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Tempo estimado de leitura: 49 minutos
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Nota da Autora:
1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
2) Contém Slash (relação Homem x Homem), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.
Uma boa leitura a todos ^^
Neville abriu os olhos, escutando as vozes animadas de seus colegas, que saiam do dormitório. Bocejou, enquanto se levantava e se espreguiçava. Pegou em sua bolsa de produtos de higiene, como também em um uniforme lavado, e afastou as cortinas da cama, tentando ignorar o peso entre suas pernas. O sonho que tinha tido com seu Professor de Poções não saia de sua cabeça. Não conseguia ignorar como, em seu sonho, Severus o tinha agarrado com delicadeza e o beijado apaixonadamente. Se arrepiava ao imaginar os toques do Slytherin, os lábios finos percorrendo cada pedaço de sua pele desnuda. Se dirigiu para o banheiro, fechando a porta atrás de si. Tirou o pijama e entrou na banheira. Não sabia quando se tinha apaixonado por seu professor, mas os sonhos eróticos tinha-os desde que iniciara seu sexto ano. Na altura, quando Snape tinha assassinado o diretor, ficara extremamente machucado e revoltado. Chorara durante dias, não compreendendo o motivo de ele tê-los atraiçoado. Sem Dumbledore, Voldemort tinha acesso a Hogwarts, fazendo o que desejasse. E tivera razão. Os Carrows tinham torturado os estudantes a seu bel prazer, acorrentando-os nas masmorras durante dias e, por vezes, semanas, e lhes aplicando a maldição cruciatus. Ele tinha sido um dos mais castigados, porque não queria se submeter aos caprichos dos Comensais da Morte.
Os professores tentavam encobri-los mas, por vezes, era impossível. Snape, no entanto, não era sádico. Normalmente, encarregava os Chefes de Casa dos castigos de seus alunos ou enviava-os para a floresta proibida, com Hagrid, como tinha sido cm ele, Ginny e Luna quando tentaram roubar a espada de Godric Gryfindor. Tinham sido meses muito duros, de muito sofrimento para todos, até Harry aparecer e salvá-los. A batalha final tinha sido vencida com muitas perdas, como a de Fred, Dora e Remus, mas também de muitas descobertas. Ele ficara com o coração despedaçado ao escutar a morte de Severus, mas lutou bravamente, realizando o pedido de Harry e matando Nagini.
Nem a morte de Voldemort lhe tinha tirado a dor de ter perdido seu amado. Quando o trio de ouro decidira buscar o corpo do Mestre de Poções, pedira para acompanhá-los. Precisava de se despedir, uma ultima vez. Se dirigiram para a Casa dos Gritos e ele, ao ver o corpo moribundo de Severus, não conseguira evitar seu choro. Como pudera pensar que ele os tinha traído? Hermione o abraçara, tentando consolá-lo. Não sabia, mas talvez sua colega desconfiasse de sua paixão por Snape. Ela se tinha afastado dele para ajudá-los Harry e Ron limpavam o sangue que escorria lentamente de uma horrível mordida. Ao ver o que eles estavam fazendo, tinha avançado rapidamente até ao professor, de sua varinha saindo variados feitiços. Tinha soltado um grito horrorizado e exclamado que Severus estava vivo, para choque de todos. Se ajoelhando a seu lado, tinha pegado em uma bolsinha e dera a ele vários frascos com poções para beber. Cada minuto que passara, uma coloração rosada cobrira seu rosto. Os três garotos ficaram observando como ela trabalhava com rapidez e eficácia, não acreditando que o professor tinha sobrevivido à mordida mortal de Nagini. Só quando viu o peito de Snape subindo e descendo com rapidez, é que tinha acreditado.
