Freedom Planet: Faith & Shock

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 40

    See Ya, Agência - Parte 1

    Spoiler, Violência

    Sem delongas, a primeira parte do capítulo final da saga da Agência.

    Espero que gostem.

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    DECRYPT AREA...

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    ROM OK...

    RAM OK...

    COPYRIGHT CONTENT...

    ARTHEMIS VIDEO RECORDING...

    START: Y/N

    Starting vídeo recording...

    Play now...

    Steel Power Pavillion | Deck Principal

    Segundos após Viktor golpear Spade...

    O pavilhão todo em chamas...

    Muito calor e explosões aos montes...

    Um cenário aterrorizante...

    E mortal.

    Lá estava o jovem, de pé e com seus cabelos cobrindo seus olhos. Seu punho a frente, exatamente do mesmo jeito que executou seu golpe, estava imóvel. Viktor ignorava totalmente o ambiente hostil e nada agradável onde se encontrava, onde só se recordava de sua amada, que infelizmente já não fazia parte de sua vida.

    E indo a seu encontro, ainda tonta por causa do inibidor, Lenzin se aproximava mostrando desespero em seu rosto e visivelmente preocupada. Embora gritasse por Viktor, o jovem não parecia estar consciente, ficando em silêncio o tempo todo. As explosões se intensificavam, dando sinais que o pior estava por vir. E sabendo que não havia outra coisa a fazer, a panda guardiã do Reino de Shang Mu tratou de retirar algo de dentro de sua vestimenta: era um cristal de tom avermelhado. Na verdade se tratava de um Fire Crystal, um item raro e que somente portadores de nirvana e dominantes de Chi poderiam usar de seus poderes únicos. Como efeito, um Fire Crystal geraria proteção contra chamas... o chamado Shield Fire Crystal.

    O artefato místico era raro e a família Tzu Chiang a cultivava a milênios em Avalice. Embora pertencente a família de exorcistas, elas podiam ser encontradas por toda Avalice em regiões remotas. Muito se diz que todos os cristais elementares foram criados a mais de um milhão de anos, onde a Jóia do Reino as energizava constantemente.

    Como último artifício, Lenzin usou o ítem em si mesma, ficando envolta por uma aura avermelhada e, sabendo que Viktor seria incapaz de usar (ele não possui nirvana), abraçou-o com bastante força. E enquanto uma forte explosão acontecia e labaredas eram alimentadas pelo oxigênio, no calor do momento, percebendo que a situação era desesperadora, a bela guardiã se viu em um dilema que nunca havia enfrentado antes: a sensação de ser seus últimos momentos. E diante a isso, não perdeu tempo a dizer:

    — Viktor, eu não sei se iremos sair vivos... Me perdoe por tudo, por ter te envolvido em tudo isso... E eu devo te dizer que... Eu.. te amo. EU TE AMO!

    O fogo tomou conta do pavilhão após a estrondosa explosão...

    As palavras sinceras de Lenzin talvez sequer foram ouvidas por Viktor, que não parecia estar consciente...

    Mas mesmo assim, pela primeira vez, a guardiã se expressou... Suas emoções afloraram.

    Um grande clarão foi visto em seguida, cegando a todos... por causa da explosão.

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    Arthemis System

    The Agency Memories

    Confidential Content

    User: Lenzin Tzu Chiang

    Occupation: Guardian of Shang Mu Kingdom

    Password: Ashem

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    Final Scene: After battle

    Music: “Calm Inspiration” by AShamaluevMusic

    A floresta de Shang Mu foi testemunha de uma intensa e departament batalha. Nunca na história da Agência houve uma comoção tão grande. Muitos drones de resgate chegaram minutos depois do fim da batalha, com Tats e Zoey comandando e coordenando a operação. Tayce Axel, usando de sua força, ajudava a levantar destroços que prendiam alguns agentes, enquanto Liane Saber ajudava a levar os feridos. Pawa, que tinha conhecimento de campo, começou a fazer um memorando de tudo que estava acontecendo para reportar a Mayor São mas...

    Ele olhou para todos alí... percebendo que não havia necessidade. Principalmente pela visão impressionante e emocionante que pôde ver com seus próprios olhos: Joshy, desmaiado por tanto esforço que teve em liderar toda a Agência e lutar junto a eles no campo de batalha contra as forças do clã ninja The Red Scarves, era carregado por todos os agentes em sinal de respeito. Todos queriam ter a honra de levá-lo em segurança até o veículo de resgate, onde Sheng não saiu de seu lado até então. Naquele instante, Pawa jogou seu tablet para o lado e seguiu junto aos outros, como igual.

    No centro da floresta, o lugar onde Noah Hibiki, Asuka Tenjoin e Waaifu “Ingris” se uniram para lutarem contra o núcleo da vegetação viva, era possível ver os drones chegando ao horizonte, enquanto a grã mestra da Agência caia em prantos por Noah ter fechado seus olhos. Sendo confortada por sua amiga e mestra, Asuka não se afastava do albino, gritando por seu nome. Ela mesma fez questão de levá-lo até o veículo e o acomodar em segurança.

    E na zona Norte, onde Lilac, Carol e Milla duelaram e derrotaram Scarlett Violett, Mury Low e Dyona Taz, a emoção tomou conta de todos, com as garotas abraçando Viktor e Lenzin. Os vilões, Bosses da The Red Scarves, aproveitaram para fugirem. Muito feridos, era visível a humilhação que sentiam, partindo em direção ao interior da mata densa da floresta. A Patrulha Omna chegou minutos depois, ajudando-os a irmã para um local seguro até que os drones da Agência chegassem.

    E nesse mesmo momento, o olhar distante de Lenzin constrastava com a felicidade das meninas ao ver seu amigo salvo.

    Lenzin sabe o que exatamente aconteceu lá dentro. E ela tem noção do que fez e disse.

    O fim da batalha. O começo dos nossos heróis serem salvos e se curarem.

    Mas e o futuro? O que reserva? Não se sabe ao certo, porém temos a certeza de uma coisa muito importante:

    Lendas nunca morrem.

    Horas depois...

    A Agência

    Ala Sul – Ni

    Centro médico | Hospital da Agência

    Um enorme complexo hospitalar no meio da ala Ni era o reduto do selecionado de profissionais altamente capacitados e gabaritados de todo o reino de Shang Mu (ou até mesmo de Avalice). Com todo o lugar cheio de feridos, o hospital estava usando toda a sua capacidade de tratamento aos feridos. Não existia um agente sem que estivesse sendo minuciosamente tratado, com todo o aparato médico necessário para a cura.

    Vale destacar que o lugar essa regido por membros da família Sapphire Omna, estes os mais habilidosos no que diz respeito a cuidado e capacidade de cura. Com muito empenho e mostrando a que representam, seu cuidado era exemplar e motivo de orgulho.

    E justamente numa sala de espera, lá estavam Lilac, Carol e Milla, já bem cuidadas de seus ferimentos e com seus curativos pelo corpo. Porém mesmo estando bem fisicamente, a preocupação com seu amigo as haviam deixado com uma sensação ruim, longe de estarem bem. Sentadas em uma poltrona, Carol não pôde deixar de notar que Lilac estava muito nervosa. E sabendo disso, ela diz:

    — Lilac, o Vik tá sendo bem tratado...

