Destinos Cruzados - Drarry (completa)

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo 1 - O Contrato de Casamento

    Hentai, Homossexualidade, Nudez, Sexo

    Nota da Autora: Oi! Mais um projeto que iniciei. É uma fanfic Yaoi, universo alternativo, e terá como casais, Draco /Harry (Drarry). Terá, no total, dez capítulos e contém Lemon. É a primeira vez que escrevo sobre Doncels, mas espero que gostem. Se não gosta, por favor, não comente. Se gosta, tenho todo o prazer em ler seus comentários e de responder. Bjs emoticon

    10 de agosto de 1824

    Era uma vez, situado nas ilhas britânicas, um grande reino chamado Hogwarts, que era governado pelo Rei Albus e por seu consorte Gellert, pessoas sábias e de grande poder. Esse reino estava situado em uma terra abundante, dividido pela capital, Hogsmeade, e quatro Ducados, Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff. Embora fosse um reino de paz, muitas vezes, o Ducado de Slytherin provocava guerra, por um motivo supérfluo mas, por vezes, era travado pelos restantes Ducados, que redigiam tratados de paz.

    O Duque Amos Diggory e sua mulher, pessoas bondosas e de bom coração, governavam o Ducado de Hufflepuff. O Ducado de Ravenclaw era governado pelos Lovegood, pessoas excêntricas, mas inteligentes, o de Slytherin por Lucius e Narcissa Malfoy, pessoas altivas e arrogantes, e Gryffindor pelos Duques James e Lily Potter, pessoas corajosas e justas para com os outros.

    O Ducado de Gryffindor parecia um lugar mágico, o mais fértil de todos os Ducados, onde seus habitantes coexistiam em harmonia, sem passarem nenhuma necessidade. O Duque James, também conhecido por Lord James, ou “o Corajoso”, era um jovem alto e dotado de um corpo bem definido, de pele morena e belos olhos castanhos esverdeados, que fazia as damas suspirarem à sua passagem. Seu cabelo negro era rebelde, caindo ao longo de seu rosto fino e seu sorriso era encantador. Era conhecido por sua bravura nas batalhas que tinha participado, nunca tinha perdido nenhuma.

    Sua mulher, a Duquesa Lily, conhecida como a “Bela Lady” era uma autêntica flor, com um porte delicado, mas decidido. Tinha uns longos cabelos ruivos e uns olhos esmeraldas, muito brilhantes. Dotada de uma beleza rara e conhecida por sua doçura, tinham acabado de ter um herdeiro. Seu nome era conhecido por todos como Harry, o “Virtuoso” e, mesmo sendo um doncel, devido a uma marca, em forma de raio, que tinha no quadril, eram esperados grandes feitos dele. Os Doncels eram uma espécie rara, muito desejada por todos, normalmente homens férteis. Eram andrôgenos, possuindo uma beleza rara e eram facilmente identificáveis com uma marca de nascença e por seus dois sexos. Normalmente o órgão sexual feminino ficava por baixo do masculino, que era pouco desenvolvido.

    James, quando tinha colocado os olhos em seu primogênito, tinha sentido uma enorme emoção dentro de si. Nem mesmo quando tinha vencido as batalhas mais duras, tinha se sentido daquela maneira. Pensava criá-lo junto de si pois, por vezes, os nobres enviavam seus filhos para o campo, para serem educados por aias. Queria educá-lo para ser um guerreiro, como ele, e não era por ser mais delicado que os outros, que o impediria de ser. Tinha certeza que teria um futuro promissor.

    Lily estava feliz por seu matrimônio ter sido abençoado com um bebê tão lindo como Harry, fruto do amor dos dois. Eles se tinham conhecido em um dos bailes realizados pelos nobres, nenhum deles sabia quem o outro era, mas se tinham apaixonado perdidamente. Tinha sido espantoso descobrir que eles já estavam unidos desde seus nascimentos, através de um acordo realizado por seus pais. Nenhum deles se opôs à união, estavam desejosos que se realizasse.

    Durante três anos tentaram ter um herdeiro, mas sem sucesso. Estavam quase desistindo quando sua prima, Lady Marlene, lhe tinha dado um chá de ervas, que ajudava a ter filhos. Tinham experimentado algumas vezes e, uns meses depois ela soubera que estava grávida, para alegria de ambos.

