Coragem e Vingança - Dron (completa)

Tempo estimado de leitura: 14 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo Único

    Homossexualidade

    Nota da Autora:

    1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão. 2) Contém Slash (relação Homem x Homem), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.

    Uma boa leitura a todos ^^

    Ron estava no dormitório masculino, sentado na borda da cama. Era de noite e as cortinas em volta de sua cama estavam fechadas, para ter mais privacidade. Da ponta de sua varinha saía uma luz suave, para não incomodar seus colegas e observava, de cenho franzido, as cartas que estavam á sua frente, espalhadas ao longo da cama. Eram várias cartas, que recebia desde o início de seu sexto ano e eram todas anônimas.  

    Quando recebeu sua primeira carta reparou, pelo estilo da letra, que era escrita por um garoto. Decidiu ignorar, pois pensou que era uma pegadinha de mau gosto mas, depois, começaram a vir cada vez mais e mais provocadoras, o deixando cada vez mais desesperado. Começou a observar, em todas as horas e todos os locais, todos os alunos do sexo masculino de Hogwarts, tentando perceber se alguém o observava atentamente, mas ninguém olhava para ele com interesse.

    Quando lhe escreviam, Ron enviava uma resposta, perguntando quem era e o que pretendia. Mas nunca respondiam ao que ele queria. Não contou a Hermione nem a Harry o que estava acontecendo. Era vergonhoso para um Gryffindor como ele contar a seus amigos que estava sendo assediado sexualmente por um garoto. Ele queria parar com o assédio, mas não tinha coragem suficiente para o fazer.

    Frustrado, colocou as cartas por ordem e pegou nelas. Sentiu a textura do pergaminho contra sua pele e as contou baixinho. Eram vinte no total. Relendo as cartas, reparou que todas elas tinham palavras provocadoras. Uma delas explicitava detalhadamente o que iriam fazer, se estivessem sozinhos. Ron sentiu seu rosto ruborizar e suas orelhas ficarem vermelhas só de imaginar. Suspirou e arrumou as cartas, de novo, no fundo do malão. Olhou para o relógio, que estava em cima do criado mudo e viu que era meia-noite. Sufocou um bocejo com a mão e tirou a camiseta. Estava se preparando para retirar as calças, quando uma coruja negra entrou pela janela aberta do dormitório e deixou um envelope em cima de sua cama, saindo de seguida. Suspirou, olhando a coruja partir e pensou:  "Não quer resposta." 

    Esticou o braço, sentindo que ele tremia levemente e pegou na carta. Com cuidado, rasgou o envelope, fazendo o mínimo de barulho possível. Retirou o pergaminho, o desdobrou e leu:  

    Em sua ultima carta, me pediu para que eu me revelasse. Ainda quer saber quem eu sou? Então venha á Torre de Astronomia á 00:10 para saber quem sou e o que pretendo.

    Era tudo o que estava escrito.  Ron pousou o pergaminho em cima do criado mudo e pensou, mordendo seu lábio inferior:  "Droga! Como vou para a Torre de Astronomia sem que me vejam?" 

    Seus olhos vaguearam pelo dormitório e pararam no malão de Harry. Uma ideia lhe surgiu: "Claro! Uso a capa de invisibilidade de Harry."

    Vestiu novamente a camiseta e, sem fazer barulho, calçou uns chinelos e se dirigiu ao malão de seu amigo. Olhou para Harry e viu que ele estava dormindo como uma pedra. Abriu o malão e retirou a capa e o mapa do Maroto. Olhou uma ultima vez em volta do dormitório, vendo que todos estavam dormindo. Se dirigiu para a porta e a abriu, estando atento a seus colegas. Mas nenhum deles se mexeu. Fechou a porta devagar e suspirou, aliviado. Seu coração batia descompassadamente contra seu peito e sua respiração estava irregular. Colocou uma mão em seu cabelo ruivo, o afastando de seus olhos e colocou a capa em cima de si. Desceu as escadas e entrou na sala comunal. Ainda se encontravam alguns alunos do sexto e do sétimo ano, ora conversando, ora jogando snap explosivo. 

    Caminhou calmamente pelo meio deles, tentando não acertar em ninguém. Não queria imaginar o desespero de seus colegas ao se sentirem tocados por um ser invisível. Reparando que um aluno tinha entrado pelo retrato da Dama Gorda, com um prato cheio de bolinhos de canela em suas mãos, correu para atravessar o retrato antes de ele fechar. Ainda teve tempo de dar mais uma olhadela ao prato, desejando retirar um bolinho, mas sabia que não podia.

