ANUON 9999

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 50

    O amanhã: de volta a cidade

    Violência

    Capítulo 50, pessoal!

    Obrigado pelo feedback e pela leitura.

    Com destino em voltar para a cidade, já estavam dentro do trem. O trio de jovens conversavam sobre tudo que passaram no templo. As amizades, os perigos... Enfim, estavam refletindo tudo aquilo que prenderam em sua estadia junto a Kitsune e Maeti. Ryoga, o mais animado, diz:

    — Aqueles dois eram muito gente boa. Fiquei com vontade de voltar, sabe? Mas vou tentar de visitá-los quando puder.

    — Não abuse, Ryoga. Sabe muito bem que eles tem responsabilidades a cumprir. Aquilo não é uma colônia de férias - Disse Ethan.

    — Eu sei mas... só em estar indo embora, já sinto saudades...

    — Sim.. eu sinto um pouco disso também. 

    — Irei mandar uma carta assim que chegar em casa.

    — Bem, eles realmente fazem parte de nossas vidas. Nunca pensei que iríamos aprender tanta coisa...

    Kaede só observava a paisagem, não participando da conversa. Logo Rtoga diz:

    — Kaede, o que foi?

    — Nada não, Ryoga...

    — Nada não? Hahaha... Tá... Tu com essa cara de princesa desalmada...

    — Cara de princesa desalmada tem a senhora sua mãe!

    — Tá, filha... Recebi a mensagem do xingamento. Agora desembucha!

    — Estou com Saudades... Depois de um longo tempo voltei ao templo.

    — Sabemos, mas... Poderemos voltar algum dia, para visitá-los. Né, Ethan?

    — Sim, Ryoga está certo. Mas devemos primeiro nos preocupar com Piece 1... - Disse Ethan.

    Mas Kaede não mudou de humor. Estava distante e inexpressiva. Ryoga, incomodado com a situação de sua amiga, diz:

    — K, tu tá muito pra baixo. O que tá pegando?

    — Deixei muita coisa para trás. Coisas que talvez sejam insubstituíveis...

    E Ethan, curioso, logo tratou de dizer:

    — Que coisas?

    — Não interessa a você, Ethan! - Disse Kaede, envergonhada.

    — Ei, calma... Só foi uma pergunta.

    — Ah... Me desculpe, Ethan. Estou muito nervosa agora. Não queria descontar em você. Foi mal.

    — Mas porque seu nervosismo?

    — Ethan, deixe como está. Logo passa... e será somente passado.

    — Se está dizendo...

    E Ryoga não conseguiu segurar seu comentário:

    — Tô ligado no que pode ter sido.

    — Hã? O que foi, Ryoga? - Perguntou Ethan.

    — A K na certa deve ter deixado as roupas íntimas no templo. Mulher quando esquece essas coisas ficam em estado de nervos, hehe...

    E com este seu comentário, Ryoga recebe um enorme tabefe na cara, com Kaede gritando:

    — SEU ABUSADO! NÃO BASTOU APALPAR A MINHA TIA E AGORA ESTÁ FALANDO ESSAS BESTEIRAS!?

    Ryoga parou longe com a intensidade do tapa de Kaede, com o jovem dizendo:

    — Caraca, velho... PUTZ! Que garota forte... Tá tunada do sul. Bah!

    — Kaede, pega leve com ele! Só foi uma brinc...

    E também sobra para Ethan, que toma um soco no rosto. Kaede estava descontrolada.

    —E VOCÊ... CALE A BOCA! VAI DEFENDER SEU AMIGUINHO AÍ NOS RAIOS QUE PARTAM!!!

    — AHHH! Ugh! Kaede... essa doeu!

    Porém Kaede percebeu que exagerou no golpe, indo acudir Ethan, dizendo:

    — Ethan! Ethan! Desculpe o mau jeito! Deixe-me te ajudar...

    Mas o mesmo cuidado não foi usado em Ryoga, que diz:

    — E eu, ô condenada?! E o Ryoginha aqui? Não vai ajudar? 

    — Não! Você mereceu, seu abusado! Fique aí e não reclame. 

    — Puxa Kaede, você é tão má!

    — Cala a boca!

    Pelo visto a viagem de volta não seria tão tranquila assim.

    O tempo passa...

    Duas horas depois.

    Estação da Cidade, 10:00 AM.

    Enfim chegam em sua cidade natal. Depois de um longo tempo sentados, se espreguiçam assim que saem do trem e lancham em uma lanchonete. Sem perder muito tempo após se alimentarem, logo pegam suas coisas e caminham em direção ao ponto de ônibus, a fim de conseguir uma condução. Não demora muito e aparece um coletivo de viagem, que os levará até seu bairro. A viagem segue tranquila. Todos começam a sentir novamente aquele ar que lhes tanto é familiar. Ethan, assim que saem do ônibus, diz:

    — Bem, devemos ir a minha casa agora. Quero ver como está minha família.

    — Que nada, cara. Acho que cada um deveris ir para sua própria casa. Vai dar muita bandeira se a gente fazer isso de "um por todos, todos por um"! - Disse Ryoga, usando a razão.

