Atração em Bora Bora - Tomarry (completa)

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    Capítulo 2

    Capítulo 2 - A Ligação

    Hentai, Homossexualidade, Nudez, Sexo

    Nota da Autora: Oi! Agradeço os comentários e os favoritos deixados no capítulo anterior. Espero que gostem desse capítulo. Bjs emoticon

    Algumas semanas tinham passado desde o encontro inesperado com Draco Malfoy, na praia. Harry, nos sucessivos dias, tinha ficado extremamente ansioso, aguardando por uma resposta do fotógrafo mas, naquele momento, já tinha desistido de esperar. Pensava constantemente que, talvez, Malfoy se tivesse esquecido dele devido ao seu trabalho. Ser fotógrafo para uma revista bem requisitada como a "MaxiHominus" deveria ser muito trabalhoso. Sempre que olhava para uma revista deles, tentava imaginar o trabalho que toda a equipe tinha, as horas que gastavam, para que as fotografias ficassem terminadas. Sabia que tudo tinha de ser perfeito, senão a revista não teria sucesso. Mas ele desejava ter suas fotografias e esperava que Malfoy não se tivesse desfeito delas.

    Naquele momento, se encontrava no emprego. Era secretário de um banco, na cidade londrina, e estava analisando uns documentos, quando o Sr. Filch, o porteiro, se dirigiu para ele com um envelope grosso nas mãos, de cor bege.

    – Sr. Potter? – Chamou o Sr. Filch, parando à sua frente.

    – Sim, Sr. Filch? – Perguntou, erguendo o olhar.

    – Acabaram de me entregar esse envelope. – Informou o porteiro, com seu característico mau humor. – Disseram que era importante.

    – Importante? – Interrogou, pousando os documentos na escrivaninha e estendendo suas mãos.

    – Sim, Sr. Potter. – Respondeu o porteiro, lhe entregando o envelope e se afastando, resmungando entredentes Harry observou seu nome escrito a letras garrafais no envelope e, com o coração aos pulos, pensando se seriam as fotografias, rasgou o invólucro, sentindo a curiosidade o percorrendo. Abanou o envelope, vendo um conjunto de fotografias suas e um cartão aterrissando suavemente na escrivaninha. Pegou no bilhete e leu:

    "Harry, lhe envio suas fotografias. Como vê, está maravilhoso! Queria pedir sua autorização para as publicarmos no próximo número da revista "MaxiHominus" como "Surpresa do Mês". Lhe ligo depois para saber sua opinião. Um abraço, Draco".

    Harry não conseguia acreditar, parecia um sonho. Pousando o bilhete, pegou nas fotografias e as observou. Estava, de fato, fascinante. Ficou impressionado: parecia um verdadeiro profissional, posando com um ar tão descontraído. Sentiu que era o melhor de si que estava naquelas fotografias. Mesmo quando todo o mundo elogiava sua beleza e lhe perguntava se ele era modelo, nunca imaginou que realmente poderia ser um. Mas aquelas fotografias mostravam quem realmente era. Com as trêmulas pelo nervosismo e sentido seu coração batendo rapidamente no peito, pegou em seu celular, pronto para ligar para Ron, quando ele começou tocando e vibrando ao mesmo tempo. Engoliu em seco e atendeu:

    – Alô?

    – Harry, sou eu. Draco. – Informou a voz sensual do fotógrafo no outro lado da linha – Imagino que já tenha recebido as fotografias.

    – Sim. – Afirmou Harry, sorrindo, olhando para as fotografias espalhadas pela escrivaninha – Não consigo acreditar que sou eu que estou posando nelas.

    – Nunca vi um iniciante tão à vontade como você. – Elogiou Malfoy – Acredito que foi minha melhor sessão fotográfica.

    – Obrigado. – Agradeceu Harry, humildemente – Nem pareço eu.

    – Mas é você. – Falou o fotógrafo, com um pouco de impaciência na voz, que não foi escutada por ele – Se deixe de humildade, era você e ninguém lhe poderá tirar essa beleza que possui. Estou lhe ligando por dois motivos.

    – E quais são? – Perguntou Potter, enquanto tentava endireitar seus cabelos, mas sem sucesso.

    – Em primeiro lugar, precisava de saber se autoriza a publicação das fotografias na próxima edição.

    – Quê? – Questionou ele, não conseguindo acreditar no que estava ouvindo – Está falando sério?

    – Sim. – Confirmou o fotógrafo – Continuando. Esse é o primeiro pedido, mas há outro ainda maior. É para lhe informar que um colega meu, Tom Riddle, que trabalha em uma agência de publicidade, por acaso teve acesso às suas fotografias e o quer contratar para fazer uma campanha…

    – Uma campanha? – Interrompeu Harry, chocado. Pensava que Draco estava brincando com seus sentimentos e, como já lhe tinha acontecido uma vez, agora era muito desconfiado, principalmente, com surpresas, mesmo sendo agradáveis.

    – Sim, é uma campanha publicitária onde você irá defender um produto, sendo seu rosto. – Continuou o fotógrafo - Concorda?