    Atravessou o retrato a tempo de ouvir um baque surdo atrás de si. Respirou fundo, devagar, para a Dama Gorda não o escutar e olhou para o corredor, vendo que estava vazio. Olhou para o relógio da escola e viu que era meia noite e cinco. Abriu o mapa e disse:  

    —  Juro solenemente que não vou fazer nada de bom.  - Imediatamente linhas de tinta começaram a delinear as seguintes palavras:  

    Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas 

    têm a honra de apresentar 

    O MAPA DO MAROTO 

    Então se tornaram visíveis todos os detalhes dos terrenos e do castelo, além dos pontinhos minúsculos que se moviam dentro e fora da escola. Reparou que Filch, tal como os professores,  estavam em seus gabinetes e que não havia nada o impedindo de se dirigir para a Torre de Astronomia.  Começou a correr, enquanto agarrava a capa firmemente com suas mãos,  para que não escorregasse. De vez em quando olhava nervosamente para o mapa. Ninguém o esperava.  

    "Será que estão zoando de mim?" – Pensou Ron, de cenho franzido —"Se for isso, eu irei descobrir."  

    Quando chegou á Torre de Astronomia, reparou que estava vazia. Retirou a capa e olhou para o relógio. Era meia noite e dez. Se sentou o chão frio da Torre e ficou observando o céu.  Apontou a varinha para o mapa e disse:  

     — Malfeito feito! - Guardou o mapa dentro do bolso da calça e esperou pela chegada da pessoa desconhecida, tentando imaginar quem ela seria.    

    OoOoO 

    Ron estava de pernas cruzadas no chão e tamborilava impacientemente seus dedos em sua perna direita. Estava farto de esperar. Era meia noite e meia e ainda ninguém tinha aparecido. Se levantou, alisou sua roupa e estava pronto para se ir embora, quando alguém o agarrou pelo braço e, lhe tapando a boca, o começou a arrastar. O ruivo ficou em pânico, sentindo seus olhos sendo vendados magicamente. Não sabia o que estava acontecendo.  Não via nada com o pano á frente de seus olhos. Tentou buscar a varinha em seu bolso, mas percebeu que lhe tinham tirado. Pouco depois, o obrigaram a parar e uma voz sarcástica comentou, enquanto lhe retirava a venda:

    —  Você veio mesmo,  Weasley. –  Ron piscou os olhos, confuso, e questionou, reconhecendo a voz de Malfoy:  

    —  Malfoy?  O que você faz aqui?  

    —  Meu Merlin, Weasley. Você é tão burro que não sabe que sou eu o responsável pelas cartas. – Respondeu o Slytherin e Ron empalideceu. Percebeu tarde demais que era uma armadilha de Malfoy para o humilhar. Olhou em volta e percebeu que estava em uma sala vazia. Suspirou e olhou para os olhos prateados de Malfoy e ele o olhou de volta.  Se olharam nos olhos durante bastante tempo. De repente, sem que Ron contasse,  Malfoy prensou-o contra a parede e começou por beijá-lo com desespero no pescoço, o fazendo arfar.  

    — O que você está fazendo? – Questionou,  confuso, sua voz saindo como um gemido contido. Mas Draco não ligou á pergunta do ruivo e continuou beijando seu pescoço, o fazendo gemer um pouco mais alto.  

    — Oh, meu Deus! Pare com isso! – Exclamou Ron, mas o loiro não parou – Isso é errado! - Disse, com a voz tremendo. - Isso é tão errado!

    — Shiu,  Weasley! –  Draco murmurou contra o pescoço de Ron. O loiro dava pequenas dentadas em seu pescoço, o obrigando a apertar os lábios para não gritar de prazer.  

    — Você é ... você é um Slytherin. - Ron gemia, as mãos do loiro agarrando sensualmente seu corpo. Tentava recuperar a razão, mas as mãos do Slytherin não o deixavam pensar direito. - Você é um Malfoy!  

    Draco beijou o pescoço de Ron, com suavidade. O ruivo choramingou quando o loiro percorreu seu corpo com as mãos, um toque gentil e carinhoso. Deixou Draco pressioná-lo com mais força contra a parede da sala, mesmo sentindo o frio da pedra contra suas costas.  

    — Malfoy ...- Ron suspirou contra os lábios dele, os dedos massajando seu cabelo loiro, se apercebendo que era sedoso. Sentia seu controle fugindo de seu corpo e precisava de o recuperar. Inspirou fundo e, lutando contra seu desejo, exclamou:

    — Malfoy.  Draco.  Draco!  

