervoso? – Perguntou, ao parar em frente de Harry, que sorriu, e admitiu:
– Um pouco. – Draco olhou para Ron, sentindo que o conhecia de algum lugar.
– Esse é o meu amigo Ronald. – Apresentou-os, ao ver seu olhar - Ron, lhe apresento Draco Malfoy, meu futuro fotógrafo.
Eles trocaram um aperto de mão, falando:
– Prazer.
– O prazer é todo meu. – Se separaram, ao mesmo tempo que Riddle se aproximava de Harry.
– Finalmente chegou. – Falou, friamente – É hora de irmos.
Harry ficou um pouco triste com a recepção de Tom. Nunca pensou que ele pudesse ser tão frio. Talvez fosse dos nervos do novo trabalho. Avançaram, e estavam todo se dirigindo para o local de embarque, quando Ron o puxou para um canto, seus olhos azuis brilhantes. Harry percebeu que ele estava tramando algo.
– Draco é muito gostoso. – Sussurrou o amigo, vendo o fotógrafo mostrando o bilhete e entrando – Nem sei o que lhe fazia se estivéssemos sozinhos.
– Oh, Ron! – Exclamou Harry, revirando os olhos - Vou trabalhar, não fazer férias. E, mito menos, namorar.
– É verdade. – Murmurou Ron, - Mas não quer dizer que não possa aproveitar.
Abraçou seu amigo, e pediu:
– Dê notícias. Quero saber tudo! – Potter sorriu em resposta e se afastaram. Mostrou o bilhete à funcionária e embarcou. Caminhou pelo corredor até à entrada do avião. Seguiu o fotógrafo, vendo seu bilhete. Percebeu que iria ficar à frente do produtor e da maquiadora. Se acomodaram, e puseram o cinto, escutando as recomendações do piloto. Sentiram o avião levantando voo. Viu Draco à janela, ora silencioso, ora conversando com as aeromoças que passavam por eles. Parecia que não estava muito à vontade com a viagem e, por vezes, fixava os olhos na janela e no exterior do avião.
Entretanto, Harry e Pansy iam mantendo uma conversa agradável, se sentindo como velhas amigas e, a pouco e pouco, os laços se estavam estreitando. Na realidade, logo no primeiro contato, ainda na agência, se tinham começado a dar muito bem. Agora era tempo de se conhecerem melhor. Também Tom ia conversando com Harry e Pansy, sempre de forma pausada e calma. Dava para perceber que ele era uma pessoa muito zelosa de sua posição e não demonstrava muitos sentimentos. Somente Draco não entrava na conversa, não sorria, nem retirava seus olhos da linha do horizonte. A determinada altura, Harry, que estava sempre bem disposto, se virou para o fotógrafo.
– Então, Draco. – Começou - Que bicho lhe mordeu?
– Hã? – Questionou ele, saindo de seus devaneios – Nada não…tá tudo bem…não sei…
– Tá bom. – Disse Potter, não entendendo nada do que ele estava falando, mas também não se preocupou muito com o assunto. Tom interrompeu a conversa e perguntou, tirando do bolso umas fotografias:
– Quem quer conhecer um pouco Bora Bora? – Pansy olhou, admirada, para as fotografias.
– Estão fantásticas! – Exclamou, tirando-as das mãos do produtor, observando os cenários e as praias límpidas e cristalinas.
Bora Bora era uma pequena ilha do Pacífico Sul, a noroeste do Taiti, na Polinésia Francesa. Rodeada por ilhotas arenosos e por uma lagoa azul-turquesa protegida por um recife de coral, era conhecida como destino de mergulho. A ilha também abrigava resorts de luxo, com alguns bungalows acima da água, sustentados por palafitas. No centro da ilha, a 727 metros de altitude estava o adormecido vulcão, o Monte Otemanu.
– Desculpem, me deixem passar. – Pediu Draco, se levantando subitamente e todos afastaram suas pernas. Cambaleando, se dirigiu para o fundo do avião. Os outros nem deram pela sua demora, e continuaram vendo as fotografias, elogiando a beleza, a cor das paisagens e dos cenários.
Sentindo calor, Harry se levantou de rompante e se dirigiu para o banheiro, não reparando que estava sendo observado por Tom. Chegando à porta do banheiro, reparou que estava ocupado e se recordou que Draco ainda não tinha voltado para seu assento. Esperou um pouco, olhando as aeromoças em uma cabine, atentas a tudo o que se passava. Tocou na pele, percebendo que estava ligeiramente umedecida. Vendo que estava demorando, decidiu bater à porta e, escutou lá dentro, a voz melancólica do fotógrafo:
– Estou-estou indo.
– Abre logo… – Pediu, impaciente, cheio de calor – Está tudo bem?
Draco, com o rosto lívido e sem expressão, abriu a porta.
– Me desculpe. – Pediu, e confessou – É que tenho medo de andar de avião, mas como não quero perder o emprego, não falo nada.
– Que estupidez a minha! – Exclamou o modelo, envergonhado – E eu aborrecendo você.
Harry tinha passado a ultima hora importunando Draco porque ele não dizia nada e só olhava para a janela.
