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Os personagens, lugares e citações que forem reconhecidos como sendo da saga de Harry Potter são da prioridade de J. , Scholastic Books, Bloomsbury Publishing, Editora Rocco ou Warner Bros. Entertainment. Nenhum lucro foi auferido pela criação desta fic.
Hermione aparatou em casa e se sentou no sofá da sala. Sorriu involuntariamente e acariciou delicadamente sua barriga. Tinha acabado de chegar de St. Mungus, de onde lhe tinham realizado um teste de gravidez e lhe tinham dito que estava grávida. Estava feliz, mas também com receio.
"Como irei contar a meu marido essa notícia." – Pensou ela. Pegou na carta, que continha a melhor noticia que ela alguma vez tinha recebido, a abriu e a releu:
Prezada Senhora Snape,
O medibruxo Simon Silver tem o prazer de a informar que está grávida de três meses. Se aconselha á futura mamãe que descanse muito e que não faça muitos esforços, principalmente nos próximos meses. Do que necessitar, terá o apoio de nossa equipe. Se aconselha que marque uma consulta para saber se o bebê está bem de saúde.
Atenciosamente,
Medibruxo Simon Silver
Hermione fechou os olhos. Tudo começou á umas semanas, quando ela se enjoava com tudo e seu marido lhe administrava poções, que não resultavam. Sabia que algo não estava certo. E foi aí que decidiu ir a St. Mungus fazer um teste de gravidez, que são cem por cento fiáveis. Nesse momento, suspirou e olhou em volta da sala. Sabia que seu marido ainda estava dando aulas em Hogwarts. E se lembrou que ele detestava crianças. Com o coração batendo mais rápido, começou pensando o pior.
"E se ele não quiser o bebê? Me obrigará a abortar? O que farei? Mesmo não o conhecendo, sinto tanto amor por meu filho. Essa criança que está em meu ventre é fruto de meu amor com Severus, e se ele não o quiser, é porque não me ama de verdade." – Pensou Hermione. Tapando seu rosto com as mãos, começou a chorar. Algumas lágrimas caiam diretamente na carta, que estava entre suas pernas. Passado algum tempo, Hermione percebeu que tinha de reagir. Mesmo que Severus não quisesse o bebê, ela o queria e iria lutar por ele. Até ao fim. Limpou as lágrimas e chamou:
– Penny! – Uma elfa, melhor arranjada que a maioria dos elfos existentes, com um vestido azul bebê, novo, uns sapatos brancos e um laço da mesma cor, aparatou á sua frente e perguntou:
– O que deseja, Senhora Snape? – Hermione disse, tentando demonstrar á elfa sua determinação:
– Quero que me faça uma mala com roupa e que a meta no hall de entrada. – Os olhos azuis da elfa se arregalaram e ela balbuciou:
– Vai se divorciar do Senhor Snape? Porquê? – Hermione sorriu e disse, tentando acalmar a elfa:
– Não se preocupe. Isso não irá acontecer. – A elfa se tranquilizou e olhou para Hermione de cenho franzido, que tinha a mão em seu ventre. A olhando nos olhos, questionou:
– A senhora está grávida? – Hermione arregalou os olhos e perguntou, com receio:
– Como sabe, Penny? – A elfa sorriu e disse, desviando a conversa:
– Quer um chá de camomila? É bom para os nervos.
– Sim. – Disse Hermione, tristemente. A elfa aparatou para a cozinha. A morena suspirou e tentou, a todo o custo, não chorar.
"Se ele não aceitar nosso filho, sairei de casa." – Prometeu Hermione para si própria. Se levantou, nervosa, e começou a andar às voltas pela sala. Tentava, inutilmente, se acalmar. De vez em quando, limpava uma lágrima que caía por seu rosto. Penny aparatou na sala com uma xícara nas mãos. Hermione se sentou e a recebeu, agradecendo, com voz fraca:
– Obrigada.