    Porém a bela dragão se manteve em silêncio. A felina, insistindo no assunto, diz:

    — Lilac, para com isso. Fala comigo...

    — Carol, pare.

    — Lilac...

    E antes que o clima ficasse pior que estava, Milla se aproximou de Lilac e, a abraçando, diz:

    — Lilac, o Viktorius é forte.

    — Milla...

    — Acho que ele não ia gostar de te ver assim tristonha – Disse, apoiando a cabeça no ombro de Lilac.

    — Milla... – Disse, olhando pra canina – Isso tudo foi culpa minha.

    — Hã? Porque diz isso?

    — Eu falhei em proteger o Viktor. Ele agora está lá dentro, fraco e muito ferido... por minha causa.

    Carol, não gostando do que ouviu, diz:

    — Tá de zoa? Miga, o culpado disso tudo é o filho sem mãe do Spade! Foi o cara que ferrou com a nossa vida!

    — Não, Carol...

    — Como não?! Lilac, ele...

    — NÃO, CAROL! – Gritou Lilac.

    — Lilac...

    — Era pra eu ter deixado o Viktor em um lugar mais seguro. Eu me descuidei... e eu falhei. E olha só o que aconteceu...

    — Para... Só para de dizer isso.

    — Eu sou a culpada!

    — NÃO! VOCÊ NÃO É! – Disse Carol, pulando no colo de sua amiga – Miga cheirosa e de pele macia, se tu continuar se culpando pelo erro dos outros, eu vou te cobrir de fofura mais que a Milla! Nyah!

    — Hã?! Carol... O que... – Tentou dizer Lilac, confusa.

    — O que? Tu acha que vou deixar minha melhor amiga entrar na fossa? Prefiro sair do meu personagem pra evitar isso! Nyah :3

    — Carol... – Disse, esboçando um lindo sorriso em seguida – Hehe... Você não é fácil, sua boba!

    — Nyah! (=^・ェ・^=)

    — Sua fofa! Hehehe...

    Mas Milla não deixou barato.

    — Ei, sou eu que devo ser a fofinha aqui! Hunf! – Disse, fazendo beiço.

    — Ih cara... Milla?! Tu tá irritada?! – Disse Carol, surpresa.

    — Eu que vim até a Lilac pra fazer ela feliz, sendo fofinha com ela! Se você quer ser a fofinha, então eu vou ser a badgirl! Hunf! – Disse, fazendo cara de brava.

    E Carol, olhando pra Milla, logo jogou a real:

    — Nope... Tu ficando bravinha assim fica ainda mais fofa, bonitinha “au au”! :3

    — Que?! Olha... Eu não sou fofa mais! Eu sou do mal! Grr... – Disse, simulando estar irritada e rangendo os dentes.

    — OH GOSH! – Disse a felina, com os olhos brilhando – The puppy’s cute Winner is Milla! Nyah! :3 – Disse Carol, começando a fazer cócegas em Milla.

    — AHHH! Para! Para com isso, Carol! – Disse a pequena, começando a rir sem parar.

    — Toma sua badgirl malvada! (ㆁωㆁ)

    E nesse meio tempo, Carol conseguiu mesmo levantar o humor de Lilac, que estava esboçando seu sorriso característico. Porém o clima de amizade logo mudou, onde Tats entrou a sala lobo após abrir a porta. E com a dragão olhando-a, a esquilo da família Sapphire Omna diz:

    — Olá, garotas...

    — Tats, e o Viktor!?

    — Bem, Lilac... Ele...

    Nem sequer foi feito uma conversa e a dragão usou de seu Dragon Boost deixando a sala. Sob os olhares de Carol e Milla, as duas ouviram:

    — VIKTOR!

    A gata selvagem e sua amiga canina logo correram, assim como Tats, que diz:

    — Hã... O que deu nela?!

    — “Defensora da lei”, a Lilac é muito ansiosa por notícias. E quando é relacionado ao Vitin então...

    — Mas... Eu iria dizer que...

    E antes que Tats concluísse, eis que somos levados ao leito onde Viktor estava e, com Lilac sorrindo, ela continuou as falas da esquilo:

    — ... VOCÊ ESTÁ BEM!

    — Oi, Lilac... – Disse Viktor, surpreso.

    Embora estivesse mesmo bem e com um semblante animador, o jovem humano estava com um dos braços imobilizados e o outro enfaixado, principalmente em seu ombro. E a dragão, olhando mais atenta a seu estado, surtou:

    — VOCÊ ESTÁ TODO ENFAIXADO!

    — Ah... Lilac... Eu estou bem...

    — PELOS DEUSES AVALICIANOS! VIKTOR, FICA DEITADO!

    — Ah... Mas... Eu estou deitado...

    — Você está bem? Está machucado! E o seu braço? Está doendo? Minha nossa, seu ombro está enfaixado!

    — Ah... Lilac...

    — Estão te tratando bem? Se quiser eu fico com você aqui pra te ajudar no que for preciso!

    E enquanto a dragão esbanjava atenções e zelo por seu amigo, Carol, Milla e Tats já estavam no quarto, do observando o comportamento (nada) normal de Lilac que, ao perceber a presença delas, diz:

    — Hã? Mas... A quanto tempo vocês estão aí?

    — Desde que você começou a mimar o Vik como se ele fosse seu namorado – Disse Carol, direta ao ponto.

    — O QUE?! – Exclamou Lilac, ficando levemente corada – Como é que você poderia pensar nisso, sua bola de pelos sem miolos?

    — Tá, escamosa púrpura... Fica relax que eu não shippo vocês, belezin? *Já tô ficando com medo. Pensava o mesmo do Vik “dono do harém” e da guardiã bonitinha...*

    — A gente se assustou com você, que saiu que nem uma flecha... – Disse Milla, preocupada.

    — Ops... Me desculpem. É que eu estava mesmo querendo saber do Viktor.

    E Tats, indo até o jovem, diz:

    — Viktor, você é mesmo especial.

    — Hã?

    — Hehe... Permita-me explicar. Quando socorremos você na floresta estava muito mais fraco que imaginava. Porém, em alguns minutos, você melhorou.

    — Como assim?!

    E Carol, tomando a frente, diz:

    — Cara, tu tava mó bagaço.

    — CAROL! – Gritou Lilac.

    — Ih começou tu gritar...

    — Então tenha modos!

    E a esquilo continuou a dizer:

    — Spade quebrou seu braço pressionando o úmero usando Chi. Por si só já seria uma fratura difícil de lidar e curar, mas...

    — Mas o que?

    — Eu não sei explicar. Não é que você ou seja lá o que foi tenha curado. Longe disso, o dano continuou lá. Mas seu braço... A fratura, assim como os demais efeitos colaterais, não evoluíram.

    — Espera... Deixa eu ver se entendi bem: o meu estado não se agravou, é isso?

    — Precisamente. Nossa, dessa vez você me surpreendeu.

    — Meu mestre uma vez me disse que instintivamente, quando se está em uma situação onde o estresse toma conta de sua mente, o corpo humano reage de forma inesperada, ignorando a dor e superando até mazelas. E depois disso que você me disse, acho que ele está certo. Mas o que poderia ter acontecido?

