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Nota da Autora: Oi! Espero que tenham gostado do capítulo anterior e, obrigada pelos comentários. Aqui está mais um. Espero que gostem desse. Bjs
Os estudantes não tinham acreditado nos rumores de que Parkinson e Granger, tal como Malfoy e Weasley estavam namorando. Era irreal para eles, já que se percebia desde há muito o ódio que os Slytherins transmitiam contra os Gryffindors, e vice-versa.
Mas, vendo a intimidade deles e a declaração de amor das garotas, tal como o apoio que Draco e Ron se transmitiam, perceberam que era verdade.
Muitos deles, ao longo dos meses que tinham passado, tinham apostado entre eles que os dois casais se fartariam dos relacionamentos e se separariam, mas tal não aconteceu.
Pelo contrário, depois dos pais de Draco e Pansy os terem deserdado, ficaram mais unidos. Eram sempre vistos juntos, abraçados e namorando.
Os pais deles nunca mais tiveram nenhum tipo de contato com eles. Na opinião deles, tinham cometido um crime para a linhagem puro-sangue. O “Profeta Diário” tinha descoberto esses acontecimentos e, de muitas formas, tinham tentado penetrar em Hogwarts, mas Dumbledore não permitiu, lançando feitiços em redor, para não serem incomodados.
Pansy e Draco tinham sido. Inicialmente, perseguidos e ridicularizados por seus colegas de casa, mas umas palavras ferinas de Snape, que os aterrorizara, tinha feito com que eles ficassem mais cautelosos.
A casa dos leões também não tinha facilitado a vida e Hermione Ron, embora não tivessem sido tão malvados. Apenas, deixaram de falar para ele. Ignoravam quando eles estavam presentes, socializando cada vez menos com eles. Exceto Harry e seus colegas de dormitório, que os tinham apoiado, embora eles não tivessem gostado da ideia do namoro, mas aprenderam a aceitar.
Dean, e seu namorado Seamus, deixaram explícitos à frente dos Slytherins que não gostavam deles e que, se eles maltratassem algum de seus colegas, haveria consequências. Draco e Pansy escutaram as ameaças com atenção, sabendo o quão queridos eram Ron e Hermione. Ginny, juntamente com sua namorada, Luna, ouviram a história deles e, por fim, apoiaram, dizendo palavras de conforto.
Neville também os apoiou, defendendo seus amigos corajosamente quando alguém falava mal deles pelas costas.
Os Weasleys não tinham gostado muito da notícia do namoro do caçula com um Malfoy, mas aprenderam a aceitar, principalmente depois de terem ido à escola e visto como eles eram felizes juntos.
Pansy mostrava sempre sua expressão fria à frente das pessoas, mas demonstrava seus verdadeiros sentimentos à frente de sua namorada, que a aceitava com todo seu carinho, seu amor, sabendo que ela estava passando por um mau momento.
O tempo passava não da forma que os dois Slytherins queriam, pois desejavam sair de Hogwarts o mais rapidamente possível, para terem o emprego que cobiçavam no Ministério da Magia. Desejavam ser Inomináveis, para terem um salário bom e comprarem uma casa para eles e seus companheiros em Hogsmeade.
Estudavam o mais que podiam para terem as classificações ideais. Hermione os ajudava muito e Ron passava cada vez mais tempo na biblioteca, estudando com eles, tal como Harry, exceto quando tinham treinos de Quidditch.
Os professores também ajudavam no que podiam, obrigando seus alunos a praticarem arduamente. Eles saiam das aulas cansados, ansiosos por se deitarem na cama, descansarem, para que começasse um novo dia.
Os NIEM´s correram bem para todos, que tiraram classificações mais que satisfatórias. Enviaram cartas ao Ministério, com seus pedidos e, uns dias depois, receberam a resposta, dizendo que tinham aceitado a solicitação deles.
Tiveram um baile de formatura, onde foram o centro das atenções, não pela forma elegante como estavam vestidos, mas pela aura de felicidade que emanavam, mesmo não sabendo o que o futuro lhes reservaria.
