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Tempo estimado de leitura: 20 minutos
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Nota da Autora: Oi! Mais um projeto que iniciei. É uma fanfic Yaoi, universo alternativo, e terá como casal principal, James Potter e Teddy Lupin. Terá cerca de 2 capítulos e contém Lemon e m-preg. Espero que gostem. É a primeira vez que escrevo sobre eles. Se não gosta, por favor, não comente. Se gosta, tenho todo o prazer em ler seus comentários e de responder. Bjs
A árvore de natal, iluminada com luzes brilhantes e coloridas, estava repleta de presentes naquela noite. O fogo da lareira aquecia a sala, deixando as pessoas quentes e confortáveis. As janelas estavam decoradas com os mais variados enfeites, tal como o resto da sala, desde pequenas estrelinhas, flocos de neve pintados nos vidros, a candeeiros iluminados por velas. Na rua, a neve caia copiosamente, deixando de branco tudo à sua volta.
Harry, sentado no sofá, com uma bengala em suas mãos, observava a alegria de sua família. Ginny estava a seu lado, seu rosto salpicado de sardas, com pequenas rugas. Ajudava sua neta, Elizabeth, uma menina adorável de três anos, de belos olhos prateados e cabelo vermelho como fogo, a fazer um puzzle. A filha de Albus e Scorpius era uma doçura de criança. A gravidez masculina era uma raridade entre os bruxos, principalmente depois da doença de infertilidade que atacava toda a sociedade mágica, mas não tinham desistido de ter um filho.
Demoraram mais de uma década para conseguirem engravidar. Tiveram todo o apoio de suas famílias. Scorpius, mesmo não tendo seus pais perto de si, era adorado pelos Potters. Mesmo com as desavenças que tinham ocorrido entre seu sogro e seu pai no passado, eles se davam muito bem.
Tinham ido à procura dos melhores medibruxos, gastaram fortunas em tratamentos, mas o casal conseguiu realizar seu sonho principal, e o mais antigo de todos. Elizabeth Astória Malfoy-Potter, tinha nascido em uma bela manhã de primavera, depois de Scorpius ter passado uma longa e dolorosa noite com contrações, esperando que o canal do parto se formasse, devido às poções que tinha tomado desde o momento em que soubera que estava esperando sua filha. Era uma poção incolor, que preparava lentamente o corpo do homem para abrigar a nova vida que estava dentro dele.
O mundo mágico celebrara, ao saber do nascimento de mais uma bruxinha. Por uma razão desconhecida, desde há alguns anos, casais de todos os gêneros estavam, tentando ter filhos, mas sem sucesso. A taxa de natalidade estava atingindo valores negativos, algo nunca visto na sociedade mágica. Nem quando tinha sido aberta pelos Muggles, a na idade das Trevas, a "caça às bruxas", tinham havido tão poucos nascimentos. Hogwarts, cada ano que passava, estava recebendo cada vez menos alunos, estando em risco de fechar as portas para sempre.
Naquele momento, as Casas tinham sido abolidas provisoriamente e os cerca de trinta e cinco estudantes estavam todos juntos no Salão Comunal de Hufflepuff. O Diretor Longbottom até já pedira às outras escolas para enviarem alguns de seus alunos, para que Hogwarts não fechasse. Ilvermorny e Castelobruxo, ambas na América, decidiram enviar um grupo de alunos, para "intercâmbio." Mahoutokoro e Uagadou recusaram polidamente a oferta, alegando que também já tinham poucos alunos a seus cuidados, e não poderiam ajudá-los. Beauxbatons e Dumstrang ainda não tinham enviado resposta.
Os Medibruxos faziam experiências, tentando perceber o motivo de toda a infertilidade, mas não tinham chegado a nenhuma conclusão. O Ministério da Magia para combater a falta de nascimentos, promulgou uma lei onde todos os bruxos maiores de idade eram obrigados a se casarem. Para evitarem casamentos com desconhecidos, primos se casaram com primos, amigos com amigas. Rapidamente perceberam que essa lei não resultaria e a revogaram.
James estava sentado em um sofá de um lugar, suas mãos por cima da barriga, enquanto observava sua mãe brincando com sua sobrinha. Teddy também observava a menina, com o rosto tenso. Ele e James também estavam tentando ter um bebê desde que se casaram. Tinha sido uma cerimónia simples, com amigos e família. Teddy trabalhava como Auror no Ministério, uma função que adorava, e James estava jogando como seeker para os Fitchburg Finches, um time americano de Quadribol, enquanto não engravidava. Seu companheiro tinha recebido uma proposta depois de se ter casado e a aproveitou. Já estava jogando para eles há mais de doze anos e não se arrependia.