    E Lilac, se recordando de uma conversa passada, diz:

    — Faith and Shock.

    — Hm? Mas o que é isso? – Perguntou Viktor.

    — “Alie-se a fé e obtenha o choque”. Não é exatamente o que eu disse, mas é o que quer dizer.

    Mas Tats não parecia concordar, dizendo:

    — Creio que está equivocada, Lilac.

    — E porque? O Faith and Shock atua de forma diferente em casa habitante de Avalice. Foi o que Royal Magister disse.

    — E ele está certo, mas... Viktor não é daqui. E com todo o respeito a ele, não tem nirvana e, consequente disso, nem Chi.

    — Hm... O que você disse faz sentido, mas... *O Noah disse que o Viktor usou o Faith and Shock na luta contra o Sheng no torneio... E, falando nisso... Cadê o Noah?!*

    O último pensamento de Lilac pode ter trazido dúvidas a vocês que estão lendo. Explicando a situação, desde que voltaram para a Agência todos não tinham ideia do que havia acontecido e, como vocês sabem, uma baixa ocorreu no campo de batalha. E justamente a isso iremos ver agora.

    Ala Sul – Ni

    Centro médico | Hospital de Agência

    Em um outro setor do complexo, era onde todos os membros que estavam envolvidos do confronto contra as forças da The Red Scarves. Sendo tratados com muita atenção, era notável a habilidade da família Sapphire Omna, cuidando de todos os agentes da mesma forma e atenção.

    Entretanto um estava em um quarto mais atento aos detalhes: vários buquês de flores ao pé de uma cama evidenciando um tom de respeito fora do comum: Joshy estava dormindo e, nos surpreendendo, ele começou a dar sinais de que estava despertando, até que abriu seus olhos. E como primeira reação, diz:

    — Ah... On-onde eu estou?

    E uma voz jovem e conhecida é ouvida na sala: era Sheng que, esboçando um sorriso, diz:

    — Você tá na Agência, carinha.

    — Sheng?! Mas... O que houve?

    — O que houve? Cara, tu deve estar bem baleado... Cara, tu detonou de verdade lá no campo de batalha!

    — Sheng, o que eu fiz?

    — “Sempre em frente”. Foi o que você ficou dizendo... E inspirou todo mundo!

    Só em ouvir seu lema, o lobo escudeiro do exército do Reino de Shang Mu se recordou de cada momento crítico e de superação que vivenciou na floresta. E com lágrimas escorrendo de seus olhos, diz:

    — Aquilo que eu fiz... Nós vencemos.

    — Sim, cara! A gente destruiu aqueles ninjas!

    — E os outros? Liane Saber, Tayce Axel, Pawa...

    — Tá todo mundo bem! Graças a você. E cara... Os agentes estão muito satisfeitos com o que você fez.

    — Eu não fiz nada disso sozinho, Sheng. Passa essa mensagem pra eles.

    — Não, cara... Você fez mesmo tudo sozinho.

    — Motivar meus soldados depende deles, da vontade que eles tem em seguirem em frente... Quanto a mim, não passo de um escudeiro ele quer sempre o melhor de meus homens... de meus amigos... da minha família.

    Sheng, se levantando, foi até a lateral da cama e, segurando a mão de Joshy, diz:

    — Tu é um baita Aoi Omna, lobo! Pode crer que sua família está muito orgulhosa com o que você fez. Parabéns!

    E entrando ao quarto, era ninguém menos que Ingris. Ela, esboçando um sorriso, diz:

    — Hm... Então o líder involuntário acordou

    — Ingris?! Você? Mas...

    — Ei, ei... Descanse, lobo. Eu voltei. Saí daquela situação. Estou bem e muito disposta. Pronto, está melhor?

    — Você não tem ideia de como estou feliz agora...

    — Você estava feliz antes ao liderar todos os agentes da Agência. Eu vi os vídeos reportados por Arthemis. Então nada de ficar fazendo draminha...

    — É, você voltou mesmo. Já está até zombando de mim... Hehe.

    — Sabe, lobo... A gente um dia deveria sair.

    Isso sim pegou Sheng e Joshy de surpresa. E o felino alaranjado, percebendo que estava sobrando, diz:

    — Opa... Tá na minha hora, sabe? Tenho que ver como está meu maninho e... – Disse, sendo puxado por Ingris.

    — Garoto, nem pense nisso!

    — Mas vocês dois... Tipo, sabe como é...

    — Hã?! – Disse, ficando um pouco corada – O que você está insinuando, Sheng Zyan?!

    — Olha, vou trancar minha boca e jogar a chave fora, tá ok?

    — Hunf.. Tem um pouco de noção do perigo em você.

    Todavia, mesmo num momento de descontração entre os dois Joshy, ainda que não estivesse totalmente recuperado, percebeu algo em Ingris que o chamou atenção.

    — Ingris, aconteceu algo... Eu sei.

    — E como sabe?

    — Eu te conheço bem. Esse olhar seu... O que aconteceu?

    Sheng caminhou até uma poltrona ao fundo da sala, tratando de cruzar seus braços e ficar calado. Pensativo, diz:

    — Que situação... Cara...

    — Hã? – Disse Joshy, olhando pra Sheng – Ingris, diga logo!

    — Noah Hibiki...

    — O que houve?!

    E surpreendendo Joshy, Tats adentrou ao seu leito. E ao vê-lo acordado, diz:

    — Joshy, que bom que acordou.

    — Tats, me diga o que aconteceu com Noah Hibiki!

    — Hã? Ah... Imediata Ingris, eu avisei para não dizer o que houve fora de sua missão.

    — Você me conhece, Tats. Eu não conseguiria esconder nada... E Joshy disse que “me conhece muito bem”... – Disse a tri híbrida, se sentando ao lado de Joshy.

    E a esquilo, olhando para o lobo líder do Team Omna, diz:

    — Noah Hibiki ajudou Asuka Tenjoin e Ingris na luta.

    — O que?! Mas... Então vocês três lutaram lado a lado?!

    — Hm... – Resmungou Ingris, se levantando – Não estou pronta pra falar abertamente disso. Se me dão licença... Depois nos falamos mais, Joshy. A propósito, a Agência te vê como um herói.

    — Ei... Ingris! Volte aqui!

    E Tats, continuou:

    — Deixe-a. A imediata não está bem também...

    — Hã? O que aconteceu, Tats?

    — Durante a luta Noah Hibiki despertou seu nirvana. Adormecido desde que a guardiã selou a doutrina Kaipasu de seu corpo, Noah Hibiki desenvolveu um novo poder... Porém...

    — Porém? Diga logo!

    — Por alguma razão, Noah usou o Faith and Shock.

    — COMO É?! Mas isso... Isso...

    — Durante a luta, Joshy... Muita coisa aconteceu. Nossa grã mestra quase morreu, Ingris também... Noah Hibiki as salvou.

    — Nossa... Então... E como foi?

    — Inesperado e emocionante. Arthemis tem todo o audiolog. O único registro inclusive...

    — Mas e Noah? Ingris não estava me dizendo o que sentia... Ela evitou até.

    — Quando a emoção toma conta do ser, o imponderável age e... Bem, o Faith and Shock tem um efeito acima... e Noah o atingiu.

    — E qual seria?