Tentando controlar as lágrimas que queriam sair, ajudou-os a levar o professor para o castelo, com todo o cuidado que conseguiam. Entraram no Salão Principal, ainda atolado de sobreviventes, gritando por ajuda, quando viram Albus Dumbledore, em carne e osso. Ao ver o estado crítico de Snape, pedira para que o levassem para a enfermaria, seguido atrás deles. Ele e o trio de ouro tinham ficado chocados ao ver o diretor Dumbledore com vida. Todos tinham ido a seu funeral, lhe prestando a ultima homenagem e tinham visto o corpo. Enquanto saiam do Salão Principal, Dumbledore lhes revelara toda a verdade. Afinal, Severus não o tinha assassinado com a Maldição da Morte, mas utilizado um feitiço ancestral, que fazia com que os sinais vitais do diretor ficassem visivelmente nulos, para todos pensarem que tinha morrido. E ele tinha tomado conta dele, em segredo, durante todo aquele tempo, conseguindo curar com sucesso a maldição de sua mão. Ficaram espantados com a revelação. Nunca, em toda suas vidas, desconfiariam desse plano. Ao entrarem na enfermaria, deitaram-no na primeira cama disponível e Madame Pomfrey começo - o que seria – seu árduo trabalho. Dumbledore pedira para que eles o seguissem, mas Neville negou, pedindo para ficar ao lado de Severus. Com os olhos brilhando por detrás de seus óclinhos de meia lua, o diretor pediu para a enfermeira que ele ficasse na enfermaria, que foi acatado com relutância.
Durante os dois meses seguintes, Neville ia até Hogwarts ajudar na restauração do castelo e, de seguida, ficava ao lado de Snape, recebendo atualizações diárias do estado de saúde do professor. E, não era o único. Harry também costumava, regularmente, visitar o professor, para saber como estava. Conversavam os dois, contando como tinham sido aqueles meses sem se verem. Neville ficara chocado ao descobrir que ele poderia ter sido o escolhido e sobre a caça às Horcruxes. Se perguntava, com frequência, se teria a mesma frieza de Harry para caminhar para a morte. Nunca saberia. Harry lhe revelara que não iria regressar a Hogwarts, tinha recebido um convite do Ministério da Magia para entrar um um curso de Aurors e ele aceitara. Afinal, era seu sonho.
Assistira, através dos jornais, aos julgamentos dos Comensais da Morte sobreviventes. Draco e sua mãe tinham sido ilibados de acusações – graças a Harry -, que revelou que Narcissa o tinha ajudado no final, mesmo somente para saber se seu filho estava vivo e Draco tinha sido obrigado a se tornar um Comensal da Morte, devido às falhas de seu pai durante a batalha no Departamento dos Mistérios. O julgamento de Snape tinha sido o mais concorrido, onde Dumbledore, Harry e ele tinham ido ao Wizengamot depor a seu favor. Tinha sido das poucas alturas que se tinha afastado do professor. Tinha sido um dos casos mais complicados de se resolver mas, no final, tinham votado em sua inocência. Também como observou como a magia de Severus curava os ferimentos de Nagini, sua pele adquirindo uma cor cada vez mais saudável. Uma manhã, ao chegar à enfermaria, escutou a voz de seu professor, rouca devido aos estragos de Nagini. Por momentos, quisera entrar, mas hesitou. Duvidava que o professor o quisesse a seu lado. Decidira continuar a ajudar na construção e, regularmente, Dumbledore dava notícias de Severus. O professor tinha regressado a sua casa, mas voltaria no início do ano letivo, com o cargo de Poções. Durante as semanas que se seguiram, só pensava em como ele estaria. O castelo tinha sido terminado a tempo e, no primeiro de setembro, estudantes se encontraram em King´s Cross, para mais um ano. A seleção das Casas tinha sido a mais longa da história pois tivera também de selecionar os alunos que foram proibidos de entrar no ano anterior. Neville ficara observando o durante todo o jantar, percebendo que ainda continuava doente. Tinha sido bom ver Hogwarts novamente erguida, embora faltassem alguns alunos, como Colin.
Tinham feito um minuto de silêncio em suas memórias, antes de jantarem. Hogwarts nunca seria a mesma, mas esperava que fosse melhor.
Saiu de seus pensamentos, terminou de fazer sua higiene e saiu do banheiro. Guardou sua bolsa e se dirigiu para o Salão Principal, trocando cumprimentos durante o caminho. Comeu um reforçado café da manhã e, de seguida, Mc Gonagall lhes entregou o horário. Viu, espantado, que tinha aula dupla de Poções com os Ravenclaws. Seu coração bateu rapidamente contra seu peito, se perguntando como conseguiria esconder seus sentimentos de Snape durante aquele ano. De certeza, que não seria nada fácil.
Continua...