    Sofrera, durante muitas horas, para ter seu bebê. Por uns momentos, pensou que iria perdê-lo, mas ele chegou a seus braços, são e salvo. Era um menino enrugado, semelhante a James mas, quando abriu seus olhos, percebeu que eram iguais aos dela.

    O Ducado de Gryffindor estava em festa, pois um membro da nobreza tinha nascido e tinham certeza que teria as qualidades de seus pais. Os Duques receberam cartas felicitando-os pelo bebê, lhes desejando muitas felicidades.

    No entanto, no Ducado de Slytherin, o Duque Lucius, um homem arrogante, invejoso com a fertilidade e harmonia do reino vizinho e sabendo que eles não tinham cavaleiros suficientes para derrotá-los, decidiu marchar com seus homens para aquela terra e conquistá-la. A Duquesa Narcissa, uma mulher altiva, de belos cabelos castanhos escuros com mechas brancas e olhos azuis, não concordava com aquela decisão, mas nada poderia fazer. Sua prioridade, naquele momento, era seu filho bebê, Draco, um bebê robusto e muito calmo, com grandes expectativas sobre ele.

    Em pouco tempo, toda a alegria que existia no Ducado de Gryffindor, se dissipou como fumaça com os ataques do Duque de Slytherin e, daquela vez, ninguém o conseguia impedir. As terras férteis, cheias de vida, estavam desertas, desprovidas de plantações. Onde tinha havido vida, só existia a morte. As pessoas tinham abandonado suas terras, suas casas e pertences, e tinham pedido abrigo no castelo, onde o Duque Potter protegia-as com toda sua coragem e sua mulher os ajudava a passar aqueles momentos difíceis, mas não sabia por quanto tempo aguentariam o cerco.

    Em apenas dois meses, mais de metade da população tinha perecido pelas doenças. Os alimentos que tinham sido armazenados, para situações como aquela, estavam escasseando, tal como a água. O desespero martelava nos peitos de cada um, todos temiam o que poderia acontecer. Todos, embora rezassem fervorosamente por um milagre, temiam o pior.

    Os Duques de Gryffindor estavam, naquele momento, reunidos com seu Conselheiro Real, o Marquês Sirius Black. O jovem de cabelos lisos e negros, que caíam displicentemente por seus olhos prateados, tinha o rosto cansado e marcado pela preocupação. Seu sorriso irresistível tinha sido apagado devido àquele cerco e tinha sido substituído pela tensão.  

    Estava de pé e explicava as terríveis consequências daquele cerco, como as doenças que não paravam de se alastrar, devido à falta de higiene, informando sobre a escassez de água e de alimentos e, temendo que, dentro de uma semana, todos aqueles bens essenciais terminariam e todos morreriam de fome.

    As feições aristocráticas de James estavam franzidas de concentração e o belo rosto de Lily demonstrava toda a preocupação sobre essa situação. Sem aviso, as portas do Salão Principal se abriram violentamente e um criado ruivo, extremamente jovem, irrompeu pela sala e exclamou, sua voz demonstrando todo seu medo:

    – Sir! O Duque de Slytherin está nos portões do castelo! E vem com a cavalariça! – Os Duques se levantaram de um salto de suas poltronas, o rosto de James com uma expressão determinada no rosto, enquanto Lily estremeceu de medo. Temia pela vida de sua família. Acompanhados pelo Marquês, se dirigiram para a janela mais próxima. Ela apertou Harry contra seu peito, que dormia serenamente em seus braços, sem imaginar o perigo que estava correndo. Sua respiração falhou ao ver as centenas de cavaleiros que estavam nos portões do castelo, prontos para atacar, e exclamou, desesperada:

    – James, por favor, faça alguma coisa! - Normalmente, ela o tratava por “meu senhor” à frente dos lacaios, seguindo o protocolo real mas, naquele momento, nenhuma daquelas regras importava. Era a vida deles que estava em perigo. O Duque Potter, que observava fixamente o homem que estava comandando a cavalaria, escutou o pedido desesperado de sua mulher e começou pensando em uma alternativa.