    Draco se afastou, questionando Ron com os olhos.  

    — Que é? – Perguntou com a voz irregular, mas tão suave e baixa que fazia qualquer um suspirar.  

    — Porquê? – Questionou Ron, quebrando o silêncio – Porquê brincar com meus sentimentos,  Malfoy? Porquê?

    Sua voz saiu ligeiramente embargada.  Draco tocou no rosto de Ron,  limpou uma lágrima que lhe caía pelas bochechas rosadas e disse:   

    — Eu não estou brincando com seus sentimentos,  Weasley. Tudo o que eu escrevia naquelas cartas era verdade.  

    — Até…até o fato de dizer que me ama? – Questionou o ruivo, entre incrédulo e admirado.  Draco pousou suas mãos á sua frente,  olhou em seus olhos e disse, com sinceridade:  

    — Eu próprio já tentei esquecer você. Tentei de tudo: Sai com garotas, humilhei você e sua família mas, sempre que fazia isso, me doía o coração. No início foi complicado para mim dizer que gostava de um garoto, mas agora…eu tenho medo que você me deixe.  

    Ron percebeu a dor nos olhos de Draco. Desejava abraçá-lo, dizer que estava tudo bem, mas perguntou:

    — Quando é que se apercebeu que me amava?

    — Em nosso quinto ano. - Respondeu ele, olhando para suas mãos – Mas penso que já estava apaixonado por você desde o terceiro ano. Eu é que não me apercebi. Pensei que tudo o que sentia era ódio, mas era ciúme de você.

    — Ciúme?

    — Sim, por você estar sempre com Granger e Potter. - Admitiu Draco, olhando para ele — Nunca gostei da atenção que você dava a eles.

    Ron tocou com suavidade no rosto dele e disse:  

    — Eu também amo você, Draco. Só odeio o fato de você estar sempre me maltratando. Me machuca. – O loiro se afastou do toque do ruivo e Ron percebeu que seu olhar demonstrava confusão e desespero.  

    — Eu queria também me vingar de você por seu pai ter colocado o meu em Azkaban. Mas não consigo.   

    Revelou o Slytherin. Tapou seu rosto com as mãos e repetiu como um mantra:  

    — Não consigo, não consigo…- Ron se afastou da parede e se dirigiu para o loiro, lhe dando um beijo em seus cabelos platinados e dizendo:  

    — É preciso muita coragem para dizer o que você me disse. –  Draco levantou o olhar dolorido e disse:  

    — Você não está zangado comigo? –  Ron sorriu maliciosamente e respondeu:  

    — Para isso você vai ter de me recompensar. –  Draco deu um sorrisinho, aliviado, e o puxou para si. Ron sentiu seu coração batendo mais fortemente ao perceber que o loiro se aproximava cada vez mais dele e o beijava com paixão. O ruivo se deitou na mesa, agarrou Draco e o trouxe para junto de si. Com o loiro em cima de si,  sussurrou apaixonadamente:  

    — Quero ser seu. Há muito tempo que estou esperando por isso. – Draco olhou com volúpia para Ron e disse, sentindo suas ereções se roçarem.  

    — Aqui não. – Se levantou e pegou no ruivo ao colo, o carregando até á sala comunal dos Slytherin, atravessando as passagens secretas. Quando chegou á beira do retrato disse a senha e Ron reparou que o retrato não parecia surpreendido por ver dois garotos juntos, ainda mais sendo um carregando o outro.  Draco subiu as escadas da ala masculina e foi para seu dormitório. Acendendo a luz e pousando cuidadosamente Ron em sua cama, disse:  

    — Meu dormitório é muito sossegado. Ninguém nos irá incomodar. – Lançando um encantamento silenciador e trancando a porta,  Draco se dirigiu para o ruivo, que o olhava com desejo,  e se sentou na cama. Lentamente, seus rostos se aproximaram e começaram a se beijar. Ron tirou as roupas de Draco á pressa, ficando mais excitado quando viu a ereção do loiro erguida em sua direção. Draco retirou as roupas de Ron com violência, rasgando a camiseta. Ron virou Draco, ficando por cima dele. Começou a beijar o peito do Slytherin, descendo cada vez mais devagar e arrancando gemidos deste. Aproximando seu rosto do pênis de Draco, o envolveu com a boca e o engoliu de uma vez, arrancado um gemido baixo do loiro. Mordendo o lábio para não gritar,  Draco sentia um prazer incontrolável que aumentava mais e mais á medida que Ron fazia movimentos sensuais.  

