ANUON 9999

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    Capítulo 54

    Moonsand, o lobo

    Violência

    E hoje teremos uma breve história de como Moonsand veio a tona

    A situação era estranha e climática, com Spin sobrevoando o local e pousando sobre um poste. A Anis de longas asas com penas negras observava o lobo, que tinha os pêlos na cor prata, com alguns fios azuis em sua cabeça, onde o sim também era a cor de seus olhos. Moonsand a olhava friamente e, indo lentamente em sua direção, diz:

    — Quem é você? 

    — Iria lhe fazer essa mesma pergunta, lupino prateado... Sinto Riviera emanar de você... É algum emissário do Outro Lado?

    — Hunf... Chega disso. Me diga quem é você!

    — Me chamo Spin, sub líder de Piece 1.

    — Pouco que importa quem você representa. Estamos atrás de um humano chamado Kenta. Você o viu?

    — Kenta, não é? Sim, o conheço.

    — Bem, diga-nos onde o encontramos.

    — Não posso fazer isso - Disse, o olhando com desprezo.

    — Grr... Porque não? - Disse Moonsand, rangendo os dentes.

    — Nem ao menos sei seu nome, lupino... Hehe, pensei que fosse mais "civilizado".

    O lobo, irritado com o comentário, já iria partir para o ataque, sendo impedido por Diana, que diz:

    — Ela está certa. Oi, meu nome é Diana.

    — Hunf... - Resmungou o lobo - Me chamo Moonsand, embora isso seja desnecessário...

    — Muito bem, lupino... Conheço muitos Anos como você mas... Eu nunca o vi. Isso me atiçou a curiosidade.

    — Grr... Não estamos aqui para contar histórias. Já nos apresentamos, então diga logo onde está este humano, sua infeliz!

    — Hm... Moonsand, o que quer com Kenta?

    — Grr... Isso não interessa a você!

    — Ah mas você pode ter certeza que interessa... 

    — Porque diz isso?

    — Kenta... aquele humano... O exemplo perfeito ao qual odiamos tanto os humanos... Ele é meu subordinado.

    — Subordinado? - Disse, surpreso.

    — Sim... Curioso, não? 

    Logo os pelos de Moonsand voltaram a se ouriçar, com o solo começando a ficar mais arenoso. Mas Diana logo diz:

    — Então podemos falar com você diretamente.

    — Diana, deixe comigo - Disse Moonsand - Por muito tempo eu farejei esse humano asqueroso chamado Kenta... E esse rastreamento me trouxe até essa cidade... Eu estou aqui para acabar com ele e... a todos os Anis.

    — O que você disse?!

    — Passei muito tempo sofrendo, sendo usado para fins fúteis e agora isso deve acabar... 

    — Do que está falando canino? Não entendo o que quer dizer...

    — Todos daquele centro morreram. Aquele lugar fedia a morte muito antes de todos nós sermos capturados. E agora este cheiro está infestando nesta cidade... 

    A jovem humana que o acompanhava logo interviu, dizendo:

    — Moonsand, não fale assim! Você é importante pra mim!

    — Diana, minha existência só trará mais problemas... Já conversamos sobre isso. Não temos o direito de interferir no andar da evolução natural das criaturas. O homem fez-nos um grave aprimoramento genético e galgamos degraus de forma acelerada. Não, isso não podia acontecer... Isso é errado! Nossa existência não se justifica!

    Spin, estando de pé sobre o poste, acariciava suas belas asas ouvindo os objetivos do lobo. Ela, um pouco irritada, diz:

    — Lupino tolo... Então quer nos exterminar? Um Anis disposto a limpar a sujeira que os humanos fizeram para proteger os próprios humanos? Isso é patético... É tanta besteira que me fez perder todo o respeito por você...