    E por incrível que pareça, Kaede concordou com Ryoga, dizendo:

    — O abusado aí está certo. Ethan, descansemos por hoje... Amanhã na escola trataremos melhor do assunto no pátio.

    — Se é o que querem... Só mantenham contato e informem se algo acontecer - Disse Ethan.

    — Sei disso. Devemos tomar cuidado. Ligue-me quando falar com os felinos. Me deixe a par de tudo, está bem?

    E Ryoga, pegando suas malas, diz:

    — Pra mim também, cara. Me dá um toque se descobrir algo.

    — Tudo bem, pessoal. Até amanhã.

    Depois de se despedirem, todos seguiram para suas casas. Ethan caminhava rapidamente, pois estava ansioso de ver seus pais novamente. Chega até sua casa e diz:

    — Ô de casa... cheguei!

    E logo seus pais aparecem no portão, sorridentes.

    — ETHAN! MEU FILHO! VOCÊ VOLTOU, FINALMENTE! - Disse sua mãe.

    — E aí, rapaz? Aprontou muito nestas férias fora de época? - Perguntou seu pai.

    — Que nada pai. Tudo rolou as mil maravilhas!

    Porém sua mãe notou a espada ele segurava, dizendo:

    — Ethan, essa espada... De quem é?

    — Ah... É minha.

    — Sua!? Mas como?

    — Foi um presente da ki... Digo, da tia da Kaede.

    —(Sra. Suzuki)Ah, sim! Meu filhão ajuda qualquer um, não é verdade?

    — Presente? Ethan, isso é uma espada! Como alguém presenteia uma espada assim?

    — *Ferrou...* Bem, eu treinei um pouco lá, sabe? A Kaede me ajudou e essa espada é como se fosse uma faixa de graduação.

    — Hm... É verdade isso?

    — Simmãe! *Melhor eu tentar mudar de assunto...* Tenho tanto para contar a vocês...

    — Entre então, campeão! Conte-nos tudo! - Disse seu pai, sorridente.

    Durante a conversa, Ethan inventou boa parte da história. Seu treinamento manteve-se em total sigilo. Em nenhum momento citou os nomes de Maeti e Kitsune. Suas aventuras inventadas em nada ilustraram sua estadia no templo. Depois de tanto conversar, Ethan pediu licença a seus pais e foi a seu quarto, subindo as escadas. Quando abrir sua porta se deparou com Anuon e Fhor, que descansavam em sua cama. Com a entrada de Ethan eles acordaram, com a felina dizendo:

    —  Ethan? ETHAN, VOCÊ CHEGOU! - Disse sorridente.

    — Puxa, está bem animada comigo agora!

    — Hã?! Bem... Digo... Ainda bem que chegou, humano!

    — Hehehe... A Anuon formal de sempre. Fofinha.

    — Pare de dizer essas coisas! Hunf! - Disse, envergonhada 

    Mas Fhor não tinha essa mesma gentileza:

    — Humano temos muito do que conversar. Deixemos as formalidades de lado, por enquanto...

    — O que aconteceu?

    — Lupa está de volta.

    Só essa frase já foi o suficiente para deixar Ethan preocupado.

    — Minha nossa! Mas...

    — É melhor se preocupar mesmo, pois parece estar mais poderosa que antes...

    — Ethan, seria melhor que não saísse de casa a noite. Lupa poderia atacá-lo neste período do dia e fazer parecer um acidente para as autoridades - Disse Anuon.

    — Eu sei, Anuon. Fico imaginando o porquê de sua volta repentina.

    — Lupa ainda não terminou o que veio buscar aqui nesta cidade... - Disse Fhor.

    — O que seria então?

    — Anuon, eu e principalmente você.

    — Mas isso dela me querer... Eu não creio que...

    — Você é o troféu dela. O símbolo que ela quer ostentar como um espólio de guerra. 

    — Isso é doentio.

    — E tenho certeza que a esta hora Piece 1 quer nossas cabeças.

    — Será mesmo, Fhor? Piece 1 tinha muita estima por nós - Disse Anuon, olhando para o felino.

    — Piece 1 é um Anis diferente, Anuon. Pode até ter estima por nós, mas não suporta traições.

    — Tem razão.

    Ethan então caminhou até uma mesa, colocando sua espada sobre ela. Olhando pra os felinos, ele diz:

    — Agora sinto que as coisas ficarão mais perigosas. Fiz bem em ter ido ao templo de Kitsune. Agora que sei me defender, mesmo que basicamente, posso ter alguma chance contra nossos inimigos.

    — Será, humano? - Disse Anuon.

    — Tenho confiança agora.

    — E o que pensa em fazer no momento?

    — Primeiro, quero defrontar com Spin novamente.

    — O que?! Está louco?

    — Não. Quero mostrar a Piece 1 que aquele garoto indefeso não existe mais. Eu vou encarar Spin, lhe perguntar coisas. Se ela tentar algo, dessa vez eu vou poder me defender...

    — Ethan, você quer vingança?

