S - a - m - a - r -a

  • Finalizada
  • Sora Chan
  • Capitulos 1
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 1

    A vida.

    O meu nome é Samara Morgan. Todos pensam em mim como a má de toda a história, mas, as coisas não são bem assim. Desde o momento que minha alma veio a esse mundo, o espírito de uma mulher angustiada possuiu meu corpo. Uma vez pude tomar o controle e pedi socorro a minha pobre mãe, que foi julgada louca ao tentar me ajudar. Senti o meu corpo estremecer e soube que mais uma pessoa assistira a aquela maldita fita, ou seja, essa mulher me obrigaria a matá-la de novo, sem se importar se fosse uma garota ou até mesmo uma simples criança. Seria estranho dizer que ela era sem coração?

    - Me deixe ir... ?Implorei a ela em minha mente.

    -Cale-se, a sua voz me irrita. ? ela disse afundando meu corpo nas águas escuras do poço em que eu estava aprisionada. Aquilo me deixava muito desconfortável.

    Será que um dia poderei ser livre? Durante os últimos setes dias rezei para que a pessoa com a fita a repassasse, mas, ela pareceu mantê-la sobre os seus cuidados durante toda a semana. Nesse período de tempo, ela me castigava por diversão, afundando-me na água diversas vezes. Ninguém nunca soube,mas, eu nasci com uma doença em que o meu corpo doía muito a qualquer tipo de contato com a água, e não sei se por azar ou destino, também tinha hidrofobia, ou simplificando ??medo?? da água. Os sete dias passaram muito lentamente, e nesse tempo, pude parar para refletir, o que seria de mim? Provavelmente, uma eterna escrava desse espírito, que não parecia ter dó em seu coração sombrio. E quando menos esperei, o sétimo dia chegara, e o prazo para a pessoa, terminaria agora.

    - Que garoto bobo... ? ela disse, começando a escalar o poço. ? Isso vai ser divertido.

    - Pare... ? Implorei.

    - Ninguém pediu a sua opinião. ? repreendeu-me abrindo a tampa do poço para passar.

    Na nossa frente, havia um buraco naquela paisagem preto e branco, por onde passaríamos, e mais um assassinato seria cometido, por culpa da minha fraqueza. Começamos a passar, e no momento em que coloquei a cabeça para fora, dois olhos negros me fitavam, e no mesmo segundo senti-me sendo agarrada pelos braços. Ela se virou para ele, assustada. Normalmente as pessoas ficavam quietinhas e bem longe da TV esperando a morte, o que não era muito esperto, mas, agarrar? Olhei-o em seus olhos negros. Seus cabelos eram castanhos, e levemente descabelados.Sua franja estava caída sobe o olho direito, deixando-o de alguma forma,mas, bravo.

    - Solte esse espírito agora. Antes que eu te destrua. ? sua voz soava furiosa, então o rapaz sorriu, e senti como se ele pudesse ver a minha verdadeira alma. ? Não se preocupe, logo terá o seu espírito solto.

    Meu ''coração'' palpitou forte, pela primeira vez em toda a minha ??vida??. Senti o espírito dela hesitante, perdendo forças, deixando de existir. A energia daquele garoto era incrível o bastante para espantar aquela que me ''assombrara'' por tanto tempo. Aquele meu corpo morto o olhava, incrédula, mas, com a provável feição tenebrosa que eu adique rira.

    - Como...? ? perguntei com aquela minha estranha voz. Aquilo era um sonho não é? Nunca em todo o tempo em que estive viva algo bom acontecera. Era mesmo verdade?

    - Agora, a sua alma irá retornar ao ponto de partida. Não tenha medo, e siga sempre em direção a luz, talvez demore um pouco até que você volta a terra, mas, parecerão minutos. ? ele tocou os dois dedos em minha testa, me senti tão leve que achei que fosse voar.

    Não sabia se queria mesmo ir, mas, parando para pensar... Não seria tão ruim, viver...

    - Quem sabe não te vejo de novo? - e dizendo isso, ele murmurou algumas palavras estranhas, e me sentindo leve, subi aos céus.

    Quem diria que eu renasceria justamente como irmã de meu salvador, que eu descobrira ao crescer um pouco, se chamar Antônio? Quem diria, que seus, ou agora meus, pais eram Mediuns? Quem diria, que era tão bor ter uma vida?


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