    Moonsand se irritou ainda mais com os comentários de Spin. Ele, disposto a lutar, diz:

    — Pensei que poderia convercê-los a aceitar a realidade, mas... Eu já esperava por esse comportamento doentio de você. Violência... é a única coisa que vocês entendem e... EU LHE DAREI COM TODA MINHA FURIA! 

    — Será curioso ver você em ação, lupino... Acho que não percebeu que esse seu poder arenoso não terá efeito nenhum em um Anis voador.

    — Não conte com isso!

    A Anis só não contava com uma coisa: haviam prédios sendo erguidos no galpão, com obras de alvenaria no lugar. Olobo simplesmente fez uso de entulho e tijolos que alí estavam. Spin é acertada, indo ao chão em seguida, sendo observada durante sua queda por Moonsand. Ela, irritada, se levantava lentamente limpando suas vestimentas. E com um poderoso movimentar de suas asas, limpou todo o ambiente da poeira que havia sido levantada pelo lobo. Ela então diz:

    — Seu miserável. Como ousa me ferir?

    — Você, como qualquer outro Anis, merecem ter seu fim!

    — Lupino tolo... Não entendeu nada até agora... Idiota... - Disse, voltando a voar - Estou cansada disso... Tenho coisas mais importantes pra fazer do que lutar contra um do Outro Lado.

    — Vai fugir? Covarde!

    — Quero ter o prazer de te destruir quando você menos esperar... Ceifar sua vida agora é algo inútil. Eu quero vê-lo implorar por clemência, sentir sua angústia por um fim breve... Mas não agora. Não agora...

    — GRR... VENHA AQUI!

    E Spin, ganhando altura, some na escuridão. Moonsand olha para longe mais não a encontra, mesmo usando seu faro. Diana, caminhando para próximo do lobo, diz:

    — Moonsand, isso não é necessário. Nem todos os animais são maus, como você.

    — Diana, não sabe o qual difícil é viver neste mundo sabendo que é uma aberração. Minha existência só faz com que este mundo fique mais sujo.

    — Porque diz isso?

    — Como eu lhe disse antes: porque sou uma aberração, uma criação que nasceu do nada criada pelo homem.

    — Não diga isso! Não sei o que faria se perdesse você... - Disse, se abaixando e abraçando o dorso do lobo.

    — Não estarei aqui o tempo todo, Diana. Nada dura para sempre. E eu nem deveria existir...

    — Você faz parte da minha vida! Sem você perco metade do que sou.

    Todos os acontecimentos até agora foram acompanhados por Fhor, que não conseguia compreender o que de fato estava havendo. E o felino, observando tudo atentamente, decide aparecer a Moonsand. Com um salto, caiu ao lado dos dois, dizendo:

    — Ei, lobo...

    — Grr... Quem é você?

    — Meu nome é Fhor. Estava o observando a alguns minutos...

    — Grr... Como não consegui sentir sua presença?

    — Eu escondi meu cheiro de você com meus poderes elétricos. Consegui isolar minha presença.

    — Estava me espionando esse tempo todo então...

    — Pode-se dizer que sim, mas não tinha intenções maliciosas.

    — Diga o que quer logo!

    — Bem, conhece Piece 1?

    — Hm... Aquela desgraçada disse esse nome... Nunca ouvi falar dele antes de hoje.

    — Este é o Anis que está por trás de tudo isso. A fuga do centro e o ataque aos humanos.

    Surpresos com o que Fhor disse, Diana não pode deixar de dizer:

    — Você sabe de tudo! Moonsand, ele...

    — Hm... Era o que procurávamos... Muito bem, Fhor... Conte-nos o que sabe.

    Fhor imediatamente pediu para que os seguissem, indo até o galpão. O felino havia mapeado cada setor e sala do lugar e sabia onde o grupo de Kenta tinha sua base. Se preocupando com Diana, Fhor pediu os que a jovem se sentasse, o que chamou a atenção de Moonsand, que diz:

    — Vejo que é gentil com humanos. Acho que posso confiar em você... por enquanto.

