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Fred e George decidem pregar uma peça em dois Slytherins e contam sua ideia a Ron, que concorda com o plano. Mas, nem sempre tudo corre como se pensa e o Gryffindor se vê em uma encrenca que nem ele estava à espera.
Fred e George olhavam animados para seu irmão, Ron, que os observava com espanto. Nunca tinha pensado naquilo. Era uma ideia genial, o plano mais perfeito que os gêmeos tinham inventado. Pregar aquela peça em Malfoy seria demais.
– Gostei da ideia. – Comentou, sentindo a excitação dos irmãos – Mas pensam que resultará?
– De certeza. – Falou Fred, fervorosamente, e George continuou:
– Ver Malfoy e Zabini se beijando no Salão Principal vai ser memorável.
– Mas a Poção de Amor não é proibida em Hogwarts? – Perguntou Ron, um pouco confuso e Fred respondeu, o esclarecendo:
– Não é bem uma Poção de Amor. É uma poção que revela por quem a pessoa está apaixonada.
– Uma invenção nossa. – Revelou George, orgulhoso. Ron continuava cético e Fred disse:
– Nada vai correr mal. – Prometeu Fred - Confie na gente.
– Esperem, deixem ver se percebi. – Começou Ron, organizando suas ideias – Vocês vão enviar, durante o correio da manhã, uma caixa de chocolates com essa poção e eles irão comer, revelando por quem estão apaixonados, estou certo?
– Certo. – Respondeu Fred, continuando – Temos quase a certeza de que eles têm um relacionamento e queremos provar para todo o mundo.
– E qual é a melhor forma de saber, sem ser através de uma poção indolor? – Perguntou George – Todo o mundo sabe que Malfoy é viciado em chocolates. Nada vai correr mal, irmãozinho.
– Hum…tá bom. – Falou Ron, se levantando. – Quero ver se vai funcionar.
Os gêmeos sorriram e, antes de se afastarem, Fred relembrou:
– Lembre-se, ninguém pode saber.
– Vai ver que vai resultar. – Disse George, confiante, lhe pisando um olho – Acredite.
Se afastaram e Ron se sentou no sofá, pensativo. Iria ser bom ver a doninha saltitante e Zabini declararem seus sentimentos ocultos em frente à escola. Sorriu perante esse pensamento.
Se bem que não tinha nada contra Zabini, mas seria excelente ver a queda de Malfoy. E ele iria estar na primeira fila a ver. Era uma vingança por todos os xingamentos e palavras cruéis que ele tinha dirigido à sua família.
Estava tão absorto em seus pensamentos que não viu Harry e Hermione se aproximando dele. Eles se entreolharam ao verem Ron tão distraído, tão absorvido em seu mundo. Hermione decidiu arriscar e chamou, cautelosamente:
– Ron? – Ele não se moveu. Harry também chamou:
– Ron, você está bem? – Mas seu amigo não se movia, observando a parede à frente dele. Por fim, Hermione se aproximou e gritou:
– RON! – Ele apanhou um susto, estremecendo, e olhou para seus amigos. Harry e Hermione perceberam seu olhar desfocado, antes de voltar ao normal. Hermione perguntou, inquieta:
– Como se sente?
– Aconteceu alguma coisa? – Perguntou Harry, seu rosto franzido de preocupação.
– Nada, não. – Respondeu Ron, se levantando de rompante com um sorriso de orelha a orelha. Olhou para seus amigos e perguntou, como se nada tivesse acontecido:
– Estou esfomeado, vamos? – E quase correu para fora da sala comunal. Seus amigos se entreolharam, não sabendo o que dizer, nem o que estava acontecendo, mas seguiram Ron.
Avançaram apressadamente em sua direção e quando se colocaram ao lado dele, Ron comentou em voz alta:
– Hoje será um dia especial. – O espanto estava espelhado nos rostos de seus amigos, não sabendo como reagir à esfuziante energia de seu amigo que, normalmente, acordava mal humorado. – Fiquem atentos.
Piscou um olho e avançou, Harry e Hermione pediam explicações, mas ele só dizia:
– Vocês irão ver…
Continua…