    Harry ficou em silêncio, pensando no que iria responder. Passados alguns momentos de absoluto silêncio e percebendo que ele não respondia, Malfoy chamou:

    – Harry?

    – Sim? – Perguntou Potter, saindo de seus pensamentos.

    – Então, o que você me diz? – Insistiu Draco, curioso.

    – Bom. Sinceramente, não sei... – Admitiu Harry, que não estava esperando essa proposta.

    – Não estava esperando? – Havia um tom de compreensão em sua voz.

    – Não…- Harry não sabia o que dizer. Estava sendo tudo muito repentino.

    – Mas, não tem nenhuma resposta para mim? – Harry percebeu um toque de ansiedade na voz do fotógrafo, mas tinha de ponderar com calma. Não iria dar um passo tão importante em sua vida, sem se sentir seguro consigo mesmo.

    – Tenho de pensar.

    – Entendo, – Admitiu Draco – mas se é uma questão de saber os requisitos do trabalho, posso lhe explicar rapidamente: Terá de tirar, pelo menos, três semanas de férias para ir para Bora Bora fazer uma sessão fotográfica. Antes disso, assinaria um contato com a empresa de publicidade que o quer agenciar, que lhe daria um valor pela cedência de sua imagem, e uma porcentagem pelos anúncios onde aparecerá. Estamos falando de um valor nunca inferior a cinquenta mil libras. E todas as deslocações e custos serão pagos pela empresa.

    – Cinquenta mil libras!? – Perguntou Harry, espantado. Ignorando os olhares atentos de seus colegas e dos clientes, Harry escondeu o rosto entre uns documentos, para que não vissem sua expressão chocada. Era uma quantidade avultada de dinheiro.

    – Sim. - Confirmou o fotógrafo – Mas pense bem. Lhe ligo amanhã, pela mesma hora, para saber sua decisão, tá bom? Adeus!

    – Com certeza, Draco. – Respondeu Harry, ainda em choque – Adeus.

    A ligação foi desligada e Harry suspirou, sem saber o que pensar. Só havia uma pessoa que poderia ajudá-lo naquele momento. Ligou para Ron, sentindo o coração batendo rapidamente em seu peito. Nem o ar condicionado o refrescava naquele momento.

    – Alô? – Escutou a voz familiar de seu amigo.

    – Alô, Ron. – Chamou Harry, enquanto uma de suas mãos tocava nas fotografias – Você nem sabe o que me aconteceu agorinha mesmo.

    – Você parece ansioso. – Comentou seu amigo – Que aconteceu?

    Enquanto observava os clientes, relatou as novidades Seu amigo ouvia com atenção, querendo ajudá-lo. Harry sempre tinha sido um bom amigo queria apoiá-lo em tudo o que ele precisasse.

    – Mas você está louco, Harry? – Perguntou, depois de Harry ter finalizado - Você devia ter aceitado de imediato, não pedia para pensar! Você pode mudar sua vida, e está com dúvidas? Se eu estivesse ai, você teria levado um tapa no rosto para ver se acordava. Sinceramente, não aceita essa oferta até deveria ser considerado um crime.

    Ron era tão melodramático. Mas Harry ainda tinha suas dúvidas.

    – Você acha mesmo que devo aceitar? – Perguntou, receoso – E, se eu for para Bora Bora, e não gostarem de meu desempenho?

    – Você nunca saberá se não o fizer. – Aconselhou Ron - Fale já com seu chefe. Há mais de um ano que você não tem férias. Ele, de certeza, que irá aceitar. Umas semaninhas não são nada comparado aos dias que lhe devem.

    – É muito inesperado. – Se lamuriou – Você sabe que meu chefe é muito rigoroso.

    – Explique que é uma situação repentina e uma chance única em sua vida. Você não me falou que um de seus colegas teve de pedir férias antecipadas?

    – Mas, essa situação foi diferente. – Informou Potter – Neville tinha acabado de perder a avó e não conseguia trabalhar. Eu já lhe contei que os pais dele estão em coma no hospital e que foi a avó dele que o educou desde bebê. Ele não conseguia se concentrar no trabalho.

    – E todos vossos horários foram modificados para suprimir a ausência de vosso colega. – Falou Ron – De certeza que seu chefe fará o mesmo por você.

    – Não sei o que pensar. – Admitiu, nervoso, e ouviu seu amigo bufar, no outro lado da ligação, e dizer:

    – Não seja idiota, Harry, e pense assim: Só tem a ganhar. E como você não quer ser modelo nem estava esperando um convite, não tem nada a perder. E, se for o único convite, você ganhou uma viagem inesquecível e uma grana preta. Olhe que eu vou obrigar você a aceitar, Sr. Potter. – Brincou Ron e Harry sorriu, sabendo que ele tinha razão. Ele era a única pessoa que conseguia fazê-lo pensar positivo em todo aquele caos.

    – Acha mesmo? – Insistiu, sentindo suas dúvidas, aos poucos, se dissipando.