    — Miracle. Pouco se sabe sobre, mas Noah o atingiu e... O Faith and Shock já drena a energia vital e que pode ser fatal... e quase o foi por algum instante. Porém no Miracle...

    — O que acontece?

    — É o último suspiro. É a centelha que guarda a última luz... Muitos monges de toda Avalice não os atinge em seus treinamentos por não controlarem por completo esse poder, porém tudo leva a crer que Noah chegou até o Miracle... Porém...

    “Porém”. Essa é uma frase que Asuka Tenjoin odeia. Uma contra palavra que condiciona eventos, os unindo seja de forma positiva e... negativa.

    Durante essa conversa dentro do leito de Joshy, Ingris andava outros corredores com determinação no olhar, mas sem esconder para alguns sua angústia.

    — *Hm... Essa situação... Asuka, tenha maturidade de aguentar... Logo estarei aí pra estar a seu lado. Porém há coisas que você precisa fazer sozinha...*

    Em seguida Ingris, por ser a imediata da Agência, estava lidando com os afazeres da grã mestra, dando suporte e esquematizando estratégias, assim como se preocupar com a saúde dos demais agentes.

    Não era uma tarefa fácil.

    Enquanto isso...

    Ala Sul – Ni

    Centro médico | Hospital da Agência

    Decágono Especial de Aleitamento

    Um prédio bastante luxuoso no meio do complexo hospitalar da Agência.

    Onde somente uma pessoa estava sentada no hall principal, de cabeça baixa.

    Era Asuka Tenjoin. Ela mesma se prestou a ficar onde está e na condição que se encontrava.

    Visivelmente abatida e com o olhar distante, eis que Arthemis se materializou a sua frente, dizendo:

    — Asuka-chan...

    — Arthemis...

    — Asuka-chan, você precisa ser forte.

    — Eu estou tentando, mas... Eu não aceito nada disso. Ingriso-sama estava certa desde o início... Desde o princípio...

    — Levante sua cabeça!

    — Arthemis, não... Tudo isso poderia ter sido evitado...

    — Asuka-chan!

    — TUDO ISSO PODERIA TER SIDO EVITADO POR MIM! – Gritou a grã mestra – Por tudo que eu lutei, batalhei pra construir esse lugar... E meu erro trouxe a esse fato! Eu sou a única culpada...

    E Arthemis, ao ouvir o que sua amiga estava dizendo, novamente demonstrou abertamente suas emoções, dizendo:

    — PARE DE SE CULPAR! PARE!

    — Hã?! Arthemis...

    — Você é maior que tudo isso... VOCÊ É A GRÃ MESTRA! Escute, não importa se você errou... Você sempre se achou dona de toda a verdade, é isso?

    — Você... Você está dizendo isso... Eu não sabia que você... Arthemis, você está mais consciente.

    — O que eu vi foi você ir aprendendo com seus erros, sendo humilde em reconhecer isso... TODO MUNDO TE FEZ ABRIR OS OLHOS PRA TE MOSTRAR ISSO! E eu... Eu aprendi com isso, me tornei mais independente... Porque... Porque eu tenho 10% de você!

    — O que?!

    — Minhas nanites descriptografaram seu DNA e todo o sequencial numérico desses dados fazem parte do meu sistema. O meu convívio com todos vocês me fizeram desenvolver mais esse meu lado “Asuka-chan”... O Team Avalice me ajudou com isso também...

    — Isso é fantástico... – Disse, mostrando abatimento em seu olhar da mesma forma.

    — Asuka-chan, reaja! Eu sinto muito pelo o que houve...

    — Terei de segurar esse fardo pelo resto de minha vida, Arthemis. Eu falhei... e é uma angústia dolorosa...

    E logo após a breve conversa, um dos médicos responsáveis pelo setor entrou no hall, dizendo:

    — Asuka Tenjoin... Chegou a hora. Você precisa assinar os papéis. Nós já terminamos com a au... – Tentou dizero profissional, sendo interrompido por Asuka.

    — Não! Não ouse dizer essa palavra...

    — Tudo bem. Eu entendo.

    E caminhando podemos corredores luxuosos e bem iluminados do lugar, a grã mestra pensou:

    — *É meu dever dar um fim digno a isso tudo. Noah Hibiki... *

    Enquanto isso...

    Ala Norte – Go

    Moradia de Lenzin

    Como já conhecíamos o lugar onde a guardiã morava enquanto sua estadia na Agência era necessária, o lugar arremetia a um templo taoísta, com altar de orações e câmara de meditações, coisas que Lenzin fazia todos os dias. Porém nem só de rusticidade havia em sua residência. Uma saia isolada, logo adentro de seu santuário, era um pedaço do que havia do palácio de Shang Mu, patrocinado por seu monarca Mayor Zao: uma sala confidencial e restrita a somente sua entrada. Com um grande aparato tecnológico, Lenzin dessa forma se ligava ao restante de Avalice, com um sistema único e integrado a Arthemis, porém só com seu login. E todo procedimento realizado em seu computador era criptografado e livre de qualquer tipo de rastreamento ou invasão.

    E justamente neste lugar se encontrava Lenzin, que estava fazendo vídeo conferência com ninguém menos que Ying Li, o guardião do Reino de Shuigang, e Neera Li, sacerdotisa do Reino de Shang Tu e oficial do STPD (Shang Tu Police Department). Ou seja, os três guardiãs estavam pela primeira vez conversando entre si em prol de compartilharem informações. E com a palavra Ying, que diz:

    — Guardiã Lenzin Tzu Chiang, o teor dessa nossa conferência é de extrema preocupação. Dail destacou tropas para patrulharem as fronteiras de nosso reino após o ataque da The Red Scarves. E agora isso que a senhorita disse... O avanço desses ninjas marginais deve ser parado por todos nós.

    — Concordo plenamente, guardião. Por isso devemos cooperar uns com os outros por um bem maior.

    E Neera, mostrando irritação, diz:

    — Miseráveis arruaceiros! Guardiã Lenzin Tzu Chiang, como estão a todos os envolvidos?

    — Estamos todos bem, oficial Neera Li. Na verdade quase todos...

    — Baixas?

    — Eu não gostaria de usar esses termos, oficial.  No momento só tenho interesse em tratarmos sobre nossas defesas.

    — Eu entendo... Bem, Royal Magister está preocupado com o Team Lilac. Com excessão de Milla, que foi treinada por mim e tem bom senso, Infelizmente vocês de Shang Mu tiveram o desprazer de serem visitados por elas, principalmente Carol... Eu sinto muito por isso.

    — Agradeço a preocupação conosco, cara oficial. Porém devo avisá-la que o Team Lilac, ou melhor, o Team Avalice foi uma força extremamente importante para que conseguíssemos cumprir com a missão.

    — Hm... Porque será que isso parece um deja vu? Bem, fico feliz e muito surpresa por elas terem sido úteis afinal de contas... E agradeço por ter me colocado a par de tudo que aconteceu no torneio T.O.R.M.E.N.T.A.

    — A seu dispor, oficial.

    — E Viktor? Tenho certeza que deve ter sido um estorvo tê-lo como “convidado”.

    E Lenzin, olhando para o monitor, não perdeu a oportunidade:

    — Viktorius Ashem foi um dos principais responsáveis pelo sucesso dessa missão.