    — Ron... sim... Ahhhh... – A respiração de Draco estava alterada e apenas os gemidos saíam com facilidade da boca dele. - Oh, por favor, não pare!   

    Respirou fundo, mordendo o lábio com força. Não aguentando mais,  Draco gritou e expeliu seu sêmen na boca de Ron, que engoliu tudo prazerosamente. O ruivo se dirigiu para a beira de Draco e deitou sua cabeça no peito dele. O loiro olhou para Ron, com uma expressão de puro prazer no rosto e disse:  

    — Você foi ótimo. –  Ron sorriu e começou a sentir o sono vindo. O Slytherin, percebendo seu estado, acariciou seus cabelos ruivos até adormecer.  

    OoOoO 

    Ron abriu os olhos e ligou a luz. Olhou para o relógio que estava em cima do criado mudo do Slytherin e viu que eram seis da manhã. Se tentou levantar, mas foi impedido por Draco, que questionou, sonolento:  

    — Onde vai?  

    — Tenho de voltar para o meu salão comunal. Vão notar a minha falta. – Respondeu, mas Draco o puxou para si e o beijou apaixonadamente.  Ron correspondeu com o mesmo ímpeto. O loiro se colocou em cima de Ron e começou a beijar seu nariz, seus lábios e descendo cada vez mais até seus mamilos e começou a lambê-los e os mordendo devagar, para não o machucar, enquanto Ron soltava gemidos de prazer.  Draco lançou um feitiço não verbal e começou a preparar o ruivo, lhe inserindo um dedo lubrificado. Lentamente, começou a fazer movimentos circulares e Ron gemeu de prazer. Draco inseria com cuidado, cada dedo, fazendo o ruivo gemer com um pouco de dor. Quando se acostumou,  Ron começou a gemer de prazer. Draco, percebendo que ele estava pronto, retirou os dedos, fazendo Ron soltar um gemido de protesto.  

    — Eu não vou machucar você. Prometo. – Disse Draco para Ron. O ruivo acenou afirmativamente, confiando em suas palavras. O loiro espalhou lubrificante por sua ereção e, lentamente, penetrou Ron, o fazendo gemer de dor.  

    — Tá doendo. –  Ron gemeu, mordendo o lábio para não gritar de dor, enquanto uma lágrima caia por seu rosto.  

    — Já vai passar. – Disse Draco, tentando ser gentil. Seu maior desejo era estar completamente dentro de Weasley, mas sabia que o iria machucar e queria que ele também aproveitasse.

    Lentamente,  Ron sentiu a dor se tornando num prazer inimaginável. Puxando o loiro mais para si, gritou:  

    — Mais! –  Draco aumentou os movimentos, aliviado, sentindo o prazer o dominado cada vez mais.  Ron tocou nas costas do loiro e impulsionou seu corpo para a frente, o fazendo gemer de prazer. Os movimentos de vai e vem que Draco fazia levavam Ron á loucura.   

    Os gemidos de ambos se estavam tornando cada vez mais altos, suas respirações mais irregulares e suas feições inundadas pela sensação do mais puro prazer.  

    As mãos de Draco sujeitavam firmemente os quadris do ruivo. Gemidos cada vez mais altos escapavam dos lábios do Gryffindor. O barulho dos seus corpos chocando um contra o outro ecoando por toda a habitação.  

    — Draco! – Gritou Ron. Um grito de puro prazer fluiu de sua garganta ao se ver completamente entregue ao clímax naquele orgasmo. Sentindo seu sêmen sendo expelido, o ruivo gemeu enquanto Draco deixava seu sêmen no interior de Ron. O loiro, sentindo seus músculos reclamando de cansaço, saiu de dentro de Ron com cuidado e se deitou a seu lado.  Ron disse, o olhando nos olhos:  

    — Na próxima vez eu quero possuir você. – Draco limpou o suor que caía por seu rosto e disse:

    — Claro, mas primeiro você vai ter de me fazer uma massagem.  

    — Bobo. – Disse Ron, carinhosamente. O Slytherin sorriu maliciosamente e disse:  

    — Chato.  

    — Cabeça dura.  

    — Te amo. –  Declarou o loiro, inesperadamente. Ron sorriu e disse, antes de beijar Draco:  

    — Eu também. – E se beijaram, sabendo que depois daquela noite nada mais os separaria.  

    Fim


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