– De nada, Senhora Snape. – Disse a elfa. Hermione começou a beber o chá e quando terminou, sentiu uma tontura. Tentou se levantar, mas não conseguiu. Olhou para a elfa, que a olhava seriamente, e perguntou:
– Penny, o que - o que você colocou no chá? – Os olhos de Hermione começaram a se fechar e adormeceu profundamente. A elfa respirou fundo e respondeu para si mesma:
– Poção de sono sem sonhos. – E pensou: "Agora só falta chamar meu senhor." Aparatou no gabinete de Snape e se dirigiu á escrivaninha. Pegou em um pergaminho, uma pena e começou a escrever uma carta.
OoOoO
Hermione acordou e deu de caras com seu marido, que a olhava preocupado.
– Severus, o que faz aqui? - Perguntou, enquanto se erguia da cama com a ajuda de Snape.
– Penny me chamou. Falando qualquer coisa de sair de casa. – Começou Severus, confuso. Hermione fechou os olhos esperando o pior – Cheguei a casa e vi você dormindo e com uma carta em sua barriga… - Hesitou um pouco, olhando para sua mulher, que continuava de olhos fechados, mas perguntou:
– É verdade?
– Severus, querido, eu… - Começou a morena, tentando se explicar, mas parou vendo a expressão de ansiedade de seu marido.
Sim. – Disse Hermione, com voz fraca – Você vai ser pai.
Severus abraçou Hermione delicadamente, e lhe perguntou, baixinho:
– É menino… ou menina? – Hermione admitiu:
– Não sei. – Snape se afastou de Hermione e ela viu seus olhos negros brilhando. Ficou deslumbrada. Pensou que ele se afastasse dela, que dissesse que não o queria, mas vendo o brilho dos olhos dele, percebeu que se tinha enganado. O moreno franziu o cenho e questionou, confuso:
– Você tinha receio que eu não aceitasse esse filho? Porquê?
– Severus, você não gosta de crianças. – Disse Hermione, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
– Não gosto dos filhos dos outros. Não tem educação. – Admitiu o marido – Mas já estou amando nosso filho, mesmo não o conhecendo.
Hermione sorriu, emocionada. Seu coração se acalmou, sabendo que Severus não iria repudiar a criança. O abraçou fortemente e sussurrou em seu ouvido:
– Eu te amo. – Snape sorriu e beijou seu pescoço, fazendo Hermione suspirar. Sabia que essa era a forma que seu marido encontrava de lhe dizer que a amava, mesmo sem palavras. Severus arranjou as almofadas e deitou Hermione. Se deitou a seu lado e colocou o ouvido em seu ventre, tentando sentir o bebê. A morena riu do comportamento de seu marido e disse, lhe acariciando os cabelos negros:
– Ainda é cedo.
– Esperar sete meses para conhecer meu filho. – Disse Snape, se afastando da barriga de sua mulher - Isso é tortura.
Hermione sabia exatamente o que Severus sentia. Ela também queria muito pegar em seu filho, o acariciar, beijar, abraçar, sentir seu cheiro…
Sem que nenhum deles contasse, bateram á porta.
– Senhor Snape. – Disse Penny, do lado de fora – O Senhor Potter está na sala e quer saber se os senhores vão ao jantar.
Severus revirou os olhos e Hermione riu de sua reação. Harry realizava um jantar, no mesmo dia, todos os meses, para que todos se encontrassem e falassem de novidades. Snapes, Malfoys, Weasleys e mais alguns colegas de confiança do Ministério jantavam na mansão Potter. Eram noites agradáveis, com muitas conversas, muita comida e bebida.
– Vamos, Sevie. – Pediu Hermione, suplicantemente - Por favor? Nos vamos divertir imenso.
Vendo a expressão de súplica de sua mulher, Severus disse:
– Está bom. – Com um sorriso em seus lábios, Hermione pegou em sua mão, abriu a porta e desceram as escadas, para ter com Harry.
Continua….