    O Duque Malfoy cavalgava lentamente em cima de um cavalo negro puro sangue e dava ordens a seus subordinados, que empunhavam espadas e escudos, tal como arcas e flechas, protegidos dos pés à cabeça por armaduras que reluziam à luz do sol. Estavam em modo guerra. Os estandartes com o símbolo da Casa de Slytherin, tal como o brasão Malfoy, se movimentavam ao sabor do vento.

    O Marquês Black, que observava a cena pensativo, comentou seriamente:

    – São mais de vinte mil homens, James. – O Duque olhou para o amigo, e ele continuou – E nós possuímos cerca de sete mil homens. – Vendo a expressão incrédula do Duque, relembrou – Lembre-se da Batalha de Godric´s Hollows, que ocorreu há oito meses, onde faleceram cerca de 543 homens e a batalha de King´s Cross, no ano retrasado, onde faleceram 765.

    – É verdade. – Concordou James, se lembrando. Ele não pudera participar dessas batalhas devido à gravidez de Lily. Tivera receio que, na sua ausência, atacassem o castelo – E vê-se claramente que eles vieram para conquistar.

    Assustada com as palavras de seu marido, a Duquesa balanceava lentamente o bebê, que tinha acordado e estava a ponto de chorar. Lhe sussurrava palavras tranquilizadoras ao ouvido, prometendo que tudo iria correr bem. James olhou para sua família, com o coração apertado. Faria tudo por eles, daria sua vida, se fosse preciso para os proteger. Os olhos esmeralda de sua mulher estavam marejados de lágrimas. Respirou fundo e perguntou:

    – Que devo fazer? – Se sentia perdido, não sabia o que pensar. Sirius se afastou da janela e colocou as mãos em suas têmporas, pensando. As vidas de seus amigos e de toda a população do Ducado estavam em suas mãos. Era uma enorme pressão, temia falhar. Caminhou de um lado para o outro, pensativo, seus olhos vagueando pela sala. Os Duques observaram-no, expectantes, e Harry soltou um gritinho. Olhou para o pequeno, de cenho franzido, mas um largo sorriso surgiu em seu rosto e falou, se dirigindo para o casal:

    – O Duque Malfoy acabou de ter um herdeiro. Penso que, para evitar essa guerra, deverá ser realizado um contrato de casamento entre as duas Casas.

    Lily parou de embalar Harry e fitou o conselheiro, horrorizada com sua proposta, mas James pensou um pouco. Não era uma má ideia, uma guerra seria evitada e o futuro de seus descendentes estaria garantido.

    – Meu senhor… – Começou a Duquesa, temendo pelo futuro de seu filho. Queria que, tal como tinha acontecido com ela, que ele se casasse por amor, e não por obrigação. Mas James não parecia estar pensando na felicidade de seu bebê. O Duque disse a seu amigo, não escutando as palavras de sua amada:

    – É uma boa ideia, Sirius. – Se afastou da janela, e continuou – Faça um contrato de casamento imediatamente.

    O Marquês fez uma vênia aos Duques e saiu da sala apressadamente. James olhou para Lily, que tinha os olhos brilhantes de raiva e seu rosto ruborizado. Reparou que suas mãos tremiam e ela perguntou:

    – Como foi capaz de fazer uma coisa dessas, James? – Ele percebeu uma pontada de dor em sua voz – Permitir que nosso filho se case sem amor? Nós não o fizemos! E você o condenou a uma vida sem afeto!

    – Prefiro que meu filho se case com um Slytherin do que ser morto por um. – Declarou, seriamente. Se virou para o criado, que tinha os olhos arregalados de receio, e ordenou:

    – Arthur, leve a Duquesa e o doncel para os aposentos reais e só saem com minha autorização.

    – Sim, senhor. – Respondeu o criado, fazendo uma reverência, e esperando a Duquesa, mas ela não se moveu. Seus olhos transmitiam toda sua revolta, todo seu desagrado. Tentou dizer mais umas palavras, para James lhe pediu:

    – Por favor, Lils. – Falou seu apelido carinhoso, que usava quando estavam sozinhos. Ela fechou seus olhos, tentando controlar seus sentimentos e respirou fundo. Com um porte altivo, caminhou para fora da sala, o som de seus sapatos ecoando pelas paredes, sendo seguida pelo criado.

