Uma Detenção Reveladora - Sneville (completa)

Tempo estimado de leitura: 28 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo 1 - A Visita de uma Colega

    Homossexualidade

    Nota da Autora:

    1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.

    2) Contém Slash (relação Homem x Homem), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.

    3) Minha primeira fanfic com esse casal. Espero que gostem. Bjs emoticon

    Uma boa leitura a todos ^^

    A Segunda Guerra Bruxa tinha, para alívio de muitos, finalmente terminado e Lord Voldemort tinha sido destruído, graças a Harry Potter e à coragem de muitos bruxos, que lutaram bravamente contra as Trevas. Tinham sido tempos sombrios, de medo e terror, onde não se podia sair de casa sem se saber se regressaria para junto de suas famílias, não se podia confiar em ninguém. Qualquer um podia ser o inimigo. Uma guerra, não muito longa quanto a primeira, mas que tinha trazido tantas mortes, dor e sofrimento. Os Comensais da Morte que sobreviveram foram julgados, toda a fortuna de suas famílias lhes foi confiscada, e presos para o resto de suas vidas em Azkaban ou, aqueles mais perigosos, receberam o Beijo do Dementador. Snape, que tinha sido descoberto com vida na Casa dos Gritos, poderia ter tido o mesmo destino, se Potter não tivesse mostrado suas memórias ao Wizengamot, que comprovaram sua inocência, e o libertando, para sempre, da dor e do sofrimento que tinham sido essas guerras.

    Severus abriu seus olhos e piscou várias vezes, sentindo uma forte dor de cabeça. Todo seu corpo estava dolorido, como se tivesse sido surrado, seus músculos estavam tensos e seu pescoço era o que mais lhe doia. Tentou erguer um braço, mas não conseguiu. Fechou os olhos e soltou um gemido baixo de dor. Escutou passos em sua direção e seu corpo ficou automaticamente tenso, seus sentidos em estado de alerta, esperando o que iria acontecer. Não sabia onde estava, a ultima recordação que tinha era do ataque de Nagini. A maldita cobra tinha atacado várias vezes seu pescoço e tinha sentido o veneno correndo por suas veias como um fogo abrasador. Potter tinha aparecido do nada, juntamente com Granger e Weasley, e lhe tinha entregado suas memórias, antes de a escuridão o envolver.

    «Não posso estar vivo.» - Pensou, incrédulo, fechando os olhos. O veneno de Nagini era mortal e ele não tinha tomado nenhum antídoto. Antes que pudesse encontrar uma resposta para o que poderia ter acontecido, uma mão pousou em seu ombro e uma voz falou em seu ouvido, que ele reconheceu de imediato.

    - Está tudo bem, Severus. - A voz feminina tentava acalmá-lo. Seu corpo tremia com a adrenalina do momento e seu coração batia descompassadamente contra seu peito - Você está seguro. Fique calmo.

    - Minerva... - Sussurrou ele, sentindo sua garganta doendo - Onde estou?

    - St. Mungus. - Respondeu ela. O Slytherin abriu lentamente seus olhos e viu à sua frente o rosto preocupado de sua colega. Ela o encarava com arrependimento no olhar.

    - Há quanto tempo estou aqui? - Perguntou, tentando se erguer. Mc Gonagall o auxiliou, puxando seu corpo para cima e colocando um travesseiro atrás de suas costas. Agradeceu, fechando os olhos, se sentia estranhamente fraco.

    - Há cerca de um mês. - Respondeu ela, e Severus fechou seus olhos. Aos poucos, suas ideias voltaram ao lugar, e comentou:

    - Os Aurors estão na porta para me prender.

