|
Tempo estimado de leitura: 47 minutos
18 |
Nota da Autora: Oi! Esse é o ultimo capítulo! O final esperado, não? Só para avisar, esse capítulo tem cenas de Lime (sexo específico entre duas personagens femininas). Se não gosta, não leia. Bjs
Hermione estava sentada em um confortável sofá castanho e lia um relatório que teria de entregar no dia seguinte. Estava um dia caloroso de verão e ambas usavam blusas frescas e shorts.
Com a mão direita, que ostentava um delicado anel de prata, símbolo do compromisso delas, acariciava os cabelos curtos e sedosos de Pansy, que estava deitada com a cabeça em suas coxas e cochilava, sua respiração serena.
Aquele anel tinha sido oferecido no mês retrasado, quando tinham feito um ano de namoro. Pansy a tinha levado até a um restaurante, onde passaram uma noite agradável, saboreando camarão e lagosta, bebendo champanhe, tudo do melhor.
Sorria sempre quando se lembrava do rosto pálido pelo nervosismo da namorada, enquanto lhe estendia uma caixa de veludo negra, aberta, com o anel brilhando em seu interior. Hermione sentira uma enorme felicidade dentro de si, se erguera e a beijara com paixão, em agradecimento.
De vez em quando, uma brisa suave entrava pela janela e tocava de leve em sua pele cor de chocolate, a refrescando. Era muito agradável. Suspirou e virou uma página, continuando sua leitura. Afastou o cabelo rebelde de seu rosto, colocando atrás da orelha. Ergueu o olhar e olhou em volta, observando sua sala, cuja luz do sol entrava pelas janelas. Estava esperando por Princesa, que tinha ido entregar uma correspondência a seus pais, e que regressaria dentro de algumas horas.
A sala de jantar possuía uma longa mesa de madeira cor de mel com oito confortáveis cadeiras e, pendurado na parede estava um quadro com cores suaves, transmitindo serenidade. O chão de madeira estava tapado com um longo tapete cinzento, encostado à parede, um grande armário, que armazenava pratos, talheres, e outros utensílios importantes.
Já tinha feito um ano que moravam juntas, e eram muito felizes. Elas se davam muito bem e continuavam apaixonadas. Os pais de Pansy não tiveram mais nenhum tipo de contato, depois da discussão que tiveram em Hogwarts, e ela sabia que nunca mais o fariam. E a sociedade bruxa observava atentamente o relacionamento de todos eles, curiosos em saber como continuaria. Se ficariam juntos, ou se separariam. Afinal, Slytherin e Gryffindor não se juntavam, devido às suas grandes diferenças. Mas eles estavam juntos, e não importavam com que os outros diziam.
Durante aquele ano, já tinham pintado a casa de várias cores, comprando novas decorações. Não gostavam de ter a mesma decoração durante muito tempo.
Todas as semanas estavam em um ambiente diferente. Muitas vezes, amigos e familiares iam visitá-las e ficavam admirados com as alterações. Pansy abriu os olhos e se espreguiçou, enquanto se erguia.
– Oi! – Falou, sua voz ligeiramente rouca pelo acordar.
– Oi, amor! – Cumprimentou Hermione, parando de ler o relatório e olhando para sua namorada – Dormiu bem?
– Estava precisando de descansar. – Desabafou ela – Estava muito cansada.
– E decidiu dormir em minhas pernas. – Comentou Hermione – Slytherin manipuladora.
– Que você ama. – Disse Pansy, se levantando e lhe dando um beijo no rosto. A Gryffindor abanou a cabeça em negação, enquanto dava um pequeno sorriso. Pansy saiu da sala e Hermione continuou lendo seu trabalho, até finalizar.
OoOoO
Quando terminou de ler, pousou o relatório em cima de uma mesinha de vidro, que se encontrava à sua frente, e se levantou. Ajeitou sua roupa amassada, ao mesmo tempo que tentava escutar sua namorada, mas sem sucesso. Como já não a via há algum tempo, decidiu procurá-la. Tinha quase a certeza que ela deveria estar na cozinha, preparando uma bebida fresca para ambas, mas não a encontrou lá. Franzindo o sobrolho, pensando onde ela poderia estar, procurou pelo resto da casa, abrindo a porta dos cômodos. Abriu a porta do quarto delas, e viu Pansy nua, em frente ao espelho, seus cabelos loiros caindo sensualmente por suas costas pálidas, observando as roupas de seu armário.
Lentamente, para que ela não percebesse sua presença, se aproximou dela e a abraçou pelos quadris. Pansy se ergueu e se roçou contra seu corpo, enquanto sussurrava sensualmente:
– Você me quer, querida?
– Sim… - Implorou Hermione, beijando o pescoço dela, enquanto suas mãos passeavam pelo corpo delicado de sua companheira. – Muito.
– Oh! – Gemeu Pansy, o prazer percorrendo seu corpo como ondas – Preciso de você!
