Rosa Vermelha (completa)

Tempo estimado de leitura: 30 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo 1 - Rosa Vermelha

    Heterossexualidade

    Nota da Autora:

    1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.

    2) Minha primeira fanfic com esse casal.

    Uma Boa Leitura a Todos ^^

    Luna estava sentada em uma cadeira, estudando seus recentes apontamentos sobre Lappaceums, criaturas mágicas do tamanho de uma mão humana, que viviam na floresta da Amazônia. Essas criaturas tinham asas de morcego e pele castanha, podendo ser confundidas com as árvores. Faziam ninhos no topo das árvores e eram as guardiãs da floresta, protegendo de ameaças externas com sua magia e sua invisibilidade. Eram criaturas inteligentes e colocavam ovos, que eclodiam ao fim de quatro semanas.

    Tinha descoberto durante o ano anterior essa criatura mágica que espantou a comunidade bruxa. Todos pensavam que os Lovegoods era excêntricos, mas graças a ela e seu marido, Rolf Scamander, neto do famoso autor do livro "Animais Fantásticos e Onde Habitam", descobriram que muitas espécies que ela e seu pai acreditavam, existiam de verdade, mas não viviam da forma como eles imaginavam.

    Seu pai tinha ficado maravilhado com as descobertas e publicava, semanalmente, suas pesquisas. Ele ainda era dono d´ "O Pasquim", uma revista que, depois da Segunda Grande Guerra, tinha ganhado muito destaque. O nome "Lovegood" antes zoado pela sociedade, agora era motivo de orgulho.

    Estava uma bela manhã de primavera e o sol brilhava intensamente no céu limpo, os raios acariciando sua pele pálida. Seus longos cabelos loiros estavam presos em um coque bem preso, somente um fio de cabelo emoldurando seu rosto.

    De repente, uns braços fortes e morenos abraçaram seu pescoço com delicadeza e sentiu um beijo em seus cabelos. Ela olhou para cima e viu seu marido a observando apaixonadamente, seus olhos cinzas brilhando intensamente. Seu cabelo loiro escuro caía ao longo de seu rosto. Rolf falou, sua voz era rouca e agradável:

    – Bom dia, Lu. – Luna sorriu e respondeu:

    – Bom dia, amor. – Ele lhe roubou alguns selinhos e Luna soltou um gemido agradável de prazer. Pousou com delicadeza seu dossiê em cima da mesinha de madeira que tinha à sua frente, que continha uma taça de mingau de aveia e banana com leite de coco e um bule com chá mate gelado com maçã.

    Ajeitou as folhas, para que nenhuma caísse ao chão, principalmente uma que ela queria esconder de seu marido, pelo menos por uns minutos.

    Com o coração aos pulos, pararam de se beijar e Rolf se sentou a seu lado. Perguntou, com curiosidade, enquanto pegava em uma xícara de chá.

    – Estava revendo seu relatório?

    – Sim. – Confirmou Luna, pegando em sua xícara de chá e bebericando. Inconscientemente, colocou uma mão em seu ventre, um gesto rápido e imperceptível. Rolf observava o jardim, onde Scylla, um Kneazle, caminhava pela grama. Era um felinóide com o pêlo malhado, de grandes orelhas e rabo igual ao do leão. O Kneazle era inteligente, independente e, por vezes, agressivo, embora quando se afeiçoava a um bruxo ou bruxa ele se tornava um excelente bichinho de estimação.

    Seu Kneazle tinha uma capacidade excepcional de detectar pessoas suspeitas ou indesejáveis. Muitos bruxos, principalmente repórteres, já tinham tentado entrar na Mansão, e eles os expulsara. Embora, naquele momento, só tivessem um, os Kneazles podiam ter até oito filhotes. O casal Lovegood teve de pagar uma licença de 1984 galões, pois precisavam de ter licença para possuírem uma criatura daquelas. Eles o tinham encontrado durante uma expedição em uma floresta na Ásia.

    Observou seu marido, o homem de sua vida. Aquele que tinha acreditado em suas crenças, a apoiando em tudo. O que era profundamente grata. Eles tinham se conhecido durante uma das viagens de Luna a África, uma de suas primeiras excursões ao redor do continente africano.

    Ela estava no deserto do Saara, popularmente conhecido como o maior e o mais quente deserto do mundo, pesquisando, quando viu um homem voando em um tapete. Ficou admirada pois, na Europa, não era permitido. Ele parou à sua frente, usava vestes frescas e um turbante na cabeça para se proteger do sol. Ela também utilizava um véu, que cobria seus cabelos e um longo vestido. O sol era muito quente e perigoso.

