Capítulo Único

Draco aparatou na sala de sua mansão e reparou que Astória estava sentada no sofá de couro negro e amamentava o pequeno Scorpius. O loiro sorriu, emocionado, sentindo seu coração se esquentar de felicidade. Nunca pensou ser tão feliz como era agora. Estava casado com a mulher que amava e tinham um filho lindo, Scorpius. O loiro nunca se arrependeu de ter casado com ela, desfazendo o casamento que seus pais lhe tinham arranjado com Pansy.

Sua mulher ainda não tinha reparado que ele tinha chegado e o loiro aproveitou para os observar mais um pouco, em silêncio. Reparou que Scorpius se afastou do seio da mãe e bocejou. Astória limpou a boquinha do bebê com um paninho de algodão azul bebê e o endireitou em seu colo. Endireitou a camiseta, se levantou e, ao ver Draco, sorriu carinhosamente. Se dirigiu para ele, que abriu os braços e os abraçou delicadamente. Beijou a mulher com paixão e se afastaram. Astória sorriu para o loiro e comentou:

-Eu não ouvi você chegando. Já chegou á muito?

-Não. – Respondeu o loiro – Eu estava vendo você dando de mamar ao nosso filho.

Astória sorriu e pegou na mão do marido, o encaminhando para o sofá. Se sentaram e ela lhe passou o bebê, que estava dormindo serenamente. Draco pegou delicadamente em Scorpius, para não o acordar, e o embalou. Sorriram, emocionados.

Suas vidas tinham mudado radicalmente em cinco anos. Mesmo com a diferença de idades, de dois anos, começaram a namorar em Hogwarts. Draco se encontrava no sétimo e Astória no quinto. Tudo tinha começado na biblioteca. Eles se encontravam por acaso e conversavam, enquanto estudavam. Perceberam que se davam muito bem. O loiro saiu da escola e levou com um processo por ter sido um Comensal da Morte. Pensou que seria preso, mas Potter o apoiou em pleno tribunal dizendo que ele tinha sido obrigado a ser um Comensal. A influência do Garoto – Que – Matou – Voldemort fez com que Draco fosse ilibado. Durante todo o tempo em que seu processo esteve em tribunal, continuava se comunicando com Astória, que o apoiava e se encontravam, aos fins de semana, em Hogsmeade, passeando juntos. Dois anos depois, os pais de Draco, para recuperarem a influência e o dinheiro que tinham perdido durante a guerra, quiseram que ele se casasse com Pansy, mas ele recusou, perdendo a herança a que tinha direito. O loiro e Astória alugaram uma casa e começaram a trabalhar no Ministério da Magia. Passado um ano, se casaram. Tinha sido uma festa simples, com alguns convidados e houve uma surpresa especial: sua mãe, Narcissa tinha aparecido e lhe tinha pedido perdão, por não o ter apoiado. Draco a perdoou e a relação entre ele e seus pais começou a melhorar.

Dois anos depois, descobriram que Astória estava grávida e ficaram muito contentes com a notícia. A vida deles estava correndo muito bem.

Astória falou, tirando Draco de seus pensamentos:

-Amor, no que você está pensando? – O loiro sorriu e respondeu:

-Em como minha vida mudou em apenas três anos.

-E isso é bom? – Perguntou a mulher, com receio. Draco sorriu e a abraçou delicadamente. Deu um beijo na testa de seu filho e respondeu:

-Não, Asty. – Astória empalideceu a resposta e o loiro a abraçou e sussurrou em seu ouvido:

-É perfeito. – A mulher sorriu com a resposta de seu marido e colocou a cabeça no ombro dele, suspirando. O loiro suspirou, sentindo o cheiro do shampoo de morangos que emanava dela.

Astória era a mulher da vida dele. Seu mundo. Seu porto seguro. A amava incondicionalmente e faria de tudo para a ver feliz. Um sorriso dela iluminava seu dia. Desviou o rosto e a observou. Sem se conter, declarou:

-Eu te amo. – Astória afastou a cabeça do ombro dele e sorriu, emocionada. Ergueu a mão e tocou carinhosamente o rosto dele. Draco suspirou com o toque e puxou sua mulher para si, sem machucar o bebê e a beijou com paixão. O pequeno Scorpius se remexeu, inquieto, mas não acordou. Se separaram e ela disse:

-Eu também te amo. – Draco sorriu e encostou sua mulher contra si. Os dois se deixaram ficar, sentindo o bater de seus corações. O loiro se sentia pela primeira vez, em muitos anos, uma pessoa completa.

FIM