    — Como assim, guardiã? – Perguntou Neera.

    — Foi ele quem descobriu que Spade estava infiltrado... e ele, junto com Sheng Zyan, foram ao encalço do desgraçado como podiam.

    — Me perdoe pela franqueza, mas eu não acredito que aquele stranger inútil seria capaz de... – Tentou dizer Neera, sendo interrompida.

    — ELE NÃO É UM INÚTIL, CARA OFICIAL!

    — Guardiã?!

    — Chame-o pelo nome, oficial Neera Li. É o minino de respeito que eu peço a senhorita.

    — Muito bem, cara guardiã. Irei respeitar sua opinião, porém a minha não muda com relação a Viktor.

    E Ying, chamando a atenção das duas, diz:

    — Eu não sei se as duas tem desavenças e nem quero me meter nisso, porém temos um assunto muito mais importante a tratar. Sugiro que se mantenham focadas do porquê estarmos nessa conferência. Eu agradeço.

    — Muito bem, guardião. Peço desculpas pelo meu excesso. E oficial Neera Li, também estou me retratando formalmente por ter me exaltado com a senhorita – Disse Lenzin, reverenciando Neera.

    — Desculpas aceitas, cara guardiã. Embora guardemos diferenças, o respeito é recíproco.

    E voltando ao assunto que falavam, Ying foi categórico:

    — Como você disse, guardiã Lenzin Tzu Chiang, Spade sumiu, assim como os Ninja Scarves Bosses.

    — Sim, porém todos guardam consigo um duro golpe sem seus egos inflados e estigmas em seus corpos que dificilmente cicatrizarão rápido. Entretanto não é isso que me importa no momento.

    E Neera, se antecedendo a Lenzin, diz:

    — O resquício.

    — Exatamente, cara oficial Neera Li. Na verdade dois resquícios.

    — Do que está dizendo? Dail, Royal Magister e até mesmo Mayor Zao estavam de olho nesse resquício, o único.

    — Era o que pensávamos. Porém nossa IA pôde localizar dois: um estava no pavilhão onde duelei com Spade e o outro estava dentro de uma das plantas possuídas pelo poder da pedra. Ambos foram destruídos.

    — Perfeito, guardiã! Uma boa notícia, apesar dos pesares.

    — Sim, de fato.

    E Ying, que acompanhava a conversa, diz:

    — O duelo contra Spade. Dail irá querer saber como foi... Poderia me dizer, guardiã?

    — O subjulguei e... o subestimei também.

    — Hm? Guardiã?

    — Spade é um indivíduo sujo e traiçoeiro. Eu sucumbi diante uma desatenção e paguei por isso. Por sorte Viktorius Ashem estava em seu caminho e lhe deu um belo golpe que ele jamais irá esquecer.

    — IMPOSSÍVEL! – Gritou Neera, não acreditando – Viktor não teria capacidades para lutar contra Spade!

    — Oficial Neera Li, percebo que menospreza a força dele. Poderia me dizer o porquê?

    — Eu já tirei essa prova... e creio que seja de conhecimento dos presentes. Os detalhes... Bem, já tratamos disso mais cedo, guardiã. Nossas opiniões divergem a respeito de Viktor. Se você está dizendo que ele de fato derrotou Spade, onde ele está nesse exato momento?

    E Lenzin, respirando fundo, diz:

    — Não irei esconder nada de vocês: Viktorius Ashem se feriu gravemente durante os eventos. Mas mesmo assim ele lutou até o fim de suas forças.

    — Eu acredito no que você diz, guardiã – Disse Ying, segurando seu chakran – Viktor não foge a luta.  

    — E como sabe disso, guardião? – Perguntou Neera.

    — Ele me desafiou... e não recuou quando eu estava prestes a cortar seu pescoço.

    — Hm... Era de se esperar.

    — Porém Milla me impediu...

    — O que?! Milla?! *Viktor... Você vai pagar por isso...*

    — ... e Lilac e Carol. Elas o protegeram, mas ele estava disposto a ir até o fim, sem medo. Por isso eu acredito no que a guardiã disse. Spade o menosprezou e pagou por isso. Só lições... e uma vitória merecia.

    — Pelo visto chegamos ao ponto principal dessa conferência... – Disse Lenzin.

    — Sim. Qual estratégia tomar... – Disse Neera.

    A conversa perdurou por mais alguns minutos, com Neera e Ying articulando uma linha de atuação junto a Lenzin. Apesar de estar mesmo concentrada na conversa, a guardiã tinha um pensamento paralelo:

    — *Viktorius Ashem...*

    Essa preocupação ambígua da guardiã se estendeu até o fim da conferência, onde após a conversa a bela panda guardiã do Reino de Shang Mu tratou de caminhar até a Ala Sul, mais precisamente para o hospital da Agência.

    Enquanto isso, retornando ao Decágono Especial de Aleitamento...

    Chegando a um espaço mais interno do Decágono, Asuka recebia orientações conforme caminhava pelos corredores. Mostrando muito abatimento em seu olhar, continuava por andar enquanto pensava:

    — *Eu deveria ter intervido antes... Arthemis me ajudou a me reestabelecer, mas... Aquilo que eu vi poderia ter sido evitado se eu fosse mais forte e mais inteligente... E agora, essa situação... Eu nunca irei me perdoar...*

    E lentamente Asuka abria uma porta que levava a um tipo de câmara, com muitas toalhas brancas meticulosamente arrumadas e dobradas, demostrando que era um lugar esterilizado. E a cada passo adentro do lugar, Asuka Tenjoin diz:

    — Que situação...

    Pelo visto um grande desafio será travado no momento. A grã mestra parecia se mostrar despreparada pelo o que teria de fazer. E pelo teor da conversa que teve com Arthemis, era algo fúnebre...

    E enquanto isso (novamente)...

    Ala Sul – Ni

    Centro médico | Hospital da Agência

    Leito de Viktor

    — E então a gente esfolou sem pena os três ninjitas!

    Sim. Carol.

    É. Ela mesma.

    Contando a história, do jeito dela.

    Como ela contou? Com a palavra, Lilac:

    — VOCÊ ESTÁ EXAGERANDO, CAROL!

    — Quem tá exagerando?

    — Você está exagerando!

    — Ah tô sim...

    — ESTÁ!

    — Onde?

    — Como é que jogamos um submarino nuclear na cabeça do Mury Low?! E como eu iria dar a volta no planeta pra dar um soco na Scarlett?! E como você pode dizer que a Milla jogou a Neera Li contra o Dyona Taz? VOCÊ ESTÁ LOUCA?

    — Eu aumento, mas não invento! Nyah! :3

    — Ai, sua bobona!

    O astral estava totalmente diferente agora. Por saberem que Viktor estava bem, as garotas começaram a se soltar e a conversarem como sempre fizeram. Porém, interrompendo a conversa, a porta se abriu e, dela, entrou Lenzin, que se surpreendeu ao ver o quarto cheio, dizendo:

    — Lugar um pouco inapropriado pra uma festa, Sash Lilac.

    — Lenzin?! Mas... O que... Porque você...

    — Eu só estou aqui para saber se Viktorius Ashem estava bem. Creio que já obtive minha resposta... – Disse, já deixando o quarto.