Hermione virou-a e a puxou contra si, a beijando fervorosamente. Sua namorada gemeu em resposta e entrelaçou seus dedos nos cabelos rebeldes de sua companheira. Hermione estremeceu de prazer e ronronou, ao mesmo tempo que a levava em direção à cama. Se deitaram e Pansy rodou seu corpo, ficando por cima dela. Sensualmente, beijou seu pescoço, ao mesmo tempo que retirava as roupas dela, as atirando para o chão.
Toques suaves, delicados, percorriam os corpos de ambas. Pansy tocava nos seios de Hermione, acariciando com a língua cada pedaço de sua pele, descendo cada vez mais, enquanto ela se retrocedia em baixo de si e implorava:
– Pansy…! Oh, Pansy! – Gemia, e soltou um grito surpreso ao perceber que ela, com os dedos, brincava com sua intimidade. Pansy sorriu maliciosamente, enquanto executava movimentos de vai e vem. Passou a língua por seu clitóris, e sua companheira estremeceu violentamente.
Um calor surgia lentamente em seu peito, percorrendo cada parte de seu corpo. Seus gemidos ficavam cada vez mas altos, enquanto movimentava seu corpo em direção à boca de sua companheira, que não parava de a acariciar, até soltar um grito júbilo de prazer.
Pansy se ergueu e observou satisfeita, as feições relaxadas de sua namorada. Se deitou a seu lado e Hermione se encostou a ela, um pouco suada pela atividade. Se sentia cansada, mas estava feliz. Pansy era excelente no que fazia, e se esforçava ao máximo para ver Hermione satisfeita. Enquanto acariciava o seio dela, falou, sua voz saindo como um gemido:
– Foi…maravilhoso. – Pansy suspirou e beijou o topo de sua testa. Hermione olhou para ela, e confessou:
– Também quero fazer em você. – Pansy sorriu, mas estava tão cansada, que sabia que ela se esforçaria, por nada.
– Depois você faz. – Disse – Nesse momento, só quero estar abraçada em você. Eu amo sentir seu corpo contra o meu.
Hermione se abraçou fortemente a ela, que suspirou, colocando seu rosto nos fios de cabelo e inalando, sentindo o odor a flores que sua namorada emanava. Pansy tinha se habituado a utilizar seu shampoo, para sentir seu cheiro, que agora não o largava.
Pansy, ensinada por seus pais a ser fria com os outros, não estava habituada a contato humano, a coisas simples, como beijar, abraçar. Mas Hermione a ajudara a entender que precisava de amor carinho. E agradecia a Merlin todos os dias por ter encontrado uma companheira tão compreensiva. Puxou o rosto dela contra o seu e a beijou apaixonadamente. Hermione estremeceu e gemeu baixinho ao sentir os lábios sedosos de sua companheira contra os seus, e colou seu corpo ao dela. Pansy beijava todas as partes de seu rosto, com todo o carinho que possuía, a venerando. Por fim, se afastou, e declarou, sendo sincera em suas palavras:
– Eu te amo. Você foi a pessoa que transformou meu mundo. Foi aquela que lutou por mim, que continua lutando por nosso amor, todos os dias. Eu te amo por sua força, seu carisma, sua bondade. E agradeço profundamente por nunca ter desistido de mim, por me aceitar como sou, uma pessoa defeituosa, mas que tenta ser melhor cada dia. Obrigada por estar aqui.
Os olhos de Hermione brilharam de emoção ao escutar sua declaração. Ficou em silêncio por uns momentos, emocionada demais para falar. Por fim, deu um belo sorriso e disse:
– Pansy, tudo o que você disse…nem tenho palavras para descrever o que sinto. Só posso agradecer por me ter dito palavras tão lindas. Eu é que agradeço por me amar, por nuca ter desistido de mim. Você perdeu o amor de seus pais, o respeito dos outros puro-sangues, por mim, uma sangue-ruim, negra…
– Isso não importa! – Exclamou Pansy, a interrompendo, se sentindo zangada com suas palavras – Nada disso importa Merlin, estou soando como uma Hufflepuff, mas é verdade. Seu amor me salvou da hipocrisia da sociedade…de tudo! Sem você, não seria nada. Talvez a mulher de algum idiota com a mesma mania de meus pais, que o sangue é mais importante que o amor, mas é mentira. E você me mostrou isso. E não me interessa se você é uma nascida-trouxa, uma mulher negra, e eu uma puro –sangue branca. O que importa é o nosso amor. Nada mais.
Hermione se atirou a seus braços e chorou copiosamente por muito tempo, até adormecer de cansaço. Pansy a segurou durante todo aquele tempo, a apoiando. Ela nunca tinha dito palavras tão sinceras quanto aquelas, e percebeu que tinha de declarar mais vezes seu amor. Observando o rosto adormecido de sua namorada, cujas lágrimas ainda escorriam por suas bochechas e tocou em seus cabelos cacheados, pensando o quão sortuda era por ter Hermione. Faria de tudo para ter seu amor. Lutaria por ele, até ao fim de seus dias.
FIM