O perdão de Lily (completa)

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo Único

    Nota da Autora: Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.

    Boa Leitura!

    Estava uma bela, mas fria, noite de Natal. A vila de Godric's Hollow estava silenciosa àquela hora da noite, os habitantes estavam em suas casas, aproveitando aquele momento especial. 

    O cemitério estava escuro, contendo centenas de corpos de gerações de bruxos e nascidos Muggles. O silêncio foi cortado pelo som de aparatação.

    Snape apareceu em frente aos portões de ferro. Sua figura era parcialmente iluminada pelos candeeiros de rua. Olhou em redor e, vendo que estava sozinho, tirou de dentro das vestes negras sua varinha, e murmurou:

    - Lumos! - Um feixe de luz apareceu, e avançou, pé ante pé, pelo caminho de neve, observando os nomes escritos em cada lápide, todas decoradas pela brancura da neve que caia. 

    Apertou as vestes contra si, tentando se proteger do frio do inverno. Precisava de encontrá-la. Precisava de ver onde tinha sido enterrada. Não tivera coragem de ir ao funeral dela, sentia que era parcialmente culpado por sua morte. 

    Não deveria ter sido assim. O Lord das Trevas tinha prometido que a pouparia. Era a primeira vez que a vinha visitar. Sentia que tinha de o fazer. A culpa o consumia, o corroía como veneno. Se não tivesse falado da Profecia ao Lord, ela ainda estaria viva. Se arrependia amargamente de tê-lo feito. 

    Ao ver o nome de sua ex-melhor amiga em uma lápide acizentada parou, com o coração aos pulos. Tinha chegado ao destino. 

    Se ajoelhou na neve, erguendo a mão. Tocou de leve na pedra fria, e removeu as camadas de neve. Sentiu as letras cravadas na pedra e uma dor profunda o atingiu. Nem mesmo a morte de sua mãe o tinha afetado tanto. Lágrimas escaparam de seus olhos ônix, descendo por seu rosto e molhando sua roupa. 

    O que tinha feito era imperdoável. Se arrependeria para o resto de seus dias. Nem mesmo tomar conta de seu filho ajudaria a aliviar a culpa que sentia. 

    Não tinha palavras para descrever o que via. Era horrível ver a mulher que se tinha amado em segredo, morta. 

    O sino da igreja tocou, um som endurecedor, que ecoou por toda a vila. Não costumava tocar de noite, naquele dia deveria ser exceção. Contou, em voz baixa, doze badaladas, significando que era meia noite. 

    Sentiu os joelhos molhados, mas não se importou. Olhou para o lado e viu o túmulo de uma das pessoas que tinha feito sua vida em Hogwarts um inferno, James Potter, que também tinha morrido por sua culpa. O odiava por todo o mal que lhe tinha causado. Por todas as palavras dolorosas, por cada maldição lançada. Tantas vezes tinha desejado que ele desaparecesse e, agora, seu desejo de adolescente se tinha tornado realidade. 

    Voltou a observar o túmulo de Lily e suspirou, tentando arrumar um pouco de coragem para desabafar com ela. 

    Depois de Lily ter negado suas desculpas em frente ao quadro da Dama Gorda, nunca mais tinha trocado uma palavra com ela. 

    - Lily... - Começou - É a primeira vez que visito você desde... você sabe. - Respirou fundo, sentindo dificuldade em se expressar, mas precisava de falar. Lily precisava de saber o que ele estava sentindo - Lamento tanto por tudo o que aconteceu. Eu juro que não queria que nada disso acontecesse. Nunca pensei que o Lord... - Sua voz falhou, seus olhos ficaram turvos com as lágrimas, e piscou várias vezes. Limpou as lágrimas que caíram pelo rosto frio e se voltou para o túmulo, continuando:

    - Milagrosamente, seu filho sobreviveu ao ataque e Dumbledore diz que ele está bem, com alguns familiares. Penso que devem ser de seu marido, não sei. Ele é muito secreto em relação à segurança do Garoto que Sobreviveu. É verdade. Foi esse o apelido que lhe deram por ter sobrevivido à maldição da morte. - Hesitou, antes de continuar - Dizem que ele tem seus olhos. Não sei, nunca o vi. Mas, eu juro por Merlin que eu vou protegê-lo do Lord das Trevas, quando ele se reerguer. Dumbledore acredita que ainda vai demorar alguns anos, mas ele vai regressar. Eu vou proteger seu filho... - Hesitou um pouco, mas continuou - E de Potter. 

    A neve tinha parado de cair e começou a chover. Rapidamente, Severus ficou molhado da cabeça aos pés, mas não se moveu. Seus cabelos negros estavam colados no rosto. Afastou os fios negros de frente de seus olhos, continuando a observar o túmulo de Lily. Respirou fundo e implorou, sua voz denotando o desespero que sentia:

    - Me perdoe, Lily! - E se agarrou com força à lápide, encostando seu rosto na pedra molhada. As lágrimas continuaram caindo silenciosamente por seu rosto, e suspirou. 

    Um vento suave acariciou seus cabelos e, nesse momento, soube que Lily o tinha perdoado. Deixou escapar um sorriso no, aliviado. Se levantou, sentindo as pernas dormentes, e movimentou a varinha. À sua frente apareceu um buquê de lírios roxos, as flores preferidas dela, e o pousou em sua lápide. 

    - Adeus, Lily. - Sussurrou - Obrigado por todos os momentos que passámos juntos, por ter sido minha amiga. E lamento profundamente de tê-la insultado. Nunca quis que nossa amizade terminasse, ainda mais do jeito que foi. Nunca a esquecerei. 

    E se afastou, se sentindo mais leve. Sentia que, finalmente, sua vida estaria levando um rumo certo. 