Aproveitavam e iam ao Hospital da cidade de Massachusetts, o "Health Witch", para fazerem tratamentos continuados, embora também viajassem para outros países, pagando fortunas pelos tratamentos, mas sem sucesso. Odiava ver o rosto triste de James ao receberem as notícias dos tratamentos não terem sido um sucesso. Odiava escutar seu choro abafado contra o travesseiro durante a noite, enquanto pensava que ele estava dormindo. Já se perguntara muitas vezes o motivo dessa doença lhes estar destruindo o maior sonho de ambos.
Olhou para trás, vendo os elfos domésticos retirando a loiça suja e a substituindo. Os mais variados doces se encontravam na mesa, desde pudim de Natal, panettones, eggnogs, que era uma bebida semelhante à gemada, garrafas de vinho, champanhe e suco de abóbora para as crianças.
A sala estava ricamente decorada: atrás da enorme mesa de carvalho se encontravam fotografias dos Potters dispostas em forma de árvore de natal. Em cada uma dela se podia ver a felicidade de todos. Tinha sido ideia de Lily quando era criança, que tinha visto em uma revista e insistira com seus pais para tirarem muitas fotografias para a nova árvore. A partir daquele momento, se tinha tornado em uma tradição. Pequenos trenós voadores com Papais Noéis esvoaçavam por suas cabeças, deixando cair, de vez em quando, guarda chuvinhas de chocolate. Elizabeth apanhava todos com rapidez e distribuía pelos adultos, recebendo beijos como recompensa.
Ron, que se encontrava ao lado de Harry, tirou de dentro do bolso do casaco um pirulito e o entregou a Elizabeth, que soltou um gritinho, animada, e o agarrou com suas pequenas mãozinhas.
– Ronald! – Exclamou Hermione, rispidamente – Não dê doces à menina! Ela depois não irá adormecer!
– É só um pirulito. – Se desculpou o marido, tocando nervosamente no cabelo prateado, e deu um beijo no rosto da esposa, que relaxou de imediato suas feições. Quando ela desviou o olhar, se virou para Elizabeth e lhe piscou marotamente um olho, escutando seu belo riso infantil. Lily e Rose, sentadas em um pequeno e confortável sofá de dois lugares, acarinhavam o pequeno Liam, de seis meses. Elas o tinham adotado no mundo muggle, depois de anos de espera nas listas de adoção. O bebê não era mágico, mas era tão fofo e risonho, que não tinham resistido ao seu olhar alegre. Era rechonchudo e ruivo, tal como elas, e adorava brincar com os elfos e Elizabeth mas, naquele momento o sono o tinha vencido e estava dormindo profundamente nos braços de sua mãe Lily. Hugo e Victoire, sentados em um sofá, conversavam entre eles, para tristeza de Hermione e Ginny. Continuavam solteiros, e muito felizes. Não tinham planos de se casarem com ninguém. Depois de quase terem sido obrigados pelo Ministério a se casarem, só queriam aproveitar a vida, namorarem e saírem como quem quisessem, antes de assentarem.
– Papi? – Perguntou Elizabeth, olhando para seus pai, enquanto saboreava o pirulito – Quando é que a gente pode abrir os presentes?
– Em breve, meu amor. – Respondeu Albus, olhando para o relógio de família que se encontrava por cima da lareira. Faltavam cerca de cinco minutos para a meia noite. Teddy se remexeu no sofá e atirou a cabeça para trás, para afastar os fios azuis elétricos de seu rosto. Sentia seu estômago arrebentando com o banquete que os elfos lhes tinham preparado. O molho do peru estava picante, tal como ele gostava. Cada comida estava mais maravilhosa que a outra.
Ele e James tinham sido os ultimos a chegar, seu companheiro sentira uma leve tontura e tivera de ficar parado por uns momentos, para se recuperar. Depois de terem chegado à Mansão Potter e de cumprimentarem a família, tinham pousado seus presentes, sacos cheios de embrulhos debaixo da árvore, e se reuniram na mesa, aproveitando o jantar.
Tinham conversado sobre política, que medidas poderiam ser aprovadas para combater essa situação, jogaram snap explosivo e, naquele momento, estavam descansando, antes de abrirem os presentes.
O relógio deu uma badalada e todos viram que já tinha chegado a hora. Elizabeth se sentou no tapete e fechou os olhos, tal como lhe tinha ensinado seu vovô Ron e ele, aproveitando esse momento, tirou de dentro do bolso um pequeno presente e o expandiu, o pousando à frente da menina. As badaladas cessaram e todos viram Elizabeth retirando as mãozinhas do rosto e soltando um gritinho de felicidade. Pelo formato, souberam de imediato o que era. A menina começou rasgando o embrulho florido, retirando uma caixa retangular, com uma boneca dentro.
– Papai! Papi! – Exclamou ela, se levantando e correndo para seus pais. Albus e Scorpius observaram a mais recente boneca de sua filha, uma boneca angelina negra, de cabelos frisados e um belo vestido rosa, que falava sessenta e duas frases. Seus pais a ajudaram a tirar a boneca da caixa e ela a abraçou com força, escutando a boneca dizer:
– Te amo!