Os primeiros quinze dias de férias de Pansy foram passados na casa dos Grangers, que a aceitaram como uma segunda filha. Tinha sido complicado para ela se adaptar ao Mundo Muggle, tão diferente do Mágico. Achava esquisito o “letefone”, onde os não-mágicos comunicavam uns com os outros. Tinha apanhado um grande susto quando aquele objeto tinha tocado pela primeira vez, um som estridente e assustador. Naquele momento, pegara na varinha e explodira com o objeto. Mas, para explicar o acontecido aos pais de sua namorada, tinha sido complicado.
Hermione compreendera, mas tinha explicado que aquelas coisas barulhentas não a machucariam. Durante aquele tempo, tinha percebido que os Muggles eram engenhosos, ao conseguirem se adaptar à falta de magia.
Todos os dias escrevia cartas para Draco, que lhe contava como eram seus dias na Toca. Os Weasleys, inicialmente, não apreciaram sua presença, mas aprenderam a aceitá-lo, principalmente ao verem a alegria de Ron. Tinha admitido à amiga que tinha adorado fazer uma desgnomização com seu namorado, porque tinha lhe roubado uns beijos, embora estranhasse a ausência dos elfos domésticos.
Passadas aquelas semanas, elas arrumaram seus pertences e foram para a Toca, onde Pansy conheceu todos os ruivos. Um momento inusitados, em sua opinião, pois todos os Weasleys a observaram com desconfiança, mas a tratavam com amabilidade, exceto a Srª Weasley, que tinha um ar extremamente maternal.
Conversaram durante alguns minutos e, por fim, a estreitara fortemente em seus braços. Pansy tinha ficado tensa mas, aos poucos relaxara, e correspondera o abraço.
Sua vida era mais simples, sem a pressão que sua família lhe impunha. Se ela tivesse escolhido seus pais, estaria em um casamento arranjado com um puro sangue qualquer. Mas ela estava na Toca, um sítio que ela nunca pensaria conhecer, com sua namorada e seu melhor amigo. Estava feliz.
OoOoO
A estadia na casa dos Weasleys tinha sido a experiência mais inusitada nas vidas de Pansy e Draco, que não estavam habituados ao ambiente acolhedor e a uma família tão grande, que partilhava tudo. Tudo o que eles tinham era somente deles, e nunca precisaram de emprestar a ninguém.
A Srª Weasley era oposto de suas mães, que andavam com um porte superior e roupas de grife. Ela era carinhosa e se preocupava com o bem estar de todos. Potter também fazia parte da família, juntamente com seu novo namorado, Blaise Zabini, melhor amigo de Draco, que também tinha sido expulso de casa, ao saberem do namoro deles.
Tinham descoberto, através do Profeta, do relacionamento. O jornal contava que Potter e Zabini namoravam há alguns meses, aproximadamente, ao mesmo tempo que Pansy e Hermione. E que se encontravam várias vezes à noite, às escondidas. Como tinham descoberto, nenhum deles sabia. Nesse mesmo dia, Blaise tinha batido à porta dos Weasleys com uma maleta, pedindo abrigo, e ficar junto de seu namorado. Os Weasleys o aceitaram de braços abertos, percebendo o amor que eles sentiam um pelo outro, e não tiveram coragem de o deixar na rua.
Ao contrário do que tinham pensado, suas vidas estavam mais tranquilas. Seus pais não tinham voltado a contatá-los e, embora já estivessem esperando, tinham ficado magoados na mesma.
Draco, de vez em quando, recebia cartas de Snape, que contava que seus pais se tinham desfeito de seus pertences, bloqueando o acesso a sua conta em Gringotts, não o considerando mais como filho, o renegando. O mesmo tinha acontecido a Pansy. Ela dormia com Hermione e Ginny no quarto da ruiva, em camas individuais, enquanto Draco dormia com Ron, Harry e Blaise, no quarto de seu namorado. De manhã, acordavam cedo, tomavam o café da manhã e ajudavam nas limpezas. Descansavam um pouco e almoçavam. De seguida, namoravam um pouco e se divertiam, jogando Quidditch no jardim, ou Snap explosivo, sentados na grama.