    Mas Lilac a chamou, dizendo:

    — Lenzin...

    — Hm?

    — Espere... Não saia. Você faz parte disso tudo agora.

    — Do que está falando?

    Não houve muito o que dizer: Lilac instintivamente abraçou Lenzin com força, sendo acompanhada por Carol e Milla. A guardiã, um pouco envergonhada, diz:

    — O que... O que vocês estão... fazendo?

    — Te agradecendo... – Disse Lilac, ainda a abraçando.

    — Porque?

    — Porque?! Pandinha linda, tu salvou o Vik! A gente sabia que tu ia fazer isso! – Disse Carol, sorrindo.

    — Eu só fiz o que todo guardião deveria fazer. Não precisam agradecer...

    — Precisamos sim! Você ajudou o Viktorius. A gente gosta muito dele e... agora a gente gosta muito de você também! – Disse Milla, do jeito meigo que só ela sabia fazer.

    Lenzin estava confusa com tudo aquilo. Dificilmente a guardiã tinha contato tão íntimo e próximo assim de pessoas. E naquele instante, ela percebeu mesmo o porquê disso:

    — *Essas garotas... Sash Lilac, Carol Tea, Milla Basset... Elas são agradáveis, unidas e... gentis. Um afeto como esse só poderia trazer predileção a ele...*

    E ao fim do agradecimento, Lenzin, ainda um pouco envergonhada, diz:

    — Eu... Eu devo mesmo pedir desculpas a todas vocês.

    — Hm?! Como assim? – Disse Lilac, confusa.

    — Eu... Eu fui dura com vocês, as tratei com antipatia e gritei com vocês... E mesmo assim me aceitaram. Peço humildemente desculpas pela falta com todas vocês e estou em débito.

    — Pera... Tu disse débito? Opa, vi vantagem nisso... – Disse Carol, com uma risada arisca.

    — CAROL! – Gritou Lilac, irritada.

    — Eu!

    — Para com esse papo!

    — Ih relaxa... Tô de zuera – Disse a felina, se aproximando de Lenzin – Falando sério, Lenzin... Valeu aí pela moral. Tamo junto, guardiã.

    Porém Lenzin tentava o tempo todo evitar contato visual com Viktor, que observava calado a conversa. Percebendo que a guardiã estava tentando se esgueirar, o jovem diz:

    — Garotas, poderiam me deixar a sós com a Lenzin? Preciso conversar com ela em particular.

    — Hm?! Como é?! Que história é essa, Viktor?

    Carol, que já havia entendido tudo e sabendo de todo o contexto, foi até Lilac e, a abraçando gentilmente, a conduzia para fora do quarto dizendo:

    — Miga, vamo nessa... Deixa o Vik resolver um assunto aí.

    — Hã?! Assunto? O que... – Tentou dizer a dragão, sendo abraçada por Carol.

    — Shih! Fica sussa...

    — Carol, o que você sabe disso?

    — Ih relaxa... Fica de boa... – Disse, puxando Lilac

    — CAROL!

    Milla foi a última a sair e, antes disso, disse:

    — Lenzin...

    — Sim, Milla Basset?

    — Obrigada por tudo. Eu sempre soube que você era especial.

    A guardiã não esperava em ouvir isso e, ao Milla fechar a porta, Viktor diz:

    — A Milla tem um dom em saber o estado de espírito das pessoas só em conversar com elas.

    — Hm... Isso é um dom abençoado. Digno de minha família.

    — Sim...

    Um silêncio tomou conta do momento, com Lenzin desviando o olhar de Viktor, que diz:

    — Eu te amo, Lenzin.

    — Gah?! Vi-Viktorius Ashem, o que...

    — Você disse que me amava. Então... Eu tenho esse mesmo sentimento.

    — Ah... Vi-Viktorius Ashem...

    — Pelo menos uma vez... Uma vez na vida, poderia me chamar só de Viktor?

    — Eu... Eu... Isso seria uma ofensa e...

    — Como poderia me ofender sendo carinhosa comigo me chamando de Viktor?

    — Na verdade... Eu... Eu... Não esperava que tivesse ouvido o que eu disse... Na verdade verdadeira eu nunca esperaria que você tomasse esse tratamento comigo...

    — Eu ouvi sim... e acho que eu devo ser bem sincero com você...

    — Ah... Isso é um pouco... Um pouco incômodo e...

    — Não tenha vergonha em se expressar. No momento preciso de sua ajuda.

    — Hã? Qual?

    — Me ajude a me sentar na cama.

    — Que?!

    Mesmo com a estranheza, Lenzin ajudou ao rapaz a se sentar na cama e, assim que estava confortável, Viktor disse:

    — Muito bem... Agora sente-se aqui comigo.

    — O que?! Vi-Viktorius Ashem...

    — Me chame de Viktor!

    — Ah... Vi-Viktor, isso... – Tentou dizer, se sentando ao lado do jovem – Isso é vergonhoso, Viktor...

    E o rapaz, percebendo que Lenzin estava muito nervosa, a abraçou, a colocando apoiada em seu ombro em seguida. Ele, demostrando muito carinho, diz:

    — Eu serei bem sincero, senhorita Lenzin: tem pessoas me esperando de onde eu vim. E eu quero vê-los outra vez...

    — Ah... Vi-Viktor... Eu preciso te dizer uma coisa...

    — Guardiãs não podem ter vida social como civis... Eu sei.

    — O que?! Mas como sabe?

    — Há coisas em meu mundo que são iguais a Avalice. Essa é uma delas. Vocês Guardiãs escolheram dedicar sua vida em prol da felicidade de todos. E esse é o fator de eu te amar...

    — Viktor...

    — Então só hoje... Só hoje vamos conversar como dois amigos que se amam e quer o bem do outro, quer felicidade... Em breve eu não estarei mais em Avalice. Pode ser hoje, amanhã... Eu não sei. Porém eu não poderia deixar de ter um momento com você...

    — Mas porque?

    — Porque eu te salvei... e você me salvou.

    Viktor deixou claro o que sentia. Ele amava Lenzin, porém não abriu mão de suas responsabilidades em seu mundo. Entretanto, o jovem era tão gentil que queria proporcionar um momento de relaxamento a sua amiga íntima. E naquele instante, com Lenzin mais a vontade, apoiando sua cabeça ao ombro de Viktor, passaram o resto da manhã conversando juntos:

    — O que você gosta de fazer pra se divertir, Lenzin?

    — Meditar e ler...

    — Só isso?

    — Gosto também de andar pelos jardins do palácio do Reino de Shang Mu...

    — É um lugar bonito?

    — É um lugar lindo...

    — Gostaria de passear com você por lá um dia...

    — Quem sabe...

    — E mais o que gosta de fazer?

    — Ouvir música erudita. Isso me faz relaxar...

    — Ouvir música é muito bom mesmo.

    — E você, o que faz pra se distrair?

    — Ler, treinar karatê, nadar... e ouvir música.

    — Hahaha... – Riu Lenzin, sorrindo – Um pouco parecido comigo.

    — Você fica mais bela sorrindo, sabia?

    — Eu agradeço sua gentileza, Viktorius Ashem.

    — Me chame de Viktor!

    — Eu sei... Te chamei assim pra te ver irritado.