    FIM

    Estava uma bela, mas fria, noite de Natal. A vila de Godric's Hollow estava silenciosa àquela hora da noite, os habitantes estavam em suas casas, aproveitando aquele momento especial. 

    O cemitério estava escuro, contendo centenas de corpos de gerações de bruxos e nascidos Muggles. O silêncio foi cortado pelo som de aparatação.

    Snape apareceu em frente aos portões de ferro. Sua figura era parcialmente iluminada pelos candeeiros de rua. Olhou em redor e, vendo que estava sozinho, tirou de dentro das vestes negras sua varinha, e murmurou:

    - Lumos! - Um feixe de luz apareceu, e avançou, pé ante pé, pelo caminho de neve, observando os nomes escritos em cada lápide, todas decoradas pela brancura da neve que caia. 

    Apertou as vestes contra si, tentando se proteger do frio do inverno. Precisava de encontrá-la. Precisava de ver onde tinha sido enterrada. Não tivera coragem de ir ao funeral dela, sentia que era parcialmente culpado por sua morte. 

    Não deveria ter sido assim. O Lord das Trevas tinha prometido que a pouparia. Era a primeira vez que a vinha visitar. Sentia que tinha de o fazer. A culpa o consumia, o corroía como veneno. Se não tivesse falado da Profecia ao Lord, ela ainda estaria viva. Se arrependia amargamente de tê-lo feito. 

    Ao ver o nome de sua ex-melhor amiga em uma lápide acizentada parou, com o coração aos pulos. Tinha chegado ao destino. 

    Se ajoelhou na neve, erguendo a mão. Tocou de leve na pedra fria, e removeu as camadas de neve. Sentiu as letras cravadas na pedra e uma dor profunda o atingiu. Nem mesmo a morte de sua mãe o tinha afetado tanto. Lágrimas escaparam de seus olhos ônix, descendo por seu rosto e molhando sua roupa. 

    O que tinha feito era imperdoável. Se arrependeria para o resto de seus dias. Nem mesmo tomar conta de seu filho ajudaria a aliviar a culpa que sentia. 

    Não tinha palavras para descrever o que via. Era horrível ver a mulher que se tinha amado em segredo, morta. 

    O sino da igreja tocou, um som endurecedor, que ecoou por toda a vila. Não costumava tocar de noite, naquele dia deveria ser exceção. Contou, em voz baixa, doze badaladas, significando que era meia noite. 

    Sentiu os joelhos molhados, mas não se importou. Olhou para o lado e viu o túmulo de uma das pessoas que tinha feito sua vida em Hogwarts um inferno, James Potter, que também tinha morrido por sua culpa. O odiava por todo o mal que lhe tinha causado. Por todas as palavras dolorosas, por cada maldição lançada. Tantas vezes tinha desejado que ele desaparecesse e, agora, seu desejo de adolescente se tinha tornado realidade. 

    Voltou a observar o túmulo de Lily e suspirou, tentando arrumar um pouco de coragem para desabafar com ela. 

    Depois de Lily ter negado suas desculpas em frente ao quadro da Dama Gorda, nunca mais tinha trocado uma palavra com ela. 

    - Lily... - Começou - É a primeira vez que visito você desde... você sabe. - Respirou fundo, sentindo dificuldade em se expressar, mas precisava de falar. Lily precisava de saber o que ele estava sentindo - Lamento tanto por tudo o que aconteceu. Eu juro que não queria que nada disso acontecesse. Nunca pensei que o Lord... - Sua voz falhou, seus olhos ficaram turvos com as lágrimas, e piscou várias vezes. Limpou as lágrimas que caíram pelo rosto frio e se voltou para o túmulo, continuando:

    - Milagrosamente, seu filho sobreviveu ao ataque e Dumbledore diz que ele está bem, com alguns familiares. Penso que devem ser de seu marido, não sei. Ele é muito secreto em relação à segurança do Garoto que Sobreviveu. É verdade. Foi esse o apelido que lhe deram por ter sobrevivido à maldição da morte. - Hesitou, antes de continuar - Dizem que ele tem seus olhos. Não sei, nunca o vi. Mas, eu juro por Merlin que eu vou protegê-lo do Lord das Trevas, quando ele se reerguer. Dumbledore acredita que ainda vai demorar alguns anos, mas ele vai regressar. Eu vou proteger seu filho... - Hesitou um pouco, mas continuou - E de Potter. 

    A neve tinha parado de cair e começou a chover. Rapidamente, Severus ficou molhado da cabeça aos pés, mas não se moveu. Seus cabelos negros estavam colados no rosto. Afastou os fios negros de frente de seus olhos, continuando a observar o túmulo de Lily. Respirou fundo e implorou, sua voz denotando o desespero que sentia:

    - Me perdoe, Lily! - E se agarrou com força à lápide, encostando seu rosto na pedra molhada. As lágrimas continuaram caindo silenciosamente por seu rosto, e suspirou. 

    Um vento suave acariciou seus cabelos e, nesse momento, soube que Lily o tinha perdoado. Deixou escapar um sorriso no, aliviado. Se levantou, sentindo as pernas dormentes, e movimentou a varinha. À sua frente apareceu um buquê de lírios roxos, as flores preferidas dela, e o pousou em sua lápide. 

    - Adeus, Lily. - Sussurrou - Obrigado por todos os momentos que passámos juntos, por ter sido minha amiga. E lamento profundamente de tê-la insultado. Nunca quis que nossa amizade terminasse, ainda mais do jeito que foi. Nunca a esquecerei. 

    E se afastou, se sentindo mais leve. Sentia que, finalmente, sua vida estaria levando um rumo certo. 

    FIM


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