O Ministério da Magia tinha convidado todos eles para ali trabalharem. Harry e Ron como Aurors, Draco, Pansy como Inomináveis, Blaise no Departamento de Cooperação Internacional em Magia, e Hermione no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, na seção Divisão de Seres, de acordo com suas classificações e cumprindo com seus pedidos.
Os primeiros dias tinham sido de conhecer o local, aprender mais sobre o que iriam trabalhar. Eram raras as vezes que Draco e seu pai se encontravam no emprego e, quando acontecia, se ignoravam mutuamente. Desejando ter uma casa só para eles, trabalhavam arduamente todos os dias para o conseguir, realizando, por vezes, horários extra. Logo que receberam o primeiro salário, os dois casais se dirigiram para o centro de Hogsmeade e alugaram uma casa para cada um, perto uma da outra. Harry e Blaise tinham realizado uma grande reforma em Grimmauld Place, conseguindo retirar o retrato das Srª Black, pintando as paredes, e deitando tudo fora, exceto os pertences de Sirius, pois Harry não conseguiu se livrar deles.
A casa de Hermione e Pansy era maravilhosa. Tinha uma pequena cozinha, de móveis brancos e chão cinzento. Havia somente um quarto de casal, espaçoso, de paredes brancas e portas negras. A sala estava dividida em duas, entre a sala de estar e de jantar.
O chão era de madeira brilhante e as paredes brancas.
O banheiro era grande para as duas, de azulejos azuis cor do céu, chão de cor clara, com um sanitário, lavatório e banheira de mármore branco.
Aos poucos, compraram mobília, roupas, decoração, o que era essencial para a casa. Hermione trouxe alguns de seus pertences e Pansy comprou tudo, já que seus pais tinham realmente queimado tudo, de acordo com informações que Draco tinha recebido de Snape.
Ajudaram Draco e Ron a comprarem o mais importante para a casa deles, e a Srª Weasley lhes ensinou alguns feitiços importantes para quando estivessem na casa. Chorou quando eles passaram a ultima noite na Toca e fez um agradável jantar, costeletas de Carneiro, com arroz e batatas. Beberam cervejas amanteigadas, rum de groselha vermelha, e hidromel. De sobremesas, se deliciaram com Pudins Caramelados, Torta de Frutas secas e nozes, Crocante de Nozes e Melaço Fudge.
Embora Draco não admitisse, naquela noite tinha ficado assustado quando os irmãos de seu namorado, o encurralaram antes de dormir e o ameaçaram que sofreria as consequências, se ele machucasse Ron. Eles estavam agradecidos pelo apoio dos ruivos, mas desejavam ficar sozinhos com seus companheiros, ter mais privacidade.
A rotina delas na nova casa era muito similar: acordavam, faziam e comiam o café da manhã, e tomavam um banho refrescante. Se arranjavam e usavam a lareira para irem para seus empregos. Trabalhavam e conseguiam arranjar tempo para almoçarem juntas, às vezes, com amigos. Se encontravam em casa à noite, faziam o jantar e comiam. Outras vezes iam comer fora. De seguida, passeavam pelas ruas do povoado tomando, de vez em quando, uma bebida no “Três Vassouras”, ou passeando. Iam sempre a uma livraria. Chegavam a casa, tomavam banho e faziam amor antes de dormir. Outras vezes, conversavam até altas horas da noite, jogando snap explosivo ou Hermione lia, enquanto acariciava os cabelos loiros de sua namorada. De vez em quando, os pais de Hermione, os Weasleys, Draco, Ron, Harry e Blaise, apareciam por casa, onde conversavam e se divertiam durante a noite.
Pansy nunca tinha pensado que sua vida levasse uma reviravolta tão grande. Se não fosse por Hermione, ela seria como sua mãe, uma mulher sonsa e riquíssima, que só se importaria com a aparência, por roupas. Teria de se casar com um homem puro sangue, um desconhecido, e ter um herdeiro, para continuar a linhagem. Mas, com sua namorada, tinha aprendido que o dinheiro não era tudo na vida, que o amor, o carinho e, principalmente o respeito, também eram essenciais. E ela agradecia a Merlin por ter colocado Hermione em sua vida.
Continua…