    — Não confie. Nem sempre fui assim...

    — Como assim?

    — Eu era um aliado de Piece 1, mas encontrei a verdade e agora luto contra suas ideias... Por justiça.

    — Hm... Também luto por justiça.

    — Moonsand, de onde veio? Nunca o havia visto.

    — É uma história longa... mas creio que você deva ouvi-la.

    O lobo então começou a explicar...

    Centro de pesquisas

    3 anos atrás.

    Era mais um dia mais instalação isolada no interior do Japão. Numa base no meio de uma deva floresta naquela noite tempestuosa que estavam, soldados do governo traziam animais recolhidos pelo mundo. levam-los para dentro, um homem andava em direção ao caminhão que os trazia, que diz: 

    — Levem-los ao centro imediatamente.

    — Sim, senhor.

    Haviam dois lobos presos. Um era uma fêmea. Sua cor era acinzentada, com os olhos cor de mel e o outro era cinza, com detalhes azuis em sua cabeça, mesma cor de seus olhos. Estavam na mesma jaula. Não demora muito para serem levados para o centro. Já dentro, se encontravam sobre uma mesa presos e sedados, com agulhas em suas patas. Um humano engravatado diz:

    — São estes os animais?

    — Sim, Sr Shidoshi.

    — E a fêmea?

    — Está lá, mas acho que não vai resistir.

    — Já começaram a introduzir o gene humano na fêmea?

    — A filhote acabou de chegar com o pai, mas já tentamos na mãe. Depois que introduzimos o gene, sua saúde ficou instável. Temo que vamos perdê-la...

    — Sabe o quanto nos custou trazer estes animais aqui? Tivemos que subornar vários fiscais ambientais de muitos países e a PETA está nos nossos calcanhares. Façam o que for possível para salvá-la. Há muito investimento nisso...

    — Sim, senhor!

    Logo os animais são intubados e recebem compostos preparados exclusivamente para os experimentos. 

    Todo o procedimento continuou por semanas..

    Após várias sessões, os experimentos já começaram a mostrar resultados. Os animais ali encontrados já reagiam a estímulos e começavam a raciocinar tão bem como um humano. Mas algo de errado acontece com um dos lobos: deles de abrirem a estufa onde estava alocado, viram que ele adquiriu uma forma humana, embora em seu DNA houvesse muitos de sua natureza lupina. Porém as atenções de Shidoshi estavam no outro lobo, que ainda se mantinha com sua aparecia lupina. O Humano então entrou na sala e se aproxima do lobo, dizendo:

    — Este é o lupino?

    — Sim.

    — Bem, façamos o teste urbano com ele.

    — Urbano? Senhor...

    — Alguma objeção?

    — Senhor, pensávamos que o experimento era para usarmos em fins militares. Nossa nação poderia...

    — É só um lobo. Quero ver como se comporta... e no quanto de poder destrutivo ele pode demonstrar. Quero ver como usará seus poderes em humanos.

    — Mas ele irá matá-los!

    — Por isso mesmo.

    — Mas porque? Não pensa na repercussão que isso poderia nos trazer?

    — Não nos trará prejuízos. Além do mais, parecerá um acidente. Incomum mas ainda um acidente.

    — Senhor...

    — Não costumo repetir minhas ordens. Faça! 

    — Sim, senhor.

    A ação inescrupulosa de Shidoshi e os demais cientistas do centro de pesquisas dou colocado em prática. Numa noite bem escura, o lobo é solto em uma cidade. Cientistas o monitoram via satélite, por meio de um chip implatado em seu dorso. Minutos depois recebem os dados do teste:

    — Experimento 8.0 colocado em prática. Está em ação no momento... Procurando alvo.

    — Acompanhem-lo.

    — Conseguiu. Experimento 8.0 entrou em uma residência e encontrou o alvo... Matou um humano, destruindo todos os seus ossos em segundos usando de seus dons. Um outro humano apareceu...