– Que bonito, Liz! – Elogiou Scorpius, vendo a felicidade de sua filha. Todos conheciam seu fascínio por bonecas. Costumava brincar em seu quarto com todas elas, em volta de uma mesinha e tomavam chá. Outras vezes, as deitava em sua cama e lhes contava uma história. Quando não sabia pronunciar uma palavra, corria para seus pais e lhes pedia ajuda. – Como você vai chamá-la?
– Mimi! – Exclamou Elizabeth e correu até aos elfos para lhes mostrar sua nova aquisição. Os adultos se levantaram, um elfo se dirigindo para Lily e pegando em Liam, e começaram trocando seus presentes.
– Fique sentado, pai. – Pediu Albus, vendo como Harry lutava para se levantar do sofá – Eu lhe entrego os presentes.
– Façam o que Albus está dizendo. – Continuou Hugo, se dirigindo para seus pais – A gente lhes entrega os presentes.
Os casais Potter e Weasley voltaram a se sentar no sofá, vendo seus filhos distribuindo os embrulhos. Cada um recebeu um pequeno monte: desde roupa, chocolates, livros para Hermione, que ainda não se cansara de ler. Voltaram para seus lugares, cada um com seus presentes e os abrindo aos poucos. Elizabeth já tinha regressado e estava sentada perto da lareira, abrindo o resto de seus presentes, com a ajuda de Scorpius e Albus. Teddy desembrulhava mais um presente. Já tinha recebido um kit de barbear de Hermione, que deixava seus pelos aparados em segundos. Novas vestes para seu emprego, de Ginny e um perfume de Rose. Ainda lhe faltava a de seu padrinho Harry, de seu tio Ron, de Hugo e Victoire, de Lily e a de James.
Estava pronto para abrir o presente de Lily, que continha uma mensagem: "Para meu Teddy Bear. De sua irmã preferida". Era sua alcunha desde que ela tinha começado a balbuciar suas primeiras palavras, mas seu olhar parou em um presente dourado quadrangular, o presente mais pequeno de todos. Curioso, pegou nele, vendo que era de seu companheiro. Rasgou o embrulho e abriu a tampa, emudecendo, ao mesmo tempo que seu cabelo adquiria uma cor esbranquiçada.
Olhou para James, que o olhava com um pequeno sorriso nos lábios, ansioso pela sua reação. Voltou a olhar para a caixa e tocou no conteúdo, para ver se era real. Percebendo que sim, voltou a olhar para seu companheiro e sussurrou, seu cabelo adquirindo uma forte cor âmbar, que significava que estava feliz.
– Sério? – James deu uma risada e respondeu, enquanto uma lágrima escorria por seu rosto. Teddy voltou a olhar para o presente e, com mãos trêmulas, retirou um frasquinho amarelo de dentro da caixa.
Escutaram o grito de choque de Ginny e as vozes admiradas de seus familiares. Com o rosto banhado de lágrimas, Teddy puxou James para si e o beijou com fervor, tamanha sua felicidade. Elizabeth, vendo a comoção, perguntou para seus pais, enquanto apontava para a poção:
– Que é aquilo? – Scorpius, respondeu, carinhosamente:
– É uma poção que mostra se uma pessoa está esperando um neném.
– Mas é amarela! – Insistiu Elizabeth, dando a conhecer a teimosia Weasley – Nunca tinha visto amarelo na "poxão"! Não é vermelho para meninos e branco para meninas?
– Quer dizer que estão esperando dois nenéns. – Respondeu Albus, vendo sua família saindo de seu assombro e cumprimentando os novos papais.
– Vou ter mais dois primos? – Perguntou Elizabeth, alegremente e, perante a confirmação de seus pais, bateu palmas. Estava ansiosa por conhecê-los, mas sabia que teria de esperar muito tempo. Só esperava que não fosse demasiado.
James e Teddy recebiam os mais entusiasmados cumprimentos, os primeiros a saudá-los tinham sido Harry e Ginny, que choravam de felicidade com a notícia de mais um neto. Depois Ron e Hermione, ela sorrindo de felicidade por ter mais uma criança a seu lado. Ensiná-los-ia tudo o que sabia, tal como estava fazendo com Elizabeth. Victoire abraçou seus primos pela parte de trás do sofá, beijando seus rostos e Hugo soltou uma gargalhada, sendo seguido por Lily e Rose.
James percebeu que Teddy ainda não tinha largado sua barriga desde que recebera a notícia de que ia ser pai. Abraçado a seu companheiro, agradecia as felicitações. Teddy sentia que iria explodir de tanta felicidade. Desde jovem que desejava ser pai, constituir família e, finalmente iria cumprir seu maior desejo.
Pensou em seus pais e sua avó, que estariam felizes por ele e sorriu. A vida era boa.
Continua...