– Não precisa de pedir desculpa. – Disse - Eu também devia ter dito. Me per… - Potter colocou seu indicador nos lábios de Draco antes que terminasse seu pedido.
– Não precisa de pedir desculpa! - Falou – Vá, entre que eu trato de você.
Entraram, fechando a porta. Estavam juntos no banheiro, um lugar apertado e frio. Harry retirou de baixo da estante uma toalha felpuda e a passou por água fria. De seguida, a colocou na testa de Malfoy, o reconfortando. Entretanto Draco, que suava muito com os nervos, perguntou:
– Posso retirar minha camiseta?
– Claro que sim! – Exclamou Harry – Como se eu nunca tivesse visto um peito de um homem.
Draco retirou a camiseta rapidamente e Harry fixou seu olhar no belo peito. Era forte e musculado, muito bem definido, com pequenas saliências de músculos e pelos loiros, que lhe deram uma vontade súbita de acariciar. Mordeu o lábio, sentindo um pequeno formigueiro em seu baixo ventre e percebeu que suas calças estavam mais apertadas.
De súbito, sem pensar muito, afastou a toalha da cabeça de Draco e a passou por seu peito. A tentação era demasiada para Harry e suas mãos procuravam naquele momento aquela pele macia. Então, deixou cair a toalha no chão e acariciou o fotógrafo que, cujo corpo resistiu, por momentos, às suas investidas.
Passado algum tempo, Malfoy, que ainda estava atordoado pelos nervos, se deixou levar pela situação e, subitamente, estavam os dois se envolvendo eroticamente no banheiro.
Draco, que estava se libertando da tensão acumulada, retirou a camiseta do modelo, enquanto ele abria o cinto e os botões da calça. Com um sorriso no rosto, Harry percebeu que o fotógrafo já estava excitado. Baixou as cuecas de Draco, revelando o longo membro ereto, com alguns pelos loiros. O fotógrafo desceu os jeans e os boxers de Potter com tal rapidez, que ele ficou espantado. Pararam e se olharam longamente. Os olhos prateados de Draco com os verdes esmeraldas do modelo. Suas respirações estavam irregulares. Harry se lembrou que Tom e Pansy poderiam ir à procura deles. Ia dizer a Draco, quando ele pegou em sua ereção e começou a estimulá-la. Gemeu com o toque, seu rosto contorcido pelo prazer e mordeu o lábio, tentando abafar seus gemidos, pois poderiam ser escutados.
Parando de estimulá-lo, e escutando um gemido de protesto, Malfoy, com um movimento rápido, virou o modelo contra a parede e molhou seus dedos na boca. Seu corpo estava consumido pelo desejo e Harry, gemendo seu nome, não o ajudava a se acalmar.
Introduziu um dedo em seu interior, fazendo movimentos circulares que levaram Harry soltar um longo gemido. Realizou movimentos de vai e vem, adicionando mais um, enquanto a outra mão agarrava o quadril do modelo, que arranhava os azulejos devido ao prazer.
– Draco… - Chamou, com voz manhosa – Venha…
– Você ainda não está pronto. – Resmungou Malfoy, sentindo seus dedos apertados, e inseriu mais um, repetindo os movimentos. Seu membro precisava de alívio. Harry mordeu o lábio com força, para abafar seus gemidos. Sentindo que, finalmente, estava preparado, retirou os dedos e ouviu seu resmungo. Procurou no bolso das calças uma camisinha, abriu o invólucro e a inseriu em seu pênis. Virou Harry e pegou nele. Levantou-o e o encostou a uma parede, enquanto observava o brilho de expectativa no olhar do modelo. Era desse jeito que iriam transar e, sem suspeitar de nada, o fotógrafo iria cumprir um dos desejos de Harry – transar em um avião. Os braços musculados de Draco agarravam o corpo de Harry e, quando o penetrou, Potter não conteve um grito, mas mordeu os lábios com força. Malfoy começou se movendo dentro dele aumentando, a pouco e pouco o ritmo das estocadas, fazendo Harry espetar as unhas nas costas largas, sentindo gotas de suor descendo por seu rosto. Há muito tempo que não transava com um homem e já se tinha esquecido da sensação, de como era delicioso. Depois de movimentos compassados e frenéticos, os dois corpos se moldaram um no outro.
– Draco…- Chamou o modelo, ejaculando entre eles. O fotógrafo aprofundou os movimentos, enquanto sentia Harry relaxando em seus braços. Ejaculou dentro dele, soltando um gemido rouco e se deixaram ficar um dentro do outro mais alguns segundos, de respirações ofegantes, até o bater frenético de seus corações abrandar e de seu pênis sere expulso de dentro do modelo.
Aquele delírio sensual, embora breve, tinha sido de uma intensidade dificilmente superável e os dois estavam visivelmente agradados com a situação. Harry, depois de se limpar, foi o primeiro a sair do banheiro, compondo sua roupa. Com o rosto ruborizado, foi para o seu lugar e observou o céu, pela pequena janela do avião. Draco apareceu de seguida e ambos se esquivaram às perguntas de Tom e Pansy, que queriam saber onde tinham estado. Até à chegada a Bora Bora, não trocaram mais nenhuma palavra, mas sim meia dúzia de olhares furtivos, mas reveladores.
Continua…