    – Se fosse comigo, o que me dizia para fazer? – Perguntou Ron, suavemente.

    – Que aceitasse… – Respondeu Harry.

    – Óbvio! – Exclamou seu amigo, animado.

    – Obrigado, Ron! – Agradeceu – Vou aceitar!

    Desligou o celular, com um grande sorriso. Ia mudar sua vida e, esperava, para melhor. Ligou para Draco, aceitando sua proposta. Percebeu que o fotógrafo tinha ficado satisfeito com sua decisão. Marcaram a viagem para dentro de quinze dias. Primeiro, teria de conhecer sua equipe. Fazer umas provas e assinar o contrato. Harry agradeceu no final e o fotógrafo disse que tinha certeza que a campanha seria um sucesso. Ao desligar a ligação, não conseguia acreditar na peça que o destino lhe estava pregando, mas se sentia feliz. Algo dentro dele dizia que sua vida ia mudar para sempre.

    OoOoO

    Terminou rapidamente de ler os documentos, assinou as autorizações e pediu a uma colega, Susan Bones, que entregasse ao chefe. Susan era uma jovem simpática e muito alegre, que prontamente aceitou. Olhou em redor, percebendo que o banco estava quase vazio. Deu uma vista de olhos no relógio do monitor e percebeu que estavam quase fechando. Organizou suas fotografias e o cartão, arrumando dentro do envelope e guardou dentro do bolso do casaco. Arrumou sua escrivaninha, contou o dinheiro que tinha recebido naquele dia para depósitos e anotou tudo. Trocou algumas palavras com seus colegas, que se despedira dele e saíram do banco. Ansioso, se dirigiu para o escritório de seu chefe. Se ele decidisse fazer um escândalo, pelo menos, não haveriam testemunhas. Exceto Filch, mas o porteiro era sempre o ultimo a sair. Parou e frente à porta e soltou um suspiro para se acalmar. Seu chefe era um homem intimidante. Fechou a mão em punho e ergueu o braço, batendo à porta. Do outro lado, escutou uma voz firme ordenando:

    – Entre. – Harry abriu a porta, e perguntou:

    – Posso falar com o senhor? – Snape ergueu o rosto pálido do documento que estava analisando.

    – Sim. – Respondeu, fazendo um gesto para que ele se sentasse. Entrou na sala, fechando a porta atrás de si e avançou rapidamente pela sala, sentindo os olhos negros o seguindo. Se sentou na cadeira, vendo seu chefe arrumando o documento na gaveta.

    – Que você quer, Potter? – Harry hesitou, sentindo, mais do que nunca, o tom hostil em sua voz. Ninguém sabia o motivo mas Snape andava sempre mal humorado. Corria o boato de que ele, quando era jovem, tinha perdido sua noiva para outro homem e que tinha ficado ressentido para o resto de seus dias. Ninguém sabia quem tinha espalhado essas informações, há muito tempo que existiam. E, talvez, tivessem razão. Seu chefe não era casado e nunca tinha sido visto com outra mulher, sem ser suas funcionárias. Vendo que Harry não respondia, ergueu uma sobrancelha, em desafio.

    – Preciso de três semanas de férias. – Informou – E precisava que começassem amanhã.

    – Bom…- Pousou o dossiê em cima da escrivaninha e se sentou, o observando fixamente. Harry se remexeu, incomodado – Estou vendo que o Sr. Potter já não pede férias há mais de um ano e meio. Já era tempo de marcá-las Mas, gostaria de saber o motivo desse pedido súbito. Como sabe, terei de modificar os horários de seus colegas.

    Harry hesitou, não querendo revelar seus verdadeiros motivos, mas depois se recordou que as fotografias iriam ser publicadas. Embora duvidasse que Snape lesse revistas de moda, sabia que ele descobriria mais cedo ou mais tarde, e contou toda a situação. Quando terminou, Snape olhou diretamente em seus olhos e questionou, simplesmente:

    – Uma oportunidade única?

    – Sim, senhor. – Confirmou ele, sentindo suas mãos tremendo pelo nervosismo e como seu coração batia rapidamente. Um medo súbito o atingiu: e se Snape não permitisse que fosse?

    Antes que pudesse falar, seu chefe pegou em uma caneta e escreveu algumas palavras em sua ficha. De seguida, ergueu o olhar e falou:

    – Aproveite bem esse mês de férias, Sr. Potter. Porque, quando regressar, terá muito trabalho pela frente.

    – Mês? – Perguntou ele, espantado. Nunca pensara que Snape lhe desse um mês de férias.

    – Acha muito? – Perguntou seu chefe – Se quiser, eu posso reduzir…

    – Não, não. – Interrompeu Harry, rapidamente, se erguendo. Sorriu, se sentindo mais leve, e estendeu a mão. Seu chefe o imitou e trocaram um aperto rápido. – Obrigado senhor.

    Snape acenou com a cabeça e Harry avançou rapidamente até à porta. Saiu do escritório, sorridente, e ligou para Ron para lhe contar sua conversa. Estava pronto para a nova fase de sua vida.

    Continua….


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