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Tempo estimado de leitura: 1 hora
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Nota da Autora: Oi! Mais um projeto que iniciei. É uma fanfic universo alternativo, e terá como casal principal, Harry Potter e Hermione Granger (Harmione), com cerca de 11 capítulos. Também terá um pouco de Dramione. Espero que gostem. Se não gosta, por favor, não comente. Se gosta, tenho todo o prazer em ler seus comentários e de responder. Bjs
Uma boa leitura a todos ^^
Quando o telefone tocou, naquela manhã fria de janeiro, Hermione se assustou. Tinha decidido tirar duas semanas de férias para ficar em casa a arrumar papéis, livros, dormir um pouco mais e se divertir. Seria do emprego que estavam ligando, com perguntas e dúvidas? “Nem um minuto de descanso me dão!”, pensou a diretora de Marketing da empresa Image4You.Ltd., um projeto que tinha sonhado e feito à custa do suor de seu trabalho e de sua visão. O mundo de uma mulher de sucesso não dava tempo nem para ela própria. Se dirigiu para o telefone, um pouco incomodada com o que seria, pensando que já lhe tinham arruinado o dia, e atendeu:
– Alô?
– Doutora Hermione Granger? – Falou uma voz feminina, jovial, do outro lado da linha.
– Sim, sou eu. – Respondeu ela, de cenho franzido, curiosa – Com quem estou falando?
Do outro lado da linha fizeram uma pausa. “Não é do emprego” – pensou, descansada – “Deve ser telemarketing.”
– Daqui fala uma empresa de advogados. – Respondeu a pessoa – Vou passar a chamada ao doutor Potter. Um momento, por favor.
A voz foi interrompida por um som irritante de música de elevador. Hermione se sentou no sofá, se sentindo irrequieta. Porque uma empresa de advogados a estava contatando? Uma voz grossa e calma perguntou, a tirando de seus pensamentos:
– Doutora Hermione Granger?
– Sim. – Respondeu ela.
– Daqui está falando Harry Potter, advogado. Bom dia.
– Bom dia. – Respondeu.
– Deve estar pensando quem eu sou e porque estou telefonando para a senhora. -Comentou, com sua voz calma, lhe transmitindo um pouco de serenidade.
– Exatamente. – Falou Hermione, se ajeitando no sofá – Penso que a gente não se conhece.
– Não, a gente ainda não teve esse prazer. – A voz era simpática e o doutor Potter dava a sensação de ser um homem agradável. Seu sentido romântico ficou logo alerta. Desde o término de seu namoro com o contabilista Ronald Weasley, há dois anos atrás, ela não se tinha interessado por mais nenhum homem embora, às vezes, saísse com algum, através daqueles sites de encontros.
– Estou contatando a senhora com o propósito de marcar uma reunião aqui no meu escritório, o mais rapidamente possível. Se fosse possível, ainda essa semana.
– Me perdoe, – Falou Hermione, se levantando e caminhado em círculos pela sala –
Mas qual é o motivo de tanta urgência?
– Stanislaw Koetcher, conhece? – Ao escutar esse nome, ela sentiu um arrepio percorrendo seu corpo. Esse nome lhe era familiar, mas nunca se lembrou de ter conhecido esse alguém. Puxou pela memória, e lembrou que alguém lhe tinha comentado esse nome, mas quem?
– Não… – Balbuciou, confusa. – Tenho uma vaga lembrança desse nome, mas nunca o conheci. De fato, nem sei quem é…
– É bastante provável. – Respondeu o advogado, compreensivamente – Por isso não fará nenhuma ideia se lhe disser que Stanislaw Koetcher faleceu há quinze dias em Varsóvia.
Hermione concordou em silêncio. Mas o que aquele assunto tinha a ver com ela?
– Doutor Potter, me perdoe. Lamento a morte desse senhor, mas me desculpe que lhe pergunte: o que eu tenho a ver com isso?
– Pergunta bem: Doutora Granger. É que o senhor Stanislaw Koetcher fez de si sua única herdeira.
Hermione se sentou pesadamente no sofá, de boca aberta, quase deixando cair o telefone. Agarrou com força o objeto, não acreditando no que tinha escutado. Era irreal demais.
– Quê!? – Perguntou, sua voz saindo um pouco aguda – Não estará enganado? Como é que isso é possível?
– É bem verdade, doutora Granger. – Respondeu o advogado, com voz firme, não dando margem para dúvidas, embora Hermione não conseguisse acreditar. – Se quiser comprovar, a gente pode confirmar seus dados, mas eu não estou errado. Aliás, seu número de telefone estava indicado na carta manuscrita que acompanhava o testamento, e que me chegou através de um colega meu de Varsóvia.
– Mas eu não faço ideia de quem seja esse senhor. – Comentou Hermione, em choque.
– Acredito, doutora Granger…
– Hermione, por favor. – Pediu ela – Me chame Hermione.
– E a senhora me pode chamar de Harry. – Comentou o advogado, e continuou – Mas essa é a verdade, e a documentação que me chegou indica claramente o que estou dizendo. É preciso agora que venha ter comigo para eu lhe tentar explicar a razão de tudo isso. É uma história e tanto, acredite…
Hermione não sabia o que dizer, o que pensar. Ainda pensou que era uma pegadinha, uma piada de mau gosto, mas a vaga recordação daquele nome (onde tinha escutado? Quem lhe tinha falado?), não lhe dava grandes dúvidas. Iria mesmo ver o que era.
– Bom…há alguma hipótese de nos encontrarmos pelo final da tarde? – Perguntou, suas unhas roçando delicadamente no pano do sofá.
– Pelas dezenove horas, pode ser? – Perguntou o advogado – Essa é a única hora que tenho disponível na agenda para hoje.
– Sim… – Respondeu ela, enquanto pensava: “Lá se vai meu dia de folga. E eu que pensava ir ao cabeleireiro.” Mas sua curiosidade falou mais alto. Tinha de descobrir o que estava acontecendo.
– Fico esperando. – Disse o advogado – Anote a morada, por favor.
Hermione pegou em uma caneta e um papel usado que estavam em cima da mesa e anotou a morada.
– Tenha o resto de uma boa tarde e até logo.
– Igualmente. Até logo. – Respondeu Hermione, e pousou e telefone. Observando a morada que tinha anotado, pensou: “O que está acontecendo?”
Por mais que tentasse, sua memória só se fixava no que o advogado tinha dito e no estranho acontecimento que tinha acabado de suceder. Com um pouco de ansiedade, sentiu que uma nova página de sua vida se iria abrir.
Continua…