    Quando se viu sozinho, James fechou seus olhos e implorou ao Deus Merlin, para que tudo corresse pelo melhor. Nem queria pensar no que aconteceria se o Duque Lucius não aceitasse sua oferta. Abriu os olhos e, com uma máscara de frieza, saiu da sala. Desceu apressadamente as escadas, tentando ignorar as expressões assustadas das pessoas que passavam por ele. Grande parte das mulheres estavam ajoelhadas no chão, rezando fervorosamente. Os homens estavam em todas as janelas, observando o mais leve movimento do inimigo.

    Colocou a mão no quadril, sentindo a bainha da espada de seu antepassado, Godric Gryffindor. Passou pelos jardins do castelo, vendo as flores murchas devido à falta de água e a grama castanha. Saiu pelos portões e viu seus homens, em cima de cavalos, prontos para o ataque. A seu lado estava um criado, Frank, que lhe estendeu seu cavalo branco, puro sangue. Montou Prongs, que estava nervoso, e acariciou sua crina. O animal se acalmou com o toque e galopou até seu amigo e chefe dos cavaleiros, o Conde Remus, um homem viril, de olhos cor de âmbar e cabelo castanho. Seu rosto tinha uma enorme cicatriz rosada ao longo da bochecha, obra do saqueador fora da lei Greyback, o homem mais perigoso de toda a sociedade. Olhou para o amigo, e perguntou:

    – Algum avanço, Conde Lupin?

    – Nada, Duque Potter. – Respondeu ele, observando atentamente os movimentos do inimigo. James se lembrava de todas as batalhas que tinham travado juntos, das inúmeras vezes que tinham salvado a vida um ao outro. Ele, James e Sirius se conheciam desde crianças e sempre tinham sido os melhores amigos. – Que fazemos?

    James pensava arduamente no que iria fazer a seguir. Sabia que tinha de confrontar o inimigo. Com voz tensa, falou:

    – Espere por minhas ordens. – Incitou o cavalo a andar para a frente. Remus tentou segui-lo, mas ele não permitiu. Sentindo os olhares de todos sobre si, saiu das proteções de seu castelo e observou as feições duras de seus inimigos. Eles estavam em fila, esperando as ordens de seu senhor.

    O Duque Malfoy conversava com um homem alto, que trajava belas vestes, e tinha cabelos negros, tal como seus olhos, e sua pele era pálida.

    Seus cabelos platinados estavam puxados em um trança longa, que descia até ao meio de suas costas. Ele olhou para a frente e, percebendo sua presença, zombou friamente:

    – Finalmente o Duque de Gryffindor decidiu nos agraciar com sua presença. – Os cavaleiros da Casa de Slytherin riram de suas palavras e escutou obscenidades de seus soldados. Eles não gostavam que seu senhor, ou outra pessoa, fosse humilhada publicamente. Respirou fundo, para se acalmar. Obviamente que o Duque de Slytherin se iria aproveitar de sua fragilidade para o atacar. Ele estava nas mãos deles. Viu Lucius o fitando com superioridade. Ignorando seu olhar, falou friamente:

    – Duque Malfoy, Senhor da Casa de Slytherin. – Começou ele, respeitosamente. Lucius se calou, escutando com atenção suas palavras. – Meu Ducado não deseja uma guerra. Para tal, desejo fazer uma proposta.

    Lucius parou seu cavalo à frente dele e o observou com uma pontada de curiosidade. O Duque de Gryffindor percebeu que todos tinham ficado curiosos com suas palavras.

    – E que proposta é essa? – Perguntou, e James lhe explicou o contrato. No final, o Duque Malfoy se afastou a galope e se dirigiu para o homem pálido. Conversaram em surdina e os dois voltaram para a beira de James, que reparou os olhos negros como a noite, sem brilho, frios como a noite.

    – Sua ideia é muito boa. – Concordou o Duque de Slytherin e James suspirou, aliviado. ­– Assim, evitaríamos derramamento de sangue e nossos herdeiros nos darão descendentes.

    Olhou para as mãos do Duque de Gryffindor, e perguntou:

    – Onde está o contrato para assinar? – James sentiu seu alívio de desvanecendo rapidamente com essa pergunta. Sirius ainda não lhe tinha entregado, aliás, nem sabia se ainda estava redigindo. Tossiu algumas vezes, tentando prolongar o tempo, mesmo sabendo que o Duque de Slytherin odiava esperar. Olhou para trás, em direção a Conde Lupin, que percebeu sua aflição.