    Ele desceu do tapete e perguntou o que ela estava fazendo ali. Luna lhe respondeu e o homem comentou que também estava fazendo pesquisas. Se apresentaram, e Luna ficou admirada por conhecer o neto de Newt Scamander, o famoso naturalista e magizoologista americano.

    Caminharam um pouco pelo deserto, de vez em quando realizando feitiços para ficarem frescos, comentando sobre seus empregos, tal como um pouco de suas pesquisas. Luna ficou encantada com espontaneidade de Rolf Scamander, um homem simpático e de voz agradável.

    Quando o sol estava se pondo, decidiram ir para a cidade de Tunes, onde estavam hospedados em hotéis. Ele a convidou a andar de tapete e ela aceitou, curiosa para saber como era. Foi uma viagem rápida e segura, ela tinha se agarrado no tapete, para não cair. A seu lado, a areia fina se movimentava ao sabor do vento e, de vez em quando, se observava pequenas criaturas saindo da areia.

    Chegaram à cidade de Tunes, a capital da Tunísia, e Rolf a convidou para jantarem no

    Dar El Jeld, a Casa de couro, um restaurante no meio da cidade, um edifício de aspeto antigo, mas muito agradável. Como a porta de aspeto simples estava fechada, tiveram de bater. Um jovem garçom foi recebê-los e entraram. Ele os levou a uma espécie de salão de palácio, de grandes azulejos e decorações, com velas nas paredes e teto, dando ao local um ar de mistério. Era um espaço acolhedor, bem decorado e refinado.

    Se sentaram em mesas redondas, pegaram no cardápio e, entre eles, se decidiram pelo Karnıyarık, ou beringelas recheadas. O ingrediente principal era a beringela, recheada com cebola picada, alho, salsa, tomates, pimenta e carne picada, e pelo cacik, um preparado com iogurte, pepino, azeite, entre outros ingredientes.

    O garçom explicou que era servido frio, em pequenas tigelas. Apresentava uma consistência semelhante a uma sopa e podia ser consumido como acompanhamento, como molho ou isoladamente, como uma sopa.

    O garçom anotou os pedidos e se afastou. Luna observou atentamente o restaurante, se fixando nas belas cores que possuía. Era um local fresco, luminoso, com música ao vivo.

    Algumas pessoas já se encontravam sentadas, jantando. Conversaram um pouco sobre assuntos banais, se conhecendo um pouco melhor. O garçom chegou pouco tempo depois com aperitivos em pequenos pratos. Explicou o que eram e se afastou. Eles saborearam o börek, empadas de massa filo com carne ou queijo, e dolma, folhas de videira recheadas com carne e frutos secos.

    Aos poucos, o restaurante estava ficando cheio de pessoas, principalmente de turistas. Em todo o lado se escutavam palavras estranhas, e, línguas que nunca tinham escutado. Ao lado deles se sentou uma família francesa, o casal com duas meninas. Conversavam rapidamente e fluentemente, e eles não entendiam o que diziam. Luna e Rolf sorriam um para o outro, ela estava gostando daquele passeio.

    Os aperitivos eram tão deliciosos, que acabaram rapidamente. O garçom apareceu pouco depois com seus pedidos, de grandes porções, e colocou-os na mesa. Beberam raki, a bebida nacional da Turquia, que tinha um inconfundível aroma a anis que disfarçava o alto teor alcoólico.

    Enquanto jantavam, Rolf perguntou se poderia lhe mostrar a cidade no dia seguinte. Luna ficou espantada com o interesse do jovem sobre si, nunca tinha sido alvo de atenção em Hogwarts por parte dos garotos. Sentia que era muito cedo para dar tanta liberdade a uma pessoa que mal conhecia, mas seu sexto sentido lhe dizia que ele era uma boa pessoa. E seu sentido raramente se enganava.

    Aceitou, uma parte de si querendo ver a cidade. Desde que chegara à Tunísia, que ainda não tinha ido visitar a cidade, os monumentos históricos, só tinha trabalhado. Precisava de uma pequena diversão.

    Curiosa, Luna lhe perguntou como era estudar em Ilvermorny, e Rolf lhe respondeu. Era muito diferente de estudar em Hogwarts. A escola tinha sido fundada no século XVII e estava situada no pico mais alto do Monte Greylock. O Quodpot, o esporte bruxo mais popular nos Estados Unidos, cujas regras provinham do início do Quadribol, tinha sido criado pelo bruxo Abraham Peasegood no século XVIII. O Quadribol era mais apreciado na Europa e desprezado nos Estados Unidos.