    - Não. - Respondeu Minerva, tão seriamente, que ele abriu rapidamente seus olhos, percebendo uma pontada de tristezas mesclada com desespero em sua voz. Anos espionando nos dois lados aguçara seus sentidos ao ponto de descobrir, só pela voz ou pelos gestos, se uma pessoa estava mentindo, ou não. Sua colega se sentou na cama, entrelaçando suas mãos nas dele. Severus sentiu as mãos quentes contra as suas, que estavam frias e ela começou por contar o que tinha ocorrido ao longo daquele mês. A ressureição de Harry e a morte do Lord das Trevas, comemoração agridoce do Mundo Bruxo, a captura e julgamento dos Comensais da Morte e aqueles que levaram o Beijo. Severus não conseguiu evitar estremecer nesse momento, se ele estivesse mesmo no lado das Trevas, esse teria sido seu destino. Minerva comentou que Potter tinha sido uma das principais testemunhas a seu favor, mostrando as memórias ao Wizengamot, e o testemunho do retrato de Albus tinha feito diferença na decisão do jurado. Severus ficou surpreendido com essa revelação. Nunca pensaria que o garoto o ajudasse, já que eles se odiava, e depois de todo o mal que lhe tinha feito.

    - Quer dizer - Começou lentamente, não conseguindo acreditar - que estou ilibado?

    - Sim. - Respondeu Mc Gonagall, e suplicou - Me perdoe, Severus. Eu agi erradamente com você. Só estava cumprindo um pedido de Albus e eu...

    - Você não tem de pedir perdão, - Interrompeu ele - Você não sabia de nossos planos.

    Minerva apertou sua mão e Severus se sentiu estranhamente confortado, o que não era normal. Desde Lily que não era tocado tão afetuosamente. Ela sorriu para Snape, que se sentiu bem. O sorriso ela era cativante e, não conseguindo evitar, sorriu de volta. Nunca a tinha visto sorrindo tão carinhosamente por sua causa. Normalmente, eram sorrisos frios ou palavras corteses, endurecidas pela morte de seu amigo Dumbledore e sua entrada como diretor em Hogwarts. Ficou aliviado por se ter livrado desse cargo. Tinha sido o ano mais difícil e estressante de sua vida, cheio de pressões, tentando enganar o Lord das Trevas, seus colegas e toda a sociedade bruxa. Tentando livrar alguns alunos de detenções que colocavam em perigo suas integridades físicas e mentais, e transmitindo secretamente informações à Ordem e a Potter. Minerva observou a bandagem que rodeava o pescoço pálido e não pode deixar de sentir pesar.

    - Harry e Neville vêm aqui todos os dias, esperando que você acordasse. - Revelou e Snape ficou espantado pela segunda vez naquele dia. Ainda entendia que Potter viesse, para saber mais de sua antiga amizade com Lily, mas não compreendia porque Longbottom também vinha. Se recuperou do choque, e agradeceu:

    - Obrigado, Minerva.

    - Não precisa agradecer. - A Chefe da Casa dos leões estava espantada, embora não demonstrasse. Era a segunda vez, naquele dia, que ele lhe agradecia. Slytherins eram muito orgulhosos e era raro da parte deles palavras de agradecimento. Estava pronta para se despedir mas, vendo o desconforto de seu colega, perguntou:

    - Posso fazer algo por você? - Ele hesitou, mas pediu:

    - Poderia me dar um copo de água, por favor? - Minerva fez aparecer um copo cheio de água e lhe entregou, vendo o beber com sofreguidão e se absteve de perguntar como ficaria sua garganta. Não queria que ele se recordasse do momento em que quase tinha perdido sua vida. Tinha sido por um triz que ele não tinha morrido esvaiado em sangue. Pelo que soubera no Tribunal, a Srta. Granger tinha lançado um encantamento não verbal para estancar o sangue do pescoço de seu colega. Sua melhor aluna tinha admitido que tinha sido por instinto, que não conseguira ver seu professor morrendo de uma maneira tão cruel.

    - Virei visitá-lo mais vezes, prometo. - Ele pousou o copo e sorriu ao vê-la se afastando. Minerva era uma verdadeira Gryffindor: sincera, justa e amiga. Ele nunca tinha permitido nenhum contato maior do que cortesia, já que eram de casas diferentes, e tinha um papel a cumprir. Mas nada o impediria de começar de novo, de ser seu amigo, e de começar sua vida do zero. E era o que iria fazer.

    Continua...


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