    Viu o Marquês saindo do castelo e suspirou, aliviado. Avançando em passos largos, mas imponentes, Sirius parecia estar desfilando, com um sorriso galanteador em seus lábios. James percebeu que ele estava confiante. Em suas mãos trazia um pergaminho enrolado. O Marquês parou ao lado de seu amigo e falou, com uma voz decidida:

    – Aqui está o contrato, meu senhor. – Estendeu o braço em direção ao Duque de Slytherin, que arrancou o pergaminho de suas mãos e fez um gesto chamativo com a mão. O homem de cabelos negros se aproximou e pegou no contrato. Analisou atentamente cada palavra redigida, tentando perceber que existia alguma armadinha. Demorou algum tempo, deixando os habitantes de Gryffindor nervosos mas, por fim, entregou a Lucius, dizendo:

    – Está tudo em ordem, meu senhor.

    – Espero bem, Marquês Parkinson. – Falou o Duque Lucius, friamente – Senão cabeças irão rolar.

    Os Gryffindors pensaram que Parkinson fosse estremecer ou se assustar com a ameaça de seu senhor, mas o Slytherin simplesmente revirou seus olhos e comentou, ironicamente:

    – Com certeza, meu senhor. – Parecia estar habituado a essas ameaças. – Mas depois não terá um conselheiro tão competente como eu.

    O Duque de Slytherin fitou seu conselheiro por uns momentos, e disse:

    – Você tem razão. – Se virou para os espantados Gryffindors e perguntou, ironicamente:

    – Como assino? Com meus dedos? – Escutaram risadinhas abafadas dos Slytherins e dois homens se entreolharam. Estavam tão desesperados para não perecerem nas mãos de seus inimigos, que se tinham esquecido de um simples tinteiro.

    – Hum, hum…. – Uma voz masculina pigarreou e todos se viraram, vendo o Conde de Gryffindor com um tinteiro nas mãos. Os dois Gryffindors suspiraram, aliviados, e James tirou o frasco das mãos do outro, lhe dando um olhar de agradecimento. Remus sorriu em resposta e se colocou ao lado de seus amigos. Lucius observou, de cenho franzido, a cena à sua frente, e comentou:

    – “Gryffindors se atrasam, mas não falham.”

    – É bom saber que o senhor sabe um provérbio nosso. – Comentou o Duque de Gryffindor, com ironia disfarçável. Lucius ignorou suas palavras e assinou o contrato e entregou a James, que fez o mesmo, sem o ler. Confiava em Sirius, sabia que ele não o trairia.

    Os dois homens se observaram longamente e o Duque de Slytherin ameaçou:

    – Espero que cumpra esse contrato, Potter. – Seus olhos cinzentos brilhavam maliciosamente, enquanto falava – Ou daqui a dezessete anos, estarei invadindo suas terras. E nenhum outro contrato o salvará!

    Puxou as rédeas de seu cavalo, que relinchou e se afastou com seu exército, deixando James com o rosto pálido. Olhou para Sirius, que acenou afirmativamente, o felicitando por essa pequena vitória, e olhou para trás, fitando os rostos ansiosos de seus súditos. Baixou o olhar para o pergaminho e leu as palavras escritas pelo Marquês:

    Contrato de Casamento entre as Casas de Slytherin e Gryffindor

    Ducado de Gryffindor, 10 de agosto de 1824

    Eu, James Fleaumont Potter, o Corajoso, filho de Fleaumont Potter, o Cortês, e Euphemia Potter, a Justa, Duque do Ducado de Gryffindor, comprometo a dar a mão de meu primogênito, o doncel Harry James Potter, ao herdeiro da Casa de Slytherin, Draco Lucius Malfoy, quando ambos atingirem a maioridade.

    Para a concretização desse acordo, exigimos que, durante esses dezessete anos, que não haja nenhumas represálias do Ducado de Slytherin, e que duas famílias de Casas Nobres juntem em matrimônio suas linhagens e produzam herdeiros.

    Em baixo estavam as assinaturas dos dois nobres, selando o contrato, tal como o selo da Casa de Gryffindor, mostrando a veracidade do documento. James suspirou, aliviado. Esperava que tudo desse certo, senão haveria uma guerra e era algo que não desejava.

    Continua…


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