    Falou das características das Casas: a Serpente Chifruda, cuja casa representava a mente de uma bruxa ou bruxo e favorecia os alunos intelectuais dedicados ao estudo. Pukwudgie, que representava o coração de uma bruxa ou bruxo e favorecia os alunos dedicados às artes mágicas da cura. Pássaro-Travão, que representava a alma de um feiticeiro ou bruxa e favorecia os alunos aventureiros e exploradores. E a casa Pumaruna, que representava o corpo de um bruxo ou feiticeira e favorecia os alunos guerreiros com espírito combativo.

    Quando terminaram o jantar, pagaram e deram um passeio ao longo das ruas de Tunes. Muitas pessoas, principalmente turistas, caminhavam com sacos de compras. Rolf a levou ao hotel Muggle onde ela se tinha hospedado com a ajuda de sua amiga Hermione, que a tinha ajudado imenso sobre o modo de vida dos Muggles.

    Luna, ao chegar ao seu quarto, tomou um banho demorado e, com um short e camiseta, se deitou na cama, pensado em Rolf. Adormeceu em poucos minutos e sonhou com o homem de cabelos loiros.

    Na manhã seguinte, ela se levantou e pediu o café da manhã: um delicioso chá turco com Simit, um pão em forma de rosca, com gergelim e Poğaça, salgadinhos recheados de azeitona e queijo branco. Uma verdadeira delícia.

    Pelas onze da manhã, recebeu a coruja de Rolf, um pássaro de belas penas brancas e de olhos verdes. A coruja a observou desconfiada por uns momentos, mas quando Luna lhe deu uns biscoitos, ela se aproximou e comeu de sua mão. Luna pegou no bilhete, que dizia que ele já tinha chegado. Acariciou a cabeça da coruja, que soltou um pio, agradada com o afago, pegou em sua bolsa e saiu do quarto. Entrou no elevador e se observou no espelho, naquela manhã tinha se decidido por um vestido amarelo pálido e longo, de decote redondo, e sandálias da mesma cor. Seu cabelo estava preso em trança. Tinha colocado protetor solar e apertava as mãos, nervosamente.

    Não se sentia preparada para uma saída, e esperava que estivesse apresentável. Estava o mais simples possível, não queria que ele a considerasse uma esquisita, como todos seus colegas a chamavam.

    As portas do elevador se abriram e ela saiu, dando de caras com Rolf. Enrubesceu ao observar o brilho nos olhos dele. Rolf usava umas calças azuis e uma camiseta branca. Ele a levou a umas lojas na cidade, onde compraram presentes para seus familiares e amigos e depois ele a levou ao mesmo restaurante, pois Luna tinha adorado o ambiente e queria visitar o local novamente.

    Eles conversaram sobre criaturas mágicas, a paixão de suas infâncias. Eles se davam tão bem, que parecia que se conheciam há muitos anos. Luna comentou algumas das criaturas que acreditava que existiam, pensando que Rolf se iria rir dela, mas pelo contrário, ele a escutava com atenção e comentou que, talvez, elas existissem, só devia acreditar.

    De tarde, e ele a levou a visitar os monumentos mais famosos de Tunes e Luna se tinha admirado com a beleza arquitetónica. Muitas vezes tinha ficado emaranhada em seus pensamentos, absorvendo tudo em seu redor, e Rolf tinha de a chamar para ela sair de seu estado de concentração. Ao fim da tarde, ficaram sentados em uma rocha, observando o pôr do sol. Rolf, delicadamente, pousou sua mão na dela e Luna comentou, nesse mesmo instante, olhando para ele:

    – Você tem sua mão agarrando a minha. – Rolf enrubesceu, percebendo que tinha ido longe demais e se desculpou:

    – Me perdoe, eu… me empolguei. – Luna observou seu rosto ruborizado do homem a seu lado e apertou sua mão. Ele a fitou com espanto e ela sorriu, sentindo seu coração batendo mais rapidamente em seu peito.

    OoOoO

    E assim foi durante mais de duas semanas: eles se encontravam todos os dias, faziam suas pesquisas no deserto, depois iam comer e visitar um monumento. Quando encontravam criaturas mágicas, analisavam atentamente, tirando as maiores informações que conseguiam, e fotografavam. À noite, Luna, antes de dormir, escrevia um relatório e pensava em Rolf, sem saber que ele também pensava nela com carinho.