    — Olha só... A guardiã de Shang Mu também sabe fazer piada. Encontrei uma rival da Carol...

    — Aquela gata selvagem não teria chances... Hahaha.

    — Hehehe...

    Não havia momento melhor para compartilharem seus gostos.

    Uma conversa agradável e... Lenzin estava feliz. Como nunca antes visto, ela estava em paz, sorridente e bem a vontade, vida essa que Viktor conseguiu, a fazendo ser quem ela sempre foi sem responsabilidades como guardiã. Podíamos ver a gratidão da guardiã em seu olhar. Foi um momento inesquecível para ela.

    E voltando ao Decágono Especial de Aleitamento...

    Com Asuka Tenjoin se concentrando, a grã mestra da Agência caminhou para até próximo um tipo de leito, porém naquele lugar cheio de panos brancos. E olhando para frente, ela começou a dizer:

    — Eu por muito tempo trilhei meu caminho para trazer o bem a todos. Fiz o melhor que podia e... Isso não foi o suficiente...

    Ela então se sentiu em uma cadeira e, cruzando se pernas, continuou a dizer:

    — Me superei várias vezes, caí mas me levantei inúmeras vezes... Acho que poderia ficar falando o tanto de vezes que eu fui contra o imponderável e venci... e ainda assim não seria o suficiente...

    E com a bela felina esboçando um olhar triste, deixou evidente com quem estava falando:

    — Noah Hibiki... Você entrou nas minha vida da pior forma possível e... Bem, eu o odiei, o via como um demônio e queria sua destruição. Eu só... Ah... Eu queria o seu fim e... Eu... Eu falhei com isso, eu errei...  

    E olhando para uma cama, onde um dorso era coberto por uma coberta branca, Asuka Tenjoin continuou:

    — Eu te vi brilhar, se erguer na minha frente... Você estava mais forte e decidido e... Ah Noah Hibiki... Você explodiu em garra e determinação e salvou a mim e Ingriso-sama... E agora você está nessa situação...

    Asuka então se levantou e caminhou até a cama, ainda dizendo:

    — E eu agora estou tentando me esquivar... Eu me sinto muito mal e impotente... Mas...

    Porém todo o clima é “destruído” com Asuka surtando:

    — VOCÊ TINHA QUE MENTIR PRA MIM QUE HAVIA MORRIDO, SEU MALDITO ORDINÁRIO?!

    Noah, que estava deitado a cama coberto por um pano branco, arregalou os olhos ao ouvir Asuka gritar, dizendo:

    — Mas... Mas eu avisei que... Eu avisei que eu precisava descansar...

    — CALA A BOCA, ERO-ALBINO! GRR! DESGRAÇADO!

    — Mas Asuka...

    — CALA A BOCA! Eu tinha pedido pra Arthemis fazer um funeral com todas as honras pra você, te abriguei na ala mais nobre, me preocupei com tudo... EU CHOREI POR SUA CAUSA, CHAMEI PELO SEU NOME! DESGRAÇADO!

    — Asuka...

    — Mas não... O IDIOTA TINHA QUE FAZER DRAMINHA PRA EU FICAR TODA SENTIMENTAL, QUE NEM UMA DONZELA DE FINAL DE FILME B! Então, “nohzinho”... VOCÊ VAI MORRER DE VERDADE! 

    — O que?! – Disse, se assustando ainda mais!

    — EU VOU TE MATAR! ರ╭╮ರ

    E antes que o pior acontecesse, somos então levados até o corredor do lugar, onde Arthemis estava acompanhando Ingris, que seguiam até o quarto. A IA felina então diz:

    — Os batimentos cardíacos de Noah Hibiki estavam muito fracos a tal forma que meus sensores o deram como morto. Nossa, que erro o meu... Mas minha tecnologia proporcionou um verdadeiro milagre.

    — Foi melhor assim. Noah Hibiki merece ser agradecido de todas as formas possíveis. Por tudo que fez a todos nós...

    E assim que abrem a porta do quarto, vêem Asuka sentava sobre Noah, que já estava descoberto e só de calças, o que levou a Arthemis e Ingris a terem uma reação imediata: a IA felina tampou seus olhos, enquanto a tri híbrida tampou seus boca com uma das mãos e, bastante corada, diz:

    — O que significa isso?! Asuka Tenjoin...

    — Ah?! Gah! Olha... Isso é muito clichê, mas não é o que você está pensando... – Disse Asuka, com uma das mãos no pescoço de Noah.

    — Muito bem. Você está sobre Noah, que está vivo, logo após ele nos salvar e ele está com o... NOAH, VISTA-SE! – Disse Ingris, que não conseguia evitar de olhar o peitoral despido de Noah.

    — Ingris, me ajude! – Disse Noah, se cobrindo com a coberta – Ela está tentando me matar... Me ajuda!

    E Arthemis, ficando irritada, logo diz:

    — NOAH, EU VOU TE MATAR POR TENTAR FAZER PERVERSIDADES COM MINHA ASUKA-CHAN!

    — Ar-arthemis, olha... Eu só estava tentando matá-lo por que ele está vivo! NÃO PENSE MAL DELE POR ESTARMOS NESSA SITUAÇÃO! – Disse Asuka, tentando se justificar.

    — ELA ESTÁ TENTANDO ME MATAR! FAÇA ALGUMA COISA, ARTHEMIS!

    — O que você fez pra ela... O QUE VOCÊ FEZ?! SEU DEPRAVADO! – Disse Arthemis, já puxando um de seus canhões.

    — Que?! Eu que sou a vítima aqui! Essa maluca surtada que está tentando me matar a troco de nada! 

    Mas Ingris parecia a única pessoa que tinha consciência no momento. Tanto que ela diz:

    — Asuka, pare. Eu entendi... Eu acredito.

    — Acredita? Sério? OwO”

    — Sim... Mas pare de tentar matar Noah Hibiki.

    — Tá! oWo’

    — E Noah... Ah... Nunca mais faça isso, ok?

    — Não faça isso o que?! O que eu fiz?! – Disse, confuso.

    — Ficar se mostrando assim... Hunf! – Disse, desviando o olhar bravo.

    — O que?! Foi essa maluca ero-grã mestra aí que começou!

    — ರ_ರ *Ele me chamou de ero-grã mestra?!* – Pensou Asuka, com um olhar assassino.

    — Então estamos indo. Comportem-se...

    Ingris e Arthemis deixaram o quarto em seguida, mas ao fundo Asuka não parecia estar com boas intenções. E ao fechar a porta, novamente foi ouvido ruidos, fazendo com que a tri híbrida abrisse novamente e visse a felina tentando matar Noah.

    — ASUKA, PARA COM ISSO!

    — Ops... Ingriso-sama?! Você voltou rápido! OwO””

    — Para de tentar matar o Noah!

    — Ok! UwO”

    E ela fechou a porta novamente, mas reabriu em seguida, vendo Asuka segurar o pescoço de Noah, com Ingris dizendo:

    — Asuka, o que...

    — Ah... Só estava arrumando o Noah. Pra ele ficar confortável bem fofinho. Tá? UwO”

    — Você deve pensar que eu sou o que? Tenho certeza que assim que eu fechar a porta você vai tentar matá-lo outra vez...