    — O experimento 8.0 o eliminou?

    — Negativo. Conseguiu fugir. Mas era uma criança.

    — Monitore. Não precisamos nos preocupar, mesmo que consiga fugir. É um animal pra ele, não há do que nos preocuparmos.

    Mesmo após o ataque, o suposto lobo foi novamente capturado pelos soldados e colocado novamente em sua gaula. Horas depois, de volta para o centro, esse evento antecedeu um acontecimento na base: explosões vindo de fora do laboratório. Muitos animais começam a ficar nervosos e acabam sendo mortos por cientistas que estavam munidos de armamento de emergência.

    — Sabem o que fazerem. Matem a todos. Parece que estamos sendo invadidos. Acabem, destruam a todos do projeto.

    Era uma matança sem limites o que ocorreu. Moonsand, que recebera um forte golpe, faz com que o chip que o controlava se quebrasse e logo percebeu que não há outra saída a não ser fugir para não morrer. Mas mesmo diante do caos que se tornou a base, pensou no que havia deixado pra trás: a fêmea e o filhote. O gene humano que corria em suas veias o fez refletir sobre a perda. Era sua família, mesmo que não entendesse corretamente desse sentimento.

    Correndo sem rumo, encontra uma saída em um dos ar-condicionados da parede. Moonsand Correu como nunca até subir em um morro alí perto. Exausto, consegue tomar fôlego enquanto observava o vento ser consumido por fogo. Várias explosões ocorrem, o deixando ainda mais aterrorizado. O lobo, refletindo novamente, diz:

    — Eu não deveria... ter saído... de lá.

    Com sua consciência pesada, Moonsand lobo tratou de fugir para dentro da densa floresta, vagando sem rumo.

    E voltando ao presente...

    Fhor etava de cabeça baixa a frente de Moonsand. Não conseguia acreditar na tamanha falta de consideração dos humanos.

    — Aqueles humanos mereciam morrer.

    — Concordo, mas não os culpo. Estavam somente recebendo ordens.

    — Mas nada fizeram para evitar.

    — Por isso o motivo de suas mortes. Foi melhor assim...

    A conversa continuou e o tempo passou. A noite foi de intensa descoberta dos dois Anis.

    O tempo passa.

    No dia seguinte...

    Escola da cidade, 7:00 am.

    Como no dia anterior, Ethan, Ryoga e Kaede se encontraram no ponto do ônibus para a escola. Ao chegarem, ficaram conversando até que soasse o sinal de início das aulas. Kaede então diz:

    — Bem, estou indo. 

    — Tu gosta de estudar, hein. CDF e nina fuerte... Combinación tempestuosa, muchachos! - Disse Ryoga, brincando.

    — Babaca! Até, Ethan.

    — Até.

    Como soou o alarme, Ryoga e Ethan logo seguiram em direção ao prédio central. Mas antes que adentrassem:

    — Cara, Je vais aux toilettes.

    — O que? Ryoga...

    — Vou ao banheiro, cara. Não manja dos paranauê de francês, né? Tss... Vai na frente. Vou demorar.

    — Tudo bem.

    Ethan estava indo tranquilamente para sua sala de aula. E quendo virou em um dos corredores que levavam ao auditório, alguém o puxou oste dentro de uma sala pouco iluminada. Quando se deu conta  do que aconteceu, viu que era Lupa. Assustado e confuso, diz:

    — Mas o que...

    — Shih... Não estrague o momento... vai se sentir muito melhor depois...

    Controlando a situação diante de um jovem confuso, a jovem voltou a beija-lo, o prendendo contra a parede. Embora assustado, Ethan pouco fez para evitar a carícia de Lupa, que continuou. Mas logo alguém, que estava do lado de fora, repara em suas presenças dentro da sala. Era Kaede, olhando perplexa os dois se beijando.

    Continua.


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