    Quando percebeu que tinha todas as informações que precisava, decidiu voltar para casa. Rolf, ao saber das novidades, decidiu ir com ela. Ele também já tinha finalizado suas pesquisas e não tinha mais nada que fazer.

    Eles deixaram de se ver durante algum tempo, enquanto organizavam suas pesquisas.

    Se reencontraram na semana seguinte, para entregarem seus relatórios finalizados no Ministério da Magia, no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas e Rolf a convidou para um passeio. Luna estava tão aborrecida por ter ficado tanto tempo em casa trabalhando, que aceitou. Ele a acompanhou pelo Beco Diagon-Al, onde compraram um sorvete para cada um. Luna escolheu um com sabor a banana caramelizada e Rolf de limão e chocolate.

    Sentados no banco de um jardim, ele a divertiu com anedotas e com histórias que tinha escutado de seu avô. Luna ficou atenta a cada uma de suas palavras, hipnotizada por sua voz rouca. Ela era sempre distraída, de um momento para o outro sua atenção se virava para outra coisa, mas Rolf a fazia querer saber mais e mais sobre suas aventuras, tal como as de Newt Scamander. Percebia que ele amava falar sobre seu avô, que tinha orgulho dele.

    Eles se encontravam sempre que podiam, pois também tinham seus empregos e suas famílias. Rolf tinha decidido aceitar o convite de emprego do Ministério da Magia Britânico, seria bom ter sua independência, mesmo sendo fora da América. Seus pais não tinham apreciado a ideia, mas Newt dissera que a escolha era somente dele e que iria adorar a experiência. Tinha sido fácil para Rolf se adaptar, graças a Luna. Ela o levara a conhecer muitos sítios, o apresentara a seus amigos e ele ficara espantado ao conhecer o famoso Harry Potter, sua história era conhecida em todo o mundo, principalmente por ele ter derrotado Lord Voldemort. Arranjara um quarto no Caldeirão Escoante, onde ficara por algumas semanas, antes de alugar uma casa em Hogsmeade.

    Ao longo dos meses, a amizade deles cresceu sem que se apercebessem. Luna sentia que Rolf era um homem maravilhoso, uma pessoa simpática e amorosa. Sua beleza irradiava seu dia e sua voz a acalentava. Ele tinha uns belos olhos e um cabelo suave e encaracolado, lhe dando um ar de menino.

    O primeiro beijo tinha sido roubado por Rolf, depois de uma noite de cinema. Eles tinham ido ver um filme escolhido por Luna, um romance cheio de ação e aventura sobre um casal que se tinha perdido em uma floresta, e que tinha feito de tudo para de lá sair. Ele a levara a casa e, ao se despedirem ele agarrou delicadasmente seu rosto e a puxou para si. Ela tinha correspondido ao seu beijo apaixonado com a mesma intensidade. Seus lábios eram suaves e carnudos. Suas mãos fortes e morenas percorriam os cabelos loiros, acariciaram seu rosto. Uma onda de desejo percorria o corpo de Luna, que se agarrava a Rolf. Tinha dezoito anos e nunca tinha sido beijada por um garoto, e a sensação era maravilhosa, indescritível.

    Rolf a beijava com desespero, como se temesse que ela desaparecesse. Luna soltou um gemido baixo de prazer e se afastaram aos poucos, abrindo os olhos. Luna percebeu o brilho de Rolf, ele sorria com afeto, amor, e seus olhos reluziam intensamente. Rolf parou de sorrir de imediato, ao perceber o que tinha feito. Desesperado, agarrrou suas mãos e lhe pediu perdão várias vezes por a ter beijado. Tinha falado sem parar, dizendo que se tinha empolgado, que não a quisera forçar.

    Luna colocou sua mão na boca rosada, para o calar, e disse que tinha adorado o momento. Rolf deu um novo sorriso, mais brilhante e sincero, e pediu com todo o amor que namorasse com ele. Ela hesitou, pensando em tudo o que eles tinham passado ao longo dos meses. Rolf tinha se tornado uma pessoa especial em sua vida, tão especial como seu pai. Ele a levara a conhecer locais que nunca tinha visto, a tratara com respeito e carinho. Sentindo que estaria fazendo a escolha certa, aceitou.

    Pela primeira vez, sentia o que era o amor, a dedicação de outra pessoa sem ser seu pai. Tinha perdido sua mãe muito cedo, com apenas nove anos, e sempre tivera medo de não ser amada e de não encontrar a tal pessoa, mas Rolf lhe tinha uma nova perspetiva sobre sua vida.