    E Noah, mostrando irritação, diz:

    — O que te faz pensar que ela não vai tentar outra vez?!

    — Ela é a grã mestra. É um exemplo. Você é um paciente. Algo mais?

    — Que inteligência, Ingris. Chegou a essa conclusão sem dificuldades... Só que não!

    — Noah Hibiki, eu notei um pouco de sarcasmo em suas palavras.

    — Não, que isso...

    — Muito bem. Parem com isso vocês dois! Chega! – Disse, saindo da sala.

    — Espera... Vai me deixar com ela aqui mesmo sabendo o que ela quer fazer?!

    — Asuka-chan não vai mais fazer isso, não é? – Disse, olhando para Asuka.

    — Nope, Ingriso-sama! Sou Saint Asuka! 

    (。・ω・。)ノ♡

    Ingris lhe deu um voto de confiança, saindo do quarto, dessa vez de forma definitiva, deixando Noah e Asuka a sós. Porém não se enganem: o clima ainda era de revolta por parte da felina, que ficou de costas para o jovem albino, bastante irritada. Ele então diz:

    — Aí, vai ficar me ignorando mesmo?

    — BAKA! Não quero papo! ÙwÚ

    — Asuka, para com isso...

    — Yameru, baka! ÙwÚ

    — Eu não te entendo, garota...

    — Baka! Baka! ÙwÚ

    — A gente passou por tanta coisa, quase morremos... E eu me sacrifiquei por você...

    — Hm? OwO? – Se calou Asuka.

    — O tempo todo eu só queria o seu bem e o da Ingris. Sabe, meio que me redimir por tudo que eu fiz desde o torneio... Íris, Ingrid... Meu pai e minha mãe... Todos eles me mostraram o caminho e... Eu o segui e consegui o que queria...

    — O que? UwU”

    — Felicidade... de todos nós. Você sempre pensou em tudo em suas missões e... você confiou em mim, que acreditei no imponderável... Por isso, eu lutei e faria de novo... E de novo... E de novo...

    Asuka naquele instante sentiu sinceridade no que Noah dizia. Suas palavras honestas fizeram com que a grã mestra da Agência se expressasse um pouco melhor, inédito até então:

    — Porque você fazia de novo?

    — Lutar a seu lado... me fez bem.

    — Nani?! OwO”””””

    — Eu o tempo todo queria te salvar e a Ingris, mas uma parte pequena de mim queria te mostrar o que eu sou capaz de fazer... Você uma vez me disse que os agentes daqui gostam de superarem seus limites, buscando serem os melhores a cada dia... Eu então quero te superar... e eu consegui.

    E a felina, entendendo aquilo como uma provocação, logo disse:

    — Então você acha que me superou?

    — Eu não acho... Tenho certeza!

    — Hahahaha! Nohzinho, vai ter que comer muito Yakisoba pra me superar! – Disse, se virando para Noah.

    — Não vou precisar fazer isso... Agora é você que precisa me superar!

    — Te superar? Basta um levantar de dedo meu pra estar pelo menos dez níveis acima de você!

    — Bem, você não levantou nenhum dedo. Então você está dez níveis abaixo de mim!

    — BAKA!

    — CONVENCIDA!

    — ERO-ALBINO!

    — ERO-GRÃ MESTRA!

    — O que?! Isso nem rima! Nem é sonoro!

    — Não importa!

    — Importa sim! Porque está dizendo isso?

    — Porque você queria me ver!

    — Não! Isso não é verdade!

    — Então porque está aqui?

    — Porque... Porque... Porque eu ia te agradecer pelo o que você fez! Só que você é tão baka em ter fingido estar morrendo que eu fiquei com ódio! UwÚ

    — Ah sim... Levemente surtada, mas sempre surtada.

    — Baka!

    — Boba!

    Na conversa nada madura, os dois ficaram evitando se olharem, com adula de braços cruzados e com cara de poucos amigos. Mas tomando a iniciativa, Noah diz:

    — Gostei de... ficar ao seu lado...

    — O que?

    — Foi legal lutar junto com você... Eu fiquei feliz por você ter me pedido desculpas...

    O clima mudou, para um tom de rivalidade. Asuka, mostrando um sorriso confiante, olhou para Noah dizendo:

    — Então é isso? Você quer ser meu rival?

    — Rival? Eu não vejo porque fazer isso... Eu sou superior.

    — Ah é? Só porque eu não consegui te vencer no Fighting Challenger você já se acha o tal, é? Vai, levanta! Vamos terminar aquela luta!

    — Só se for agora, asu... – Tentou dizer Noah, quando iria se levantar.

    Ao tentar se levantar, o albino sentiu fortes dores em seu dorso, com Asuka o abraçando em seguida. Se preocupando com sua saúde, ela diz:

    — Noah... Você está bem?

    — Ah... Estou... Eu só senti uma dor no peito...

    — Você quase morreu...

    — Hã?

    — Você desmaiou. Estava muito fraco e... Você não iria conseguir chegar na Agência se Arthemis não tivesse intervido...

    — O que? Então...

    — Ela te ressuscitou. Fez procedimentos pra isso, com desfibrilador intra dorsal por nanites... Se não fosse pelo avanço tecnológico que temos aqui na Agência, você...

    — Eu estaria morto. Então é isso... O Faith and Shock... Ele lhe concede poder, podem o preço pode ser muito alto...

    Ao dizer suas últimas palavras, Noah apertou forte no abraço a Asuka, que sentiu o teor de emoção do jovem humano. E ela, sem ação, diz:

    — Noah... Você está me abraçando forte... *Ele está... Ah... Ele está muito junto de mim... e está sendo carinhoso e... atencioso e... MEUDESU! O que eu estou sentindo?!*

    — Asuka Tenjoin Holpin... – Disse ao pé do ouvido de Asuka – ... obrigado.

    — Noah...

    — Eu estou feliz em te conhecer melhor. Eu sabia que você era uma boa pessoa... desde o início... Desde o início... – Disse, ficando sonolento.

    Sim, Noah, embora estivesse bem, ainda estava muito fraco, dormindo involuntariamente em seguida. E Asuka logo tratou de arrumá-lo a cama, o deixando confortável. Enquanto ele dormia profundamente, Asuka diz:

    — Descanse, Noah... Durma bem... e desculpe pelo “drama moment” meu...

    Por alguns minutos a felina ficou olhando para o rosto adormecido de Noah, que mostrava quietude e paz. Pensativa, Asuka chegou até mesmo a aproximar uma de suas mãos até o alto da cabeça do jovem, mas:

    — *O que eu estou fazendo?! O que... Esse sentimento que eu estou tendo... NÃO! Não pode... Ilegal! Yameru, Asuka-chan! Você é a grã mestra da Agência... Você não tem tempo pra isso... Não não! Mas... E se... NÃO! SEM CONDIÇÕES!*

    Uma confusão de sentimentos atingiu Asuka, que deixou o quarto com muitas dúvidas.

    E esse só foi um dos eventos que se somam aos demais. O desafio de cumprir a missão deu lugar a um alívio e sensação de descanso e relaxamento, onde os envolvidos tiveram mesmo seu merecido momento de descontração e paz.

    Mas havia muito o que acontecer ainda!

    Continua.


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