    —Não, longe disso. Porém nossos adversários precisam saber que não somos fracos. Nos menosprezaram demais e agora temos que dar a resposta.

    — Mas porque?

    —Eles perderam o respeito por nós. Mas nós os respeitamos. Temos que equilibrar as coisas...

    Fhor, entendendo bem os objetivos de Ethan, diz:

    — Humano, concordo com você. Apesar de estarmos em desvantagem, parece que estamos mais fortes agora...

    — E temos mais aliados. Kitsune e Maeri nos ajudaram muito, treinando Ethan - Disse Anuon.

    — Temos também Kaede e Ryoga - Ethan estava confiante.

    — Aquele humano folgado? Você inclui ele?

    — Ryoga pode ser chato mas... ele é leal e é meu amigo. Pode parecer estúpido as vezes, mas é muito inteligente. Pode nos ser muito útil tê-lo na nossa turma.

    Ethan estava mais calmo. Planejando atentamente os próximos passos a seguirem, ficarem conversando para além do início da noite.

    Horas depois...

    Nas redondesas do galpão abandonado da cidade, num lugar escuro, Kenta estava dormindo. Seu rosto mudava várias vezes de expressão. Ao acaso, acorda assustado, pulando em desespero.

    —AH! NÃO! Não...

    Para sua surpresa, o olhando com desprezo estava estava Lupa logo ao seu lado. Ela, do mesmo jeito calmo e sereno, diz:

    — Acalme-se, Kenta... não precisa ficar assustado... o pior já passou...

    — VOCÊ! PORQUE FEZ ISSO COMIGO? PORQUE ME ATACOU?

    — Você estava se comportando como um humano... Fazendo muito barulho e dizendo coisas ruins... Isso me irritou. Humanos com essa atitude geralmente matam outros semelhantes a eles...

    — VOCÊ QUE QUASE ME MATOU, SUA ASSASSINA!

    E com essa atitude, Kenta é novamente atacado por Lupa, com seus tufões de vento, o  arremessando para longe, que ainda ferido do ataque passado. Respirando com dificuldade, diz:

    — Por favor... pare de me atacar... 

    — Coloque-se em seu devido lugar... Não vê que sou a filha de Piece 1?

    — Tudo bem, só não me ataque outra vez!

    — Muito bem. Obediência é uma atitude nobre vindo de humanos como você... Parece que estamos nos entendendo...

    — O que Spin me mandou fazer? - Disse, se levantando.

    — Somente espere. Logo terei suas respostas... No momento... só me resta uma coisa...

    — O que?

    Ao ouvir a pergunta de Kenta, Lupa foi até fora do galpão e, olhando os a Lua, que iluminava a noite, diz:

    — As aulas voltaram... e sei que humanos jovens retornam ao estudo... como irei fazer.

    Os planos iniciais da loba é retornar aos estudos? 

    E voltando a cada de Ethan...

    Ethan conversava com Anuon na janela, enquanto contemplavam o céu estrelado da noite. Fhor, no momento, dormia profundamente sobre a cama de Ethan. O humano, tranquilo, diz a Anuon:

    — Sabe Anuon... Fico pensando... de onde você veio?

    — De onde vim?

    — Sim. Sempre tive a curiosidade de saber como era sua casa.

    — Ethan, eu não me lembro. A Anuon selvagem já não existe mais. Tudo me foi tirado de lembranças passadas...

    — Eu entendo... Me desculpe por lembrar disso.

    — Não se preocupe com isso, humano.

    — Bem, o amanhã é desconhecido. Nada podemos fazer para impedí-lo.

    — Mas podemos fazer o que quisermos para fazer um futuro melhor.

    — Sei... Piece 1 não vai conseguir fazer o que quer. Nós o impediremos.

    — Mas Ethan, digo-lhe de que é perigoso este caminho.

    — Anuon, nada mais tenho a perder. Ele pode acabar com a nossa paz. E se a gente tentar avisar a polícia ou sei lá tenho certeza que ninguém vai acreditar. Só somos nós nessa.

    — Eu sei... Temo que nosso futuro seja de mais dores e sofrimentos...

    — Eu também. Mas temo mais em não poder proteger as pessoas que gosto...

    — Eu entendo você.

    Ethan estava decidido em seguir com o intuito de impedir Piece 1.

    O tempo passa...

    Já de manhã, com um céu belo azul e um sol quente, a caminho da escola estava Ethan, que se encontrou com Kaede e Ryoga, caminhando juntos. Chegando a escola, Ethan diz:

    — Pessoal, Lupa está de volta.

    — O que? Ethan, você está falando sério? - Perguntou Kaede, assustada.

    — Caraca! A loba voltou! - Disse Ryoga.

    — Não se deixem intimidar por qualquer coisa que ela dizer. Mantenham a calma e nada de prova Oi cá-la.

    — Tudo bem, Ethan. Sei que ela é perigosa. Mas já sabemos o que fazer... - Disse Kaede, estalando os dedos.

    — Pode deixar, man! The book is on the table!

    E entram na escola.

    Continua.


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