    Quando Luna conheceu a família Scamander, já namoravam há um ano. Tinha sido inusitado conhecer o maior magizoologista da história e sua corajosa mulher, Popertina. Era um casal simpático e acolhedor, tal como os pais de Rolf, um casal cheio de energia e vivaz. Tinha passado uma semana na América, de férias, depois de meses de pesquisa sobre criaturas mágicas conhecidas, ajudando a complementar informações no livro do avô de Rolf.

    Newt era um típico Hufflepuff, um homem afável, que adorava ajudar. Tinha um brilho intenso em seus olhos azuis, que diferenciavam de sua pele marcada pelos anos. Tina era uma autêntica Pássaro-Trovão, uma mulher aventureira e exploradora.

    Os pais de Rolf tinham o mesmo feitio de seus avós, o que deixava Luna à vontade.

    O relacionamento de Luna e Rolf tinha sido noticiado em todos os jornais britânicos e americanos. Muitos felicitaram o casal, mas outros, principalmente mulheres, desejaram ardentemente que fosse de curta duração. Mas tal não aconteceu, pelo contrário, o amor deles era cada dia mais forte, eles se amavam e respeitavam.

    Faziam tudo juntos: saíam para passear, jantar fora, visitar seus parentes, tal como as pesquisas. As revistas de fofocas, todas as semanas, tinham reportagens sobre eles, tal como fotografias, o que se tornou irritante depois de algum tempo.

    Harry aconselhou veementemente a fazerem uma ordem de afastamento, através do Wizengamot, e eles seguiram seu conselho. O resultado foi quase imediato.

    Os repórteres deixaram de os seguir e eram cada vez mais raras notícias sobre eles, somente sobre suas pesquisas.

    Em poucos anos, tinham percorrido o continente africano de uma ponta à outra e descoberto muitas criaturas mágicas. Só pararam oficialmente quando Rolf a pediu em casamento, na cidade de Nova York, depois de uma visita guiada. Luna adorava a cidade americana, muito movimentada e colorida. A neve caía nesse dia, tornando o momento ainda mais mágico.

    Aparataram perto da estátua da liberdade, o maior símbolo de Nova York e dos Estados Unidos. Tinha sido um presente da França aos Estados Unidos. Luna, naquele dia, usava um longo casaco cashmere e umas calças negras, uma escolha da mãe de Rolf, que queria ver como ela ficava com roupas mais simples, menos vistosas. Rolf os colocou invisíveis, para não serem incomodados e se sentaram na grama, colocando um feitiço não verbal para não molharem suas roupas.

    Estavam sozinhos naquela bela tarde de inverno, não muito fria. À frente deles se encontrava o mar, rodeado de barcos, que passeavam de um lado para o outro. Luna percebeu que ele estava nervoso e tentou saber o que se passava, mas ele se esquivava de suas perguntas. Ela, suavemente, apertou sua mão e se olharam nos olhos. Rolf admitiu, naquele momento que a amava e que queria que fosse sua mulher. Para seu espanto, ele se ajoelhou, retirou uma caixinha de veludo a azul e a abriu, mostrando um simples anel de prata. Com a voz tremendo ligeiramente, ele a pediu em casamento. Luna o fitou, de olhos marejados de lágrimas, antes de aceitar. Ele sorriu, como se tivesse tido o melhor presente de sua vida, colocou o anel em seu dedo e a beijou apaixonadamente.

    Rolf interrompeu seus pensamentos, dizendo:

    – Luna?

    – Sim? – Perguntou ela, se virando para seu marido. Ele tinha uma bela rosa em suas mãos. Suas pétalas eram de um vermelho vivo, de onde emanava um suave aroma e ela pegou com delicadeza. Cheirou fechando seus olhos. Voltou a abri-los, pousou a rosa em cima da mesa e se voltou para seu marido, o beijando com amor.

    Rolf a puxou contra si e ela entrelaçou suas mãos no cabelo dele. Suas línguas se tocavam harmoniosamente e arrepios de prazer percorriam seus corpos. Luna adorava beijar Rolf, era um vício que não queria combater. Se afastaram e ela agradeceu:

    – Obrigada.

    – De nada. – Respondeu ele. Luna lançou um feitiço não verbal e apareceu uma pequena jarra com água. Colocou a rosa e ordenou que fosse para a sala. O objeto cumpriu seu pedido. Fechou os olhos e revelou, antes de os abrir:

    – Eu também tenho uma coisa para lhe dizer….

    Continua…


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